P.O.V. Alec.

Aprendi a nunca subestimá-la em se tratando de nada. Especialmente sua capacidade de odiar ou sua criatividade em se vingar.

Flashback On.

Estávamos todos no Salão do Trono quando sentimos o inconfundível cheiro de sangue. O que era estranho já que ainda não era hora do almoço, então fomos verificar e a cena era terrível.

Fomos parar na Torre de Athenodora. E a híbrida estava lá. Ajoelhada limpando o sangue do chão. O Mestre Caius não demorou a tripudiar encima dela.

—Subserviência lhe cai bem.

—Subserviência? Bem, não importa. Eu te trouxe dois presentes.

—Presentes? E quais seriam?

—O primeiro é o Cálice do qual Qetsyiah e Silas deveriam beber o elixir da imortalidade na sua cerimônia de casamento, mas infelizmente ele a traiu e deixou-a plantada no altar. Estive brava com você, por um tempo. Mas, então percebi que estava em poder perdoá-lo. Criando isso.

Disse abrindo a caixinha de madeira entalhada e tirando de lá de dentro um invólucro com um líquido escarlate.

—Seu segundo presente.

—Uma pílula?

—Uma cura. Para imortalidade.

—É impossível.

Disse Caius um tanto temeroso.

—Eu prometo que funciona. Acabo de usar em alguém imortal.

—O que você fez? Athenodora!

Quando o Mestre abriu a porta dos aposentos privativos de sua esposa... a cena era grotesca. Havia sangue nas paredes, no teto, no chão e estirada na enorme cama King Size, com a garganta aberta de orelha a orelha e um buraco no peito estava Athenodora. Era ela com certeza.

—Athenodora! Não! Athenodora, querida, amor.

—Ela não conseguia falar depois que eu cortei a garganta dela. Mas, posso dizer... pelo jeito que o coração dela batia...

Disse a Cullen tirando o coração ainda pulsante da esposa de Caius de dentro do Cálice dourado. O sangue escorria pelo seu braço.

—Que ela sabia que ia morrer.

—Eu vou matar você!

O Mestre tentou avançar, mas foi contido. Foi ao chão apertando a cabeça, sua expressão de agonia.

—Você não vai se aproximar de mim á menos que tome a cura e desista da sua imortalidade! Beba a cura Caius. Você pode ter uma longa vida humana com alguém. Encontrar sua redenção.

A Cullen é doida. Ela é maluca!

—Eu vou matar você abominação!

—Então isso significa que não vai tomar a cura?

—Nunca!

—É a sua decisão final?

—É.

Disse o Mestre que ainda sofria no chão.

—Então... que seja.

Ela moveu a mão e Caius caiu estatelado, os olhos vazados.

—Você simplesmente, acenou com a mão e o cérebro dele derreteu?

—Pois é Jane. Mas, não pode dizer que não dei a ele uma segunda chance.

—Isso é o que chama de segunda chance?

—Sou uma pessoa complicada.

Transformar uma vampira de volta num ser humano e matá-la assim, á sangue frio? O que é isso?

—Bem, que pena para ele já que quando Athenodora morreu ela não era nada além de uma humana não sobrenatural, sendo assim... ela passou direto enquanto Caius que ainda era um vampiro ficou preso do outro lado. Agora ele e Athenodora vão passar a eternidade separados. E isso vai ser meio que fantástico. Para mim. Egoisticamente falando, é claro.

Ela saiu sem que ninguém a impedisse, estávamos chocados demais.

quando cheguei ao meu quarto ao longe ouvi a água corrente do chuveiro.

—Chealsea? Pensei que tinha ido embora...

Não acredito! Ela tem muita cara de pau. Acaba de assassinar Caius e a esposa e está aqui no meu quarto, usando o meu chuveiro. Tenho que admitir que ela tem curvas nos lugares certos.

—Ei, tem um roupão?

—Você tem muita cara de pau de estar no meu banheiro, no meu chuveiro e no meu quarto!

—Eu fui sincera. Eu quero ajudar. Então, e quanto a aquele roupão?

Joguei o roupão encima dela. Que o vestiu.

—Obrigado.