Edgecombe escrita por SrtaGaladriel


Capítulo 1
Edgecombe


Notas iniciais do capítulo

Quem quiser dar uma olhada nas outras ones:
Johnson: https://fanfiction.com.br/historia/771714/Johnson/
Weasley: https://fanfiction.com.br/historia/771541/Weasley/
Parkinson: https://fanfiction.com.br/historia/771542/Parkinson/
Lovegood: https://fanfiction.com.br/historia/771481/Lovegood/
Granger: https://fanfiction.com.br/historia/769905/Granger/



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Maquiagem, maquiagem, maquiagem. Nunca maquiagem o suficiente. Marietta Edgecombe não conseguia cobrir aquilo, nem com poções, feitiços ou maquiagem. Afinal, Hermione Granger não fez aquilo para ser encoberto, sua punição era para ser vista por todos.  Ela era uma traidora, e devia ser vista como tal.

Enquanto se olhava no espelho, Marietta conseguia ver com exatidão quanto começou a tomar decisões ruins e o porquê daquela pena –aplicada por Hermione – ser merecida. Ela aceitava que merecia aquelas pústulas, assim como também merecia a raiva e o desapontamento de muitos colegas.

Talvez tudo tivesse sido diferente se ela tivesse aceitado ir para a Lufa-lufa. Sim, o chapéu cogitou colocá-la na casa dos texungos. Marietta tinha algumas das qualidades da casa: Era dedicada, gentil, paciente. Mas, ela vinha uma longa linhagem de bruxos corvinos, todos na família tinham alma azul e bronze, e ela não queria desapontá-los indo para a Lufa-lufa ( mesmo que ela tenha uma alma amarelo e preto).

Talvez ela tivesse tomado outras escolhas se não tivesse se tornado amiga de Cho Chang. Não que houvesse algo de errado com Cho, não havia, ela era uma garota legal, divertida e uma boa líder. O problema era que Marietta era.. sem palavras melhores para descrever, uma Maria-vai-com-as-outras. Ela não sabia dizer não, seguia ordens sem questionamentos e era facilmente manipulável. Talvez, se tivesse se tornado amiga de Luna Lovegood, as coisas teriam sido diferentes. Mas, Cho era muito bem vista por todos, até os pais de Marietta gostavam dela.

Talvez, se em vez de aceitar, ela tivesse dito não ao pedido de Cho para se juntar a Armada de Dumbledore, ela não teria acabado naquele estado. Ela quis dizer não. Marietta era uma boa garota, não quebrava regras, e se juntar a um grupo de alunos para treinarem defesa ia contra o Decreto Educacional Número Vinte e Quatro. Mas, quando Cho insistiu, Marietta não conseguiu negar. Ela até queria dizer não, era perigoso e errado, mas deixou-se levar pela pressão.

Talvez se ela não tivesse se deixado sufocar pela medo, nada teria acontecido. Todos sabiam que Umbridge estava atenta a tudo, vigiando com seus olhos de águia e com seus fieis escudeiros da Brigada Inquisitorial, e quando ela focou sua atenção em Marietta, à menina se desesperou.  O lado racional, aquele que a tinha feito sobreviver na Corvinal, tentava lhe lembrar de que não havia provas, Umbridge não tinha nada contra ela. Mas, o lado medroso, acionou um alarme gigante em sua mente; A gota d’água foi quando Umbridge falou da sua mãe. E de tudo que Marietta havia aprendido na sua vida, o mais importante era “família em primeiro lugar” e por isso, através do medo de sua mãe ser prejudicada por ações dela, Marietta falou.

Ela deletou seus colegar e amigos, por medo. Isso era justificado? ? Era sua mãe, o emprego dela, o sustento da família, que estavam em jogo. Podia Marietta escolher os colegas em vez da família?

Depois de ter toma a decisão, Marietta sabia que as coisas jamais seriam as mesmas. A Armada estava acabada, os alunos sendo punidos, Dumbledore estava fora de Hogwatrs, e de todos os desastres, Marietta acabou com a palavra Dedo-duro escrito na testa. Aquilo tinha marcado mais o interior da garota que sua testa, em si. Ela sabia que, se aquela palavra desaparecesse, ainda guardaria uma parte dentro de si que a lembraria daquilo para sempre. 

Se lembraria do olhar desapontado de Cho, do olhar revoltado de todos na A.D, do olhar vitorioso da sapa rosa. Se lembraria de como foi se olhar no espelho e notar  pústulas roxas marcando sua pele cor de marfim. Se lembraria de como tentou explicar sua decisão a todos –mas apenas Cho quis ouvir. Se lembraria de como sua mãe chorou ao ver o estado que seu rosto estava. Marietta se lembraria de tudo!

Mas, também se lembraria do alivio que sentiu quando contou sobre a armada. Ela não aguentava mais a pressão de fazer algo proibido, correndo todos os dias o risco de ser expulsa do castelo, com medo de decepcionar seus pais. No fundo, Marietta achava que tinha feito à escolha certa. Afinal, todos não achavam que o-menino-que-sobreviveu estava louco?

Talvez, em outra vida ou mundo, Marietta tivesse feito tudo diferente. Tivesse ido para a Lufa-lufa, se tornado uma amiga mais decidida sobre o que queria ou não fazer, teria negado entrar em algo proibido e não sucumbiria ao medo.  Em outra vida ou mundo, Marietta não era um traidora e nem uma dedo-duro, ela estaria com o rosto limpo e uma vida tranquila.

Em outra vida ou mundo!

Pois nesse, ela era uma corvina medrosa e insegura, que não conseguia tomar suas próprias decisões, comentando erro após erro, para no fim se tornar uma traidora dedo-duro. E estava fadada a carregar isso para sempre, presa as consequências do seus erros.

Marietta Edgecombe era uma dedo-duro –neste mundo.  


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