Junho escrita por writetolive


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Agora vou deixar com vocês o último capítulo da fic. Eu particularmente não gostei, achei que deveria ter ficado melhor. Eu ainda não sei quando vou postar a próxima fic, e com minha preguiça e minha inspiração pode demorar um pouco. É isso. Boa leitura!



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Aquela quinta-feira não poderia ter amanhecido de outro jeito, o céu estava nublado e o vento estava forte. Um ano e oito meses havia se passado desde então... As cartas de Alice tinham parado de chegar há dez meses, na sua última carta ela disse que iria parar de me corresponder, ela também não me disse o porque só disse que era para eu ficar tranqüilo, que por enquanto ela ainda estava bem. Coloquei uma calça de moletom preta, e um casaco também de moletom e um tênis qualquer. Tomei meu café, fui até o correio e nenhuma correspondência, cumprimentei Dona Annete que sempre aguava as rosas pra mim. Queria que Alice estivesse aqui para ver como as rosas estavam bonitas e bem cuidadas.

 

— Dona Annete eu vou dar uma volta na praia se por um acaso alguém chegar diga que eu estou caminhando na praia - Na verdade eu nem sabia por que tinha dito aquilo, ninguém iria me visitar numa quinta-feira no mês de Junho. Estava me sentindo estranho, com uma sensação esquisita. Não sei dizer se era boa ou ruim, só que estava me deixando inquieto. Caminhei sem rumo na areia molhada da praia, acendi um cigarro para disfarçar minha solidão. Droga! Em umas das cartas prometi Alice que pararia de fumar! Dei uma última tragada e joguei o cigarro no mar, continuei caminhando. E aquela sensação esquisita só ia aumentando cada vez mais, na hora que me senti cansado me deitei na areia molhada mesmo. Olhei para o céu cinzento e o admirei em silêncio até uma forte onda de sono chegar, forcei meus olhos tentando sem muito sucesso mantê-los abertos. Por fim, fui vencido.

 

Abri meus olhos e me deparei com o clarão que vinha do céu, me sentei na areia úmida. Passei a mão no meu cabelo tirando areia do mesmo. Olhei para o lado bocejando e senti meu coração falhar uma batida. Não era possível!

 

Alice abriu um enorme sorriso, exibindo seus dentes brancos em uma linha perfeitamente reta. Pisquei, uma, duas, três vezes para ter certeza de que não era uma miragem.

 

— Eu morri? É isso, eu morri e você é uma alucinação. - Alice soltou uma gargalhada e disse:

 

— Não, você não morreu sou eu mesma Alice. Eu prometi para você que voltaria lembra.

— Mais você não me avisou nem nada! - Olhei para o céu e disse - Olha Deus se isso for uma piada saiba que você tem um péssimo senso de humor - Ela gargalhou mais uma vez.

— Me dê a sua mão e vou provar para você que não sou uma alucinação. - Hesitei mais cedi, o que mais poderia me acontecer? Levantei minhas mãos estavam pousadas na areia e estendi para ela. Alice segurou minha mãe e eu senti a textura e maciez de sua mão, fechei os olhos aproveitando o momento. Se fosse uma alucinação que não acabasse nunca. Ela guiou minha mão até seu rosto escorreguei minha mão pela sua pele macia. Senti algo molhado eu meus dedos e abri meus olhos... Alice estava chorando e alucinações não choram e nem tem pele macia, não fruto da minha imaginação era ela mesmo! Era minha Alice.

 

— Alice... - sussurrei, ela sorriu e pegou minha mão de seu rosto entrelaçando seus dedos no meu.

 

— Já estava pensando em outras formas de fazer você acreditar e mim - Disse sorrindo, ela estava tão linda. Ela não tinha mais aquela aparência doentia, seu rosto estava corado, os olhos brilhantes, a pele estava na sua tonalidade natural. O cabelo de cor marrom queimado estava cortado na altura dos ombros. Peguei seu rosto delicado em minhas mãos.

 

— Você voltou pra mim! - murmurei.

— Eu disse voltaria, eu prometi, lembra?

— Claro que eu me lembro, me lembro de tudo, não teve um dia em que eu não pensei em você! - Alice me abraçou forte, e choramos um no braço do outro, mais meu choro não era de tristeza era de felicidade de vitória. Peguei seu rosto e beijei seus lábios sem contato de nossas línguas, só queria senti-la e depois sua boca entre aberta me deu passagem. O nosso beijo foi sufocante, queria matar toda minha vontade dela ali. Alice separou seus lábios do meu. Limpou seu rosto que estava com vestígios de lágrimas.

 

— Eu estou curada, obrigada por acreditar na minha cura quando ninguém mais acreditava nem mesmo eu. - Abracei-a novamente, ela se afastou ainda sorrindo e disse:

— Essa ainda não é a melhor noticia. - Franzi o cenho, o que poderia ser melhor que a cura dela?

— Então qual é a melhor noticia? - Os olhos dela foram para margem do mar, onde um garotinho brincava com as ondas. Não dava para ver direito, ele tinha no máximo um ano e alguns meses.

 

— Willam - ela o chamou, ele veio correndo meio desajeitado e então parou em nossa frente. Olhei para Alice sem entender muito coisa, o rosto dela já tinha sido banhado por lágrimas silenciosas. Direcionei meu olhar para o garotinho, ele tinha os cabelos loiros escuros, os lábios muito parecidos com os de Alice. Mais os olhos e nariz... Oh meu Deus ele é meu filho.

 

— Bill esse é Willam, nosso filho foi ele que me curou - Alice confirmou minhas suspeitas, abri minha boca mais as palavras não saiam. Eu me levantei diante daquele garotinho que mal tinha um metro de altura. Ele ficou me olhando um pouco receoso, eu me abaixei até ele ficando da mesma altura. Passei minha mão em seu rostinho rechonchudo.

 

— Meu filho - disse orgulhoso, o abracei e ele fez o mesmo com seus bracinhos curtos.

— Pai? - Ele disse com sua voz inocente, olhei para Alice ela ria e chorava ao mesmo tempo.

— Sim, sou eu meu filho - O apertei mais em meu meus braços. Sentei-o perto de Alice e me sentei ao lado dele. Passei meu braço em volta do ombro dela e disse:

 

— Nós temos uma família, muito bonita por sinal. - Ela beijou minha mão em seu ombro.

— A partir de agora nada mais vai me afastar de você.

— Promete? - Perguntei.

— Prometo e você sabe que eu costumo cumprir minhas promessas.

— Vamos para a nossa casa, quero que você veja suas rosas eu cuidei bem delas! Nosso pequeno vai adorar isso aqui.

 

Naquela quinta-feira esquisita e nostálgica eu voltei para a casa com duas coisas há mais: o amor da minha vida e o fruto do meu amor.

 

Epílogo.

 

Alice e Bill se mudaram para a casa Amarela já que o chalé era pequeno demais para os três. O lugar (chalé) é sempre visitado pelo casal em finais de semana. Alice está totalmente curada da doença e abriu um restaurante vegetariano no centro de Cannes. Bill ainda trabalha com música, só que agora por causa da família faz menos turnês para ficar em casa com a esposa e o filho. Eles vivem em Cannes e não pretendem se mudar. Tom casou com Catarine e ela está grávida de sete meses, segundo os amigos ele é o Pai mais coruja que existe, até mais que seu irmão Bill. Não deixa Catarine fazer nada, nem pegar nada. Atualmente moram em uma casa em Hamburgo. Georg e Beatriz continuam casados, Georg quer muito ter um filho mais Beatriz disse que ainda não está preparada para as estrias. Verônica se casou, ela e Alice continuam amigas. Gustav também está namorando pretende pedir a namorada em casamento esse final de ano.

 

 

Fim.


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Notas finais do capítulo

É isso meninas, desculpe se o último capítulo não ficou do agrado de vocês. Eu dei meu melhor. No próximo os agradecimentos!

Beijos.