Estávamos tão próximos um do outro que qualquer simples movimentos nossos lábios se juntariam, nossas respirações estavam pesadas. Encarávamos um ao outro apreciando cada detalhe tudo pareceu invisível em nossa volta, parecia que só existia nós dois no universo.

- O que está acontecendo? – Não obtive resposta, então Bill fez aquilo que eu sempre sonhei colou seus lábios nos meus, mas agora não era sonho era realidade. Ele me beijava com tanto carinho, delicadeza e ternura como se eu fosse algo importante pra ele, algo delicado como porcelana. Sabia que era errado mais não conseguia parar. Era tão errado, tão confuso e tão bom senti os lábios dele junto ao meu. Eu precisava parar eu tinha que parar antes que aquilo ficasse fora de controle, eu não conseguia meu coração estava no comando do meu corpo e principalmente dos meus lábios. Em minha mente veio a imagem de Tom e Verônica eles não mereciam ser traídos dessa forma. Juntei as poucas forças que tinha e empurrei Bill com força, ele me olhou confuso magoado e isso me doeu mais do que me afastar de seus lábios macios. E fugi para o meu quarto.

- Alice volta aqui! – ele gritou.

 Bati a porta do quarto, joguei-me na cama gordas lágrimas já se espalhavam em meu rosto. Porque aquele beijo parecia tão errado? Amar alguém é errado? Tudo isso me parece tão confuso, eu sabia que isso iria acabar acontecendo que iria sofrer por ele, essa viagem tinha sido um erro. Eu estava me machucando e mais cedo ou mais tarde machucaria alguém que eu amava. E Bill o que está passando na cabeça dele? Ele estava brincando comigo o que ele realmente sentia por mim? Eu tinha tantas perguntas mas nenhuma resposta. Ouvi barulhos vindos do andar de baixo eles deviam ter chegado, Tom não podia me ver naquele estado. Corri para banheiro lavei meu rosto e passei pó compacto para disfarçar a vermelhidão do meu rosto.

- Pequena cadê você? – Tom me chamou assim que entrou no quarto, e eu o abracei ele sem entender aquele meu ato de desespero correspondeu meu abraço.  Eu não conseguia olhar nos olhos dele. Eu queria dizer a verdade mas eu não conseguia.

- Tudo isso é saudade é? – ele brincou, e me olhou atentamente eu desviei o olhar.

- Talvez.

- O que isso no seu rosto? – virou meu rosto para ele, eu fugi novamente.

- Não é nada, acho que é alergia – menti.

- Você quer que eu te compre um anti-alérgico? – ele me olhou com doçura e eu me senti pior do que já estava eu odiava ter que enganá-lo ele era melhor amigo.

- Não precisa estou bem.

- Se você diz... Escuta você viu o Bill?

- Não só de manhã na hora do café – menti novamente, já estava ficando boa nisso.

Há tarde passou e nem sinal de Bill, Verônica ligava no celular dele mais só caia na caixa postal. Todos nós estávamos no sofá esperando noticias do Bill, já era de noite e segundo o jornal local teria uma tempestade de madrugada.

- E se nós fossemos atrás dele? – sugeriu Georg.

- Vamos então droga! – disse Tom irritado, ele estava preocupado com irmão que não tinha o habito de sair sem avisar.

- Calma vamos esperar mais alguns minutos se ele não aparecer á gente liga pra Policia e vai atrás dele – disse Gustav calmamente.

Em meia aquela confusão eu fiquei calada, estava preocupada com o sumiço de Bill e se chegar acontecer algo com ele eu me sentirei culpada. Os minutos passaram e tensão tomou conta da sala Tom balançava a perna sem parar. Eu só consegui respira aliviada quando vi a figura esguia entrando pela porta da sala.

- Bill! – Verônica gritou e foi de encontro com ele.

- Onde você estava em seu idiota? Todo mundo estava preocupado com você! – disse tom irritado, Bill olhou para mim e abaixou há cabeça.

- Eu fui dá uma volta no bosque e acabei perdendo a noção do tempo, desculpe.

- Você deve está com fome vou te preparar algo pra comer – Verônica o arrastou até á cozinha. Ela era tão cuidadosa... Cuidadosa, era essa palavra que Bill usou antes me beijar levei meus dedos até meus lábios e foi como se tivesse tendo todas aquelas sensações que o beijo dele me despertava.

Os dias foram passando e meu relacionamento com Bill estava pior falávamos apenas o necessário e ás vezes nem isso. Tom estava sendo o melhor namorado que podia ter, se eu não amasse o gêmeo dele com certeza agora estaria perdidamente apaixonada por ele. Tom era incrível fazia de tudo para me agradar e mesmo assim eu sou uma ingrata e não consigo ser cem por cento feliz ao lado dele. Eu queria conversar com Bill saber o que esta fazendo ele ter essas atitudes, eu infelizmente não tinha coragem fazê-lo, nesse momento eu só queria sumir.