The Walk of The Valkyrie escrita por LWinchester, Liran Rabbit


Capítulo 5
Capítulo IV- Os Reis e Rainhas de Nárnia




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CASPIAN

Hilde se adaptou bem a ritmo dos Narnianos. Ela passava a manhã treinando com o centauro Frederik e pela tarde ia tomar chá com o senhor Texugo. Garantiu que em sua terra natal, o chá deve servido às 17h00. Por duas noites fugiu de seu alojamento e foi se encontrar comigo, disse que passara tempo demais sem me ver. Era engraçado o jeito que andava pela mata no meio da noite. Parecia uma pata! Ou quando tropeçava procurava culpar o ser ou objeto mais próximo.

No entanto, neste momento encontra-se deitada sobre o meu peito, dormiu e me diverti com a narração inconsciente de seus sonhos, ainda que noite passada, tenha derramado lágrimas, enquanto citou o nome dos pais. No começo, cheguei a pensar que era louca, mas quando fui conhecendo-a deduzi que sua estranha terra natal existia. Comparei com os reis e as rainhas de Nárnia, durante a Era de Ouro. Se eu os tivesse conhecido teria pedido sua ajuda para animá-la ou fazê-la voltar pra casa, ainda que uma parte minha, egoísta, não queira que ela vá embora.  Sentia o peso de liderar um exército. Como dever de um príncipe herdeiro, fui preparado para o dia em que me tornaria rei e ocuparia o lugar de meu pai.  Mas não dessa forma. 

− HILDE! - chamei-a. Ela veio correndo. Raramente vejo a séria. 

− Majestade - debochou. Peste teimosa... 

 − Jovem serva, peço que venha comigo-entrei na sua brincadeira. Estávamos caminhando, quando ouvi a voz do Ripchip. Parecia que discutia com alguém. Fiz sinal para Hilde se esconder, ela negou e foi atrás de reforços. Maldita teimosia. 

Ataquei um garoto loiro de minha idade talvez ou um pouco mais velho. Ele se defendeu. Ele era realmente bom. Foi quando enfiou a espada no tronco da árvore que vi o símbolo da espada que usava. Impossível! 

− Grande Rei Pedro? Pensei que tivesse ido embora - falei. Hilde saiu na frente dos guerreiros que ao que parece assistiram nossa pequena luta.  Entendo que ela tenha ficado surpresa, mas não esperava que isso a abalasse tanto.  

− Parece que muita coisa mudou aqui em um ano que estivemos fora, quero dizer 1000 anos. - havia certo tom de arrogância em sua voz. E naturalmente ele apresentou os três. A gentil era uma rainha bonita.   

− UM ANO? VOCÊ ESTÁ LOUCO! ESTOU AQUI HÁ TRÊS ANOS... E EU ME LEMBRO DE VOCÊ... De vocês - Hilde saiu aos berros na direção deles, brandindo a espada.  

− Como você os conhece? - perguntei. 

− Eu os vi em Londres antes de embarcar no trem, mas isso foi há três anos. - guardou a espada e cruzou os braços.  

− Eu me lembro de você... Phelps Hilde, não é? - disse Lúcia. 

− Mas nos vimos há uns 15 minutos no nosso mundo - disse Susana.  

− Impossível! CASPIAN, DIGA A ELES - ela estava começando a se irritar. Então eles voltam e vão sumir com minha irmãzinha?! Não! 

 − Poderiam ter vindo mais cedo, quando o povo precisou de sua ajuda - respondi, um pouco, seco. 

− Mas agora nós voltamos nos informem sobre a situação do reino. – Ordenou com um sorriso, Pedro.  

− Ótimo, então quando os perguntei sobre Nárnia, ninguém me informou até eu ficar presa em Thelmar por três anos, agora os revejo e pior como realeza-cuspiu.  

 − Hilde, tenha mais respeito com os reis e as rainhas de Nárnia! - reprendeu, Frederik, ainda que seu tom tenha soado um tanto paternal.  

 − Não enche, Frederik! - resmungou. O Justo deu uma risadinha. Trocou olhares divertidos com a rainha Lúcia e com o anão que os acompanhava.  

− Também me lembro de você na estação... Sua mão ainda a incomoda? - perguntou rei Edmund. Olhei para o rosto de Hilde que ficou vermelho. Isso não parece bom. 

− Talvez Aslan possa responder - animou Lúcia. 

− Ao que parece o tempo em Nárnia é diferente do nosso mundo, não fique nervosa, acredito em você! Assim como acredito em Lúcia tenha visto Aslan, também - sorriu.  

Não gostei nenhum um pouco do “nosso mundo” que ele usou me senti roubado, Hilde foi primeira amiga que tive depois é claro do Professor, brinquei com ela algumas vezes que se fosse pedida em casamento o pretende deveria me pedir autorização o que no geral terminava com socos nada leves dela.  

Os leveis para nosso esconderijo.  Os narnianos ficaram bastante encantados com a volta de seus reis e suas rainhas. Não posso mentir que eu mesmo fiquei contente também, só os conhecia pelas as histórias.  Olhei discretamente para Hilde e ela parecia um pouco brava, mas sua expressão suavizou conforme conversava com Frederik.  Deve está me evitando porque não quer contanto com os quatros irmãos. Ela deve os está culpando por sua vida como serva nesses três anos. 

− Bem que eu poderia experimentar a afiação da minha espada no loiro... - resmungou baixo. Não é sua culpa que ela tenha problemas com a realeza. E ao que parece Pedro terá problemas e espero que Edmund também. Sorri de canto. Não ele não terá, desde que chegou ficou galanteando-a. Ou terá. Talvez eu possa testar a lâmina da minha espada nele.  

− Algo o diverte? - perguntou Lúcia. 

− Perdoe-me, majestade? - perguntei. 

− Você estava rindo. - Concluiu o Justo, o que arrancou uma tímida risada da Gentil.  

− Só pensando um pouco - engoli em seco. 

− Hilde fique do meu lado! Afinal temos a mesma idade - convidou Susana. 

Edmundo ofereceu o braço a ela.  

Edmundo

Nunca vi alguém tão envergonhado quanto ela. Seu rosto ficou tão vermelho quando ofereci meu braço que me questionei se ela não estava passando mal. Ou apenas preferisse que fosse Pedro. Hupf! 

− Há quanto tempo você disse que vive em Thelmar, mesmo, Hilde? - perguntou Suzana 

− Três anos! Eu não consigo entender, eu os vi há tanto tempo e me informam que não passou nem um dia no... “nosso mundo“ - hesitou. Percebi que as maçãs de seus rostos estavam voltando à cor normal. Ela não era a garota mais bonita do mundo ou uma princesa descrita nos contos de fadas ou mesmo em alguns livros que li em nossa biblioteca em Cair Paravell, mas era de uma beleza comum, nada de extraordinário, mas que atraia atenção no geral.   

− Aslan vai lhe explicar, deve ser um plano dele você ter sido trazida pra cá. - sorriu Lúcia. Um ótimo plano, Aslan! 

− Ou eu sou deveria não ter ido comprar aquela barra - resmungou Hilde. 

− Barra? - interessou-se Pedro. Interessado demais.  

− Chocolate - e ficou séria novamente. Tentou se soltar do meu braço, mas o mantive firme e tenho certeza que a vi revirando os olhos. Acho que ela não gostou muito da ideia de sermos os “Lendários Reis e Rainhas de Nárnia”.  

− Ficarei honrado em treinar com vocês, majestades - Disse Frederick. Ele fez uma carranca para Hilde que deu um leve sorriso com atitude do centauro. 

− Hilde vá com Frederick se juntar aos guerreiros e aguarde minhas ordens - ordenou Caspian. 

− Não seriam as minhas? - debochou Pedro. 

− Você não é pouco, arrogante, Alteza? - rebateu Hilde. Ela me pareceu nervosa desde a nossa chegada, talvez não tenha ficado muito feliz em nos ver. 

− Se acalme... – pediu Caspian. Me pareceu que ele estava pedido para si mesmo não pra ela. Olhei para Lúcia que apenas piscou olhos. Isso foi arrogante. Não posso ler pensamentos, mas o sorriso de minha irmã caçula havia desaparecido e provavelmente Susana também deve ter desaprovado as palavras dele.  

− Sim, aguardaremos suas ordens. Agora vamos? - disse Caspian. Senti um aperto em meu braço. A ideia dela não gostar de Pedro me deixou estranhamente aliviado.  Ou gostasse uma vez uma garota na escola, que sempre discutia comigo confessou estar apaixonada por mim. Deixei a mais perto de mim.  

Susana

Estranhei a atitude de meu irmão, assim como o fato de Aslan não ter aparecido. Acho que ele foi embora como dizem caso contrário os thelmarinos não teriam chegado até Nárnia. Mas o que, ou melhor, quem me surpreendeu foi Edmundo! Desde que reencontramos a menina da estação ele não a solta. Acho que se a gente voltasse para casa nesse momento, ele iria enviar inúmeras cartas para o meu colégio a fim de saber como ela é, do que gosta ou se estava prometida a alguém. Esse pensamento me divertia apesar de não aparentar. 

 Eu gostei de Hilde quando a conheci, apesar de inicialmente tê-la achada um pouco intrometida. 

 Vi Hilde soltar o braço de Eddie e pegar a mão de Caspian. Eles namoram? Pensando bem não, mas ela gosta dele. Eddie vai sofrer um pouco. Eddie me deve uma. 

− HILDE! - ela soltou a mão de Caspian e se aproximou - Você é namorada do príncipe? - acho que fui direta demais, mas foi minha única opção. Ela limpou as mãos nas roupas. 

 − Não namoro ninguém - “Ninguém” saiu sofrido de seus lábios.  

− Pensei que vocês tivessem alguma coisa... - insisti. Ela prendeu o cabelo em coque no topo da cabeça, nervosa. 

− Pensou errado, Rainha “Gentil”! - refutou. Pedi desculpas.  

− Sem problemas, há algo que lhe posso ser útil?- questionou. Tentei responder, mas ela fugiu.  

− Com o tempo a menina se acostuma, majestade. – Justificou Ripchip. Balancei positivamente minha cabeça e permaneci em silêncio durante o restante da caminhada. 

POV Susana OFF 

Meu caro amigo, imagine que a caminho de sua escola você é levado para um jardim, embora bonito, nos primeiros minutos é divertido e admirável, passada uma hora, você se sente só, caminhado encontra cidadãos que não lhe ajudam e forçam a trabalhar por dias e por fim se tornam anos. Vê? É assim que a nossa amiga Hilde sente, não podemos culpá-la pelo rancor que guarda pelos Pevensies, ainda que injusto, ela tem o direito de se irritar... No entanto você e eu precisamos nos irritar com o soberano de Thelmar, um homem que não reconhece a bondade de Aslan e que prega a extinção de narnianos e a morte do sobrinho, é digno de pena.  


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Notas finais do capítulo

Hey,narnianos,peço desculpas pela demora,mas eu estava tendo um problema quanto à continuidade da história. Espero que tenham gostado,esse capitulo foi feito com o maior carinho e Liran me ajudou muito nele
até a proxima
bjs



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