Eneia

O Filho de Afrodite

Os filhos de Afrodite são mulheres, pensavam isso até eu chegar...

Ano de 1913.

Os deuses gregos existem e seus filhos são chamados de semideus.Deve estar pensando: ‘’ Deve ser tão legal ser filho de um deus, que demais!!!’’

No entanto ser um semideus "não é tão bom assim", os deuses nem ligam para suas proles mortais e para melhor temos um cheiro especifico;que atrai diversos...MONSTROS.

A maioria não atinge a maioridade, muito menos a velhice. À fim de mudar (ou tentar) isso, algum séculos atrás foi criado o acampamento meio-sangue, com intuído de ensinar como combate-los, como sobreviver sendo um semideus….

E agora  estou tentando ir ao acampamento,mas infelizmente, há na minha frente um minotauro e cinco emposai's !

Meu nome é Eneia William Lastor e eu sou filho de Afrodite.

Duas horas antes.

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"Minhas costas doem", resmungo.

Na próxima vez, irei pedir para me recomendarem uma hospedaria. Levanto-me da cama de madeira, vou até as grossas cortinas abro-as com força, imundando o quarto com uma luz tão brilhante que meus olhos começam a arder, o que seria um problema se continuassem, no entanto logo se acostumaram. Pego minhas calças, cinta e paletó, coloco-os, faço minha gravata e coloco meu chapéu. E obviamente escondo quatro facas pelo meu corpo, duas nas botas e o restante no paletó, um semideus que valoriza sua vida, sempre leva uma arma consigo.

Saio de meu aposento, desço as escadas ouvido as mesmas rangendo, dirijo-me ao restaurante em minha frente, um local sem pessoas ao redor, sento-me e faço um gesto com as mãos para que dê-me um café.

Logo uma jovem loira, com um vestido exuberante se aproximasse, e se senta ao meu lado.

—Boa Dia, mãe-cumprimento-a.

—Olá Eneia- falou, beijando-me a testa.

—Quero que faça algo para mim-disse, colocando sua mão sobre a minha.

—Não-respondi.

"Minha mãe com todo certeza iria pedir para me envolver em algo que colocaria minha vida em risco."

—Você é um dos meus filhos mortais favoritos e ainda assim não quer me ouvir-respondeu chorando.

Se ela continuasse, chamaria muita atenção,e receber atenção é o ato que  semideus mais odeia. "Não tenho outra escolha".

—Fale, no entanto dependendo da fala eu recusarei.

Ela parou magicamente de chorar, e me falou, dando uma piscadela no final:

—Vá para o acampamento, e consigo algo para mim, então será recompensado com um pedido.

—Posso recusar? -perguntei-lhe dando um cole em meu café.

—Não- respondeu, dando um grande sorriso.

Uma das piores parte de ser um meio-sangue, é o fato que seus pais (deuses) não lhe dão o direito de escolha, e minha mãe, Afrodite é o pior deles.

—Quando devo partir? -falei, dando um suspiro.

—Como esperando do meu belo filho! Pode partir agora, será bom conviver um pouco com suas irmãs!- Falou, entregando-me um lenço com as instruções.

—Posso fazer qualquer pedido? -implorei.

—Quem sabe -respondeu, dando outra piscadela, e pegando o braço do homem que passava.

Minha mãe me contara, quando era menor que eu não tinha nenhum irmão e era o único filho seu único filho homem. "Tomara que não ocorram conflitos…."

Vi o que estava escrito no lenço, pelo jeito o acampamento que ouvira falar ficar perto de uma colina. Alguns anos atrás minha mãe falara do mesmo, e queria me obrigar a ir no mesmo, O único lugar seguro para meios-sangues, eu teria ido se meu pai não tivesse intervindo.

Chamei o garçom para paga-lo e me falou:

—Um jovem bonito como o senhor, eu pago por você.

No entanto dona interviu e disse:

—Não precisa pagar, meu belo rapaz.

 Agradeci com a cabeça e parti rapidamente para a pousada, não queria que ela me força-se a  casar com ela ,"me arrepiei com esse pensamento".

Esse é um dos fardos que ser filho de Afrodite, herdar seus poderes, sendo que eu os herdei digamos fortemente.Peguei minha bolsa,já preparada,coloquei um chapéu em minha cabeça,fechando a porta do quarto.