Miríade escrita por Melry Oliver


Capítulo 13
13. Plano B




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Virei a cabeça mais uma vez em direção a figura masculina, eu fixei a minha atenção nos olhos quentes do garoto bonito, movimentei os cabelos para traz sem tirar os olhos dele, um último sorriso, Michael sorria jocoso levantou a mão em um breve aceno, eu então caminhei para longe, a cada passo eu me sentia como se estivesse prestes a despertar de um sonho bom,  constatei melancólica.

Por trás daquele rosto bonito deveria ter um eclipse de emoções, o que pensava o que gostava, jamais em toda a minha vida quis tanto conhecer alguém como eu queria naquele momento.

Havia uma emoção dentro de mim que me instigava a conhecer a figura pública que caiu de para quedas na minha vida pela segunda vez.

Quantas vezes isso poderia acontecer?

Como margem eu via a cena praiana de um dia de sol, vento, mar tranquilo, praia sem aglomerações ou sequer movimentações exasperadas.

No entanto a sensação de desconforto me deixava desnorteada e isso se devia ao estresse tangível na voz da minha mãe, dessa vez eu acho que eu tinha passado dos limites até para o uma pessoa serena como Sarah, tentava me preparar psicologicamente para a sua possível ira.

Retornei a um dos bancos perto da área da praia pra calçar novamente os patins e me vi deslizando sobre rodas, era leve e simples como pedalar de bicicleta, atravessei a rua, e me direcionei ao estacionamento que Sarah havia deixado o carro, desacelerei para puxar uma respiração forte.

Eu não era covarde e nunca seria, era a hora de enfrentar o que quer que fosse.

Com o pensamento que no final tudo estaria bem, eu prosseguir.

O carro prata de vidro aberto era um dos poucos que ainda se mantinha no lugar, busquei uma coragem que eu não tinha para me inclinar sobre a janela do carona para ela me ver.

Hora de encarar a fera!

O par de olhos verdes caíram sobre mim, pequenos e preocupados, talvez a ira da jovem senhora tenha dado uma trégua.

— Oi mãe. – Falei sem jeito, tentei sorrir.

Minha mãe continuou a me olhar sem reservas, como se quisesse confirmar se eu realmente estava ali, as rugas de expressão se mantinham firmes na testa o seu olhar estava me deixando aflita, eu queria que ela falasse alguma coisa mesmo que fosse para brigar comigo.

— Você está tão ferrada. – Ouvir o nanico murmurar.

Infelizmente eu tive que concordar.

Então tudo mudou Sarah suspirou audivelmente ao puxar uma lufada, eu não conseguia olhar para Ethan, preocupada na verdade com a eminente reação dela.

— Entra. – Ordenou.

Cautelosamente eu fiz o que ela mandará, depois de me acomodar lentamente virei para vê-la, exasperadamente a minha mãe me puxou para um abraço desengonçado.

— Meu Deus, Destinee você queria me matar do coração minha filha?

Segurei em seu braço em retribuição.

— Eu...

Minha mãe foi mais rápida.

— Diante do seu sumiço o meu coração quase saia pela boca Destinee Haas por tanta preocupação com você quando eu percebi que demorava a voltar, fiquei tão preocupada que esqueci até que levava o celular do Ethan com você.

Se movimentou para levar a mão a testa.

— Eu só queria saber o que deu em você pra agir dessa maneira? Você nunca, nunca tinha feito algo assim. – Ainda alterada falava com irritação.

Talvez tenha sido mais sério do que pensei na realidade ela merecia a verdade, mas se eu contasse acarretaria a outras perguntas que eu não estava disposta a responder por agora, eu precisava acalmar as coisas comigo mesmo, talvez eu tenha sido atingida por uma “brisa tropical”.

— Me distrai na praia então perdi a noção do tempo, lhe peço desculpas... – Pedi humilde.

Mas uma mirada fixa, a minha mãe estava me avaliando...

— Tem certeza de que se trata apenas disso? Nada passava em branco.

Mesmo sentindo uma pontada de culpa eu seguiria em frente.

Vamos lá Destinee seja firme você não está mentindo apenas adiando uma conversa com a sua mãe.

Acenei com a cabeça de maneira afirmativa.

Sem tirar os olhos analíticos do meu rosto ela lentamente disse.

— Tudo bem, podemos falar mais tarde sobre isso.

Concordei mais uma vez.

— O que querem conversar que eu não posso ouvir? Ethan ranzinza questionava.

Numa tentativa de amenização eu disse.

— Não é nada Ethan, a mamãe só ficou preocupada.

Ele deu de ombros e estendeu a mão.

— Passa o meu celular, garota sem. – Exigiu com escarnio.

Sem falar uma palavra eu peguei o aparelho e o entreguei.

Rapidamente ele começou a vistoriar o celular.

Reprimir a vontade de revirar os olhos.

O clima com Sarah não era dos melhores, uma discussão agora me colocaria em maus lençóis.

Sem perceber eu me deixei levar pelo momento vivido na praia, tinha sido magico quase como um sonho, sem me importar com o tempo...

Franzi o cenho.

Como eu pôde me distrair tanto? E nem sequer passar pela a minha cabeça que a minha mãe estaria preocupada comigo.

E o pior de tudo era não sentir remorso, nenhum pingo de culpa, meu Deus só esperava não ficar de castigo, justo agora que eu tinha conhecido o príncipe dourado.

Eu me mantinha pensativa e sorria incrédula diante da minha falta de atenção, dessa vez você se superou Destinee. – Balancei a cabeça de lábios franzidos...

Aff. Parecia que eu nunca tinha visto um cara bonito.

Não seria o primeiro muito menos o último.

Qual era o meu problema afinal?

O Até então quieto Ethan disse. — A mamãe briga contigo e você ainda sorri. –  demonstrou confusão. — Você é tão esquisita.

Como provocação eu sorri ainda mais.

Eu tinha a impressão de que o passa tempo preferido do Ethan era me encher o saco.

— Conte-me uma novidade.

Ethan não retrucou, simplesmente me encarou com os olhos em fendas.

Aumentei o sorriso.   

Minha mãe ainda não estava com o humor dos melhores, de semblante sério ela nos ignorou e de maneira silenciosa deu partida no carro.

Definitivamente eu precisava de um plano B.


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