Free Fallin' escrita por MrsSong


Capítulo 4
3. Tuberosa


Notas iniciais do capítulo

lolo e Gabrieli Vargas merecem prêmios pelos gentis comentários. Gabrieli também favoritou, então muito obrigada. Terceiro favorito que eu não sei quem é, revele-se e ganhe acácias amarelas que significa, vejam vocês, amizade e amor secreto, hehehe. Bento era adepto à linguagem secreta das flores e vocês não podem me convencer do contrário!



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Tuberosa

Prazer Proibido

Fabinho entrou em casa e se surpreendeu ao ver a mãe com uma expressão desligada, fazia tempo que Irene não tinha uma crise e ele gostaria que a mãe permanecesse assim. Depositou um beijo em sua bochecha e se sentiu aliviado ao notar que um sorriso surgiu no rosto de sua única família.

— Está tudo bem, mãe? - perguntou e ela lhe encarou com o mais terno dos sorrisos.

— Mas é claro, meu filho! - ela acariciou seu rosto e Fabinho ficou tenso.

Irene sempre foi muito carinhosa com todos no mundo e seu carinho era muito maior com o filho, porém ela também era uma mulher com uma doença grave e que precisava de cuidados. Ela não podia descuidar dos remédios que tomava e essa responsabilidade se tornou de Fabinho também conforme ele crescia e notava porque às vezes tinha que ir dormir no lar da tia Salma e do tio Gilson ou porque tio Nestor o chamava para ver jogo do Palmeiras – um time que ele nem ao menos torcia! - e tantas desculpas que os adultos contavam para proteger uma criança.

Fabinho não era o tipo de pessoa que esperava do lado de fora a resolução do conflito e rapidamente se envolveu nos cuidados da mãe: ele fazia questão de contar todos os dias os antidepressivos que a mãe tomava, para ter certeza de que ela não estava pulando medicação, tentava sempre acompanhá-la na terapia e a lembrava de comer… Não gostava de dever nada para ninguém e a mãe e ele não precisavam da caridade de ninguém.

Quando ele falava desse jeito, Giane frequentemente soltava uma risada pelo nariz e o chamava de idiota antes de Bento mudar o assunto. Ela nunca tentou explicar porque Fabinho era idiota e ele nunca quis saber.

Fabinho sabia muito bem que a mãe se sentia culpada de quase abandoná-lo na infância, já tinha cuidado da mãe durante crises vezes demais para ver os olhos marejados e ela balbuciando que não sabia se aguentaria ver o filho que tivera com ele (ela nunca dizia o nome do pai de seu filho, por mais que Fabinho soubesse muito bem quem era seu progenitor) depois de tudo que ele fez… Mas que ela amava tanto o filho que até doía essa possibilidade de perdê-lo.

O sangue fervia ao pensar em seu pai. Ele destruiu o coração de sua mãe e vivia pelo mundo falando da justiça social, enquanto ignorava a ex-noiva e o próprio filho porque sua mãe nunca mudou o próprio nome ou de cidade, então Plínio simplesmente não procurou os dois. Giane certa vez lhe dissera que talvez ele não soubesse da gravidez de Irene, mas ela mesma concordava que ele devia justificativas à Irene Fiori.

— Tem certeza? - ele perguntou a encarando. Ela parecia saudável e isso era mais importante que muita coisa que diziam que ele se importava.

Ninguém precisava saber quão preocupado ele era com a saúde de sua mãe. Não era do interesse de mais ninguém.

— Eu só estou feliz, meu querido. - os olhos de Irene estavam marejados, mas mantinham um sorriso no rosto. - Eu te vi com a Giane e eu gostaria de dizer que sempre torci tanto para que vocês parassem de picuinhas para ficarem juntos.

— Mãe, eu estava implicando com o Douglas. - Fabinho esclareceu com um suspiro cansado. - Estava conversando com a Giane e ele veio tentar cantar de galo, só isso.

— E você não resistiu em agir como um homem romântico? - a mãe perguntou com um sorriso que dizia que ela não acreditava em sua desculpa. - Você sabe que eu sempre pensei que vocês escondessem algo.

— Ela é apaixonada pelo Bento, mãe. Todo mundo menos o Bento sabe disso. - ele lembrou a mãe que riu.

— Quando menina, filho. - então ela lhe encarou com o mais terno dos olhares. - E você? É apaixonado por quem?

— Por ninguém, dona Irene. Não estou em posição de me apaixonar. - ele se levantou indo até a cozinha.

— Essas coisas só acontecem, Fabinho. Uma hora o coração acelera, as borboletas surgem e nada mais importa, só a outra pessoa. - Irene disse e sua expressão entristecia conforme falava.

Fabinho mordeu o lábio. Ele sabia onde a cabeça da mãe estava.

— Prometo que se acontecer tudo isso comigo, vai ser a primeira pessoa que vou contar. - disse desviando o foco. - Vai ter que me ouvir falando sobre como a mulher da minha vida é a mulher mais bonita, inteligente e perfeita do mundo.

Fabinho não queria mentir, mas não podia dizer para mãe que não acreditava que existisse uma pessoa para si no mundo. Sempre lutou contra demônios que lhe consumiam a alma e que confirmavam a certeza de que não foi feito para o amor, não tinha o peito aberto e a alma entregue a sentimentos, não encontraria um daqueles grandes amores quase de cinema.

Pensou em mandar mensagem para Giane e desistiu. Escreveu e reescreveu mensagens contando da ideia distorcida de sua mãe sobre o relacionamento dos dois, mas percebeu que não queria falar sobre o assunto, não sabia como começar a falar.

Bento lhe mandou uma sequência de links de um projeto que ele queria saber se Fabinho podia ajudar e Fabinho só queria gritar. Como Bento conseguia permanecer tão positivo enquanto o mundo parecia ruir? Soltou uma risada e fez uma montagem da cabeça de Bento no corpo da Branca de Neve.

 

Eu sou a Branca de Neve?

 

Quem mais seria a pessoa que é vestida por adoráveis animais silvestres de manhã?

 

Caras geralmente se mandam pornografia, Bentinho. Não ONGs para ajudar crianças.

 

Quer que eu mande pornografia?

 

Não, eu tenho internet em casa.

 

Se bem que… Seria hilário falar para sua adorável sócia que compartilhamos essas coisas.

 

Você gosta de implicar com a Giane, viu? Eu me sinto quase como um pai de dois filhos malcriados.

 

É como eu me sinto toda vez que vejo um novo projeto que você quer apoiar, cara.

 

Acho legal e tudo, mas quem vai te ajudar?

 

Você.

 

Ah, vou o caralho. Não tenho obrigação nenhuma de me importar contigo.

 

Mas se importa.

 

Falando da ONG.

 

Ela é de uma amiga minha, ela estava me mostrando e eu fiquei pensando que talvez você quisesse ajudar lá.

 

Não, obrigado. Odeio crianças.

 

Você podia ler para as crianças, sei lá. Ensinar alguma coisa.

 

A única coisa que eu sei fazer que é minimamente legal é estressar pessoas.

 

Quer mesmo este tipo de pessoa perto de crianças em situação de risco?

 

A Irene podia ensinar também. Você sabe que a sua mãe ama crianças.

 

Você me quer ou quer a minha mãe?

 

Agora quero vomitar.

 

Mas, sério, eu mal tenho tempo de sair como vou arrumar tempo para ser uma figura positiva (EU, FIGURA POSITIVA!!!) para crianças?

 

Porque você não pede para a maloqueira ou pro Jonas ensinarem coisas de verdade.

 

O Jonas manja muito de arte de rua.

 

 

Preferiu não dizer que talvez Giane fosse melhor grafiteira que Jonas, porque não sabia se isso ainda era verdade ou se Giane só gostava de fazer essas coisas escondido. Fabinho tinha segredos demais com Giane para se declarar inimigo dela, ambos sabiam disso.

 

Mais que eu.

 

Só pensa no assunto, Fabinho.

 

Se as crianças saírem de lá com problema com autoridade, eu quero que saiba que a culpa é toda sua, entendeu?

 

Sabia que conseguia te dobrar.

 

A Giane duvidou, mas eu te conheço.

 

Vou avisar a Malu.

 

O nome da meia-irmã fez com que Fabinho engolisse em seco.

 

Malu não é o nome daquela garota que estava toda cheia de graça com a sua estufa?

 

Como se fosse a estufa que ela quisesse, ha.

 

Ela é uma amiga que está pesquisando sobre o Lar do Tio Gilson, Fabinho!

 

E, sim, ela é a pessoa por trás da Toca do Saci.

 

Agora eu entendi.

 

Vai me usar para bancar o bom moço para a universitária gostosa.

 

Não julgo.

 

O coração na boca, a vontade de vomitar. A raiva fervendo nas veias.

Nessas horas concordo com a Giane.

 

Você não presta, cara.

 

Em algum momento eu disse que prestava?

 

 

Bento preferiu não responder e Fabinho se sentiu grato por isso. Ele já escondia coisas demais do melhor amigo e a culpa às vezes brotava, deixando-o sem chão.

Mas como ele poderia contar que há quase uma década sabia quem era seu pai biológico e que nunca quis procurar, não por receio da rejeição paterna, mas pelo ódio que sentia pela família do pai (e muito mais forte pelo próprio pai). Bento era muito puro para perceber que às vezes uma ferida não fechava direito e que, por mais que pensasse que o dinheiro do pai seria de grande ajuda na vida, o pavor que tinha do efeito de Plínio Campana sobre sua mãe o impedia de exigir o que era seu por direito.

Diziam que ele sempre foi interesseiro, não sabiam quão longe estavam da verdade.

Seu celular vibrou e não conteve o sorriso irônico ao ver quem lhe contatava. Parecia que conforme os segredos se acumulavam, mais Giane sabia de sua vida.

Nunca foi o plano de nenhum dos dois acabarem desta forma, na verdade. Giane estava com ele quando descobriu o nome de seu pai e entendeu seus motivos em não querer contato com o homem – afirmando diversas vezes que ele não precisava de Plínio Campana. Por saber de seu pequeno grande drama familiar, ela sabia de toda a preocupação de Fabinho com a mãe e os cuidados que Irene requeria mesmo nos dias bons.

 

Vai ensinar criancinhas na ONG da sua irmã?

 

Você entende a merda que está se envolvendo?

 

Pensei que seria uma boa oportunidade para conhecer o caráter da minha querida meia-irmãzinha ou coisa parecida.

 

Qual é o problema, pivete?

Medo que ela conte para o Bento que eu sou o grande amor da sua vida?

 

Medo que você se meta em encrenca e que sobre pra mim te safar.

 

Como sempre, né.

 

Grande amor da minha vida… Meu calvário isso sim.

 

Quer dizer que sou sua oportunidade de chegar ao paraíso?

 

Não, acho que já morri e você é a minha punição do inferno, mesmo.

 

Meu, você é muito escroto!

 

Você continua falando comigo.

 

Inclusive, deve me mandar mais mensagens do que manda para o grande amor da sua vida.

 

Vai se foder.

 

Não fala do que não sabe, babaca.

 

Toquei em algum nervo, moleque de rua?

 

Fico te imaginando: abre as mensagens do Bento. Olha.

Começa a digitar uma mensagem. Desiste.

Manda uma para mim.

 

Isso te faz minha segunda opção.

 

Pensei que não gostasse de ficar em segundo lugar, filhinho da mamãe.

 

Considerando que você é o prêmio, preferia ficar em último.

 

Mas, sério, acho uma boa possibilidade de me aproximar daquela família.

 

Da sua família, Fabinho.

 

Você tem certeza?

 

Do jeito que ela saiu da Acácia hoje, pode ser que a patricinha esteja planejando nosso casamento.

 

É só você não se envolver.

 

E deixar o Bento desprotegido perto daquela lá?

 

Porque você estimula ele a se envolver com minas aleatórias.

 

Queria que eu te ajudasse a ficar com ele?

 

Já tentei te arranjar gente, não deu certo.

Você não sabe viver em sociedade. Aí fica difícil alguém te querer.

 

Você entendeu muito bem, idiota.

 

Pervertido.

 

E não me lembre dessa minha falha momentânea de intelecto.

 

Ah, qual é. O cara não era escroto nem nada!

 

A culpa foi sua que surtou e deixou o cara de quatro…

 

Só que não por você.

 

Fabinho, tem horas que eu tenho vontade de fazer o que eu fiz nele em você!

 

Babaca.

 

Mas, meu doce de abóbora com coco, você já fez.

 

Cala a boca, Fabinho!

 

Não lembra não?

 

Devia ter comentado com o Douglas hoje.

 

Ele te deixaria em paz rapidinho.

 

Você devia esquecer, cara.

 

Até parece que significou alguma coisa para você desse jeito!

 

Mas significou.

 

Giane arregalou os olhos ao ler a mensagem. O pavor gelava suas costas e se preparou para um discurso que não se sentia apta a fazer. Pensou que nunca tinha interpretado o relacionamento com Fabinho dessa forma e tudo o que tinha acontecido nos anos que se seguiram e o tanto que estava envolvida na vida do (se admitisse para si mesma) amigo.

 

Você quebrou meu braço, Giane.

 

O alívio que sentiu foi menor do que o esperado, por alguma razão.

 

Três semanas de gesso, Giane.

 

Três semanas.

 

E você adorou cada minuto daquele gesso.

 

Lógico. Capitalizei meu sofrimento como um profissional.

 

Interesseiro.

 

Não lembra não?

Você fazendo minha lição de casa para mim por culpa?

Me trazendo lanchinhos.

Devo ter sido sua primeira experiência cuidando de alguém.

 

Mas é claro que foi minha primeira boneca, fraldinha.

 

É o que queria ouvir?

 

Moleque, se eu te pego, você vai ver o que te acontece.

 

Giane mordeu os lábios antes de digitar uma resposta que soava mais Fabinho que ela mesma.

 

Você já fez isso, meu doce.

 

E, pelo que me lembro, concordamos que não era uma experiência válida de se repetir.

 

Mas você lembrar disso me faz pensar que está na seca…

 

O Douglas tão disponível e você aí atirando pedra em avião.

 

Pega você o Douglas.

 

Não preciso. Tenho com quem me divertir.

 

Já você precisa desencalhar antes que fique velha e caída.

 

Por que eu gasto tanto o meu tempo falando com você, hein?

 

Porque, meu amor, você não resiste ao meu charme.

 

E porque sou o último cara do universo que vai te querer.

 

Quem não te quis fui eu, se eu bem me lembro.

 

Giane conteve uma risada ao ver a selfie que Fabinho lhe enviou. A expressão entediada que ele apresentava na fotografia com a legenda “minha cara te querendo” só a fez se sentir segura. Ela sabia que eles eram formas semicomplementares e a noção de que querer era o faltava a ambos também acalmava seus ânimos.

Por mais que já tivesse pensado no “e se?”.

Filha, ainda acordada? - seu pai lhe perguntou e ela rapidamente escondeu o celular, sem entender o motivo.

— Sem sono. - Não era exatamente uma mentira. Estava eletrizada sem saber o porquê, mas sabia a culpa de quem era pelo menos.

— São esses celulares que não deixam mais a gente desligar, sempre tem um mandando mensagem. - Silvério deu de ombros. - Seria bom ir dormir porque amanhã vai ser puxado.

Foi o pai se afastar que percebeu a enxurrada de mensagens recebidas.

Sem argumentos?

 

Finalmente aprendi a calar pivete.

 

Ouviste minhas preces, ó senhor!

 

Maloqueira.

 

Ficou babando na minha selfie e esqueceu de mim?

 

Está me homenageando é?

 

Tem partes melhores minhas para isso, doçura.

 

Posso te mandar coisas mais picantes se quiser.

 

Está querendo me fazer vomitar?

 

Você ficou quietinha com uma selfie inocente, ué.

 

Vai que resolveu explorar sua sexualidade.

Só quero ajudar.

 

Para sua informação, não preciso da sua ajuda para essas coisas.

 

Fala isso na minha cara, que eu duvido que você não está vermelha dos pés à cabeça.

 

Pervertido!

 

Você que está me induzindo a pensar em seus hábitos masturbatórios.

 

Sou apenas um homem, pivete.

 

Você é um moleque, isso sim.

 

Só acho que está querendo que eu te prove minha masculinidade.

 

Fabinho, vai a merda.

 

Me faz esse favor.

 

Depois reclama que eu só te trato na base de coice.

 

Tento ser gentil e olha como me trata.

 

Você me ofereceu fotos do seu pênis, idiota.

 

Não ponha palavras na minha boca.

 

Fabinho sabia que Giane não lhe mandaria mais mensagens e tentou não imaginar a amiga de infância se satisfazendo enquanto pensava nele. Seria um corrompimento tão grande de Giane que ele mesmo precisava acalmar seus ânimos, antes que Giane se tornasse uma estrela de suas fantasias.

Não que nunca tivesse acontecido antes, se fosse sincero.

 

x

 

— Olha o que mandaram para você! - Wesley comentou assim que a viu entrar na loja, lhe entregando um ramalhete de tuberosas com um laço delicado em cetim preto.

— Quem te mandou isso, Giane? - Bento perguntou, corando levemente ao notar as flores.

— Não tem cartão. - Giane respondeu e encarou Wesley que deu de ombros, indicando que não sabia quem tinha mandado ou que não se envolveria, era difícil saber com Wesley. - O que significam, Bento?

Bento balbuciou, antes de decidir responder de uma vez.

— Prazer perigoso. - ele deslizou os dedos pelas pétalas, enquanto Giane corava e soltava o pequeno buquê, querendo ir até aquela agência e desencarnar Fabinho. Somente ele escolheria uma zoação que ela dependeria de Bento para entender! - Giane, onde você está indo?

— Vou acabar com a raça do safado que me mandou isso!

— Será que a pessoa sabe o que significa? - perguntou Bento, tentando apaziguar a amiga.

— Se é quem eu estou pensando, fez questão de aprender. - ela respondeu bufando.

— Giane, o Fabinho fez uma piada! - Bento começou compreendendo muito bem a dedução da amiga. Quem mais escolheria um buquê flores que claramente teria um significado sexual para a amiga mesmo que de piada?

— E eu vou fazer uma enorme piada na cara dele. - ela retrucou roubando as chaves da van e dirigindo até a Class Midia.

— Eles ainda se matam, Wesley. - Bento comentou suspirando.

— Ou se acertam e se tornam um casal.

— E se matam em seguida, né? - os dois riram.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo vamos conhecer Dálias. ops.

Sobre LARS (suponho que as pessoas que quem lê FF lê LARS, desculpa se não for verdade): o próximo capítulo vem logo e vem com um bang. As coisas estão alinhadas para isso.

Quem lê LARS sabe que meu Wesley é Fabine de todo coração. ♥