Para Sempre escrita por Lia_S


Capítulo 1
Capítulo 1 - E foi assim...


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas desse Nyah e que não são desse Nyah ! Eu voltei . E hoje estou postando essa one shot inspirada .

Espero que vocês gostem ♥



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Lorna vinha tendo pesadelos constantes desde que saira do manicômio. Ela estava estressada com tudo e isso sobrecarregava também seus poderes, que estavam ficando cada vez mais fortes quando o emocional da moça era afetado.

 

Numa noite, depois de um de seus surtos com direito a gritos de pânico, histeria e alguns objetos de metal voando , que fizeram alguns dos moradores da resistência acordar, Lorna ficou envergonhada, decidiu sair por ai , sem um rumo até que a próxima manhã chegasse e todos voltassem a pegar no sono.

Mas ( infelizmente ) mal conseguiu andar duas quadras sozinha : Marcos a seguiu . Ele era bem silencioso , entretanto , desde quando eles se beijaram , a filha de Magneto podia sentir sua energia perto dela, como se fosse o homem sempre fosse atraído pelo seu campo magnético.

— Vai embora , Marcos. - ela disse sem olhar para trás cruzando seus braços pálidos e nus sobre o peito, claramente com frio, por mais que ainda estivesse com o calor da ira em seu corpo - Eu quero ficar sozinha.

— Eu não posso – O homem disse dando passo mais perto dela, que, podia sentir sua energia que estava preocupada com ela por mais que a mutante tentasse ignorar isso – E eu não quero. Olha , o que aconteceu lá no acampamento…

— Foi péssimo. - Ela virou-se com os olhos marejados e seu semblante duro, mas nenhuma lágrima caiu de seus olhos ao redor deles, as latas de lixo começaram a tremer– Eu poderia ter machucado alguém! Ou então…E se eu tivesse matado alguma das crianças?

— Foi apenas um infortúnio, Lorna. Me escuta – ele deu outro passo em direção dela que não teve nenhuma reação se não apenas inclinar a cabeça. A protetividade dele chegava a ser ridícula de tão grande . De imediato as latas pararam de mexer- Eu não vou te deixar agora, está bem? Eu quero ter certeza de que você vai ficar bem e segura. A gente não precisa voltar agora pra lá .

— Ótimo, Tenho um segurança agora – A moça zombou pondo as mãos nos bolsos da calça jeans que usava , começando a ficar desconfortável com o frio e alguns flocos de neve que caiam e a fazia tremer- Pra vamos então?

Marcos apenas olhou para os lados e gesticulou para que ela o seguisse , onde havia um beco escuro, e uma rua iluminada do outro lado . Mesmo ainda um tanto incomodada por estarem ali, Lorna o seguiu, começando a sentir seu queixo bater contra seu maxilar e suas começarem a esfregar contra a pele de seus braços .

— Está com frio ...- Marcos conjecturou em voz alta enquanto cruzavam o beco, iluminando o caminho deles com a luz que vinha de sua mão e chegando cada perto dela, que estava receosa e mais pálida que o normal. - Eu posso…

— Me esquentar como um aquecedor humano … - Ela falou lutando para que as palavras saíssem de sua boa sem tremer – Boa tentativa pra conseguir alguns amassos .

— Você pode ter uma hipotermia e morrer . A Resistencia odiaria perder uma líder … e eu odiaria te perder – Com certeza, Marcos não era bom com expressões faciais, porém Lorna sabia que as palavras eram verdadeiras.

Meio relutante , a filha de Magneto chegou pra perto dele , que gentilmente , passou seu braço pelo seus ombros e tocou-lhe o cotovelo, a aquecendo com sua mão e a puxando para mais perto do seu corpo. Aquilo era bom : o toque dele era como um pequeno sol, seu pequeno sol particular, contra sua pálida e gélida pele. O seu cheiro, acalmava-a, a fazendo até fechar os olhos e a sincronia da respiração era como se fosse musica. Ele se preocupava com ela, por mais que Lorna quisesse ser autossuficiente e tentar evitar amar alguém ao máximo possível. Mas, com Eclipse ali, talvez ... não.

Depois de andarem alguns metros sem trocar nenhuma palavra, apenas sentindo os batimentos dos corações alternados e uma hesitante aurora boreal os envolvendo, chegaram a um prédio um tanto velho ,porém habitado . Não era tão longe do esconderijo, mas , longe o suficiente para esperar já que apesar de a fachada precisar de uma pintura, por dentro , estava intacto.

Já na recepção, Marcos conversou com a recepcionista em espanhol, já separado do seu frágil corpo. Ela não entendia uma palavra do que estavam falando , até que ele deu o dinheiro pra mulher e eles foram juntos para o quarto que (pelo jeito ) ele tinha feito um check-in.

— Damas primeiro – ele disse abrindo a porta do quarto para que ela entrasse que de imediato saiu de perto dele , com um meio sorriso em seus lábios. - Não é … muito bonito mas aposto que é o suficiente pra dormir.

Não era instalações de primeiro mundo, com certeza dava pra passar a noite ( ou sobreviver à ela) . Havia uma cama, e ninguém ali ( a não ser Marcos) que sabia de seus surtos, o que a fazia se sentir um certo medo de ter outro pesadelo e de machucar alguém inocente, porém com ele por perto se sentia mais segura.

— Fica com a cama. Vou dormir na poltrona – Ele disse sentando-se na poltrona à beira da cama , num tom de total cavalheirismo que a fez corar, depois de pegar duas cobertas enquanto ela ficou pensando em silencio, o homem se ajeitou para dormir- Eu vou cuidar das coisas.

— Marcos … – A mutante pendurou a jaqueta num canto, ainda pensativa observando-o dobrar a jaqueta e desabotoar a camisa, revelando uma camisa regata branca por baixo, parecendo totalmente confortável – E- eu … quero te pedir desculpa. Eu te tratei muito mal. É estranho, mas você é o único cara que não me acha louca ou que não tem medo do que eu posso fazer… Você se importa comigo mais do que qualquer um…. Mas e se eu te machucar ? Como eu quase fiz hoje ?

— Lorna me ouça - Ele se sentou ao lado dela, que evitou olhar-lhe nos olhos não por muito tempo já que o homem a fez, guidando com ambas as mãos o rosto delicado dela e encostando sua testa na dela- Não importa o que fizer,   eu sempre . Sempre . Vou estar com de você e eu vou cuidar de você.

— Eu te amo. - Ela murmurou segurando as mãos dele e as afastando de seu rosto.

— Eu te amo. - Ela encontrou os olhos castanhos dele e gentilmente se aproximou e o beijou.

Numa questão de segundos, ele respondeu a paixão dela , a envolvendo e a puxando para mais perto dele. Era reconfortante estarem ali. Apenas os dois e sem mais ninguém : dois corpos , dois corações e o show de luzes causado pela explosão da paixão de ambos através de uma forte aurora boreal. Naquela noite, eles juraram amor eterno.

Quando acordaram pela manhã e notaram que já era tarde, juntaram as coisas e voltaram para a Resistencia , dessa vez trocando sorrisos e de mãos dadas, mais mal sabiam eles que , daquela noite de amor , nasceria algo muito mais forte os uniria.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Comentem



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