Incompréhensible escrita por Sky


Capítulo 2
Le meilleur endroit est celui près de la mer


Notas iniciais do capítulo

Os "rr's" são, causados pelo sotaque delas, entenderam...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/770856/chapter/2

Le meilleur endroit est celui près de la mer

 

Ela descalçou os pés, e sentiu seus dedos se afundarem na areia, sentindo a areia fofinha entrando por seus dedos.

Ela andou até mais perto da margem, suas pegadas ficaram marcadas na parte molhada pelo mar.

A brisa chegou de leve contra seu rosto, e seus cabelos castanhos saíram de cima de seus ombros e voaram atrás de si. A garota fechou os olhos e inspirou o cheiro do mar. Ela ouviu as longe as ondas quebrando.

Deu mais alguns passos, a água tocou as pontas de seus dedos, e logo recuou novamente. Andou mais, a água já cobria suas canelas e a areia abaixo de seus pés se dissolveu, os grãos soltaram-se no mar.

Aos poucos ela foi sentindo a água subir por seu corpo. Chegou até seu pescoço, e ela mexeu seus braços e pernas contra a água, seus dedos, braços, e todo o seu corpo pareciam completamente leves, e ela parecia uma pluma ao vento.

Ela mergulhou a cabeça, os cabelos levemente ondulados se espalharam acima de sua cabeça, ela se movimentou de forma a pegar impulso e nadar contra a correnteza leve que vinha contra sua pessoa.

Mesmo com a visão turva e embaçada, ela via a pequena barreira de corais que se estendia por um curto percurso a sua frente. Ela subiu a superfície, levantando somente o suficiente para sua boca e nariz conseguirem conter mais ar, voltando, outra vez, a água.

Ela viu algo brilhar, sob os raios de sol das onze da manhã, refletindo de forma, discreta, mas visível. Ela bateu os braços finos na direção do pequeno objeto. Ele parecia, mesmo que a certa distância, um colar ou medalhão.

Ela finalmente conseguiu alcançar a corrente, e subiu até a superfície, recuperando o ar que ela perdera lá embaixo. Limpou os olhos, levantando a correntinha para cima, olhando o que era.

Um pingente de concha, feito de ouro, pequeno, pendia no final da corrente. Ele brilhou um pouco contra o céu, completamente limpo nas áreas da praia da França, na costa. Ela enrolou a cordinha dourada em volta do pulso,e se virou a fim de voltar a margem.

No instante que deu o primeiro impulso, algo rasgou sua panturrilha e cravou as garras em sua perna.

Ela gritou mas foi puxada para baixo, e a água inundou sua boca, a fazendo engasgar e sentir a água começar a entrar em seus pulmões. Ela grunhiu e se sacudiu, a fim de se desvencilhar da criatura. Não deu certo. O bicho só cravou mais a garra, e com a outra puxou ela pela barriga a afundando ainda mais.

Um raio azul prateado saiu em sua direção, a criatura saiu de seu encalço e a menina começou a afundar sozinha, sentiu a mão da prima envolta de seu pulso tentando a levar para cima, a outra impunha a varinha, ela lançou outro feitiço, segundos depois estavam na superfície, na areia.

A loira sacudia a garota, que regurgia a água que a pouco engolira.

— Cecília…?

A voz suave da loira foi tudo o que ouvira, e os olhos verdes da prima foi a última coisa que vira...





 




— Ela está acordando Mère!- A voz que ela ouviu saiu urgente. Ela abriu os olhos devagar, enquanto se acostumava com a iluminação da sala de estar da casa de praia da tia. Ela viu Penélope a encarando, segurando uma de suas mãos, os cabelos loiros e longos dela completamente molhados e embaraçados. Seus olhos estavam vermelhos, como se ela tivesse chorado.

Alguns segundos depois, a tia apareceu, logo os olhos verdes atentos da tia a examinavam, e as mãos rápidas dela apalpavam seu rosto, mãos, examinando-a. Os cabelos loiros da tia idênticos aos da prima, taparam-lhe a visão, tia Marianne se inclinou outra vez, voltando com uma poção de cor esverdeada, enviando-lhe goela a baixo.

O gosto ruim impregnou-lhe a boca, a fazendo engasgar.

A tia suspirou aliviada com a mão sobre o peito.

— Imagine se minha irrmã descobrre sobrre seu acidente, querrida, fiquei tão prreucupada com Mua…- Afagou-lhe os cabelos, e beijou o topo da cabeça da filha, indo para algum canto da casa, era medi-bruxa, casos assim não eram assim tão, surpreendentes.

— Nunca mais me assuste dessa maneirra, garrota!- A prima deu-lhe uns tapas no seu ombro, depois a abraçou, chorosa.

— Calma Pepy…

— Não me chame de Pepy!- a loira semicerrou os olhos.

— Okay, fofonette!- Cecília riu-se.

— Não me chame de fofonette Cecília!- Ela empurrou a prima contra o encosto do sofá.

— Okay Peny, okay…- Ela deu um beijo na bochecha da prima.– Você viu um colar, ele tinha um pingente em forma de concha, como búzios, sabe?- Ela fez uma cara de pidona.

— O que eu joguei forra?- Ela riu.- Brincadeirra, aqui…- Ela puxou a correntinha de cima da mesinha de centro.- Ah, clarro, prrima Clarrissa mandou-lhe uma corruja, está no seu quarrto… Vou trrocar de rroupa, oui?

Ela se levantou e correu em direção às escadas.

Ela subiu com a corrente enrolada entre os dedos.

Quando chegou na porta do quarto de hóspedes, seu quarto, viu uma pequena carta, em pergaminho amarelo sobre a cama, se jogou na mesma puxando a carta, por cima dos lençóis azuis, assim como o resto do quarto. Na carta, o selo empunha um lobo, o símbolo de sua família, como o corvo que representa os Lestrange.

Ela rasgou o lacre, e desdobrou o papel. A letra cursiva de sua irmã a trouxe um sorriso de canto.

“ Oi Ceci, como vai na França mana? E tia Marie e prima Peny? Estamos com saudades, muita, mamãe e papai andam meio aflitos, estranhos, por isso sentimos tanto sua falta… Brincadeira… Esperamos que esteja se divertindo, nos te amamos.

Ass: Clarissa Marieta Morgenstein e Camille Gabrielle Morgenstein.

P.S: Nos traga doces, muitos dele viu mocinha!”

 

Ela riu, se lembrando das irmãs, queria que elas estivessem ali com ela, em paz, na França. Felizes e sem preocupações.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mère é mãe em francês.
Beijos, ♥
P.S: Tenho que ir rápido... ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Incompréhensible" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.