A Nossa Canção escrita por Manu Dantas


Capítulo 1
Capítulo 1 - Louca Paixão




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"Tá com medo?"

"Nem um pouco!"

"Prometo que não vai doer"

"Eu confio em você"

Ele me olhava com os seus olhos iluminados por um brilho único. Ali eu conseguia enxergar amor, paixão, desejo... E apesar da minha pouca idade e da minha falta de experiência eu sabia que aquele seria um dos melhores momentos da minha vida, uma lembrança daquele tipo que você leva consigo até os seus últimos dias. Era por isso que eu não sentia medo e era isso que me fazia confiar nele.

Eu também sabia que ninguém me amaria como ele me amava. O sentimento que nós dividíamos um com o outro envolvia cumplicidade, amizade, confiança... Era daquele tipo que bate no peito e te balança inteira, que faz a sua cabeça rodar e que dá sentido para todas as coisas no mundo...

Aquela foi a primeira vez que eu me entreguei para um homem. E ao longo dos meus 20 e tantos anos (depois que passei dos 20 achei melhor parar de contar) eu cheguei a conclusão que aquela foi a decisão mais acertada que eu já tomei na minha vida. Essa e mais uma outra que tomei uns dias depois de ter me entregado a ele. A segunda escolha, porém, não me deixou tão feliz quanto a primeira.

— Lú, você é louco demais! E se alguém ver a gente aqui?

— Eu sou louco por você, meu anjo. Só por você!

Vi as cenas daquele dia passarem pela minha frente como um filme. Eu me recordava de cada detalhe: do céu nublado, do convite para conhecer o seu novo ônibus de viagem, dos beijos mais "empolgantes" e de como acabamos parando na cama onde ele passaria a dormir enquanto estivesse viajando em turnê pelo país.

Eu quase conseguia sentir de novo o jeito gentil como ele tirou a minha blusa, da forma como ficou me olhando por me ver só de lingerie pela primeira vez, de todas as suas palavras de amor, da sua boca na minha, do seu pedido que eu ficasse para sempre ao seu lado...

"Então você apareceu, com um olhar me convenceu..."

"Música nova?"

"Acabei de ter uma ideia aqui... Logo, logo você vai saber, meu anjo de asas coloridas".

Ele me disse isso me puxando ainda para mais perto dele na cama. Nós estávamos deitados, ainda curtindo aquele momento especial que acabara de rolar entre nós. Ele fez de mim uma mulher e seria para sempre o homem da minha vida...

Ouvi o celular tocar em cima do balcão. A música me fez voltar ao presente, ao mundo onde eu me encontrava agora.

Sacudi a cabeça nervosa comigo mesma.

— Júlia, Júlia, ficar de "bichisse" agora não vai resolver nada! Você veio aqui só para vê-lo de perto um pouquinho, e não para ficar toda "boba" pensando nele... - Repeti para mim mesma - Para de pagar de "menininha" apaixonada, dona Júlia!

Peguei o aparelho e vi que era tinha uma nova mensagem. Chequei o SMS.

De: Bruninha

Para: Jú Prin

"Jú, se prepara porque o meu irmão vai levar a nova 'namorada' para a inauguração de hoje".

— Ah, ótimo! Tudo o que eu que precisava, né? Não bastasse a "barra" de ter que encarar o Luan de frente ainda vou ter que aguentar ele de "namoradinha" nova... - Resmunguei comigo mesma enquanto digitava a resposta.

De: Jú

Para: Bruna Anjinha

"Agora foi pro pau! Anjinha, acho que vou fugir enquanto é tempo! Não estou pronta para ver o seu irmão se pegando com outra menina".

Mandei a real. Tudo bem que eu não tinha direito de exigir nada dele, mas pedir que eu o suportasse "morrendo de amores" por outra menina era demais para mim. Sem contar que eu conhecia o Luan. Ele era do tipo que quando se apaixonava ficava "babando" pela garota... E eu não tinha vocação para babador. Isso eu não tinha mesmo!

Menos de dois minutos depois recebi a resposta.

Para: Jú Prin

De: Bruninha

"Levanta a cabeça, princesa! Senão a coroa cai e você tropeça no salto! Tenho certeza que vai dar tudo certo! Me liga depois para contar tudo, ok?"

— Fácil falar, né anjinha? Não é você que está aqui prestes a ver o seu ex de "agarramento" com outra - Resmunguei sozinha colocando o celular de qualquer jeito na bancada que estava na minha frente. A noite prometia!

Eu adorava a minha ex-cunhada, a Bruna. Mesmo com todos os boatos e a confusão que foi o fim do meu namoro com o Luan, ela sempre me entendeu e ficou ao meu lado. Ao longo dos últimos anos, enquanto eu estava trabalhando como modelo na Europa, nós nunca perdemos o contato e foi ela quem sempre me manteve "a par" sobre tudo o que acontecia com o meu "gurizinho". Eu gostava de chamá-la de "Anjinha" porque apesar de ser mais nova, a Brú sempre me deu ótimos conselhos, principalmente quando o assunto era o seu irmão. Ela retribuía esse carinho me apelidando de "Princesa", ou de "Prin". Ela dizia que se referia a mim dessa maneira porque eu realmente tinha a aparência de uma princesa e também porque pessoas da realeza sempre precisam fazer certos "esforços" em nome daqueles que ama. Bom, nesse segundo item eu concordava com ela em gênero, número e grau...

— Noooossaaa! Mas que mulher é essa? Tá um arraso! - Ouvi a Thaeme voltar para o seu camarim, onde eu estava a esperando, fazendo "bagunça" por causa da minha aparência. Sorri de volta para ela. Era impossível não se deixar levar pela alegria e energia que a cantora trazia junto dela.

Eu conhecia a Thaeme fazia pouco tempo. Logo que voltei da Espanha, o meu primo de segundo grau, Anderson, empresário do Luan, me apresentou para a cantora. Eu estava precisando de alguém para "conversar" desde que voltei para o Brasil, e a Thá se mostrou uma ótima amiga. Nós ficávamos horas fofocando sobre mil assuntos diferentes e às vezes eu viajava com ela e ajudava a escolher as roupas que ela usaria nos shows e aparições públicas, além de usar a minha experiência como modelo para dar uma "mão" com a sua maquiagem. Até mesmo no visual do parceiro de dupla dela, o Thiago, eu dava uns "pitacos".

Naquela noite, em especial, eu fiz questão de acompanhá-la. Ela e o Thí iriam fazer o show de inauguração da Outlaws, uma nova casa de shows do estilo sertanejo que estava abrindo em São Paulo. E ninguém mais, ninguém menos, que o Luan era um dos sócios da nova boate. Desde que voltei ao Brasil eu estava louca para vê-lo de perto e aquela me pareceu a ocasião perfeita. Já fazia tanto tempo que eu não o via frente a frente que estava sentindo até um certo medo... Eu sabia que o Luan ficara muito magoado comigo por conta de muitas coisas que aconteceram entre nós. O meu maior medo era encarar no seu olhar toda a frieza e a indiferença que ele poderia estar sentindo por mim. Aquele tempo longe me fez crescer muito e amadurecer como pessoa. Eu era uma mulher capaz de enfrentar qualquer tipo de situação. O meu único ponto fraco era o Luan.

— Obrigada, Thá! E aí, "tô" de acordo para "divar" ao seu lado hoje? - Brinquei enquanto checava o meu visual no espelho. Saia preta justa e não muito comprida, marcando bem o corpo, camisa branca um pouco "soltinha" e com alguns botões abertos para deixar um decote "insinuante" na medida certa e um cinto prata marcando a cintura. Nos pés, claro, um scarpin preto também com detalhes prateados. Meus cabelos loiros caíam pelos ombros em ondas suaves. Joguei uma parte dos fios para o lado, para dar mais movimento ao penteado. A maquiagem na área dos olhos estava forte, para ressaltar os meus olhos verdes. Na boca apenas um gloss para que o visual não ficasse muito pesado. Não era por nada não, mas eu tinha caprichado! Estava bonita e sexy, porém sem ser vulgar. Uma linha muito tênue separava a vulgaridade do ser "sensual", e eu conhecia muito bem os limites daquela "fronteira". Eu conhecia muitas meninas que "exageravam" na roupa na hora de ir para a balada. Para elas sair à noite era a solução para encontrar alguém com quem passar a noite e ocupar os seus corações. Para mim, sair à noite era só uma distração, uma válvula de escape. O meu coração já tinha um dono, e mais ninguém seria capaz de ocupar aquele lugar.

— "Cê" tá top, demais, Jú! Essa "homarada" aqui de São Paulo vai pirar - A Thá me respondeu se jogando no sofá que havia ali no camarim. Ela tinha acabado de voltar de uma entrevista para um portal de notícias na internet, e com certeza estava querendo relaxar um pouco.

Olhei para a cantora. A Thaeme estava linda! Nós escolhemos para ela um "look" parecido com o meu: camisa rosa choque amarrada na cintura com uma saia estampada. Apesar da mistura ousada, o visual ficou perfeito e combinava com o alto astral que a Thá esbanjava no palco.

— Nossa, mas essa "mulherada" tá chique demais! Que isso, hein? - O Thi entrou no camarim já comentando sobre a minha aparência e a da sua parceira - Luanzinho acabou de me ligar para avisar que já chegou! Daqui a pouquinho ele vai dar um pulo pra gente "prosiá" antes do show - Ele avisou enquanto ia caminhando ao longo da bancada onde estavam os itens de maquiagem que usei para fazer o "make" da Thaeme e o meu próprio - Mew, como é que vocês conseguem usar tanta coisa só no rosto? Nunca vou conseguir entender isso...

Mas eu já não estava mais prestando atenção nele. O meu coração parou quando ele pronunciou a frase "O Luan já chegou e vai dar um pulo aqui".

Naquela hora eu só conseguia me lembrar do conselho que a Brú "Anjinha" me deu: Levanta a cabeça, princesa!

***

Ponto de Vista do Luan

— E aêêe, Thiagão! Tava indo lá no camarim atrás "du cê" - Falei quando dei de cara com o meu parceiro Thiago andando pelos bastidores do palco.

— Ah, você estava demorando, aí eu "vim" aqui acertar um "trem" com a banda! Mas e aêê, Luanzinho? Tudo certo? - Ele veio até mim me cumprimentando com um abraço.

— Opa! Demorei porque parei para falar com um pessoal - Expliquei - Rapáiz, essa casa tá top demais, hein? Acho que vai bombar esse "negócio" aqui - Retribui o seu abraço comentando da nova boate. A casa de shows realmente estava caprichada: muito espaçosa, com um decoração chique "por dimais" e com um ar bem jovem. Certeza que aquele seria um bom investimento...

— Ah, essa aqui é a Jade. Jade, esse é o meu "parceiraço", o Thiago - Vi o Thiagão olhar para o meu lado como se quisesse saber quem era a moça que estava comigo. Eu estava tão empolgado com a casa nova que até me esqueci de fazer as apresentações.

Os dois se cumprimentaram de uma forma bem educada. Beijinho no rosto e um "oi, tudo bem" bem sem graça. A Jade era bem na dela... Às vezes eu achava que ela era na dela até demais! Eu adorava "ferver" e bagunçar quando estava com os meus amigos, e ela sempre preferia ficar no seu canto, quieta. Bom, talvez fosse só uma questão de ela se acostumar. Eu tinha que admitir que não deve ser fácil ser a namorada de um cantor famoso. Se bem que ela não era bem a minha namorada...

— E aí, pronto pra quebrar tudo hoje nesse palco? - Puxei assunto espantando aqueles pensamentos da minha cabeça.

— Opa! Eu e a Thá não vemos a hora! Ainda mais porque hoje você vai cantar a música nova com a gente! - O Thiagão me respondeu bastante empolgado.

— E cadê a Thaeme? - Quis saber.

— Tá lá no camarim com uma amiga dela. Vamô "chegar lá! - Ele foi nos guiando pelos corredores acenando para uma pessoa ou outra da produção. Eu e a Jade o seguimos - Aliás, acho que você conhece a Jú ! Ela é prima do Anderson, o seu empresário! Rapáiz, e ele nem pra falar que tinha uma prima gata daquela? - O Thiagão brincou olhando para trás para ver a minha reação.

— Júlia? Prima do Anderson? Não sabia que ela tinha voltado para o Brasil! - Repeti ainda sem acreditar. Dentro do peito senti meu coração dar um pulo, como ele não fazia há muito tempo.

— Isso mesmo! Ela voltou faz um tempinho já... Então você já a conhece?

— Só de vista, só de vista... - Menti. Era mais fácil falar aquilo do que explicar que a Júlia era minha ex-namorada que tinha me traído. Só de lembrar daquilo eu já sentia o meu coração doer. Eu nunca entendi o porquê a Jú ficou com outro cara, terminou comigo e viajou logo em seguida para a Espanha desaparecendo por completo. Aquela era uma parte da minha vida que nem eu conseguia entender direito. Tudo aconteceu muito rápido: término do namoro, sucesso na carreira, turnê pelo Brasil... De certa forma foi o meu sucesso que me ajudou a superar aquela decepção amorosa. Eu nunca consegui perdoar a Júlia por aquilo. Ela foi a menina que eu mais amei na minha vida, e depois dela... Depois dela ninguém mais mexeu comigo da mesma maneira.

Sem contar que eu a Jade estávamos meio... enrolados. Falar que a minha ex-namorada estava naquela casa de shows ia dar um "problema danado". Era melhor contar isso depois, com mais calma.

— Thá, Jú... Tô entrando, hein?! - Paramos em frente a porta do camarim e o Thiago bateu.

Ele abriu a porta e entrou. Mexi no cabelo nervoso. Eu sabia que encontraria a minha ex-namorada lá dentro. Só não sabia se estava pronto para isso...

Respirei fundo, entrei e olhei ao redor. Ela não estava lá...

***

Ponto de vista da Júlia

É claro que eu fugi do Luan. E não foi porque eu não queria vê-lo, e sim porque eu não teria coragem de encará-lo nos olhos e ver que ele não me amava mais. Pelo contrário, talvez agora eu visse no seu olhar a raiva que ele sentia de mim.

Por isso, quando ouvi que ele estava indo para o camarim, de repente senti uma vontade louca de ver a produção organizando o palco e ver como andavam as coisas lá fora.

Saí, andei pelo backstage, conversei com o pessoal da banda, chequei o celular, entrei no Twitter, consultei meu horóscopo... Tudo para não ter que voltar para o camarim. Eu não sabia se o Luan estava ou não por lá ainda, mas eu simplesmente não estava afim de arriscar. Tudo o que eu queria era vê-lo de perto, pelo menos um pouquinho, matar um pouco das saudades que eu sentia dele... Com sorte ele nem iria me ver. Eu só precisava de cinco minutos perto dele, saber que ele estava bem, que estava feliz, e então eu saberia que tudo valeu a pena.

***

Um tempo depois a Thaeme e o Thiago vieram para o palco também e a preparação para o show começou. Eu sabia que o Lú ia cantar uma música com a dupla hoje. Aquela seria a oportunidade que eu estava esperando. Arrumei um lugar privilegiado de onde eu poderia ver o show completo e fiquei apenas esperando o momento do meu "Guri" aparecer para iluminar a noite com o seu sorriso de menino.

— Vamô lá, galera! Bora quebrar tudo nesse show! - O Thiago falou entusiasmado para todos da banda, que estavam reunidos fazendo uma oração antes da apresentação.

— O show começa daqui a cinco minutos. Todo mundo em seus lugares! - Ouvi o secretário da dupla avisar. Fiquei tentando lembrar o nome dele, mas não consegui puxar aquela informação pela memória.

— Boa sorte, Thá! - Desejei para a minha amiga indo até o centro do palco para dar um abraço nela - Esse lugar vai bombar com vocês hoje! - Falei

— Vamos fazer isso aqui ferver hoje, Jú! - Ela me respondeu já bem empolgada para a apresentação.

— Ih, mas cadê o seu batom? Já saiu todo! Vou pegá-lo no camarim para você retocar... Não dá para você subir no palco desse jeito! - Avisei, já me virando para sair em direção aos bastidores.

— Vai rápido! Já, já a gente vai começar! - Ouvi a Thá gritar enquanto eu já ia me afastando dela.

Corri pelos corredores seguindo em direção ao camarim. De onde estava eu conseguia ouvir o barulho da pista, onde as pessoas se divertiam ao som de uma música um pouco brega, na minha opinião. Era sério que o DJ de uma casa como aquela achava que Tânia Mara ia colocar as pessoas para dançar? Comecei a considerar seriamente a possibilidade de mandar uma reclamação por escrito para os donos da Outlaws reivindicando um som à altura.

*** Link para música: https://www.youtube.com/watch?v=aSrapDDppjg

Passei por uma porta, virei à direita e ia atravessando a passagem que dava acesso à área externa quando aconteceu.

Trombei com tudo em uma pessoa que vinha em direção ao palco.

— Nossa, desculpa! É que eu estou com tanta pressa que... - Parei a frase na metade quando levantei a cabeça para encarar a pessoa com quem havia trombado. Ele estava ali, na minha frente. Estava mais alto, mais forte, o cabelo estava diferente, mas o sorriso... O sorriso ainda era o mesmo que eu conhecia, o sorriso de menino, o sorriso do meu "gurizinho". E o olhar... O olhar ainda tinha o mesmo brilho dos velhos tempos, da época em que namorávamos.

E de repente eu me senti como uma menina de novo. Meu coração disparou dentro do peito, as minhas pernas começaram a tremer e o ar escapou dos meus pulmões. Senti todas as minhas defesas caírem por terra. Toda a minha pose de mulher decidida e forte não foi o suficiente para me sustentar naquele momento. Que se danasse a tal coroa que a Bruna disse que não podia cair! Ele era o meu único ponto fraco, e estava agora parado na minha frente, com um sorriso nos lábios que depois se transformou em uma expressão de surpresa. Pelo jeito ele também não estava preparado para aquele encontro.

"Ahhh, essa louca paixão" — Por um momento aquela música brega era o único som no ambiente. Era como se todo o resto não existisse além de eu e ele ali...

— Luan? - Consegui falar meio rouca.

— Júlia - Ele falou o meu nome com aquela voz de mel e por um instante tudo pareceu se encaixar perfeitamente, como se não houvesse passado ou futuro, e apenas o presente importasse.


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Notas finais do capítulo

Só digo uma coisa: O que vai ferver nesse Outlaws é o reencontro desses dois, viu?! Rs!

E aí? Curtiram? Assustadas com o estilo da Júlia?

COMENTEM, por favor!



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