The Other Half-Breed escrita por Deh


Capítulo 5
Wonderwall




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Today is gonna be the day

That they're gonna throw it back to you

By now you should've somehow

Realized what you gotta do

Wonderwall - Oasis

Eu estava com tanta raiva, como assim iriam defender os mortais? Ela estava nos colocando em risco! Mais especificamente me colocando em risco!

Sai da casa e vaguei pela floresta, eu precisava de um plano e logo. Vagando pela propriedade de alguém eis que encontro um garoto de olhos e cabelos castanhos que me disse:

—Vem uma tempestade por aí senhorita soube que é melhor se abrigar no colégio.

Eu ergui a sobrancelha:

—E por que você não está indo para lá? –Ele deu uma risadinha e eu continuei, afinal eu sabia o que ele era –Ou melhor porque não está na academia junto com os outros?

—Quem é você? –Ele me perguntou curioso.

—Não devo dizer meu nome a estranhos. –Respondi cinicamente.

—Nick. –Ele me disse e eu disse o meu:

—Zaira.

—Então é você.... Venha logo. –Ele disse agarrando meu braço e me puxando.

Obviamente eu protestei.

—Ei... eu não te dei essa liberdade.

Ele me dirigiu um sorriso sedutor:

—Não temos tempo ruiva, temos que ajudar sua prima.

—Sabrina... –Eu bufei.

No fim posso ter me arrependido levemente por não ter ido ao colégio. Estava eu, Nick e o ex-namorado de Sabrina juntos na casa dele, com apenas Nick lançando os feitiços de proteção. Se eu fosse uma pessoa que orasse nesse momento eu já estaria orando afinal as bruxas já estavam querendo arrombar a porta.

—Nós vamos morrer.... Onde eu fui me meter. –Resmunguei.

Nick rolou os olhos e disse divertido:

—Então seja grata de morrer ao lado de alguém como eu.

Fiz cara de nojo e segui Harvey até um armário, sério? Ele estava pretendo mata-las com uma espingarda!? Rolei os olhos e disse seriamente:

—Você consegue me arrumar uma faca afiada, sangue e velas? –O garoto me olhava como se eu fosse de outro planeta –Tipo agora?

Ele me olhou como se eu estivesse realmente louca e foi para a cozinha. Ele me arrumou a faca, me mostrou onde estava as velas e disse:

—Para sua sorte houve uma caçada há alguns dias e meu avô guardou o sangue dos animais, eu me esqueci de jogar fora.

—Seja lá o que for fazer ruiva, faça logo! –Esse foi Nick gritando lá da porta.

Respirei fundo torcendo para minha ideia dar certo. Peguei o sangue e desenhei um pentagrama no chão da sala, coloquei uma vela acessa em cada ponto e fiquei no centro.

Respirei fundo e peguei a faca, ao fundo ouvir Nick gritar:

—Ele está chegando!

Peguei a faca e desenhei um pentagrama na palma da minha mão esquerda, murmurando:

—Familia protegas me protect! –Eu coloquei minha mão encima de uma das velas e sentindo minha palma queimar eu continuei a repetir o mantra.

—Não pare Nick. –Eu gritei e voltei a repetir o feitiço que me foi ensinado há muitas décadas.

— Obsecro: familiam protegas me, quaeso! Obsecro: familiam protegas me, quaeso! Obsecro: familiam protegas me, quaeso! –Eu já estava sentindo o cheiro de carne queimada, e assim a fumaça das velas queimadas começou a sair mais espessa e a circular o pentagrama e em segundos o círculo estava ampliando e logo o círculo já protegia toda a casa.

—Obsecro: familiam protegas me, quaeso!

—A tempestade passou! Ele se foi! –Ouvi Nick finalmente e antes de tirar a mão do fogo eu disse:

— gratias ago tibi.

Ao retirar a mão do fogo, me senti extremamente fraca e de repente senti o meu corpo se envolvido por uma escuridão sem fim, creio que desmaiei ali mesmo.

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A escuridão era aconchegante e por mais que eu tentasse abrir os olhos eu estava cansada demais para conseguir, no entanto, eu ainda era capaz de ouvir a voz dos garotos ao fundo:

—Limpe tudo isso e não conte a ninguém o que aconteceu aqui sortudo, eu a levarei para casa.

Senti ser erguida, então Nick estava me carregando...

—Você tem sorte garoto. –Eu o ouvi dizer e o silêncio permanecer por muito tempo.

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—Sabrina!!! –Nick gritava.

—O que você fez com minha prima Nick!?

—Nada, eu não fiz nada! Ela é que fez uma invocação....

—Tia Hilda! Tia Zelda! Ambrose! –Ouvi Sabrina gritar ao fundo.

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—O que ela fez? –Essa era a voz de Zelda.

—Eu não sei, foi um tipo de invocação.

—Hilda traga algo....

—Zelda você terá que chama-lo.

—Ele não!

—Abra a cova Hilda.

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— O que você fez Zaira? –Essa era a voz de Zelda e eu senti seu toque, no entanto ela continuou a falar, mas já estava sendo difícil demais escutar, parecia que a voz estava muito distante.


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