O Jogo escrita por Josi3l3


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura...
Vamos acabar com o mistério...
PS: Tem cenas fortes nesse capitulo, não muito porque eu editei o capitulo, estava muito mais gráfico mas não sabia se vcs gostavam então cortei... caso queiram posso editar depois o capitulo, me avisem nos comentários...



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CAP 4

Enquanto andava em direção a sua próxima aula Isabella lembrava de como conhecera o mundo dos vampiros.

 

FLASHBACK

 

Caminhava devagar para casa, Renne havia ido a cidade vizinha com o novo namorado e ela não tinha pressa para chegar na casa vazia. Enquanto andava resolveu parar no parque que havia próximo a sua casa, era pequeno mas as árvores espessas davam ótimas sombras aliando isso com a grama verde e macia fazia com que sempre tivesse pessoas por ali. Se aproximou da sua área favorita de sentar, embaixo de uma grande árvore com galhos mais baixos e raízes grossas que sobressaiam do chão, formavam quase um esconderijo. Pegou um livro e largou a mochila, olhando a sua volta viu crianças brincando, alguns com cachorros outros com adultos, um grupo de adolescentes dando risadas. Olhou por alguns minutos para elas, seus pensamentos se tornando meio macabros ao imaginar um maníaco atacando as garotas com uma faca ou algo igualmente assustador, balançou a cabeça e se voltou ao livro que havia pegado na biblioteca a pouco tempo. Estava na sessão dos best sellers e ela ficou encantada em o encontrar, já havia lido Duplo Homicídio do mesmo autor e havia gostado, mesmo que não fosse tão gráfico quanto gostava, O Livro do Assassino parecia muito mais intrigante e queria devorá-lo o quanto antes.

Quando começou sua leitura se perdeu entre as páginas do thriller psicológico, foi quando sentiu um sopro estranho de ar passar por ela, levantou os olhos e notou que já começava a escurecer, o Sol baixando no horizonte deixava as poucas nuvens com tom um rosa e laranja.

Levantou sentindo seus músculos reclamando pelo tempo que passara na mesma posição, quando ergueu os braços para se alongar sentiu novamente o vento, porém as árvores a sua volta mal se movimentavam com a brisa suave que corria ao redor do parque. Não devia ter ficado lendo um livro assim nesse parque. Agora estava paranoica com o vento. Revirou os olhos.

Ao começar a andar em direção a sua casa notou um homem parado muito quieto na saída, não o notara a princípio. Se encararam por um momento, então ele sorriu. Andou na direção de Isabella que ficara presa pelo seu olhar, passou por ela, que virou com cuidado para observá-lo.

―  Desculpe por isso ―  Sua voz era cortês e gentil. Isabella não entendeu o motivo dele estar pedindo desculpas, até que se sentiu sendo agarrada. Não teve tempo de gritar antes que o tudo fosse apenas uma mancha sua volta.

Quando a soltou ela ficou aterrorizada pelos olhos vermelhos diante dela mas ao mesmo tempo excitada. Isabella sabia que havia algo de errado com ela, seus pensamentos sempre tão sombrios e  agora ela seria uma vítima possivelmente de tudo o que já se imaginou fazendo para outras pessoas. Ele devia estar planejando coisas terríveis com ela e ela se sentia frenética com a perspectiva do que iria acontecer.

―  Você não parece com medo. ― ele falou com sua voz gentil e com um leve tom curioso

― Eu não estou. ― ela respondeu com cuidado. ― Talvez um pouco, mas estou bastante intrigada também.

Os olhos escuros do homem a avaliaram com interesse.  Claramente, ele não estava esperando que ela respondesse à sua pergunta dessa maneira.

― Elabore, por favor.

Isabella não sabia como responder a esse desconhecido,  depois de um momento de pausa resolveu que não tinha nada a perder.

― Bem. ―  disse lentamente, ― Pela maneira que me trouxeste você dificilmente é humano, notei também sua pele gélida e dura quando me carregou. ― ela olha em volta. ― Duvido que me traria para esse lugar abandonado se não pretendesse me matar.

― E isso te deixa intrigada? ― o homem estava claramente confuso. ― A última que esteve aqui só fez chorar e implorar por sua vida. Na verdade essa é geralmente a reação de todos.

Isabella sentiu seu coração perder uma batida para então dobrar de velocidade, seu fôlego sumiu e seus olhos se arregalaram. O homem então sorriu pensando que finalmente a pequena humana começava a ter a reação que tanto ansiava em suas vítimas. Ledo engano, Isabella havia ficado eufórica com a descoberta.

Ele era um serial killer real, seria vítima sim, mas também veria em primeira mão o trabalho de um psicopata, será que devia tentar conversar com ele antes? Que se dane iria sim perguntar tudo.

― Me diga como é? ― pediu sem fôlego, deu um passo em direção a ele. ― Como é ter a vida de alguém em suas mãos?

Aturdido o homem olhou pra ela com olhos arregalados.

―  Todo o trabalho duro que você tem que fazer. ―Isabella continuou sem se dar conta do olhar nos olhos do vampiro. ― descobrir onde encontrar suas vítimas, onde esconder seus corpos, onde…

― CHEGA. ― Isabella se cala ao ver o rosto furioso do homem à sua frente. ― O que há de errado com você garota?

― O que?

― Você está excitada com o que faço? ― ele esperou uma resposta mas ela não sabia o que dizer. ― Responda.

― Sim. ― Disse ela num sussurro.

― Eu mato humanos, às vezes eu os torturo até que seus gritos cessem por não aguentarem mais. ― foi dando passos em direção a ela até seu rosto estar a milimetros de distancia. ― Então eu os dreno de todo o delicioso sangue que corre por suas veias.

Isabella nunca tinha se sentido assim, as palavras dele, o modo como falou seus olhos que agora eram negros, estavam fazendo suas pernas fracas, seu estômago parecia cheio de borboletas, sentiu sua intimidade latejar e sua calcinha ficar molhada.

Ele deu um passo atrás quando respirou fundo. E olhou para ela incrédulo do que estava rescendindo, ela falara sério quando respondeu sim. Ele sorriu então, encontrara um tesouro. Um diamante bruto que poderia lapidar a perfeição.

― Você é diferente não é?

― O que?

― Você é especial minha querida. ― Ele disse enquanto levava a mão ao rosto dela. ― Há um anseio dentro de você não é?

― Eu… ― ela não sabia o que dizer, o sorriso dele era inquietante.

― Não negue, posso ver em seus olhos o anseio por sangue, dor, gritos.

― Não. ― Mas mesmo em seus ouvidos seu “não” pareceu uma súplica. Ela queria tanto isso, porém sabia que era errado, não exatamente, ela sabia que todos diziam que isso era errado.

― Para que negar algo tão lindo pequena?

― Lindo?

― Oh sim, isso que você tem é um dom bela.

― Como sabe meu nome?

― Seu nome?

― Bella.

― Faz jus a você, mas eu disse bela que quer dizer linda em italiano.

― Você é italiano?

― Sou sim, mas estamos fugindo do assunto. ― Ele a puxou pela cintura. ― Você quer treinar seu dom Bella?

Ela queria gritar um sim, mas não sabia o que esperar desse estranho, ainda não sabia o que ele era, tinha certeza que não era humano. E nem mesmo sabia seu nome.

― Qual seu nome?

― Santiago.

― Não parece italiano.

― É espanhol, ― ele mergulhou o rosto em seu pescoço. ― Hum, mas não me respondeu.

― Eu quero. ― ele a olhou nos olhos. ― mas sei que é errado.

Você. ― ele frisou o você. ― pensa que é errado?

Ela então desviou o olhar, não pensava que era errado, mas enquanto crescia cada vez que machucava alguma das crianças chatas que insistiam em provocá-la, Renne a repreendia falando que era errado machucar os outros.

― Acredito que não. ― ele a soltou pegando sua mão. ― Vamos fazer assim, vou te levar para casa, você pensará na minha proposta e amanhã te espero no mesmo parque.

Isabella somente concordou com a cabeça. Ele a pegou no colo e novamente era tudo um borrão a sua volta. Estavam em frente a casa dela quando ele parou.

― Como?

― Seu perfume é único, foi fácil encontrar seu lar. ― Ele pegou sua mão a beijando, então colocou a mochila que ela nem se lembrava nos degraus do alpendre.― Amanhã te esperarei linda Bella.

E assim ele sumiu.

Isabella passou a noite em claro, quando deu a hora de ir para a escola estava decidida a dizer não ao estranho homem. Porém durante as aulas olhando a sua volta ficou pensando como seria ter a vida de alguém nas mãos, ouvir seus apelos suas súplicas. Chegou ao parque e esperou, durante horas esteve ali. Estava queimando de raiva, não acreditava que ele a havia enganado. pegou sua mochila e se dirigia para casa quando sentiu seu corpo ser erguido e a sensação de estar voando.

Quando a soltou já ia gritar com ele quando viu a sua frente no chão um homem desacordado. Respirou fundo e se aproximou. viu que seu peito subia e descia, um lado do seu rosto estava com um tom roxo escuro.

― Quem é ele?

― Um presente para você.

― Para mim?

― Você não gostaria de experimentar a sensação de ter a vida de alguém em suas mãos? ― ele havia se aproximado e sussurrava em seu ouvido. ― ouvir os gritos dele enquanto você o faz sangrar?

― Sim ― ela respondeu trêmula.

― Imagine que lindo quadro você fará com o sangue dele, o que você sentirá quando ver a vida saindo de seus olhos. ― um gemido sai dos lábios de Isabella. ― Ele é seu, se você aceitar minha proposta.

― Eu aceito. ― Não podia negar. tudo que ele falou era a verdade. Ela ansiou por isso durante muitos anos. E aqui alguém dava a ela essa oportunidade.

Santiago ficou extasiado com a resposta, pegou o homem do chão e foi até o espaço que havia preparado para Isabella. Uma área toda branca, onde sabia que ela ia divertir.

Um tempo depois de entrarem ali o cheiro de sangue era pungente no ar. as paredes recém pintadas de branco riscadas agora com vermelho profundo. Isabella olhava Santiago sugar o que restou de sangue no corpo fragmentado. Lágrimas que escorriam de seus olhos e um sorriso marcavam sua face manchada de sangue. Quando ele largou o corpo seco, se aproximou dela.

― Estou impressionado Bella.

― Isabella.

― O que?

― Meu nome. ― ela o olhou nos olhos rubi. ― Me chame de Isabella.

Depois daquele dia nada mais havia sido o mesmo. Santiago se tornou-se uma constante em sua vida, ele lhe ensinou a “caçar” às vítimas, e todas acabavam se tornando alimento para ele depois que ela acabava com seus jogos. Quando ele teve que se ausentar para as missões que seus mestres passavam, ela caçou sem ele. Porém infelizmente não era o mesmo sem alguém para admirar seu trabalho. Ele contou tudo sobre o mundo sobrenatural, até mesmo a Guarda a qual ele fazia parte, lhe disse que era proibido humanos saberem sobre vampiros, que ao descobrirem deviam ser mortos. Ela perguntou então o porque dele lhe deixar viver, com um sorriso disse que a transformaria depois que fosse mais velha. Foi com essa notícia que ele se declarou para ela, faria dela sua companheira para a eternidade.

Naquela noite foi a primeira vez que ele tomou seu corpo. muitas outras vieram depois. Até que alguém descobriu sobre ela, ela estava dormindo quando ele invadiu seu quarto, a levou até a casa que ele havia comprado para eles. Lá ele falou que durante uma missão um dos seus companheiros confessou que conhecia seu segredo, ao tentar chantageá-lo ele o matou. Mas outros ouviram a briga e agora ele estava sendo caçado. Não havia jeito de escapar do tal Demetri, Santiago falou que precisava morrer para Isabella continuar vivendo, nunca se perdoaria se ela morresse pelas mãos dos Volturi.

Durante horas os dois se amaram, em meio ao sangue de duas almas infelizes que passavam perto da casa. Isabella estava com muito ódio e raiva. Descontou tudo e por mais macabra que a imagem parecesse a alguns foi o fim perfeito para eles. No raiar do dia Santiago mostrou a ela o que devia fazer. Armas humanas nunca matariam um vampiro, mas com certeza machucavam o suficiente para sair veneno, o líquido que era incrivelmente inflamável. Com lágrimas rolando pela face e o coração em pedaços ela apontou a arma, a qual ele havia a ensinado manusear no ano anterior, e atirou várias vezes vendo o sorriso triste no rosto que tanto amava, quando ele acenou com a cabeça ela sabia o que tinha que fazer.

― Eu te amo.

― E eu vou te amar não importa para onde eu vá. ― Ele respondeu se ajoelhando.

Já haviam se despedido era hora de seguir em frente, virou saindo pela porta, onde acendeu o isqueiro deixando cair no rastro de combustível que haviam jogado na casa. Em minutos a casa estava em chamas, olhou uma última vez vendo as chamas tomarem o corpo de Santiago que permanecia ajoelhado. Se virou e correu.

 

FIM DO FLASHBACK

Isabella voltou ao presente sentindo a dor da perda. Foram meses para superar que tinha perdido seu vampiro. Foram meses assustadores em várias cidades ao redor de Phoenix, ela perdera as contas de quantas pessoas havia matado. Havia épocas que ficou com a vítima durante dias. Outros foi rápida em acabar com elas. Não sabe como não foi descoberta, na verdade sabia sim. Ele havia lhe ensinado bem, nunca ter um tipo de vítima, estudar uma área antes de atuar ali. Nunca deixar corpos para serem rastreados. Sempre seguiu a risca todos os ensinamentos dele.

Agora se deparava com outros vampiros.

Decidiu ir para casa, tinha que pensar no que fazer com essa nova informação. Amanhã se acertaria com a Sra Cope.


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Notas finais do capítulo

E ai???
Quem gostou???
Para quem pensava que a Bella era mais que humana se enganou, Ela é na verdade uma serial Killers.
Quem imaginava isso??
Tem imagem do Santiago na minha pasta no Pinterest, quem quiser conferir...



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