Choices of the heart - A guerra escrita por DrewDeh


Capítulo 2
Um ano




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Cumprirei todos na pequena vila até chegar perto do lago onde o avião tinha caído. Me ajoelhei na área onde Justin morreu sentindo a energia que aquele local transmitia, mesmo após tanto tempo.  

—Kylie, o almoço está pronto! — Astra falou virei meu rosto para olha-la e me levantei a acompanhando.  

Depois de salvar Justin, eu acabei desmaiando por conta de ferimentos internos. Astra com ajuda de Austin e Lucas me trouxeram para a tribo de feiticeiros, da qual faziam parte. Como a 25 anos o rei Jeremy tinha proibido a magia e caçado todos que praticavam, os que restaram tiveram que se esconder no meio da floresta com a proteção de um feitiço de camuflagem. 

Me sentei na enorme mesa ao lado de Astra. Começamos a nos servir.  

Descobri que minha criada na verdade estava de olho em mim, por conta da minha magia. Todos diziam que eu tinha algo especial, mas não sabiam o que exatamente, além do meu poder de cura, não sabia que poderia ter tanto poder.  

—Você está pensando nele de novo? — Astra questionou e eu a olhei triste.  

—Ele não acordou, Astra. Já tem 6 meses. Você me disse que ele tinha acordado aqui. — disse aflita, a morena suspirou segurando minha mão.  

—Eu já te expliquei, Kylie. Mesmo que ele tenha acordado, Justin tinha ferimentos internos como o seus, provavelmente piores. 

—Eu deveria ter feito mais. — disse puxando minha mão e colocando em meu colo, fitei as mesmas enquanto brincava com meus dedos.  

—Não tinha mais o que fazer, você sabe. Se tivesse feito mais, estaria morta agora. — Suspirei sabendo que era a verdade. Trazer Justin de volta a vida tinha acabado comigo. Foram longas semanas de recuperação até me ajudarem com magia, assim consegui me recuperar mais rápido.  

[...] 

A noite chegou rápido, depois de um longo dia aprendendo magia. Todos já dormiam, mas eu não conseguia. Estava aflita com Justin não acordar do coma, com isso estava sentada no melhor lugar da aldeia para ver a lua cheia. Suspirei já sem esperanças, quando lembrei de algo que a senhorita Gabriela tinha falado. Com muita concentração e força de vontade eu poderia me transportar para outro lugar. Porém, como toda magia isso tinha um preço.  

Algo que eu tinha aprendido nesses 6 meses era que todo tipo de magia, boa ou ruim, tinha um preço a ser pago. Todas nós possuímos um tipo de carga para praticar magia e ultrapassa-lo pode trazer riscos de vida para a feiticeira. Eu já tinha sentindo isso ao trazer Justin, por conta dos ferimentos internos e do excesso de magia que tinha usado, acabei perdendo os movimentos e meu sangue não coagulava. A magia negra, como o povo chamava, não causava isso nas pessoas, por precisar de sacrifícios para se ter uma energia extra, o que acaba não deixando a pessoa usar sua própria energia.  

Fiquei de pé fechando os olhos e levando minha mente para o hospital que Justin estava internado. Lentamente fechei minhas mãos forçando minha mente e meu poder a me levar para onde eu queria. Tentava visualizar o nome do hospital minha mente junto com o nome do paciente.  

Soltei o ar de meus pulmões, frustrada por não conseguir. Abri meus olhos e dei um passo para trás assustada. Eu estava no quarto de hospital, virei minha cabeça vendo Justin ali deitado e me aproximei de sua maca. O quarto estava vazio para minha sorte.  

Era inevitável não sorrir ao vê-lo, porem meu coração doía por sua atual condição. Olhei para os monitores tentando entender o que eles diziam. Passei minha mão pelo seu rosto sorrindo de lado.  

—Você precisa acordar, Justin. — falei baixinho, caso alguém tivesse do lado de fora. — Você tem trabalho a fazer aqui.  

Seu corpo estava cheio de fios ligado aos aparelhos e a bolsa de soro. Em sua boca, um tubo respirava por ele. Meus olhos se encheram de lagrimas e eu os fechei fazendo as lagrimas descerem pelo meu rosto. Os abri fitando o loiro em coma. Eu não poderia deixa-lo assim.  

Agora era diferente, eu sabia como usar a magia e poderia cura-lo. Pousei minhas mãos abertas em seu peitoral, uma em seu coração e outra sua barriga. Fechei meus olhos me concentrando em meu amor por ele. Para fazer magia era necessário se conectar com suas emoções e para ajudar Justin era necessário meu amor por ele.  

Respirei fundo sentindo a magia passar por minhas mãos que começaram a tremer. Meu peito começou a doer me fazendo erguer a cabeça, mordi meu lábio inferior, já que não poderia fazer barulho. Justin estava mais machucado do que eu achava.  

Minha respiração começou a falhar, a dor no meu peito estava ficando insuportável, mas eu precisava me manter firme para salva-lo, dessa vez por completo. Algo forte saiu de minhas mãos fazendo com que eu fosse arremessada para trás. Cai no chão atordoada, mas com meus olhos fixos em Justin a espera de algum sinal que tinha funcionado.  

Os monitores começaram a apitar freneticamente, arregalei meus olhos assustadas. Me levantei rápido e antes que eu desse um passo, começaram a gritar do lado de fora para ajudarem o príncipe, esse era o momento que eu deveria sair e assim fiz.  

Abri meus olhos vendo se já estava de volta na aldeia. Algo escorreu pelo meu nariz me fazendo levar minha mão para limpar, afastei para ver.  

—Você se transportou? — Hanna perguntou saindo de trás de uma arvore  

—O que faz aqui? — perguntei colocando minha mão para trás. 

—Queria ver a lua e vi você chegando. Você conseguiu se transportar? — Hanna questionou novamente se aproximando.  

—Acho que sim. — disse me fazendo de tonta.  

—Como acha? Você não pode achar. Foi ou não pra outro lugar? — ela se aproximou e parecia ansiosa pela resposta.  

—Hanna, vá dormir. — Pedi passando por ela. — Você deve estar cansada.  

—Eu sei o que eu vi, Kylie. Sabe que isso é algo impossível de fazer. Precisa de muita força para fazer um feitiço desse nível. — revirei os olhos continuando meu caminho.  

[...] 

Mais seis meses tinham se passado. Depois de me encontro com Justin, ele acabou acordando. Foram seis longos meses para a família real, já que Justin praticamente precisou reaprender tudo.  

—Precisamos ir! — Astra disse seria e eu assenti.  

—Sentirei falta daqui. — disse com um tom nostálgico.  

—Espera! Kylie! — a Gabriela falou — Isso aqui é para você. — Ela disse me entregando o que deveria ser uma varinha.  

—Por que? — perguntei confusa.  

—Você pode precisar, apenas guarde. — falou com seu tom angelical, assenti pegando a varinha. — Mais uma coisa — ela disse segurando meu braço — Quando estiver lá fora não tire seu cordão. Ele ajudará com sua magia  

—Cordão? — perguntei confusa.  

—Aquele com a pedra, ele é encantado para ajudá-la a controlar sua magia.  

—Tudo bem. Obrigada, Gabriela. — falei a abraçando.  

—Se cuida. — Nos soltamos e eu sorri para ela.  

Caminhei até Astra e sorri para o pessoal, acenando em seguida.  

—Precisamos de uma desculpa. — Astra falou quando entrei no carro.  

—Para? — perguntei confusa.  

—Kylie, você está a um ano desaparecida. Todos acham que você morreu. Não pode simplesmente voltar para a seleção 

—Não tinha pensado nisso. — disse a olhando preocupada. — Eu não sei, vamos dizer que eu também estava em coma?  

—E ninguém te achou? Foram a todos os hospitais, rondaram a área da queda por semanas atrás de todos os corpos.  

—Vamos dizer que fomos capturadas. — Sorri com minha solução — Deve ter algum povo escondido fora nos. Dizemos que eles estavam nos transportando quando o caminhão enguiçou eles saíram para trocar os pneus, sei lá e nós conseguimos escapar.  

—É uma boa história. — Sorri de lado. — Precisamos ajustar os detalhes.  

—Claro. — ri fraco e me concentrei esticando as mãos.  

Point of View – Justin Bieber 

Respirei fundo tentando controlar meus batimentos cardíacos. Passei a mão em minha testa e sorri para Austin, meu treinador.  

—Está bom por hoje, Justin. — Ele disse colocando sua espada no suporte.  

—Tudo bem. Preciso de um banho. — falei colocando a espada no mesmo lugar que ele e sai do local. 

Já tinha alguns meses que eu estava inteiro novamente, assim que fui liberado pelo médico e fisioterapeuta comecei a praticar esportes, seis meses em uma cama tinha me deixado fora de forma.  

A dois meses eu estava em perfeitas condições para voltar a minha função e com a seleção, mas não me sentia preparado para tal coisa. Talvez fosse por que não tinham achado Kylie nem viva, nem morta. Algo me dizia que a loira estava viva, só não sei onde. No tempo de coma, eu tive alguns sonhos e escutei algumas vozes como a de meus pais, meus amigos. Podia jurar ter escutado Kylie me pedindo para acordar.  

[...] 

Lorena me fazia uma bela massagem, no momento era tudo que eu precisava para relaxar.  

—Alteza! Alteza! — as portas da sala foram abertas com brutalidade, assustando Lorena e a mim. Virei minha cabeça para o lado da porta vendo um dos soldados, sua expressão era uma misto de alegria e aflição.  

—O que quer?  — Perguntei me sentando na maca pra olha-lo melhor.  

—Acharam a Kylie! — ele disse com um enorme sorriso, que me fez franzir o cenho. — Ela está em casa, aparentemente bem. A senhorita Astra está com ela.  

—Espera, Kylie está viva? — questionei me levantando e caminhando em passos pequenos até ele. 

—Sim, acabaram de nos informar. Ela está em casa. — Sorrir largo com a notícia. Até tentava tirar o sorriso do rosto, mas era impossível.  

—O que aconteceu com ela? — perguntei segurando os ombros do soldado, procurei seu nome na roupa, era Davis. O guarda que ficara responsável por ela na seleção.  

—Astra deu um breve resumo e parece que foram sequestradas. Deseja traze-la para cá, como as outras selecionadas? — ele perguntou e eu o olhei confuso. Sequestro? 

—Claro, traga as duas. O mais rápido! — falei passando por ele.  

—Alteza? — me virei vendo Lorena me olhando — Não vai fazer mais? — ela perguntou decepcionada.  

—Tenho mais a fazer Lorena, esta dispensada por hoje. — falei fazendo meu caminho até meu quarto.  


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