Estações escrita por HinataSol


Capítulo 9
Capítulo oito


Notas iniciais do capítulo

Eu, sinceramente, não sei o que dizer aqui, mas peço que leiam as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/768232/chapter/9

‒ Precisa da nossa ajuda? Em quê? – Indagou a menina primavera.

Naruto hesitou. Não recuando, mas ponderando em como explicar o que queria. Após alguns instantes, ele decidiu então que deixaria as palavras fluírem por si só.

‒ Quero que me digam como ser eu mesmo. Como age o verão. Como devo ser, coisas assim.

Eles hesitaram.

 ‒ Hm, eu não sei o que dizer... acho que você só precisa ser alegre, talvez radiante – Disse Sakura, meio incerta.

Sasuke estalou a língua e disse prepotente:

‒ Se você não sabe como é ser o verão, como eu poderia saber. Se não percebeu, eu sou o outono. OU-TO-NO – Silabou debochadamente – Não faço ideia de como o verão deve se portar ou ser.

‒ Estúpido! Você poderia ao menos tentar não ser tão irritante. Ah, me desculpe! Isso é impossível! – Ironizou Naruto, irritado. Logo balançou a cabeça e recompôs-se. – Desculpe! É que eu realmente achei que vocês poderiam me ajudar, sabe? Vocês são estações, então achei que poderiam me dizer algo.

‒ Sinto muito, Naruto. – disse Sakura.

Ele negou e desfez o bico que havia se formado em seus lábios.

‒ Tudo bem. Eu só pensei que alguém poderia me ajudar.

Sakura ponderou por um instante, tentando encontrar alguma solução para aquela situação repentina.

Vendo como eles pareciam perdidos, logo Ino intrometeu-se. Ela caminhou até eles determinada, na medida do possível, ao menos.

‒ Talvez alguém aqui possa realmente te ajudar, Naruto. – O suplente do inverno declarou. Sua voz firme, não vacilou.

Naruto estranhou. Lembrando de tudo que o diário do verão havia lhe dito a respeito de Ino e sua incompatibilidade com a estação. Ele arqueou as sobrancelhas, confuso e curioso com a fala dela.

‒ Errr... eu não quero parecer rude e nem a desmerecer, mas eu não consigo entender como você poderia me ajudar. – Disse o rapaz.

Ino balançou a cabeça.

‒ Eu o compreendo e, não se preocupe, não me ofendeu. Você tem razão! Eu não acredito que sou capaz de o ajudar, mas sei quem pode ser! – E dizendo isso, ela olhou e estendeu a mão para onde estavam os amigos de Naruto. Hinata, Neji e Shikamaru, este último ainda jogado contra a parede. – Acredito que seus amigos podem ajuda-lo melhor do que nós. Afinal, eles conhecem-no melhor que nós.

Naruto ponderou. Tudo aquilo era tão novo para os seus amigos quanto para ele. Ambos não faziam ideia de nada daquilo até mais cedo. Ocorreu tudo muito repentinamente. Todavia, sua mente o fez recordar de que os amigos são assim. Enfrentam juntos o desconhecido e se apoiam nos momentos difíceis. Pelo menos os amigos de verdade sim. E aqueles eram seus amigos. Amigos de verdade.

Decidido, ele precisou de poucos passos para chegar até aonde seus companheiros estavam. Naruto inclinou levemente a cabeça para baixo e fitou as próprias mãos estendidas levemente a frente do corpo. Voltou o olhar para o grupo de expedição e disse:

‒ Aconteceu tanta coisa de repente hoje que eu sinto como se houvesse passado meses ou até anos. – Ele riu nervoso e logo se tornou sutil, centrou-se no que devia falar – eu encontrei o diário lá dentro e ele é, na verdade, uma enorme raposa. O nome dele é Kurama. Ele me contou algumas coisas sobre mim e também sobre vocês, Neji, Hinata. Ele também me avisou que vocês já deveriam ter ouvido algo da Ino enquanto eu estava lá com ele. – Suspirou ao vê-los menearem com a cabeça.

‒ Ah cara, que saco! Seja direto. Essa enrolação toda não combina com você – Shikamaru bocejou uma reclamação. Não parecia bravo de fato, sua voz sonolenta o fazia parecer apenas cansado com tanta coisa.

Naruto riu pequeno num suspiro fraco.

Neji e Hinata ouviam atentos.

‒ Eu pensei que você estivesse dormindo de verdade, Shikamaru. Mas, tem razão. Eu conversei com Kurama e ele acredita que a forma de trazer tudo de volta ao normal, é sendo eu mesmo, afinal, eu sou o verão... mas...  a verdade é que eu não faço ideia de como é ser o verão. Como posso ser eu mesmo? Como viram, acabei de pedir ajuda à Sakura e ao Sasuke, mas eles não sabem como eu tenho que agir.

Neji ponderou por um instante. Fitou primeiro Hinata, depois Shikamaru e por fim Naruto. Ao ver como Hinata e Shikamaru corresponderam seu olhar, ele suspirou concluindo que compartilhavam do mesmo raciocínio.

‒ Vocês, estações, estão pensando da maneira errada, Naruto. Estão complicando algo simples. O diário não lhe entregou nenhum enigma, ele lhe deu a resposta. Você está dificultando a situação desnecessariamente. Hinata e Shikamaru também perceberam.

Naruto franziu a testa.

Hinata se aproximou mais dele e tocou-lhe a face.

‒ O que o Neji-nii-san e o Kurama-san querem dizer, Naruto-kun, é que você deve agir normalmente. Você é o verão. Não importa como você se porte, pense ou aja. você estará sendo como o verão e isso porque você é o verão. Quando ele disse pra você ser você mesmo, ele não disse para ser como o verão, ele disse para você ser como você sempre foi. Pra você ser o Naruto-kun de sempre.

Naruto suspirou. Internamente, ele pensou que estava suspirando mais naquele dia do que em toda a sua vida.

‒ Eu pensei isso no primeiro momento. – Confessou ele, num murmuro cabisbaixo. – Mas, se é apenas isso, eu não precisaria fazer nada. As estações deveriam estar harmonizadas, não em desordem. Afinal, estou sendo o Naruto de sempre desde sempre. Então por que as coisas ainda estão bagunçadas? Eu não consigo entender isso! Então comecei a pensar que talvez eu não estivesse agindo como eu mesmo. Mas Kurama liberou minhas memórias que ele havia trancado e eu vi que não mudei apesar de não lembrar de nada. Pensei que por serem estações natas e terem vivido desde sempre aqui, a primavera e o outono pudessem me ajudar. Mas a cada momento, sinto como se estivesse mais perdido e sozinho. Não tenho nada nem ninguém.

Ao ouvir isso, Hinata lhe acertou um tapa na face, seus lábios tremendo.

‒ Nunca mais diga isso! Como pode dizer que está sozinho? Sei que não temos como mensurar o que está se passando com você, que há muita responsabilidade em cima de você repentinamente, mas... nós não somos nada pra você? Eu... não sou nada pra você? Pensei que fossemos... amigos. Como pode dizer que está só?

Antes que ela retirasse a mão, Naruto suspirou e segurou a mão dela, mantendo-a em seu rosto. Ele fechou longamente os olhos antes de voltar a abri-los.

‒ Hinata, desculpe. Eu não queria dizer isso dessa forma. Vocês são tudo o que eu tenho. Eu, eu só estou me sentindo perdido e frustrado. Eu, eu, eu não sei o que eu faço!

Quando os olhos azuis claro dele encontraram-se com brancos de Hinata, ela viu o quanto ele estava perdido, sem foco.

Ela nunca havia visto Naruto assim. Tão sem perspectiva. Desanimado.

Ele sempre havia sido quem a inspirava.

A determinação dele em sempre continuar, sem desistir, sempre com um sorriso, nunca reclamando. Ele a fazia seguir em frente com força, mesmo quando ela se sentia fraca e desanimada em sua costumeira hesitação.

Ela sentiu-se constrangida pelo tapa que dera na face dele. Queria desculpar-se.

Conquanto não pudesse evitar, sentiu-se egoísta por pensar em si em um momento tão importante para todas as nações como aquele. Naruto precisava de seu apoio.

‒ Naruto-kun...

Ela o abraçou. Escondeu seu rosto no pescoço dele e fungou a fim de evitar que lágrimas escorressem de seus olhos.

Como sou uma chorona — Ela pensou de si própria.

Naruto foi pego de surpresa com aquele abraço.

Sendo amigos há tanto tempo, eles conversavam bastante, riam juntos, se divertiam junto com Hanabi, Neji, shikamaru e os outros, conversavam pelo olhar, mas nunca foram do tipo “abraços” ou contatos corporais frequentes. Eram amigos um do outro como dos demais, a diferença era o grau de cumplicidade.

Ele retribuiu o abraço.

‒ Não se sinta só. Nós vamos te apoiar em tudo.

Ele riu fracamente, um tanto amargo, ressentido. Sem deixar de abraça-la. Apertou um pouco mais o abraço.

‒ Não vão, não. Vocês vão embora e eu vou ficar aqui, só.

E, ao ouvi-lo dizer aquelas palavras, Hinata, Shikamaru e Neji perceberam algo.

Naruto não estava sendo ele mesmo, ao menos não completamente.

Ele não estava sendo verdadeiramente confiante.

Ele parecia temer a perda de algo; ou melhor, alguém.

Ele temia perder os amigos.

Ele temia estar sozinho.

Ele temia a solidão.

Hinata apertou o abraço.

‒ Você não vai ficar só. Mesmo que não vivamos aqui, podemos vir vê-lo sempre. – Ela afrouxou um pouco o abraço e correu as mãos pelos braços de Naruto até que segurasse as mãos dele. Hinata o fitou profundamente, logo voltou-se para Sakura – Não há problemas em virmos até aqui, certo?

‒ Meu pai vinha aqui ver minha mãe, mesmo sendo forasteiro. Então acho que não há problemas. – Fora Naruto quem respondeu em um resmungo baixo.

Ele prendeu um suspiro. Não seria a mesma coisa que ter alguém ali ao seu lado. Ele era uma pessoa hiperativa. Não conseguia se imaginar vivendo sozinho ali naquele espaço tão grande que pertencia ao verão. Além de tedioso, seria solitário demais. Não era capaz de compreender como Sasuke e Sakura e, principalmente, Ino viviam ali isolados de tudo e todos.

Desviou os olhos para as demais estações e, como se soubesse seus pensamentos, Sakura se pronunciou.

‒ Nós não vivemos aqui sozinhos, Naruto. Ao menos não completamente. Nossas famílias são ligadas diretamente a esse território. Todos vivem próximos de nós. A restrição de acesso é essa região fechada das estações. Aqui só podem entrar com permissão de algum de nós... Eu sinto muito, mas...

Ele entendeu sem que houvesse a necessidade de ela completar.

Ele seria o único que não teria alguém com ele. Até mesmo Ino que sofria em ser uma estação suplente, tinha alguém. Uma família.

Naruto não conteve o sorriso nervoso que se desenhou em seus lábios. Sua boca tremeu e ele a teve de apertar contra os dentes, na vã tentativa de evitar que as lágrimas lhe escorressem os olhos.

Parecia que a solidão o perseguiria.

‒ Naruto-kun... eu sinto muito. Eu-

‒ Não, você não sente! – Ele disparou, conteve-se logo, todavia. – Eu... acho que é melhor vocês irem embora.

A expressão de surpresa no rosto de Hinata foi replicada nos demais.

‒ O... o quê?

‒ Eu não quero prolongar isso. Eu preciso ficar aqui e descobrir uma forma de fazer tudo voltar a ser como era. Se vocês já estão decididos a ir embora, é melhor fazê-lo logo e evitar ficar protelando meu sofrimento. – Hinata iria rebater, no entanto, Naruto a cortou. – Não há nada que você possa fazer, Hinata. Sinto muito, mas é isso que eu decidi.

Ela fitou-o atônita, tentando fazer as palavras saírem de sua boca. Contudo, era em vão. Ela aturdida, estava emudecida.

Neji entendendo a situação, pôs uma mão sobre o ombro da irmã e a disse:

‒ Vamos embora, Hinata. Não há nada que eu ou você possamos fazer. – Ele voltou sua atenção para Shikamaru e disse: chame Lee e Tenten e vamos embora. Precisamos ainda fazer um relatório e reportar toda a situação a Kakashi.

Shikamaru assentiu e foi-se antes.

Vendo o estado catatônico de Hinata e a falta de reação dela, Neji a trouxe consigo e levou-a em seguida.

Naruto fitou-os se afastar. A silhueta de seus companheiros de expedição e amigos de infância se perdendo conforme a distância se abria entre eles. Ele sorriu melancólico.

As demais estações observaram toda aquela situação inusitada em silêncio. Até agora.

Sasuke aproximou-se de Naruto. Ele caminhou a passos lentos e com as mãos dentro dos bolsos da calça cor de tronco de árvore. Ele se pôs a falar.

‒ Não imaginei que as coisas aconteceriam dessa forma. Você nunca foi uma pessoa que desiste das coisas ou que se entrega assim tão fácil. Por que mandou os seus amigos embora?

Naruto sorriu.

‒ Eu não posso privá-los de viver a vida deles por minha causa. Não posso simplesmente mantê-los como prisioneiros aqui, mesmo que me doa.

Sasuke nada disse para essa resposta.

Sakura intrometeu-se.

‒ Você é realmente um bom amigo, Naruto. Desde quando chegaram aqui, pude perceber o quanto gosta deles. Porém, me surpreende que tenha agido dessa forma. Você sempre foi de atitudes nobres, mas também de muitas palavras de convencimento. Pensei que diria algo a eles ou, pelo menos à Hinata. Não só eu, mas todos nós notamos que ela e você eram bem próximos. Você a ama?

Naruto nada verbalizou naquele instante. Apenas abaixou a cabeça, consternado.

Sakura sorriu, compreendendo.

‒ Isso já responde. Como sempre, muito nobre, Naruto. Mas, não lhe ocorreu, em algum momento, que ela poderia sentir o mesmo? E que a mandando embora ela sentiu que você a estava rejeitando?

O verão chocou-se com aquelas indagações.

‒ A Hinata não... ela é... minha melhor amiga.

‒ Ela o ama, Naruto. Descobrimos isso, depois que ela conversou com a Ino. Bom, acho que ela também só descobriu agora.

‒ Isso não! – Lamentou-se ele. – Hinata...

As pernas dele fraquejaram e ele cedeu ao chão sobre os joelhos.

‒ Ao invés de se lamentar, você deveria ir atrás dela, sabe?

‒ Não acho que ela vá querer me ouvir agora! – Ele desconversou, estava abatido.

‒ Assim você faz parecer que ela não vale a pena.

‒ É claro que vale! – gritou ele e constrangeu-se, suas bochechas esquentaram e a barriga formigou levemente.

Sakura sorriu.

‒ Então não desista!

A tropa de expedição, a exceção de Naruto, rumava para fora daquele recinto. Hinata seguia cabisbaixa atrás do grupo. Lee e Tenten já, parcialmente, cientes da situação iam a frente. Shikamaru e Neji observavam Hinata desanimada, um tanto afastada dos demais.

A leve distorção no ar, os fez perceberem que estavam próximos à barreira. Eles fitaram uns aos outros e foram atravessando aquela “parede” sem consistência momentânea.

Primeiro Lee e Tenten.

Neji parou assim como Shikamaru ao notarem a hesitação da irmã daquele primeiro.

‒ Hinata? Hinata? Hinata! – Chamou-a o irmão.

Ela despertou de seus devaneios.

‒ Irmão...

Shikamaru intrometeu-se.

‒ Não seja tão hesitante, Hinata. Ponderar é necessário, mas é preciso tomar uma atitude também. Decida-se logo!

‒ Shikamaru! – Repreendeu-o Neji.

O Nara deu de ombros.

Hinata os avaliou por um instante. Absorveu as palavras de Shikamaru.

‒ Obrigada, Shikamaru-kun – Ela abaixou um pouco os olhos e fitou as mãos. Ajeitou as alças da mochila em suas costas e mirou os olhos brancos, tão parecidos com os seus, de Neji. – Mas eu já decidi!

Ela caminhou até se aproximar da barreira. Ela tocou a parede a sua frente que solidificava levemente ao toque das mãos, como se divididas entre deixa-la ir ou mantê-la presa ali. Ela sorriu.

Neji a encarava analítico.

‒ Eu tenho toda a minha vida para desfrutar. Não posso abrir mão dela por alguém. Preciso pensar em mim também, nos meus sentimentos, mas também no meu futuro. – Hinata começou a dizer. Ela encarou seu irmão, Neji ‒ Eu quero que diga ao papai e a Hanabi que eu vou sentir falta deles, mas... não vejo sentido em deixar esse lugar. Não sei quando começou, mas não consigo mais me ver ao longe do Naruto-kun. Ele é meu melhor amigo e eu o amo.

‒ Hinata – Disse Neji.

Shikamaru sorriu pequeno.

‒ Eu vou indo – disse o explorador mais preguiçoso, deixando os dois irmãos.

‒ Eu vou sentir muito a sua falta nii-san, mas eu não posso voltar com vocês. – Ela começou a chorar e abraçou Neji, logo se afastou – Se ele me deixar ficar aqui, por favor, venham nos ver.

Ela largou a mochila no chão e correu de volta ao ponto de encontro das estações.

Neji a fitou e logo voltou-se para a barreira. Com um suspiro e um sorriso mínimo, ele deixou sua irmã.

Ela cresceu. – Pensou ele.

No meio do caminho de volta ao ponto de encontro das estações, Hinata estancou. Ao encontro dela vinha um Naruto correndo afoito que, ao vê-la, também parou. Ainda um tanto distantes, eles se fitaram. Naruto se sentia estranho. Sem reação alguma.

A jovem Hinata reagiu primeiro, disparou em direção a ele e pulou sobre Naruto, o abraçando e ambos quase caíram no chão.

Antes que ele pudesse indagar a ela o porquê de ela ainda estar ali, Hinata adiantou-se.

‒ Naruto-kun, eu sei que você nos disse para irmos embora, mas eu, eu... quero ficar aqui com você. Eu, eu, eu – ela tentava dizer, conquanto estivesse em demasia constrangida. – Eu amo você. Por favor, não me mande embora – ela murmurou quase sem forças.

As bochechas dela esquentaram e ela sentiu seu corpo todo formigar, suas pernas bambas por externar seus sentimentos ao alvo deles.

‒ Eu não quero que você vá embora, Hinata. Eu só disse aquilo porque não queria que se sentissem obrigados a ficarem aqui por mim. Vocês têm a vida de vocês fora daqui. Além disso, eu também me sinto assim. – Confessou por fim.

Hinata o fitou nos olhos e Naruto constrangeu-se. Era tão vergonhoso admitir isso. Ela era só sua melhor amiga até cedo daquele mesmo dia.

‒ Naruto- kun

‒ Eu também te amo, Hinata.

Ela o puxou e beijou-lhe a bochecha, no cantinho dos lábios dele.

Naruto surpreendeu-se com a atitude dela.

‒ Bom, eu acho que depois disso, nós já podemos nos casar. – Ele colocou um dos braços atrás da cabeça, envergonhado.

Hinata arregalou os olhos.

‒ Mas, assim? Tão rápido?

‒ Não é rápido! Nós nos conhecemos há anos. Não vejo por que não. Além disso, eu amo você e você disse que me ama. Ou... não quer se casar comigo?

‒ Não! Quer dizer sim, quero dizer não. O que quero dizer é que, sim, eu quero me casar com você. – Ela embolou-se e constrangeu-se.

‒ Então vamos nos casar! – Disse Naruto e logo sorriu. Então a puxou, beijando-lhe os lábios.

Ele sentiu-se aquecido, realizado. Feliz de vez!

Ao seu redor tudo parecia mais belo, mais colorido e aconchegante.

Ao se separarem do beijo, Hinata abriu os olhos primeiro e viu o seu entorno mais vivo e radiante que antes.

‒ Naruto-kun, eu... acho que algo está acontecendo com as estações... o clima parece ter mudado.

‒ Sim, estão voltando ao normal. – Eles ouviram a voz se aproximando.

‒ Kurama! – Exclamou Naruto – O que aconteceu?

‒ Fora do território está tudo voltando ao normal, gradativamente, Naruto!

‒ Mas por quê? Como?

‒ Você está radiante, Naruto. Como sempre foi. Eu não lhe disse para ser você mesmo? Com o verão de volta à normalidade, as coisas logo voltarão ao normal – Kurama o lembrou – Mas seria bom se alguém substituísse o inverno atual. Não acho que ela aguentaria continuar sendo o inverno com o verão de volta ao habitual. Ela seria subjugada.

Hinata fitou a enorme raposa, algo lhe vindo a mente.

‒ Kurama-san, Ino disse que eu poderia tentar substituí-la... Isso... realmente é possível?

O diário anuiu em concordância.

‒ Creio que não haja pessoa melhor habilitada do que você, Hyuuga Hinata.

‒ Então, eu o farei! – Decidiu-se.

Naruto sorriu-lhe.

‒ Claro! Porém, devo alertá-la, antes de qualquer outra coisa, que não poderá passar todo o seu tempo ao lado do Naruto. Terá suas próprias responsabilidades se assumir a posição de inverno. – Disse Kurama e aconchegou-se sobre suas próprias patas.

Ela recuou, fitou Naruto que se angustiou um pouco, no entanto, logo sorriu a encorajando.

‒ Nós daremos um jeito, Hinata. Somos praticamente recém-casados. Não vou deixar minha esposa longe de mim.

Hinata sorriu-lhe.

‒ Naruto-kun... sim, nós vamos dar um jeito!

‒ Eu a amo, Hinata.

‒ Eu também o amo, Naruto-kun.

Ele sentiu-se feliz naquele momento. Hinata estaria com ele.

Ele a trouxe contra si e a abraçou fortemente.

Ela retribuiu.

‒ Obrigado, Hinata!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Queria pedir que comentassem. E, aos que acompanharam a fic até aqui e gostaram, marcassem como favorito. É só um clique de nada!

Então, esse final ficou meio corrido e um pouco diferente do que eu queria inicialmente.

Pois então, eu gostaria de fazer algumas ressalvas.

Os diálogos entre o Naruto e o Sasuke e a Sakura serem tão fluidos se deve ao fato de o Kurama ter liberado as memórias do Naruto. Como foi dito anteriormente, ele viveu ali com as estações antes de Minato tê-lo levado à Konoha.

E, não, não foi o beijo que fez tudo voltar ao normal. Foi o Naruto estar ali no lugar do verão e ser ele verdadeiramente.

Bom, tentei ilustrar alguns paralelos com o mangá/anime, pois gosto de manter, ao menos, o caráter das personagens preservados (mesmo quando com personalidades discrepantes do original). Não sei se foi notório isso!

Estava pensando em por um pequeno epílogo, mas não sei... seria para explicar "os furos" desse capítulo. Pois sei que ficou um tantinho (bastante) corrido e que algumas partes foram rasas, mas vou deixar em aberto por enquanto... se eu resolver não postar o epílogo, vou marcar como terminada, no nyah tb.

Mais uma vez, peço que deixem comentários, isso ajuda muito a saber se a história esta indo bem, se está clara ou confusa, pois na cabeça de quem está escrevendo, geralmente, tudo faz sentido, não há como adivinhar se quem está lendo está tendo dificuldade em entender algo que deveria ser simples (e o autor complicou sem perceber).

Se houver ficado muito ruim, me avisem que eu refaço a parte ruim (mesmo se for tudo).

Em breve, devo postar mais uma fic. NARUHINA, é claro. Além de uma oneshot pequenininha (drabble) que já está pronta.

Obrigada a quem leu!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Estações" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.