Estações escrita por HinataSol


Capítulo 4
Capítulo três




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— Bom, acredito que o Shikamaru foi direto para o dormitório. — Kakashi supôs.

— Sim.

— Kakashi-sensei, aqui está o relatório. — Rock Lee o entregou o pergaminho.

— Terminamos de mapear toda aquela área. Acredito que seu palpite estava certo, senhor. Provavelmente, todos os expedicionários ficavam tão focados nas variações climáticas que acabavam marcando o clima sem precisar o local exato nos mapas. — Neji contou.

Tenten entregou alguns mapas para o capitão.

Kakashi suspirou, após ler o breve relatório.

— Bom, vocês estão dispensados. Eu vou analisar os mapas e compará-los. Logo lhes darei permissão para saírem em missão na próxima semana. Avisem ao Shikamaru.

Eles menearam a cabeça em sinal de concordância.

— Ah, Neji. Sua irmã e o Naruto entraram para a tropa. — Kakashi sorriu pequeno.

Neji o fitou por um instante.

— Entendo! — Ele suspirou.

— O Naruto-kun realmente conseguiu. Eu sabia! — Rock Lee bradou animado.

Tenten pôs a mão sobre a face, sentindo-se constrangida pela atitude escandalosa do amigo e companheiro de equipe.

Neji apenas ignorou.

— Vou passar as instruções básicas a eles.

— Por favor, faça isso.

— Uah! — Tenten se espreguiçou. — Bom, vou deixar minhas coisas no meu quarto, ir tomar um banho para tirar toda essa sujeira do cabelo... e comer alguma coisa. Estou faminta! — Ela apertou os dois coques em que prendia os cabelos no topo de cada lado da cabeça e, em seguida, passou a mão sobre a barriga, reforçando o que disse.

— E eu vou para o pátio aberto me exercitar! — Rock Lee exclamou agitando os punhos, dando socos no ar. — E você, Neji? O que vai fazer?

— A essa hora Shikamaru já deve estar em seu terceiro sono. Vou procurar a minha irmã, Naruto provavelmente está com ela. Ele não desgruda dela, afinal. — Ele reclamou azedo.

— Não seja chato, Neji. Naruto é nosso amigo. Ele e Hinata se dão bem e são amigos também. Melhores amigos.

Neji apenas cruzou os braços.

— Vocês estão tendo percepções erradas em relação a mim. Não tenho nada contra o Naruto. Ele é meu amigo também. — Ele explicou — Aliás, não entendo porque estamos falando sobre isso. Não faz sentido algum. Até mais.

Ele saiu deixando os outros dois confusos.

— O que aconteceu? — Lee perguntou.

Tenten deu de ombros.

— Não faço ideia.

Neji andou por uma boa parte do terreno até achar a irmã mais nova deitada no chão de barro ao lado de Naruto. Uma veia pulsou mais forte em sua cabeça, fazendo-a latejar.

Neji chamou Hinata, a qual abriu os olhos lentamente, e empurrou Naruto com um dos pés para que ele acordasse.

— Ai! — Naruto bradou — Quem foi o imbecil que fez isso? — Ele olhou em volta e avistou seu suposto agressor — Neji! Quanto tempo! — Exclamou saudoso em rever o amigo, esquecendo-se do chute que recebera dele.

— Nos vimos há dois meses, não é como se desse tempo para você sentir a minha falta. Aliás, sei que você e a Hinata são muito amigos, mas você não precisa ficar o tempo todo grudado na minha irmã. Isso faz mal para a inteligência dela. — Ele comentou.

— Ora, seu! O que quer dizer com isso? — Naruto perguntou irritado, embora não houvesse entendido muito bem o sentido da ofensa.

— Neji-nii-san, Naruto-kun... — Hinata chamou a atenção deles em um tom de bronca e logo acrescentou — Neji-nii-san, fico tão feliz em vê-lo novamente. Como você está? E os outros? Nós vimos o Shikamaru-kun há... humm... acho que deve ter algumas horas já.

— Ah! — Naruto bateu as costas de uma mão na outra. — Como foi a missão? Encontraram novas pistas? Informações importantes? Descobriram algo relevante? Nós faremos parte do seu grupo na próxima expedição, mas acho que você já sabe disso...

Neji suspirou.

— Eu estou bem. Lee e Tenten também. É, já faz algumas horas que chegamos. As perguntas do Naruto eu respondo amanhã de manhã quando eu passarei as instruções para vocês. Já está ficando tarde. É melhor vocês irem se limpar, comer algo e irem dormir. Eu farei o mesmo. Amanhã conversamos, Hinata.

Neji saiu sem esperar uma resposta e deixou o local.  Ele caminhou de volta até a sala do capitão Kakashi. Bateu na porta e ouviu um “entre “ do comandante dos expedicionários de Konoha.

 — Neji? Aconteceu algo? Você acabou de sair daqui. — Kakashi estranhou.

— Kakashi-san, gostaria de perguntar algo ao senhor.

— Fique à vontade. Diga o que quer saber.

— É sobre o Naruto.

— Bom, não sei se vou saber lhe dizer o que quer saber.

— Você foi discípulo do pai dele, certo? O Minato-sama.

Kakashi ficou tenso.

— Entendo.

...

No outro dia pela manhã, Naruto acordou e não viu ninguém em seu dormitório.

Nem o preguiçoso do Shikamaru está aqui. — Ele percebeu. — Acho que dormi demais. — Disse em voz alta e saltou de sobre a cama.

Ele abriu a porta do quarto e seguiu até o banheiro no final do corredor daquela ala. Após sair dali, seguiu em direção à cantina da cozinha do bloco G, pois era a mais próxima. E, quando chegou lá, viu que os novos companheiros de equipe estavam lá, sentados à mesa e alguns poucos membros do exército de Konoha que não eram do grupo de expedição também, entretanto mais afastados.

Ele sentou-se junto aos amigos, porém estanhou algo.

— Por que vocês já estão almoçando? Não devíamos estar tomando café? É... e que horas são? — Ele indagou perdido e procurou o relógio. Tinha certeza que havia visto um relógio quando passou por ali com Hinata no dia anterior.

— Você dormiu demais, Naruto-kun. Já são mais de onze horas da manhã. — Hinata lhe explicou. Ela apontou para o relógio na parede atrás de Naruto e levou uma pequena porção da refeição até a boca.

— Naruto-kun! — Rock Lee chamou — Eu sabia que a sua energia da juventude faria com que você passasse no teste e entrasse para o time! — Ele fez sinal de positivo com o polegar.

— Ah, sobrancelhudo. Há quanto tempo!  — Ele respondeu o cumprimento.

— Você não muda, hein, Naruto! — Tenten reclamou, se referindo ao apelido pelo qual Naruto chamava Rock Lee.

Naruto ignorou o comentário da jovem. Rock Lee tinha as sobrancelhas enormes e espessas, além de um cabelo liso cortado em forma de tigela e era tão escandaloso quanto o próprio Naruto e não parecia se incomodar com o apelido.

Naruto notou que faltava alguém ali.

— Ei, aonde está o Neji?

— Ele foi até o distrito da família Hyuuga. Disse que gostaria de conversar com o otou-sama. Quando ele chegar, falará conosco. Mais cedo você estava dormindo então ele decidiu deixar para falar com todos quando chegasse e você estivesse junto.

Naruto concordou com a cabeça e foi até a mesa em que estava a comida para se servir e depois voltou e se assentou para comer.

Shikamaru se levantou com o prato já vazio e disse:

— Quem ficar por último, lava a louça!

— Quê? — Naruto questionou indignado. Era óbvio que ele seria o último.

Shikamaru apenas sorriu de canto e acenou, colocou o prato na pia e saiu depois de dizer:

Deixe tudo limpinho, ok?

Naruto levantou e foi até a porta, esbaforido.

— Shikamaru! Quem você pensa que é para criar essas regras injustas? Volta aqui!

Hinata e Tenten levantaram e colocaram seus pratos sobre a pia. Lee já havia acabado, conquanto estivesse no refeitório.

— Naruto-kun, eu ajudo você. Não se preocupe! — Hinata pôs a mão sobre seu ombro.

— Obrigado, Hinata.

Tenten revirou os olhos.

— Eu vou lá para fora. — Ela disse.

— Ah, Tenten-san, se o Neji-nii-san chegar e ainda estivermos por aqui, você poderia nos chamar?

Tenten meneou a cabeça.

— Lee, você vem?

Ele concordou.

— Bom, eu vou comer antes que esfrie, então. — Naruto resmungou e foi até à mesa e se jogou sobre a cadeira.

Hinata sentou-se de frente para ele. Ela pôs as mãos nas bochechas e se perdeu em pensamentos.

Naruto terminou de comer e reparou que Hinata nem ao menos se mexia.

— Hinata? Hinata? — Ele a chamou e balançou a mão no ar em frente ao rosto dela. — Você parecia estar no mundo da lua. No que estava pensando?

— Ah! E-eu só estava imaginando o que poderíamos encontrar durante a expedição. A Tenten, o Lee-san e o Shikamaru-kun estavam comentando que não é em todos os lugares que o clima está apático como em Konoha, parece que apesar de tudo, nós ainda tivemos sorte em relações aos outros países.

— Sorte? — E indagou confuso — Aqui praticamente não há clima. Como podemos estar com sorte?

Ela encolheu os ombros como se se defendesse.

— Eu não sei. Neji-nii-san é quem irá nos explicar isso.

— Bom, eu vou começar a lavar os pratos e — Ele parou diante da bancada de pias, assustado com enorme quantidade de pratos empilhados sobre ela — Eu vou ter que lavar os pratos de todos os soldados também? — Ele indagou totalmente atordoado.

Hinata riu-se.

— Não se preocupe, Naruto-kun. O exército exige muita disciplina e como a tropa de expedição não faz parte do exército totalmente, eles continuam com suas tarefas normais. Não há nada da competência deles atribuído a nós.

Ele suspirou aliviado.

— Bom, como eu quem devo lavar a louça, você só seca, pode ser?

Ela anuiu em consentimento.

Naruto lavava a louça em silêncio enquanto Hinata ia secando para ele. Quando terminaram, eles guardaram os pratos, os copos e talheres e então saíram.

Eles caminharam até o pátio aberto do quartel. Quando chegaram lá, viram Neji chegar quase ao mesmo tempo que eles, porém pelo sentido contrário.

— Neji-nii-san — Hinata o cumprimentou. Ele meneou a cabeça.

— Bom, não preciso mandar chama-los. Então, vamos?

— Vamos? Pra onde? — Naruto questionou sem entender.

— Para a sala de reuniões da tropa, Naruto-kun! — Lee respondeu. — Próximo aos nossos dormitórios temos acesso a algumas poucas salas. Dentre essas temos uma de reunião.

Naruto fez um Ah! mudo com a boca.

— Não vamos demorar. Kakashi-san irá se reunir conosco em breve. Nos encontramos agora há pouco e ele disse que passaria mais alguma instrução para nós. Possivelmente a próxima missão será antecipada.

— Mas chegamos ontem! — Tenten reclamou — Nem tive tempo de descansar.

— Bom, eu sinto muito, mas não posso fazer muito a respeito. Talvez você possa solicitar uma folga ao Kakashi — Neji a lembrou.

Ela concordou com a cabeça.

— O que estamos esperando? — Lee perguntou e já saiu em direção ao salão.

Tenten suspirou.

Na sala de reunião havia uma grande mesa de vinte lugares perto de uma enorme janela de vidro a qual era dividida em vários quadradinhos e que apenas a parte de cima abria. O chão era de piso frio que imitava a madeira e não havia muita decoração além de um lustre simples disposto centralmente no teto e algumas lampadazinhas ao redor e nas paredes e também um bebedouro e um armário mediano de madeira.

Eles sentaram em cadeiras próximas e de forma aleatória. Naruto logo levantou e foi até o bebedouro e pegou dois copos e os encheu de água.  Um para Hinata e outro para si. 

— Obrigada!

Ele sorriu para ela.

Neji fingiu tossir.

— Então, acredito que Shikamaru, Lee e Tenten devem ter comentado sobre algo de nossas missões. — Ele não esperou resposta. — Algo sobre nós em Konoha termos sorte em relação aos outros países e suas capitais. Talvez isso possa soar como sendo algo absurdo, mas é a verdade. Além do País do fogo, do qual nós fazemos parte, há cinco grandes países. Vocês sabem quais são: Água, Pedra, Nuvem, Vento. Konoha é a capital do nosso país e tivemos um clima sempre bem demarcado, já os outros países, não. O que nós conseguimos perceber nesses seis anos foi que o clima predominante é o que sobrou para eles.

— Nós? — Naruto interrompeu.

— Sim, nós. Pelo que vimos e pelos relatórios dos membros anteriores do grupo.

— Ah!

— O que isso quer dizer? — Hinata perguntou, claramente se referindo ao que seu irmão havia dito antes de Naruto se pronunciar.

— O país do vento sempre foi bastante conhecido por suas dunas e tempestades de areia, mas agora é a única coisa que há lá.

— Isso significa que... — Naruto começou, ainda sem entender.

— As pessoas que ainda vivem lá, passam o dia todo com um pano umedecido com qualquer coisa sobre o rosto devido à baixa umidade do ar. — Tenten comentou.

— Já ouviram falar que no deserto faz muito frio durante a noite, certo?! Pois bem, isso não existe mais lá. — Shikamaru quem se pronunciou. — Nos outros países é quase a mesma coisa. No país da água, por exemplo, há inundações constantemente. No país da pedra, estranhamente tem havido muitos terremotos e na Nuvem tempestades de raios. Se você visitar a cidade do raio você verá um monte de para-raios espalhados por todos os lados.

— Mas isso... isso é surreal, é absurdo! — Naruto titubeou.

— Naruto-kun, sei que é complicada essa situação. Mas, lembrem-se. Hinata e você entraram para a tropa com a intenção de ajudar a encontrar uma solução para esse problema. — Lee falou.

— Eu sei! ... não é isso, sobrancelhudo. É só que... fiquei surpreso. Não imaginava que dentre as cinco nações maiores, o País do Fogo teria sido o menos prejudicado. Não na situação em que estamos. Tudo sem vida. Nada nasce aqui se não for cultivado em estufas. Saber que é pior em outros lugares, é... é assustador.

Hinata pôs a mão em seu ombro como se o consolasse.

— Sei que é complicado receber informações como essas assim tão de repente. Mas queríamos que soubessem que lá fora está um desordenamento terrível. Achamos que assim diminuiríamos o impacto em vocês por terem que ver tudo quase que simultaneamente. Quando nós começamos a ir às expedições, íamos acompanhando essas diferenças entre as nações de forma gradativa e, mesmo assim, não foi muito agradável. — Tenten lembrou.

Neji voltou a se pronunciar.

— Vou passar as instruções para vocês. Serão poucas aqui. O resto do que precisam saber, vocês provavelmente aprenderão sozinhos. — Ele suspirou. — Primeiro: andem sempre próximos um do outro e tentem não se separar do grupo. Segundo: carreguem apenas o necessário. Terceiro: não hajam estupidamente. E só.

— Espera! Vocês fizeram um suspense todo para apenas nos dar esse tipo de instrução? — Naruto perguntou, bobo.

— Não são instruções difíceis, eu sei, mas são importantes, conquanto pareçam óbvias.

— Odeio quando falam difícil. — O rapaz de olhos azuis reclamou fazendo bico.

— Kakashi logo chegará e nos dará uma nova missão, portanto não lhes preciso instruir sobre assuntos mais elevados. — Neji rebateu.

Hinata se conteve para não revirar os olhos.

Então, logo eles ouviram a porta abrindo e olharam em sua direção, avistaram ali o capitão Kakashi que já encostava a porta e se encaminhava para a mesa.

— Como estão? Ah, Naruto-kun, Hinata-san, fico feliz que tenham passado no teste. Viram?! Eu disse que não seria nada complicado.

Eles concordaram.

— Vejam bem — Ele logo começou e se assentou próximo a Shikamaru. — Há uma semana, eu recebi um comunicado do País do Vento. Nele havia uma notificação de que os três irmãos da areia, em sua totalidade, prestarão apoio aos expedicionários.

— Em sua totalidade? — Shikamaru perguntou sem entender.

— É. O filho mais novo de Rasa agora é membro do grupo especial de expedições da cidade da areia. Na verdade, aparentemente, já faz alguns meses que ele integrava de forma não oficial o grupo. Mas a questão é que eles estão dispostos a trocarem informações. Se vocês notarem bem, apesar de tudo, o País do Vento foi o mais prejudicado. Muitas pessoas não suportaram a vida na Cidade da Areia devido ao calor absurdo aliado ao ar extremamente seco e a falta de água.

— O seu discurso parece uma previsão mete-o-ro-lógica — Naruto se embolou.

— Cara, que problemático! — Shikamaru reclamou.

— Kakashi-sensei, o Neji disse que a próxima missão poderia ser antecipada...

— Não se preocupe, Tenten-san. Ainda estamos na metade do dia. Vocês terão bastante tempo para descansar até a próxima missão amanhã pelo início da manhã.

Tenten suspirou resignada com o comentário contraditório de Kakashi.

A expressão um tanto preguiçosa e desanimada de Kakashi tornou-se em uma mais centrada de repente.

— Quero expor o fato mais importante do porque eu estar antecipando a próxima missão de vocês. — Ele começou deixando os demais atentos. — Nos últimos meses, temos focado em mapear o clima por área em todas as nações. Adotamos essa estratégia de forma isolada, sem o conhecimento das outras nações. A priori não era nada muito, humm, importante. Havíamos percebido que os mapas, tanto de Konoha e o restante do País do Fogo como nos outros países, não estavam batendo. Eles possuíam algumas discrepâncias. O clima por local marcava uma variação a qual não estávamos percebendo. Eu analisei os mapas de Konoha e os que as nossas expedições recentes fizeram, todavia, ainda assim havia algo errado. Mas, quando eu peguei o mapa de outras nações e pus lado a lado...

Kakashi então levantou e foi até o armário, abriu-o e pegou alguns rolos que pareciam enormes pergaminhos e levou até a mesa e estendeu alguns ali.

— Isso é... — Shikamaru começou e assobiou.

— Sim!

— O tempo todo estivemos diante de mapas-múndi incompletos. — Lee entendeu.

— Sem visualizarmos o clima, se prestarmos bastante atenção, percebemos isso mesmo com os mapas antigos, de seis anos atrás. Eu trouxe também os que vocês desenharam nas últimas expedições e — Ele tirou um pergaminho menor de debaixo do colete verde que vestia — Vejam! O de ontem completa tudo. — Ele apontou.

— Há um buraco no mapa! — Naruto entendeu.

— Então há uma região não desenhada... é um local inexplorado? — Hinata indagou. — Mas não faz sentido. Fica numa posição de rota entre praticamente todo o mundo. — Ela notou e apontou.

O espaço vazio no mapa parecia ser acessível diretamente por muitos países, tanto pequenos como grandes.

— Exatamente! — Kakashi disse. — Acho que vocês já perceberam — o capitão Hatake se referiu aos membros mais antigos. — Eu também já passei próximo desses locais algumas vezes, em missão pelo exército e com o meu antigo sensei. — Kakashi mostrou alguns pontos limítrofes com o espaço “em branco” no mapa. — Essas zonas são de certo modo consideradas abertas, mas agregadas às nações maiores de que estão próximas. São considerados locais inóspitos e por isso quase ninguém passa por ali.

— Parece que os boatos sobre esses locais são realmente funcionais. Não deve haver muitos que se aventuram por ali, já que ninguém mapeou o lugar. — Neji considerou.

Kakashi concordou com um balançar de cabeça.

— Mas o que realmente é interessante é analisar como as marcações climáticas sofrem mais variações em volta desse local. — Kakashi comentou. — É como se, de fato, existisse algo diferente por ali.

— Ah, como naquelas histórias sobre as estações serem pessoas. — Naruto comentou.

Olharam para ele sem entender.

— Por que estão me olhando com essa cara? Nunca ouviram a história?

— Que história, Naruto-kun? — Perguntou Hinata.

— Ah! Aquela que, que... bom, eu não me lembro. Mas a primavera, por exemplo.

— O que tem a primavera, Naruto-kun.

— Ah, Hinata! Você sabe! Ela é prima de alguém e se chama Vera!

— Quem falou isso pra você, Naruto? — Kakashi perguntou em um tom peculiar.

Naruto fechou os olhos e tentou lembrar quem havia lhe dito algo sobre aquilo.

— Eu não me lembro... não consigo lembrar, mas alguém... eu já ouvi algo assim! — Ele disse por fim.

— Não acredito que você acreditou em algo assim, Naruto! Só a ideia por si só é tão estúpida. — Shikamaru falou.

— Ei! Você está me chamando de estúpido, Shikamaru?

— Naruto, acredito que já ouvi algo do tipo... — Kakashi comentou, interrompendo a possível discussão. — Se você lembrar de alguma coisa, diga. Certo?!

— Kakashi, você realmente acha que esse tipo de história poderia conter alguma informação relevante? — Shikamaru inquiriu.

— Realmente parece ser uma história infantil. Mas depois de tudo que aconteceu nos últimos seis anos, não acho que dê para duvidarmos de algo. — Kakashi respondeu e suspirou. — Bom, acho que já deve dar para saber qual será a próxima missão. Desejo boa sorte na expedição!


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