Quando a porta bateu lá em cima todos encararam James. Esse levantou-se apressado e resmungando:

"Droga, merda, tudo culpa daquele cara".

—Lily! - James correu escada acima chamando por seu nome.

Ela ignorou as batidas na porta quando ele alcançou o andar superior.

— Me deixe sozinha, James! Não acha que fez o bastante por hoje? - perguntou ela.

James bateu a cabeça na porta frustrado.

— Vamos lá Lily. Me deixe entrar. - Pediu ao mesmo tempo em que pensava como era patético não usar magia. Mas ele a conhecia muito bem. Invadir seu espaço não serviria para nada. Ela tinha que o deixar entrar, era sempre assim.

—Para que? Para você dizer que meu filho é um mentiroso e que você se arrepende de telô salvo? - Lily sabia que estava sendo rude mas não conseguia evitar. Era seu filho! Uma mãe sempre protege um filho!

— Lily... você sabe que não suporto mentiras. Como você acha que estou me sentindo? - tentou James e Lily se silenciou por um estante, sabia que oque ele dissera era verdade- Vamos conversar, meu amor.

Ela, vencida pela insistência, caminhou até a porta e secou algumas lágrimas antes de abri-lá, oque bão foi o bastante para que James não percebesse.

— Eu sinto muito, ok? - Ele disse quando ela cedeu passagem.

— Sentir muito não adianta nada. - Respondeu Lily sentando na cama de costas para James.

—Lily e o que você queria que eu fizesse? Eu sempre sonhei em ter um filho! - James disse passando as mãos no cabelo exasperado. - Então descubro que estou quarenta anos a frente do meu tempo, tenho um filho e esse mente para mim como se fosse algo normal.

Lily olhou para ele encolhendo os ombros.

—Isso não justifica as suas palavras.

—Ele não é um garotinho. Palavras não vão machucar um homem calmo como aquele. - Ele se justificou e Lily o encarou incrédula.

— Você também é muito lerdo, James! Meu filho saiu daqui tremendo como se tivesse levado uma surra do modo trouxa! - Lily ergueu os braços em exasperação.

— O que você quiz dizer com isso? - Perguntou James incrédulo. Ora! Um homem como aquele não poderia ter se deixado abalar com tão pouco.

Fora pouco oque dissera, não fora?

Lily olhou para ele sem acreditar. Ele não percebeu?

— James... - Balançou a cabeça em negação. - A mulher dele, Ginny, não quiz me deixar chegar perto dele. Ela disse se fosse para discutir ele não estava em condições. Não importa a idade, você disse para seu filho algo terrível. Você acha que ele está feliz com oque você disse?

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Sirius observou o amigo subir as escadas gritando por Lily.

— Eu vou atrás do Harry. - Disse Molly já se levantando mas Ron a deteve.

— Não mãe, Não agora. Deixe ele.

— Eu acho que vocês se preocupam demais. - Gideon disse se acomodando melhor no sofá. - Eu imagino ele em Hogwarts. Nunca aquele cara seria um grifinorio. - Continuou debochado.

— Cale a boca, cara. -Ron disse simplesmente. - Você não sabe de nada, pare de julgar Harry sem conhece-lo.

— Esse ruivo sempre se metendo. - Fabian resmungou.

— Querem parar já com isso? - Exaltou - se Remus. - Não estou nem aí pra essas briguinhas de vocês! - E como se nada tivesse acontecido Remus se virou para a ministra e disse. - Quando posso vêlo?

Hermione piscou aturdida.

— Quem?

— Meu filho, quando posso vêlo. - Disse Remus animado. As cicatrizes nem faziam o efeito de envelhece-ló, parecia um menino denovo.

—Ah! Você já o conhece - disse Hermione sorrindo. - Teddy, aquele auror que estava na hora que vocês chegaram. O de cabelo azul!

O sorriso de Remus alargou-se. Mas logo sumiu dando lugar a uma cara de interrogação.

—Quem é a mãe dele?

Minerva e Molly se entreolharam, sorrir era inevitável.

— Ninphadora Tonks.

—Quem? - Sirius perguntou boquiaberto. - Minha prima Tonks?

— Essa mesma. - confirmou Hermione também sorrindo.

— Aluado! Ela tem seis anos na nossa época! - Sirius exclamou e depois riu maldoso - Quem diria que nosso Remie seria assim, em?

Remus ficou um pouco vermelho e deu de ombros.

— Não me assusto com mais nada. Eu tive um filho que está mais velho que eu. A propósito quantos anos ele tem?

— Vinte e dois. - contou Ron. - Infelizmente Tonks morreu na segunda guerra bruxa. Mas não se preocupe, Teddy vivi lá em casa.

— É Verdade. -Molly falou, mas sua voz ainda era um mar de preocupação com Harry - Ele é meu neto mais velho.

Remus e também Sirius perguntaram mais algumas coisas sobre o garoto. "Ele é metamorfamago também?", "Gosta de quadribol?", "De que casa ele é?" Até que Dumbledore interropeu a discussão sobre a Grifinoria ser melhor que a Lufa-Lufa dizendo:

— Vocês estão mesmo muito interessados, mas quando conhece-lo vocês perguntam a ele sim?

Já tinham até esquecido da presença dele na casa.

Hermione assentiu levantando.

— Nós temos que ir. Mas planejo uma reunião com vocês terça-feira. Estamos tentando encontrar a causa desse acidente temporal. Amanhã Harry deve vir aqui.- E então acrescentou baixo. - Bom, eu espero que ele venha.

Hermione, Ron, a idosa Minerva e Molly se despediram dos que estavam na sala e se dirigiram a lareira.

Quando todos já tinham se ido Dumbledore suspirou.

—Pobre homem. - E vendo o olhar de interrogação de Sirius acrescentou. - Harry Potter.

— Pff. Pobre nada. Olhe essa casa. - Gideon disse e Fabian Revirou os olhos.

— Você não me entendeu, Gideon. - Dumbledore disse escolhendo suas palavras - James o machucou. Acho muito difícil ele aparecer por aqui, pelo menos por enquanto.

— Você tem Razão, Dumbledore. - Remus concordou. - James foi logo demais.

— Nem me venha com essa Aluado. - Sirius reclamou. - Você sabe que James odeia mentiras. Também acho que foi um pouco demais só que aquele cara estava mentindo na maior cara de pau.

— E a mentira mais mal contada vocês acreditaram. - Dumbledore disse levantando.

— Ah é? Qual? - desafiou Fabian erguendo uma sobrancelha.

— Aquele homem não foi criado no mundo bruxo. Eu não deixaria isso acontecer. - E subiu as escadas em direção a seu quarto. Onde refletiu pelo resto do dia.

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Quando Harry e Ginny aparataram em seu lar naquele final de tarde, eles não disseram nada.

Harry seguiu para seu quarto com Ginny em seu encalço. De mãos dadas subiram as escadas e entraram no quarto de casal.

Harry deitou a cabeça no colo de Ginny e deixou ela mecher em seu cabelo que já tinha alguns fios brancos. Ficaram naquela posição até o sol sumir e a escuridão tomar seu lugar.

Depois de um tempo, Ginny percebeu que ele adormecera. Com cuidado e tentando não acorda - lo. Se mecheu e tirou a cabeça dele de suas pernas e quando estava na porta do quarto o escutou:

— Obrigada.

Ela sorriu.

— Descanse meu amor. Acho que você precisa dormir.

E saiu deixando Harry sozinho com seus pensamentos.