O futuro da fênix escrita por CrushHP


Capítulo 2
Capítulo 1




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“Porque as cosias estavam rodando?”, James se perguntou confuso. E então, de repente, sentiu-se estatelar-se no chão. Rapidamente, levantou-se e olhou ao redor, porém tudo estava embaçado. Levou ao mão ao rosto e percebeu que estava sem óculos.

Preocupado, tentou localizar Lily e viu um borrão de cabelos vermelhos se aproximar. Apesar da tensão que sentia, James lhe sorriu quando ela lhe entregou seus óculos.

Assim que sua visão se focou, reconheceu que estavam no Ministério da Magia. Jamais esqueceria aquele lugar mesmo que tudo parecesse tão diferente do que se lembrava.

— James… o que está acontecendo? — Lily perguntou em um sussurro aflito. Ela olhava para todos os cantos assim como ele.

Mas não eram os únicos.
Alvo, Minerva, Almofadinhas e Aluado também estavam ali e observavam tudo com preocupação. Um pouco mais ao longe, eles ouviram o gemido de Fabian e Gideon que levantavam-se de onde haviam caído.
Então, de repente, um alarme começou a soar.

— Mas… o que está… — Sirius começou a perguntar, mas interrompeu-se ao ouvir os sons de passos e aparatações em volta deles.

Todos estavam atordoados demais para fazerem algo. Desde quando o ministério tinham geringonças trouxas? E quem eram aquelas pessoas desconhecidas que os cercavam como se fossem criminosos?

Albus Dumbledore analisava tudo atentamente. Seu rosto, sempre bondoso, estava agora coberto por receio. Ainda muito perplexa, Minerva se endireitou em sua postura mais severa.
Um grupo de bruxos, que só poderiam ser Aurores, aproximou-se eles liderados por um rapaz de cabelos azuis que falava:

— Vocês estão presos por invadirem o Ministério da Magia da Grã-Bret… — Mas sua voz falhou quando seu olhar recaiu sobre Remus Lupin. Com os olhos arregalados em espanto, ele cambaleou para trás incapacitado de falar enquanto observava chocado os demais membros do grupo “invasor”.

Quando Remus sentiu o olhar do rapaz sobre si novamente, sentiu-se irracionalmente tenso. Havia algo familiar naquele rapaz, embora Lupin tivesse certeza que jamais o vira.

Sirius, que assistira a tudo sem entender, sentiu a paciência esgotar-se. Precisava de respostas e o rapaz de cabelo azul não parecia reagir. Então virou-se para o melhor amigo e perguntou:

— O que aconteceu, Pontas? Nós estávamos na sua casa…

O jovem de cabelos azuis pareceu ter se recuperado parcialmente, pois levantou a voz e repetiu:

— Vocês invadiram o Ministério da Magia. Serão levados para interrogatório. Resistir não é uma opção… — Sua voz falhou um pouco ao encarar Dumbledore que observava tudo impassível. — O senhor pode nos acompanhar, não é professor Dumbledore? — perguntou um pouco temeroso ao lembrar-se da história sobre como Dumbledore derrotara Quim Shacklebolt e John Dawlish quando Cornélio Fudge tentara prender o antigo diretor.

Porém Alvo Dumbledore apenas sorriu e assentiu solene.
À menção desse nome, alguns bruxos que cercavam o jovem soltaram murmúrios descrentes. Alvo Dumbledore? Ali?

— Dumbledore? — alguém exclamou. A incredulidade era latente em sua voz.

— Cale a boca, Max. Confisquem suas varinhas, Com educação. Não falem sobre nada. Levem-nos para a sala C, no nosso departamento. — Teddy se sentia tão nauseado que podia sentir seu rosto verde. Não precisava de um espelho para saber que seus cabelos estavam mudando de cor involuntariamente como há muito tempo não acontecia.

Os aurores imediatamente cumpriram suas ordem enquanto o rapaz se afastava em direção ao elevador. O bruxo chamado Max lançou um olhar curioso para os invasores, que ainda aturdidos entregavam as varinhas com o consentimento de seu líder.

— Para onde você vai? — Max perguntou preocupado seguindo o rapaz.

— Falar com a ministra... chamá-la imediatamente — Max o olhou confuso e então Teddy Lupin explicou: — Não os reconheceu? Temos oito membros da primeira Ordem da Fênix aqui. E um deles é meu pai.                       

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Harry saiu da lareira exatamente meia hora depois do incidente no meio do Átrio. Alguns Aurores estavam ali esperando por ele. Se não estivesse tão tenso, Harry teria sentido nostalgia. Afinal fazia três anos que não era mais chefe do departamento.

— Onde eles estão? — perguntou ignorando os cumprimentos. Ginny apertou sua mão fortemente.

Sabia que estava sendo rude, mas era uma situação tão inesperada que ele cobriu seu rosto com uma máscara de indiferença e caminhou decidido ao lado do jovem auror que o levava para a sala C e narrava o que acontecera.

Ao aproximar-se, notou que Hermione, Ron e Quim estavam do lado de fora, esperando-o. Hermione, ele percebeu, estava pálida.

— Harry! — Hermione exclamou abraçando o amigo enquanto Ron puxou a irmã de lado e dizia com a voz mais neutra que conseguiu:

— Nossos tios também apareceram junto com eles, Ginny.

Assustada, ela levantou o olhar e viu pelo espelho que permitiam que eles vissem quem estavam lá dentro sem ser vistos. Arregalou os olhos quando viu dois gêmeos idênticos e com rostos sérios andarem de um lado para outro. Seu olhos se encheram de lágrimas.

— Onde está Teddy? — Harry perguntou a Quim.

O velho homem balançou a cabeça.

— Está no seu cubículo. Respirando um pouco, Pobre garoto! Foi ele quem os viu primeiro. Está chocado.

Harry assentiu e olhou através do espelho pensando.

Dumbledore provavelmente já percebera o que estava acontecendo. O antigo diretor de Hogwarts tinha uma inteligência aguçada. Além disso, Harry sabia que essa simples parede não era impedimento para os poderes daquele homem. Simples feitiços também não ajudariam. Quando o olhou pelo espelho, percebeu que Dumbledore não olhava em direção à parede espelhada, mas Harry viu um sorriso triste em seu rosto. Suspirou resignado e virou para Hermione.

— Alguém já conversou com eles?

Ela balançou a cabeça negando.

— Teddy me chamou logo que eles vieram para cá e eu esperei você chegar.

— Vou entrar então. — Disse e viu todos olharem para ele com receio. Harry revirou os olhos e bufou. — Não sou mais um garotinho! Podem ser meus pais, mas tenho que descobrir de que anos eles vieram e como conseguiram vir para o futuro.

— Mas...

— Ginny, alguém precisa fazer isso. Posso não ser mais o Chefe do Departamento dos Aurores, mas ainda sou a pessoa mais indicada para interrogá-los — Harry disse e virou para os dois amigos e depois para a mulher e sorriu sôfrego. — Já passei por coisas piores. Não se preocupe comigo. Vá falar com Teddy, por favor. Ele deve estar mais abalado que eu.

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— Isso é patético. Presos como pássaros em gaiolas. — Sirius reclamou audível.

Sentada na sala iluminada, Lily suspirou e se encostou na parede. Estava amedrontada. Não que fosse assumir isso para alguém. Ninguém precisava saber de seus receios. Mas como foram parar ali? No meio do Ministério? Ser conduzida para aquela sala por pessoas estranhas como criminosos. Parecia outra época. Anos antes. Anos depois. Não sabia ao certo. O lugar parecia mais iluminado. A curta caminhada até a sala C era como estar em um lugar novo. Uma versão do Ministério melhorada. E então porque estava com medo?

— Lily você está bem? — James se aproximou.

Ela ia responder que sim. Mas algo mais a deteve. Talvez a cara de James, seu marido, que também estava coberta pelo receio. Além disso, James a conhecia muito bem.

— Estou com medo. — Lily sussurrou.

James só a puxou para mais perto e ela se aconchegou em seus braços.

Pouco depois, a porta da sala se abriu lentamente. Um homem de estatura média entrou e imediatamente uma cadeira apareceu para ele.

Sirius não conteve a exclamação.

— Caralho! — disse tão chocado que James levantou o olhar.
Impressionado. James estava completamente impressionado.

Harry se sentou e observou seus pais ali. Tão próximos, percebeu sorrindo. Sirius muito bonito e Remus de aparência cansada.

Gideon e Fabian como se lembrava nas fotos. Idênticos e muito parecidos com Fred e George na idade dos dezenove anos, embora parecessem anos mais velhos, uns vinte e sete, talvez. Minerva severa como sempre, um pouco mais jovem. E Dumbledore com sua aura de energia… A carcaça de neutralidade estava indo embora. Seus pais estavam ali. Bem ali na sua frente e ele não poderia fazer nada. “Sem lágrimas, Harry, faz anos que você não chora. Concentre-se”, ordenou em pensamento.

— Isso não é nada parecido com um procedimento padrão — Ele resmungou para si fechando sua mente. Imaginando suas feições se tornando inexpressivas, anos de prática como Auror vinham a calhar nesses momentos. — Então vamos começar… Como vieram parar aqui?

O homem foi rápido e direto. Minerva percebeu. Ele com certeza era filho dos Potter. A semelhança com James e os olhos de Lily não negavam. Mas algo a incomodava. Só não sabia dizer o quê.

— Er… versão velha do James. Nós também temos perguntas… — Gideon/Fabian reclamou.

— Eu faço as perguntas aqui, Prewett. — Disse seco e James percebeu que o homem à sua frente não olhava em sua direção e nem na direção de Lily. Confusão o tomou. Era visivelmente seu filho então porque não o encarava?

— Então preciso de respostas. É simples: como, diabos, vieram parar a tantos anos no futuro? — perguntou cruzando os braços e andando pela sala. Lily nem percebeu quando ele se levantou da cadeira. Estava ocupada demais em uma pilha de emoções. Aquele homem era seu filho, não era? Então porque estava querendo chorar? Deveria estar alegre. — Vocês estão em 2020, mais precisamente em 15 de junho. Estão no mínimo quarenta anos à frente. Então como fizeram isso?

Para a surpresa de todos, foi Sirius quem respondeu:

— Algo estava errado. Muito errado. Hoje à noite... anos atrás... não sei... estávamos na casa de James e percebi que o céu… ah não sei… — ele se interrompeu frustrado sem saber como continuar.

— Tinha parado. — Dumbledore e Harry disseram ao mesmo tempo.

Os viajantes olharam de um para o outro, mas Harry não encarou ninguém. Ficou ainda mais tenso, se era possível.

— Droga, droga, droga… isso não pode estar acontecendo… Sirius, as estrelas não estavam se movendo não era? — Harry perguntou e Sirius, de algum modo, não ficou surpreso por ele saber seu nome, afinal aquele homem, com certeza, era seu afilhado.

— É… A de cão maior estava imóvel no céu…

— Não era só isso — Harry disse sério. — Por que estavam na casa dos meus pais, Dumbledore? Que eu saiba a Ordem da Fênix não se reunia na antiga casa deles… — Harry se dirigiu ao homem mais velho ali, ignorando os resmungou de incredulidade que corriam pela sala. — O senhor está quieto demais... Tenho certeza que o senhor sabe como vieram parar aqui. Confirme as minhas dúvidas ou diga que eu estou errado.

Dumbledore examinou aquele rosto. Tão parecido com James e tão diferente. Não conteve o suspiro.

— Acho que alguém de seu tempo está tentando trazer Lorde Voldemort para o futuro.

James percebeu que era
exatamente isso que seu filho temia. Ele fechou os olhos e mexeu os lábios em algo que parecia um feitiço ou uma prece. Não soube dizer. Pela primeira vez o Potter, que ainda não tinha dito seu nome, olhou em sua direção e sorriu triste. Seu sorriso tirou a máscara de soberba que o envolvia e viu o quanto seu rosto era expressivo. Seus olhos o incomodaram. Pela primeira vez na vida, o verde vivo do olhar de Lily não lhe trouxe lembranças boas. Eram carregados de uma sabedoria que um homem tão jovem nunca deveria ser portador.

O homem abriu a boca para falar algo, mas foi interrompido quando a porta se abriu e uma mulher ruiva de uns trinta e poucos anos pôs a cabeça pela porta e olhou para ele dizendo aflita:

— Harry, Teddy está tendo um ataque de pânico.


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