P.O.V. Izzi.

Ela não veio na escola por três dias. E eu fiquei preocupada, por isso vim na casa dela.

—Oi senhora Morgenstern.

—Olá Isabelle. Pode entrar. 

—Ela está bem?

—Não muito. Talvez devesse tentar conversar com ela.

Eu entrei no quarto da Clary e ela estava um bagaço. Haviam desenhos pendurados nas paredes, espalhados pelo quarto todo. Ela tinha desenhado retratos meus, do Alec e até do Jace. Era como se fossem fotografias.

—Clary, você está bem?

—Eu matei toda aquela gente.

—Me fala como isso é possível Clary.

—Mutação. Eu sou uma mutante, o gene mutante foi passado pra mim pelo meu pai. Mas, aquele dia na festa não era eu.

—Clary, o que é uma joia do infinito?

—As joias do infinito são seis pedras cósmicas. Cada joia concede ao seu portador um poder específico o domínio de algum aspecto do universo. O tempo, o Poder, Mente, Espaço, realidade e alma.

—E quais são essas joias?

—O olho de Agamoto que é a joia do tempo, a joia do poder, a joia da mente, a joia do espaço que é o Tesseract e o Cristal M'Kraan.

—Mas, o que tem a ver isso com você?

—O Cristal M'Kraan é um pedaço do primeiro planeta já criado. E aqui dentro há uma galáxia de neutrons que se for liberada pode transformar a matéria em anti-matéria e mandar o universo pro inferno.

—Mas, e quanto a você?

—Eu sou telepata e telecinética.

—Lê a minha mente?

—A sua e a de todo mundo. Eu tenho uma entidade cósmica dentro de mim, uma Deusa. Literalmente. 

—O que?!

—Desde o momento em que eu nasci há um poder crescendo dentro de mim. Esse poder está quebrando as barreiras psíquicas que o Professor Charles Xavier colocou na minha mente. E esse poder se chama Força Fênix. E ela está vivendo em telepatas desde os primeiros mutantes, ela existe desde antes do universo. Conforme o telepata cresce, a Fênix cresce com ele e quando atinge a maturidade... bom, inundações, incêndios. Estamos procurando uma maneira de impedi-la. Ela tem o poder de destruir, mas tem o poder de criar ou restaurar.

—A vidraça.

—É. Aquilo não foi nada.

P.O.V. Jace.

Saber que ela tem todo aquele poder, apesar de ser assustador só me fez querer ela mais.

—Ela é uma Deusa.

P.O.V. Izzi.

Isso é... loucura.

—É. Imagino que seja.

—Porque matar os caras do time de basquete?

—Auto preservação. Ela jamais permitiria que algo de ruim acontecesse ao corpo que ela habita. E eu tava com raiva, eu tava sim. Ela e eu somos a mesma entidade em um certo nível.  A Fênix viu os garotos como algo hostil.

—Caraca! E a equação na lousa?

—A maior parte da população humana só usa três por cento de sua capacidade cerebral. Eu no entanto, uso cem por cento. Posso controlar meu próprio corpo. Mudar de forma e posso controlar o corpo dos outros.

—Controlar o corpo dos outros?

—Começou com coisas simples. Fazer o nariz sangrar, fazê-los falar coisas que normalmente não diriam, mas agora eu posso usar o corpo de outra pessoa como se fosse o meu próprio. Eu temo que algum dia possa acabar machucando alguém que eu amo.

—Existiram outros como você? Com essa Fênix?

—Lógico. Ela já teve vários hospedeiros. Ela existe desde antes do universo.