Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 55
Chillin' Like a Villain


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos, tá passada?
kkkkkk (ñ tiro esse meme da cabeça)

Não vou me demorar muito, só agradecer ao favoritos e as mensagens q me mandam e me incentivam a continuar a história (pq tá tão difícil escrever ultimamente??!!! Alguém tem algum método eficaz para combater isso???)

ADORO VOCÊS!!!!!



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A primeira coisa que Sasuke percebeu quando acordou era que estava sentado em uma cadeira. Seus braços estavam amarrados para trás e seus pés também estavam atados. Sua cabeça doía um pouco, sentia muita sede e um leve enjoo com o cheiro de maresia. Nunca fora muito fã do mar.

— O príncipe está acordando! – alguém falou alto logo ali perto.

— Finalmente – dessa vez era uma voz feminina.

Sasuke se esforçou para abrir os olhos, apesar da dor de cabeça que sentia. Quando conseguiu se acostumar com a claridade percebeu que estava em alguma espécie de bar, tudo era revestido de madeira, mas em alguns lugares dava para ver o mofo consumindo as paredes. Aquele não parecia ser um lugar muito seguro.

Havia muitos jovens que pareciam ter a idade dele por ali também, todos olhavam para ele. Podia ver hostilidade, desconfiança, indiferença e curiosidade em alguns dos olhares.

Afinal, ele era um príncipe na Ilha dos Perdidos.

— Como se sente vossa alteza? – uma garota que parecia ter mais ou menos sua idade se aproximou.

Sasuke testou a garganta:

— Com dor de cabeça e um pouco de sede – respondeu.

— Foi mal pela pancada – a garota se desculpou. – Mas eu precisei fazer isso.

Sasuke se lembrou.

“- E a Sakura? – Ino perguntou quando o viu descer os degraus da casa de Malévola.

— Ela não vem com a gente – ele respondeu.

— O quê? – a filha da Rainha Má ficou indignada. – Pois eu vou lá agora mesmo colocar juízo na cabeça dela!

— Não – Sasuke a impediu. – Ela me disse que não vai ficar para sempre, só vai resolver algumas coisas e vai voltar para Konoha. Ela me prometeu – e Sasuke acreditava nela.

— E você está bem com isso? – Kiba questionou.

— Sim, eu só queria ver se ela estava bem.

— A Sakura sabe ser durona as vezes – Shikamaru alertou.

Sasuke sabia disso, mas tinha acabado de presenciar um momento de fragilidade dela, ela tinha chorado agarrada em seus braços. Não iria compartilhar o que havia acontecido com os amigos dela. Iria esperar o tempo que precisasse por ela.

— Alguém de vocês sabe me dizer onde na praia a Sakura ficava? – ele perguntou mudando de assunto. – Ela me falou uma vez que gostava de ficar em um lugar perto de uma pedra – tinha curiosidade em conhecer o lugar que serviu de refúgio para ela em tantos momentos difíceis.

— Eu sei mais ou menos onde é – disse Ino, colocando a mão no queixo. – Você quer ir até lá?

— Por favor – ele sorriu agradecido.

Quando Sasuke achou a pedra não demorou a descobrir o pequeno buraco que dava para uma gruta.

— Então era aí que ela se escondia – Shikamaru falou surpreso.

— Eu também não sabia – disse Ino maravilhada.

— Eu quase nunca vinha para a praia – Kiba deu de ombros.

Sasuke entrou na gruta e ficou deitado dentro da gruta observando o que poderia chamar de teto apesar do espaço ser pequeno. A pedra tinha pequenas estalactites, será que brilhava à noite?

Havia alguns pequenos riscos na pedra, feitos por mãos humanas. Será que haviam sidos feitos por Sakura? O que será que significavam?

O príncipe mais novo ficou por mais um momento antes de sair e ser encurralado por garotos da sua idade. A última coisa que se lembrava era de ter sentido uma pancada em sua cabeça antes de cair na areia.”

— Precisava mesmo? – Sasuke caçoou duvidando daquilo. Será que os outros, Ino, Shikamaru e Kiba, estariam bem?

— Olha – a garota riu surpresa. – Ele sabe debochar.

— Eu conheço você – Sasuke percebeu.

A garota sorriu de maneira irônica.

— Nunca nos vimos antes, então eu duvido muito – ela respondeu.

— Você é Konan, filha de Úrsula – disse Sasuke.

Ela tinha os cabelos na cor roxa e olhos na cor laranja. Era uma combinação única. Se lembrava dela por causa das fichas dos filhos dos vilões que residiam na Ilha. Foi quando ele e o irmão mais velho estavam decidindo quais crianças seriam escolhidas para passar um período em Konoha. Se Sakura não tivesse sido a escolhida, muito provavelmente Konan teria ido no lugar dela. Mas achou prudente não comentar sobre o fato. Sasuke sabia que Sakura e Konan não se davam bem, então era melhor tomar cuidado.

— Sim, eu sou – confirmou a garota. – Mas estou surpresa vossa alteza: o que um príncipe viria fazer na Ilha dos Perdidos depois de tanto tempo sem ninguém de fora sequer se importar que a gente existia aqui dentro?

Sasuke não sabia o que responder.

Mas a filha da Úrsula só sorriu mais.

— Havia um rumor de que a Sakura estava de volta, se isso for verdade, será que ela vem atrás de você? – um garoto ruivo se aproximou e colocou os braços em torno dos ombros de Konan. – Relatório – pediu ela se virando para ele.

— Shikamaru, Kiba e Ino entraram na casa da Malévola – respondeu o garoto ruivo.

“Então os outros estão bem”, Sasuke pensou aliviado.

— E não podemos ignorar o fato de que o Konohamaru esteve rondando a casa da Malévola nos últimos dias – acrescentou um garoto de cabelos azuis escuros.

Ambos os garotos também eram familiares para Sasuke, mas ele não conseguia se lembrar dos nomes ou de quem eram filhos.

— A Sakura está lá – afirmou Konan, o semblante sombrio. – Se apresentem para o príncipe – disse ela aos colegas antes de se afastar.

— Eu sou Yahiko, filho da Madame Medusa – disse o garoto ruivo que antes estava abraçado a Konan.

Sasuke se lembrou que Sakura havia lhe contado que os dois namoravam.

— Nagato, filho de Hades – disse o garoto de cabelos azuis, antes de sorrir rapidamente de forma irônica.

Os outros garotos também se apresentaram: Deidara, filho do Capitão Gancho; Sasori, filho do Gaston; Suigetsu, filho de Yzma; Juugo, filho de Narissa e assim por diante.

Mas Sasuke mal prestou atenção depois de ter conhecido o filho de Hades, pois ficou surpreso com a pontada de ciúmes que sentiu. Então aquele era o garoto de quem Sakura havia gostado e só não haviam ficado juntos porque o melhor amigo dele namorava com Konan, a rival de Sakura.

Sasuke engoliu em seco.

— Muito prazer em conhecer vocês – o príncipe acenou com a cabeça.

Suigetsu, o filho de Yzma, riu e disse:

— Duvido muito que seja um prazer nos conhecer nessas condições.

— Fica quieto Sasori – mandou Konan.

Cada um dos garotos foi para um lado diferente, Sasuke ficou observando durante um tempo antes de chamar a atenção deles.

— Então, o que querem de mim?

— Vamos falar dessa sua iniciativa de tirar a gente da Ilha, os filhos dos vilões – Konan puxou uma cadeira, se sentou em frente a Sasuke e cruzou os braços. – Já faz algum tempo desde que levaram os quatro, então quero saber: e a gente – ela estendeu os braços apontando para os companheiros da gangue. – Quando é que a gente vai sair daqui?

Sasuke não tinha resposta para aquela pergunta.

— Você não sabe, não é? – Konan sorriu em escárnio. – Quando você levou a Ino, o Kiba, o Shikamaru e principalmente a Sakura, foi quando fiquei mais brava em toda minha vida e acredite, já fiquei bem brava – ela tocou no queixo dele. – Sakura, Sakura, Sakura – Konan pronunciou o nome como em maldição. – Sempre ela.

— Isso não me passou pela cabeça – percebeu Sasuke ao olhar não só para Konan, mas todos os outros jovens que estavam ali –, que eu podia magoar as pessoas que não escolhi. O plano era começar com quatro jovens e levar mais gente depois, mas aconteceu tanta coisa, o que é só uma desculpa, é claro. Me desculpem – ele pediu sinceramente.

— Por que os quatro? – perguntou Yahiko, agora curioso. – Qual foi o seu critério para escolher eles?

Sasuke sabia que aquela conversa não teria fundamento a não ser alimentar o ressentimento dos que ficaram, mas decidiu ser sincero mesmo assim:

— Levar os filhos dos vilões mais perigosos.

— Minha mãe não é perigosa o suficiente? – Konan perguntou desacreditada.

— Meu irmão e eu... – Sasuke hesitou por um momento, mas respirou fundo e respondeu: – Não achamos prudente levar aqueles cujo os pais tivessem alguma espécie de rivalidade.

— Minha mãe é tão perigosa quanto a Malévola – disse Konan vazia. – Está me dizendo que houve a possibilidade de eu ir no lugar da Sakura e mesmo assim escolheram ela? – perguntou com raiva.

— Não – negou Sasuke. – Outro critério foi o fato de que os filhos dos... algozes de seus pais também estudarem na Academia Konoha e queríamos ver se os descendentes dos contos de fadas se dariam bem entre si, independente do que aconteceu no passado.

Os jovens ficaram todos confusos.

— Academia? – perguntou Deidara.

— A Academia Konoha é uma escola – explicou Sasuke. – Onde os jovens são ensinados desde crianças.

— E o que eles aprendem nessa escola? – perguntou Suigetsu curioso.

— Bom – Sasuke tentou se lembrar das aulas e foi falando conforme se lembrava: – História Real, Cálculo, Ciência, Química, Arte, Etiqueta, enfim, são algumas das aulas que temos na Academia.

— Tudo isso? – o garoto se surpreendeu.

— Tem mais – Sasuke ia responder, mas foi interrompido.

— Isso não é importante agora! – ralhou Konan. – Nagato, vá buscar o Konohamaru – disse Konan ao garoto de cabelos azuis. – Aquele filhote vai me pagar por ter mentido para mim – o filho de Hades suspirou, mas concordou com a cabeça antes de sair novamente.

— O que você vai fazer ao Konohamaru? – questionou Suigetsu. – Assim, só por curiosidade.

— Quer sofrer também? – ela retrucou.

— Não está mais aqui quem falou – ele ergueu os braços em rendição.

— Não deixarei que machuque ele – avisou Juugo, era a primeira vez que Sasuke ouvia aquela voz.

Konan riu em escárnio.

— Os dois deram para me desafiar agora que sabem que a Sakura está de volta?

— Não tem nada de desafio – respondeu Juugo. – Konohamaru é só uma criança.

— Que mentiu para mim – acrescentou Konan.

— Ele não está em uma gangue, sequer tem idade para isso – tornou a dizer Juugo.

— Saiam daqui os dois, não estou aguentando sequer olhar para a cara de vocês – ela mandou.

— Você vai machucar uma criança? – Sasuke perguntou assustado depois que os dois garotos saíram.

— Nunca viu uma criança machucada? – ela perguntou sínica. – Aqui, as crianças se machucam o tempo inteiro, principezinho.

Sasuke ficou pensando em tudo o que aqueles jovens passaram desde a infância para agirem daquela maneira.

— Me solta! – gritou um menino da entrada, um tempo depois. – Eu sei andar sozinho.

Sasuke se surpreendeu, realmente era uma criança, não parecia ter mais que dez anos.

— Qual é Konan? Quer me colocar em problemas com a minha avó? – ele reclamou.

Konan agarrou o menino pela camiseta que ele usava.

— Você mentiu para mim Konohamaru – ela rosnou.

— Eu não tenho obrigação nenhuma com você – ele a desafiou.

Konan o jogou no chão com raiva.

— Sabe – ele disse depois de se levantar, Sasuke percebeu que o braço dele havia ficado vermelho onde ele havia caído. – É por isso que todo mundo prefere a Sakura.

— Como é que é? – a filha de Úrsula se virou para ele.

— A Sakura conversa com a gente, oferece vantagens – ele deu de ombros. – Você só sabe bater e ameaçar os outros, devia melhorar.

— Olha como você fala seu moleque – Yahiko agarrou ele por trás.

— Viu o que eu estou falando? – ele voltou a retrucar.

Sasuke se admirou com a coragem do garoto, ele parecia não ter medo de nada.

— Oh! – ele soltou quando percebeu que Sasuke estava ali. – Você é o príncipe!

Sasuke ia responder quando Suigestsu entrou correndo.

— A Sakura está aqui!

— Me pergunto quem ela veio defender – disse Konan. – Levem o príncipe para dentro – ela mandou a Sasori e Deidara.

— Ele é pesado – reclamou Deidara erguendo a cadeira pelos pés.

— Deve comer bem lá no seu castelo, não é príncipe? – perguntou Sasori.

Depois que o levaram para uma espécie de depósito, tamparam a boca dele com um pano.

— É só para garantir que você fique quieto – disse Sasori diante do olhar de Sasuke.

Sasuke se concentrou e ouviu passos do lado de fora, sabia que era Sakura.

— Voltei – Sakura cantarolou. – Solta o Konohamaru, Konan.

— Pode ficar com ele, eu tenho um príncipe que é muito melhor – respondeu Konan soltando o garoto, que saiu correndo do bar.

Sakura riu debochada.

— Sequestrar um príncipe não é bem o que eu diria ser digno de libertação? Não sabia que tinha o desejo de ficar aqui para sempre. Estou te avisando: solta ele antes que veiam de Konoha.

— E então o que? Me prender? – dessa vez foi Konan quem debochou. – Eu já estou numa prisão. Mesa para uma tonta – disse Konan apontando uma cadeira para que ela se sentasse. – Por aqui por favor.

— Nossa, isso aqui ainda fede – Sakura reclamou depois de se sentar.

— É, o mordomo faltou hoje, princesa – Konan debochou.

— Onde é que ele está?

— Olha, eu sonhava com isso: você querendo alguma coisa de mim e eu vendo você se enrolar como uma minhoca no anzol.

— Que fofinha, você ainda sonha comigo? – Sakura sorriu irônica, para logo depois fechar a cara. – Não pensei em você nenhuma vez sequer desde que parti.

Konan bateu na mesa em raiva.

— Óbvio! Você tem sua vidinha perfeita, não tem? Mas nós estamos aqui, atolados no lixo.

— É! – os outros gritaram concordando com Konan.

— Olha, se você quer acertar nossas contas comigo, vamos nessa, não tem por que envolver o príncipe nisso – disse Sakura.

Konan riu.

— Pode ser desnecessário, mas é tão mais divertido. O negócio é o seguinte – Konan se sentou em frente a Sakura, apenas a mesa separando as duas.

— Igual sua mãe, sempre com um truque escondido – Sakura revirou os olhos.

Sempre fora assim? Que vida miserável.

— Queda de braço – Konan colocou o braço em cima da mesa. – Se vencer, o príncipe está livre.

Sakura ergueu o braço, sabendo que não podia recusar o desafio, afinal, ainda era a líder de sua gangue.

— Não está a fim de saber o que eu quero caso eu vença? – perguntou Konan cínica.

— Nem um pouco – respondeu Sakura. – No três.

Elas começaram a queda de braço. Sakura sentiu seu ombro doer, não estava completamente recuperada. Mas tentou manter o rosto impassível.

— Sua mãe também achava que estava com tudo sobre controle – Konan forçou a mão. – Isso deu certo para ela? Porque, pelo que eu soube, os vilões que escaparam vão ser mandados de volta para cá.

Ninguém sabia, Sakura percebeu, o que realmente havia acontecido com sua mãe. Inconscientemente também colocou mais força, seu ombro latejava, um lembrete do que fizera.

— Se eu vencer – disse Konan. – Eu quero que me traga a varinha da Fada Madrinha.

Sakura perdeu o foco com a fala dela e com isso perdeu a queda de braço.

Konan comemorou e seus amigos de gangue também.

— Se quiser o príncipe de volta, me traga a varinha até o pôr do sol de amanhã. Entendeu?

Merda, tinha perdido o desafio e agora teria que cumprir sua parte.

— Se estiver me ouvindo Sasuke – Sakura elevou a voz e mesmo quem não estava prestando atenção nela antes, agora fixou o olhar. – Confia em mim. Eu vou tirar você desse lugar.

— É melhor você não aprontar Sakura – Konan ameaçou. – Ou o príncipe vai pagar o preço.

A filha da Malévola deixou o bar sem dizer mais nada.

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero q sim!

Notas:
♦ Eu amo essa música, é uma das minhas favoritas do filme
♦ Esse foi um capítulo mais corrido e eu mesma me surpreendi por não ter colocado nem um dos 3 pontos q sempre uso pra separar
♦ Eu tentei escrever uma cena da Ino, do Kibae e do Shikamaru ensinando ao Sasuke como se comportar na Ilha, mas não consegui, infelizmente
♦ Temos a aparição dos outros filhos dos vilões na Ilha: Konan e sua turma, gostaram deles?
♦ Só para deixar claro, caso ñ se lembrem: Sasori e Deidara são namorados!!!
♦ E eu adoro a cena da queda de braço
♦ Se preparem q revelações bombásticas estão por vir

Por enquanto é isso...
Beijinhos e até o próximo capítulo



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