Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 35
Rather be with you


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente, tô muito contente por estar conseguindo atualizar sábado sim e sábado não ♥

Espero q estejam de quarentena (quem pode, claro)

Enfim, boa leitura >>>>



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A resposta para a sua pergunta veio no dia seguinte.

— O que foi que você fez? – Ino perguntou ao seguir a direção de seu olhar.

A princesa Hanabi estava discutindo com Karin no meio do refeitório, no intervalo entre aulas, onde todos os alunos estavam presentes e, consequentemente, vendo tudo.

— Eu criei um monstro – respondeu Sakura analisando a situação e então sorriu. – Perfeito. E eu nem precisei usar magia de verdade dessa vez.

As duas não repararam que Sasuke estava próximo a elas ouvindo tudo. Ele estava procurando pela filha da Malévola já que a mesma não havia aparecido no refeitório na hora do café da manhã e parou ao escutou a fala dela antes de virar no corredor.

"Dessa vez?", se questionou em pensamentos.

— Dessa vez – ironizou a filha da Rainha Má. – Mas até que você acerta em cheio de vez em quando. Tipo a professora Rin e o professor Obito. Foi a melhor coisa que você podia ter feito ao dar a poção do amor para os dois antes de dar para o Sasuke – apontou.

Sasuke controlou o suspiro que quase saiu de seus lábios. Devia ter desconfiado.

— Mas é errado – apontou Sakura.

Sasuke se sentiu aliviado ao ouvi-la dizer isso.

— E desde quando você se importa com o que é certo ou errado? – questionou Ino.

— Desde que isso parece cruel demais – esclareceu Sakura. – Até mesmo pra mim. Eu posso não acreditar no amor, mas as pessoas daqui acreditam.

As duas ficaram em silêncio, apenas observando a situação de longe.

— Vai desfazer a poção do amor neles? – perguntou Ino cautelosa.

— Em algum momento... – ponderou Sakura. – Sim – assentiu.

— Certeza? Eles parecem tão felizes juntos – comentou a filha da Rainha Má.

— Mas não é de verdade – salientou Sakura. – Eles não estariam juntos hoje se não fosse pela poção. E eu prefiro a verdade sempre, mesmo que isso doa – ela deu de ombros.

As duas ficaram mais uma vez em silêncio observando a discussão entre Hanabi e Karin até Hinata aparecer e levar a irmã mais nova para longe.

— Vamos almoçar – Sakura chamou a amiga.

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Não era a primeira vez que Sasuke seguia Sakura e observava de longe os movimentos dela. Gostava dela, de verdade, sentia que... era mais que isso, era muito forte, nunca havia sentido nada como aquilo por mais ninguém, talvez até... a amasse. Mas não sabia se ela retornava os sentimentos.

A poção do amor poderia ser um indicativo de que ela poderia sentir algo por ele e não tivera coragem de se declarar, mas... ela havia sido criada de uma forma diferente dele. Não gostava nem de pensar, mas não dava para negar o fato de que crescer na Ilha, cercada de vilões, ainda mais com a mãe dela sendo a Malévola... isso devia ter um peso na criação de uma criança.

Sasuke faltou às aulas no período da tarde para ir até o local onde havia levado Sakura para o primeiro encontro deles. Precisava pensar numa forma de unir todos os alunos da escola. Tirar a ideia fixa que estava se espalhando de que os filhos dos vilões deveriam voltar para a ilha.

Suspirou. Sabia que ela estava usando feitiços para ajudar as garotas a terem mais confiança e amor próprio e isso era louvável, mas a poção do amor... Tinha medo da reação da Fada Madrinha caso contasse o ocorrido a ela.

Mas Sasuke também sabia que deveria ligar para o irmão e informar sobre o ocorrido. Sakura havia enfeitiçado duas pessoas, seus professores e a única finalidade que ele havia chegado à conclusão era de que os professores deveriam ter sido uma espécie de teste antes de Sakura dar a poção a ele.

Aquilo era crime, se um cidadão fosse pego fazendo magia para atingir outros, ele seria preso e levado a julgamento pelo crime. Estava no livro de regras, será que ela não havia lido?

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— Oi Sakura – Naruto a cumprimentou. – Não viu o Sasuke por aí? – perguntou enquanto caminhava com ela até a próxima aula.

— Não – ela negou. – Eu não o vi o dia todo para falar a verdade – disse ao tentar se lembrar.

O filho da Cinderela suspirou.

— Aconteceu alguma coisa? – a filha da Malévola perguntou.

— Estou preocupado com ele – confessou o loiro.

— Por quê? – Sakura sentiu seu peito se apertar de preocupação.

— O Sasuke anda meio estranho, não o culpo já que ele deve estar com a cabeça cheia, mas... Sei lá – o príncipe suspirou.

— Aconteceu alguma coisa esse final de semana para deixar o Sasuke preocupado? – questionou Sakura.

— Ele não te contou?

— O que?

— Não conta para ninguém – ele se aproximou para falar baixo. – O Itachi e a Izumi foram pegos no quarto dele esse final de semana e o pai dela obrigou o Itachi a se casar com ela.

Sakura parou no corredor surpresa.

— Assim, do nada? – perguntou abismada.

— Eles estavam deitados na cama dele, claro que estavam de roupa, mas mesmo assim – explicou Naruto. – Não conta para ninguém, por favor – ele pediu. – Vai ser um escândalo se souberem, ainda mais porque a Izumi trabalha na secretaria. Imagina o tanto que as princesas daqui não iriam infernizar ela?

— Pode deixar, eu não vou contar para ninguém não – Sakura concordou.

Mas achou aquilo muito estranho. Anotou mentalmente para questionar Sasuke mais tarde.

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— Oi – Sasuke a cumprimentou assim que chegou perto o bastante de onde ela estava.

Ultimamente vinham sempre se encontrando embaixo da árvore de frente para o lago.

— Oi – ela devolveu o cumprimento.

Sasuke se sentou ao lado dela.

— Onde esteve essa tarde? – questionou ela. – Faltou as aulas – apontou.

— Precisava de um tempo para respirar, pensar em umas coisas – disse ele dando de ombros levemente.

— E pensou? – perguntou ela suavemente.

— Pensei sim – concordou ele, mas sem entrar em detalhes.

Sasuke tinha decidido, mais uma vez, ver onde aquilo iria parar. Até onde Sakura iria chegar. Não tinha coragem de denunciar ela para o irmão. Não sem entender antes as motivações dela.

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Perto dali Kiba estava lendo um livro e tomando um chá com Akamaru aos seus pés. Havia conseguido enfim parar de temer o pobre animal e entender mais o que o cachorro queria. Como naquele momento, Akamaru cutucava o livro com o focinho querendo atenção.

— Pronto garoto – Kiba fechou o livro por fim, obedecendo ao pedido mudo do cachorro e o acariciou.

Akamaru lambia sua mão de vez em quando e Kiba soltava um sorriso pelo carinho.

— Você é melhor que muita gente, não sei como que um dia pude ter medo de você – falou com o cachorro.

Avistou Ino caminhar de mãos dadas com Sai indo em direção aos jardins e sorriu contente pela amiga. Ainda não sabia o que é que iria acontecer, a coroação estava chegando e eles ainda não haviam decidido se iriam pegar ou não a varinha da Fada Madrinha.

— Falando com cachorros agora, Kiba? – o filho da Cruella sentiu seu coração disparar dentro de seu peito ao ouvir a voz de Kankuro perto de si.

— Pois é – concordou sem se virar. – Ele me escuta mais do que muita gente por aqui – confidenciou.

Akamaru ronronava com as carícias de Kiba.

— Acho que entendo a parte de ouvir – Kankuro se sentou ao lado de Kiba. – É ruim quando não te ouvem, principalmente se quem não te ouve é alguém com quem você se importa.

Kiba resolveu ficar quieto diante da confissão e esperar o garoto continuar a falar.

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— E no que você pensou? – perguntou Sakura curiosamente.

— Que tal eu te ensinar a nadar? – propôs Sasuke.

— Como é que é? – ela se virou para ele assustada.

— É, o que acha? – ele estava esperançoso.

Sakura pensou por um momento: seria bom aprender a nadar.

— É difícil? – perguntou cautelosa antes de concordar.

— Não – ele negou. – Você vai ver, a gente pode começar amanhã mesmo. Tudo bem para você?

— Sim – concordou ela prontamente. – Mas a Fada Madrinha não vai brigar?

— Eu já falei com ela – disse Sasuke. – Não se preocupa – colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e depositou um beijo na testa dela.

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— Dia difícil? – Kiba perguntou cauteloso.

— Vida difícil – suspirou Kankuro. – Não que eu deva saber o que é ter uma vida difícil – ele tentou esclarecer depois de perceber o que havia dito. – Já que você veio da Ilha e...

— Tá tudo bem – Kiba dispensou a explicação. – Cada um com seus problemas.

Tanto Kiba como Kankuro ficaram em silêncio por alguns instantes depois disso.

— Como – Kankuro começou a dizer calmamente. Kiba se virou para ele o incentivando a continuar a falar. – Como é a Ilha? Como foi crescer naquele lugar?

— Como você imagina que é? – devolveu com outra pergunta.

— Imagino um lugar escuro, sem luz e sem vida – respondeu o filho do Aladdin e da Jasmine. – Mas vendo você e seus amigos – acrescentou ele. – Acho que não deve ser tão...

— Horrível? – interrompeu Kiba. – Aquele lugar é a única coisa que conhecemos nossa vida inteira e as pessoas que estão lá... É a única família que temos. Em comparação com aqui... A Ilha é um inferno – confessou o filho da Cruella de forma vazia. – E quer saber mais? – Kankuro se voltou para ele e se sentiu ficar arrepiado com o olhar no rosto do rapaz. – Eu vou fazer de tudo para nunca mais voltar para lá.

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— Para onde está me levando? – Ino perguntou sorridente. – Está tarde, deveríamos estar em nossos quartos.

— É justamente por estar tarde que estou te trazendo para o jardim, assim não vamos ser pegos um no quarto do outro – respondeu Sai calmamente.

— E o que você quer fazer?

— Desenhar você – deu de ombros simplesmente.

— Aqui? De noite? – questionou ela abismada.

— Sim, a lua está linda não acha? – ele devolveu a pergunta sem se abalar com a surpresa dela. Achava adorável.

Ino olhou para o céu estrelado. Realmente, a lua estava linda. Suspirou feliz se deixando ser guiada por Sai. Confiava plenamente nele.

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— O que está fazendo? – Temari perguntou zangada.

— Salvando a receita antes que você a queime – respondeu simplesmente.

Shikamaru depositou um beijo no pescoço dela antes de tomar o controle da panela no fogão. A filha do Aladdin e da Jasmine bufou.

— Nem adianta ficar brava – falou o filho do Jafar. – Eu não sei porque você ainda insiste, tá tudo bem não ser boa em alguma coisa. Ainda mais se essa coisa for cozinhar.

— Você não entende – ela cruzou os braços.

— Então me explica – pediu ele abaixando o fogo, esperando a calda de chocolate dar resistência.

Temari havia tentado cozinhar um bolo, mais uma vez. Com a ajuda de Shikamaru o bolo não havia queimado, mas Temari estava brava justamente pelo fato de não conseguir cozinhar sem ele. Queria cozinhar sozinha.

— Tá tudo bem precisar de ajuda – disse ele a incentivando.

— Essa é uma coisa que eu deveria ser boa, entende?

— Não – negou ele ainda mexendo na panela. – Se isso for um daqueles papos de “Eu deveria ser boa nisso porque é uma atividade feminina” eu dispenso. Você não deve ser boa em nada que não queira e nem em nada que não tenha afinidade. Principalmente se essa coisa for algo relacionado aos outros e não a você – disse enquanto desligava a panela e esperava esfriar um pouco antes de jogar a calda em cima do bolo. – Quer aprender a cozinhar? Beleza, eu te ajudo, já te falei isso, mas faça isso por você e não pelos outros.

Temari o abraçou pelo pescoço e deu um beijo de tirar o fôlego nele. Shikamaru apertou a cintura dela.

— Como é que você sempre sabe o que dizer? – murmurou ela na boca dele.

— É um dom – brincou ele descendo os beijos pelo pescoço dela.

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— Quando você vai acordar, hein? – murmurou Hinata.

Ela estava sentada em um banquinho ao lado da cama dele e acariciava os cabelos do irmão. Hanabi estava ao seu lado e já bocejava de sono.

Do lado de fora da enfermaria Tenten e Naruto chegaram quase que ao mesmo tempo.

— Oi – o loiro a cumprimentou.

— Oi Naruto – ela o cumprimentou de volta. – Tudo bem?

— Sim – ele acenou com a cabeça. – Só vim ver como é que ele está.

— Eu também – ela murmurou.

— Sabe que não precisa se sentir culpada, não é? – ele questionou.

— Eu sei – ela concordou. – Mas é inevitável eu não me preocupar – deu de ombros. Não havia contado para ninguém, nem mesmo para Hinata, mas se lembrava da época em que Neji era mais gentil e carinhoso.

Bem nesse momento Hinata e Hanabi saíram da enfermaria.

— O que estão fazendo aqui? – Hinata questionou. – O horário de vistas acabou – ela informou aos dois enquanto abraçava a irmã pelos ombros.

— Eu estava preocupada com você – disse Tenten. – Você não foi jantar – apontou.

— Não estava com fome – respondeu ela.

— Você não pode ficar sem comer – disse Naruto abismado.

— Não se preocupem – disse Hinata. – Eu vou levar minha irmã para o quarto dela, com licença.

— Nada disso – negou Tenten. – Deixa que eu levo ela enquanto você vai para a cozinha comer alguma coisa.

— Eu ainda não estou com fome – disse Hinata.

— Mas precisa comer algo nem que seja na marra – reforçou Tenten.

— Eu vou acompanhar você Hinata enquanto a Tenten leva a Hanabi para o quarto – se prontificou Naruto. A mais nova mal conseguia abrir os olhos de tanto sono.

— Você não precisa se preocupar – disse Tenten.

Vendo que não teria escolha Hinata acabou concordando:

— Tudo bem.

Naruto imediatamente pegou a mão dela e a levou em direção a cozinha. Ficaram surpresos por verem as luzes acesas e encontrar Shikamaru e Temari aos beijos. Hinata sentiu suas bochechas formigarem. Puxou a mão de Naruto para impedi-lo de atrapalhar os dois.

— Eu realmente não estou com fome – ela sussurrou.

Naruto fez uma careta ao ver o estado dela, parecia tão abatida.

— Me desculpa – ele sussurrou de volta. – Mas você realmente precisa comer alguma coisa. E aqui nem é lugar para esses dois estarem se agarrando.

Então ele bateu na porta e Temari pulou se afastando de Shikamaru no susto.

— Desculpa casal, mas preciso arranjar comida para a Hinata – apontou para a garota ao lado que mantinha o olhar abaixado.

— Sem problema – respondeu Shikamaru.

— Isso é cheiro de bolo? – Hinata perguntou sentindo sua boca salivar. Seu estômago se manifestou e ela mais uma vez corou de vergonha.

— Não estava com fome, não é? – Naruto provocou baixinho para que só ela ouvisse.

Hinata sentiu seu rosto inteiro formigar por conta da provocação.

— É cheiro de bolo sim – concordou Temari. – Eu fiz... A gente – se corrigiu –, acabou de fazer, aceita um pedaço?

— Se não for incômodo – Hinata concordou.

— Eu vou pegar um copo de leite para você – disse Naruto.

Temari serviu dois pedaços bem generosos para a garota.

— Desse jeito eu vou explodir – disse Hinata.

— Se você não conseguir comer tudo eu como – brincou Naruto.

— Você é muito esfomeado – reclamou Temari.

— Pelo que eu me lembre você cozinha muito mal – alfinetou Naruto de volta.

— Vocês são irmãos por um acaso? – Shikamaru arqueou uma das sobrancelhas. – Deixem a menina comer em paz – apontou para Hinata que comia tranquilamente o bolo e de vez em quando dava uma golada no copo de leite.

— Eu não me importo – disse Hinata cobrindo a boca com uma das mãos ao falar.

— Mas eu me importo – retrucou Shikamaru. – E aí, como é que está seu irmão? – ele perguntou.

— Na mesma – Hianta suspirou.

— Fica assim não – Naruto apertou um dos ombros dela. – Ele vai melhorar, você vai ver – disse otimista.

— Eu concordo com Naruto – apoiou Temari. – Neji tem a cabeça mais dura que eu conheço – brincou ela.

— Acho que não é mais dura que a da Karin não – discordou Naruto.

Hinata sorriu levemente, contente pelo apoio que estava recebendo deles.

— Obrigada – ela agradeceu.

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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Espero q sim!

Notas:
♦ Só um pequeno compilado de cenas dos nossos casais queridos ♥♥♥

Beijinhos da tia Sak ♥♥♥



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