Todo Final é Também um Recomeço escrita por Carol McGarrett


Capítulo 10
CAPÍTULO 9 – Tentando voltar à rotina e uma decisão é tomada


Notas iniciais do capítulo

Bom, este aqui é especial:
Tem Hotichniss? Confere.
Tem Jack Hotchner sendo fofo? Confere.
Tem a Família BAU? Confere.

Então, boa leitura e espero que gostem de capítulo do mesmo jeito que eu adorei escrevê-lo!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766456/chapter/10

— Aaron, o quão errado é querer jogar o protocolo do FBI pela janela e seguir o seu próprio instinto? – Emily se dirige ao namorado enquanto os dois rumavam para a casa, depois de uma longa semana de casos complicados para equipe.

— Você não a esqueceu, não é? – Ele a conhecia bem demais para já dizer a verdade.

— Nem você. Acha que não sei que está em contato com a Assistente Social, querendo saber como ela está? – Se ele a conhecia tão bem, a recíproca também era verdadeira.

— Eu só estou me certificando de que...

— De que ninguém se aproxime dela com olhos somente para a herança que ela tem! Você já me disse isso, várias vezes, mas você não consegue convencer nem a si mesmo. – Ela se exaspera.

— Você uma vez quis fazer isto. Acha que daria certo? – Ele, enfim, se rende.

— As circunstâncias eram outras, você bem sabe. E a menina TINHA parentes, quando você me convenceu do contrário. – Ela foi enfática – Sophia não tem ninguém, só um gato.

— Tinha um gato...

— Você tá brincando que tiraram isto dela também?! – Prentiss soca o painel do carro.

— As regras do abrigo não são feitas por mim. Foi o que a Assistente me disse. Mas parece que, apesar de não estar dentro do prédio com ela, o bicho...

— Sherlock, o nome do GATO é Sherlock...

— O gato fica o tempo todo em uma árvore na altura da janela onde o quarto dela está localizado. – Hotch consegue terminar a frase.

— Você seria contra? – Ela insisti.

O agente somente suspira. Ele não seria contra, até já tinha passado pela cabeça dele que talvez, só talvez, não seria uma má ideia ter a garota por perto.

— Não, não seria e não sou. – Ele responde.

— Jack?! Será que, depois de ser filho único por tanto tempo, ele aceitaria uma irmã, mesmo que adotiva? – Emily se preocupou.

— Este ponto é só com ele. Porém, você o conhece tanto quanto eu, acho que ele não se importaria.

—Teríamos que conversar com ele. Ele mal se acostumou com nós dois, e já queremos virar quatro...

— Uma vez ele me questionou sobre irmãos... acho que se sentia sozinho com todas estas viagens que fazemos. – Hotch diz. - Não será fácil para Sophia, caso esse plano vá para frente.

— Dos males o menor, Aaron, o menor. – Emily diz sorrindo. Ela não queria ter esperanças, mas uma imagem de uma família passou pela sua cabeça, uma família reunida em uma mesa de jantar, conversando sobre como fora o dia de todos.

— Tem o gato... você não vai implicar com o gato, não é?

— Você tá falando igual a uma criança, Em! – Hotch fez piada da última pergunta. – Mas não, que mal pode fazer?

— Então temos que conversar com Jack sobre o assunto. E, dependendo da resposta dele, entramos em contato com a Assistente Social. Eu nem consigo acreditar! E dizendo isto, puxou o namorado para um beijo.

— Devagar com os planos! Um passo de cada vez. – Aaron tentou trazer Emily para terra novamente.

— Isso é com você! É você quem mantém a seriedade, eu posso pensar no que quiser. – Emily estava exultante.

—-----------------------------------------------

Ao chegarem em casa, encontram Jack ainda acordado. A noite já estava avançada para o adolescente ainda estar de pé, considerando que no outro dia cedo, ele ainda teria aula.

— Hey, filhão, o que faz acordado ainda? – Hotch chega abraçando o filho que retribui o abraço.

— Bom pai, - o garoto começa enquanto caminhava para abraçar Emily, - tenho algo para conversar com vocês.

— Bem, Jack, pode falar. – Emily começa, assim que termina o abraço.

— Juro que é coisa boa, não aprontei. - Jack começa a se defender ao deparar com o pai o encarando com aquela cara de Agente Especial Supervisor Aaron Hotchner.

— Se não fez nada de errado, por que o mistério? – o pai decide acabar com o suspense.

— O Senhor sabe que eu tentei o SAT* este ano, não sabe? – Ele diz.

— Sei, você pediu nossa opinião quanto a isso, e achamos que seria uma boa experiência.

— Não me diga que você foi aceito em alguma Universidade? – Emily passa na frente.

— É, bom, sim. Uma não, três... Harvard, Yale e Columbia me mandaram cartas de admissões. – Diz o menino sem graça enquanto mostrava ao casal as três cartas recebidas.

— Meus parabéns, filho! – Hotch diz emocionado, abraçando novamente o filho e tentando segurar as lágrimas de orgulho.

— Ser admitido antes da hora é para poucos, Jack, parabéns! – Emily também estava orgulhosa do menino. – Vai entrar na faculdade três anos antes, Meu Deus! – Disse após dar um beijo na cabeça do enteado.

— Então, sobre isso que eu queria conversar. Vocês dois vão ficar bem por aqui? Digo, vocês entenderam. Nós já temos uma rotina, mesmo com as viagens de trabalho e tudo. Vocês não ficar chateados, né? – O menino se preocupa.

— Ora, Jack, vamos ficar bem! Sério! É a hora de você viver a sua vida. – É Emily quem começa a acalmar o enteado.

— Pai?!

— Vou ficar bem, filhão.

— Mesmo?

— Sério. Minha única preocupação é saber para onde você quer ir. Por que são três Universidades da Ivy League**.

— Eu iria para Yale. – Emily dá o seu pitaco. – Afinal, eu formei lá, e posso garantir que é a melhor das três opções. – Ela enaltece a faculdade onde estudou.

— Harvard. – Hotch começa. Mas a escolha é sua.

— Eu tô vendo. – Jack se manifesta sorrindo. – Mas é tão complicado.

— Tudo que envolve esta escolha é difícil, Jack. Pondere e pense qual será a melhor para o que você quer, e estaremos aqui para te apoiar. Sempre. – Diz o pai.

—Ah, e mudando de assunto, vocês foram a Harvard há pouco tempo, né? O que aconteceu com a menina? A que sobreviveu, eu escutei vocês falando dela a algumas noites atrás. E eu tive uma ideia meio estranha. – Jack diz.

— Estranha como, Jack? – Emily diz.

— Sei lá, quando as cartas chegaram e eu notei que ia sair de casa mais cedo do que vocês dois planejaram, eu pensei que, talvez, seria uma boa ideia adotar a garota, já que vocês dois parecem bem preocupados com ela, e ela não tem mais ninguém...

— Isso surgiu do nada? – Hotch questiona o filho.

— Mais ou menos. Ela tem a mesma idade que eu tinha quando perdi a mamãe. Mas o senhor estava aqui para me ajudar, a Emily também, a tia Jess e toda a equipe. Ela não tem ninguém, está sozinha. Eu não a conheci, mas como ela pareceu mexer tanto com vocês, eu pensei que seria uma boa ideia. Além do que, eu sempre quis um irmão ou irmã...

— Se isso acontecesse, você não ficaria chateado? – Prentiss não podia acreditar no que chegava aos seus ouvidos.

— Não, até me sentiria menos culpado por sair de casa mais cedo. Sei que ficaria alguém por aqui para dar preocupações para vocês dois. – o menino brinca.

— Você aprendeu a ler pensamentos ou anda espionando a nossa conversa, Jack Hotchner! Por que conversaríamos o mesmo assunto com você! Diz o pai.

— Eu gostaria de saber por que já não fizeram isso? – O menino tenta retrucar um ar de chefe, imitando o pai. – Será que vou poder dizer que tenho uma irmã antes de deixar a Escola? – Ele brinca.

— Se é o que você quer. – Emily mal conseguia disfarçar a alegria em sua voz. Parecia que depois de uma semana tão difícil, as coisas boas começaram a aparecer. – Seu desejo é uma ordem, chefão. – Ela chegou abraçando o enteado.

—----------------------------------------------------------

— Pode ir parando e voltando ao início. – Penelope diz empolgada.

— Quer dizer que a Sophia vai fazer parte da família BAU?! – JJ diz alegre

— Finalmente uma menina, né? Por que por aqui está predominando o cromossomo Y. – Penelope emenda.

— E você tá reclamando, BabyGirl? – Derek começa a brincar.

— Não reclamo, porque os bebês de vocês dois, diz apontado para Derek e JJ, bem como o Mini Chefe, são os amores da minha vida. Mas eles precisam de uma garota, com muito girl power para lidera-los. E tenho certeza que Sophia vai fazer isso em um piscar de olhos! Alguém quer apostar contra a mãe Penelope, aqui?

— Haha! Não mesmo, da última vez fiquei sem uma boa grana – Reid diz. – Depois disso, concordo com tudo o que você disser – Até o menino gênio ficou feliz em saber que a menininha de cabelos pretos teria uma família.

— Ok, temos que fazer as boas-vindas dela! Isso não pode faltar. –Penelope se adianta.

— Festa de boas-vindas de quem? – Quis saber Rossi que chegara um tanto quanto atrasado na conversa.

— Da Sophia! Emily e Hotch vão adotá-la. – JJ diz exultante.

— Começa com a adoção e termina em casamento. – Morgan não perde a chance.

— Você só fala isso quando Hotch está longe. Quero ver ter coragem de mencionar na frente dele. – Emily desafia o amigo.

 - Eu prezo o meu emprego e as amizades que construí aqui. Não vou provocar o meu chefe. E que graça tem provocá-lo se eu tenho a namorada dele aqui, na minha frente, e sei que ela fica mais irritada com o assunto que ele ficaria?

— Você não existe, Derek Morgan! Não existe! O que eu fiz para ter você de parceiro em campo? – Emily desabafa.

— Olha, se vocês dois vão declarar a guerra de alfinetadas, me avisem, por que não quero perder  – Reid avisa.

— Nem nós! Dizem os outros três agentes em uníssono.

— Antes disto acontecer, me esperem preparar o balde de pipoca! – JJ avisa brincado.

— Nada de guerra de alfinetadas, por que não vou gastar minha beleza e inteligência com o Derek. Sou muito melhor que isso. – Emily finge não se importar.

— Gente, foco, e a festa? Rossi você vai bancar, né? – Penelope diz.

— Eu?! – O agente mais italiano da BAU questiona.

— Mas claro que sim! Temos que abrir aquele espumante para comemorar o aumento da nossa equipe. – JJ emenda.

— Juro que a ideia não foi minha. – Emily se defende. – Por mim, não precisa de festa, ei só quero que ela chegue logo!!

— Mas temos também que comemorar o ingresso de Jack na Universidade. – Rossi pensa alto.

— Dá pra fazer tudo ao mesmo tempo e ainda sobra tempo. – Morgan diz. – só me avisem com antecedência que eu tenho que informar a patroa.

— Gente, o Jack já tá indo pra Universidade. Me dá até um aperto no coração saber que o próximo é o Henry. Como vou deixar o meu bebê ir? – JJ começa a sofrer por antecipação. – Como o Hotch está lidando com isso?

— Não estou pensando muito nisso. – o próprio responde logo atrás da loira. – E nem quero pensar. Mas é o que ele quer. Só me resta aceitar.

— Parece que foi ontem que ele veio aqui pela primeira vez... – Penelope divaga. – Tão pequenininho! E ainda era loirinho!

Todos se sentem um tanto quanto nostálgicos. Mas quanto à passagem do tempo nada poderiam fazer.

— Alguma notícia boa para mim? – Emily muda de assunto se dirigindo a Aaron.

— Se por notícia boa, você entender que os papéis da adoção já estão prontos e assinados. E que nos esperam neste final de semana para pegá-la, sim. Tenho. Agora se for outra coisa...

— Então ela já tá chegando? Toda a equipe pergunta em uníssono.

— Sim! Ela vem neste final de semana. – Hotch não consegue conter o sorriso.

— Finalmente! – Emily diz com lágrimas nos olhos.

— Bom, eu tenho um jantar para preparar, e se não me engano, alguém aí tem que avisar a patroa que tem planos. Portanto, vejo todos vocês e suas famílias em minha casa, amanhã à noite. Isso merece uma comemoração. – Rossi diz se despedindo de todos.

— Não disse? – Reid diz – Ele mesmo convida a todos para a festa, não precisa ficar jogando comentários. Você perdeu essa Penelope.

— Pretty Boy, se eu não fosse contra a violência e amasse demais você, juro que te acertava o meu sapato! – A analista emenda.

— E você estaria muito, mas muito ferrado, Spencer, porque olha o tamanho daquele salto! – Prentiss amedronta o gênio do time.

— Bem, eu adoro ficar jogando conversa fora com vocês, mas eu quero comprar um presente de boas-vindas para a minha afilhada que vai chegar e também quero ver os meus meninos. – Diz JJ – Até amanhã á noite!

— Quem falou que a Sophia vai ser a SUA afilhada? – Garcia sai andando atrás da amiga. – Ela é minha afilhada!! JJ!! Volta aqui! Temos que resolver isso. Além do mais, ela gosta mais de mim! Eu sei disso! JJ! – Penelope sai atrás da amiga, ao mesmo tempo em que clamava ser ela a madrinha.

— A vocês dois, parabéns, e durmam com esse barulho, porque a BabyGirl ali não vai descansar enquanto não for a madrinha de todas as crianças desta equipe. – Morgan cumprimenta o casal. – Hey Genio, vai querer carona?

— Nem precisa oferecer! – Spencer diz já perto dos elevadores.

—Amanhã, então? – Emily pergunta. – É bom demais para ser verdade Aaron! Bom demais.

— Eu sei.  – Ele responde beijando a namorada.

— Jack vai querer ir também. Acho melhor já ir avisando para que ele cancele os planos que tenha. – Diz uma, muito ansiosa, Emily Prentiss. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* SAT é o exame equivalente ao ENEM, nos EUA.
** Ivy League - é um grupo formado por oito das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos: Brown, Columbia, Cornell, Dartmouth, Harvard, Princeton, Universidade da Pensilvânia e Yale.
Muito obrigada por ler!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Todo Final é Também um Recomeço" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.