Ela continuava escutando aquela música, a semana toda, a qualquer dia, Misaki apertava o botão play de seu celular e colocava Dna do Bts, embora Seiji gostasse, a repetição tornava-se cansativa e enjoativa, principalmente porque a neko não sabia cantar em coreano, enquanto ensaiava saía de sua boca palavras que soavam estranhas para ele, precisava urgentemente apresentar-lhe outra banda, além das fanfics e Doramas inacabados, situava mais esse problema.

Caminhando pela rua, ela com os fones de ouvidos, o adolescente a olhava pelo cantos dos olhos, sorriu levemente, negando-se acreditar como ela sabia dançar e cantar tão bem, soava como uma doce visão. Pararam em frente a uma padeira, compraram alguns Paes e leite, seguiam de volta para o apartamento, no mesmo momento que duas garotas os abordaram, as duas jovens, pediram que tirassem uma foto com Seiji, disseram como o conhecia, do site de Fanfics, aquilo chamou atenção de Misaki, que tirou os dois fones para prestar atenção na conversas das estranhas, uma pitada de ciúme cutucou-lhe ao escutar a palavra crush e lindo na mesma frase, com o intuito de expulsar-las de sua presença, agarrou o antebraço do amigo o levando dali.

— Ei, ei, o que está fazendo? — Devencilhando-se do seu contato, a empurrou ligeiramente para frente.

— O Dna delas não é o que senpai procura. — afirmou, cruzando os braços. Ele arqueou uma das sobrancelhas com dúvida. — Eu vejo os vazos sanguíneos delas, são oportunistas.

Um sorriso curto estampou seus lábios, ciúmes, concordou mentalmente, notando a fala traduzida da música, resolveu entrar no jogo.

— "Quer dizer que não foi uma lei do universo, um encontro como uma fórmula matemática?" Uma delas poderiam ser meu destino. — Ajeitou os óculos sobre o nariz.

Surpresa, com a frase de sua música favorita dita por ele, estrangando sua artimanha, envergonhou-se, pela primeira vez desde a semana toda não queria mais escutar "Dna". Deu dois passos para deixá-lo, contundo ele a impediu, segurando-lhe no braço.

— Calma, pode ser que tenha exagerado um pouco, mas não me importo. — afirmou.

— Perdão por ter puxado-o daquele forma.

— Estou falando da música Neko.

Poucas vezes ele a chamava assim, fazendo-a arrepiar-se toda. Encarou diretamente seus olhos castanhos escuros, e com um sorriso bobo dissera:

— Mesmo assim vou continuar escutando. — Girando nos calcanhares, buscou seus fones de ouvido, seguindo em direção a faixa de pedestres.

— Misaki!

Fechando os olhos por breves segundos concordou, jamais conseguiria fazê-la parar de escutar essa música.