Harry Potter & Doctor Who escrita por Leo Fi


Capítulo 1
O que está acontecendo?




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— Clara! Puxe aquela alavanca! Gritou, O Doutor para a Companion, enquanto digitava freneticamente no painel de controle da T.A.R.D.I.S. tentando não ser lançado longe pela turbulência que acometeu a velha nave.

O barulho característico da máquina do tempo junto ao da estrutura estalando era ensurdecedor. Fora os sons assustadores como se do lado de fora a fuselagem estivesse sendo bombardeada por gigantes com bombas atômicas. Por fim, com bastante dificuldade, Clara Oswald, conseguiu agarrar a alavanca e a puxou com força fazendo um barulho de engrenagem rangendo, significando que ativou uma das misteriosas funções da alta tecnologia Gallifreyana. No painel de controle O Doutor puxou, apertou e torceu alguns botões e alavancas fazendo finalmente o barulho sinistro parar e tudo se aquietou.

— O que foi isso de repente Doutor? Achei que estávamos indo para as praias de Jogranarth! Onde nós estamos? Perguntou exasperada.

— Clara! Não faço a menor ideia! Respondeu o homem de cabelos brancos e sobrancelhas fartas. Mas se os sensores estiverem corretos não estamos mais no nosso Universo!

— Não estamos mais… Balbuciou a moça não querendo acreditar.

— Como….?

— Só há um jeito de saber! Disse dramaticamente indo na direção da porta da cabine policial.

Clara o seguiu e quando foram para fora se depararam com bem umas quarenta pessoas apontando pedaços de pau na direção deles com cara de poucos amigos. Entre eles, Clara percebeu, havia um homem de meia idade, óculos de armação redonda e cabelos bagunçados. Na testa, iluminado pela luz de muitas lareiras, era perceptível uma cicatriz em forma de raio.

Naquela manhã Ronald Weasley achou que seria legal fazer uma média com a esposa depois da discussão da noite anterior quando levou para casa um de seus protótipos explosivos da loja de logros Gemialidades Weasley que acidentalmente explodiu e queimou uma pilha de pergaminhos importantes. Até ele sabia que tinha sido um tremendo vacilo então como pedido de desculpas tinha ido até uma padaria trouxa que Hermione gostava bastante e lhe comprou uma caixa de cupcakes de chocolate.

Tudo ia bem até que aparatou no Átrio do Ministério da Magia e ouviu um barulho estridente, uma mistura de sirene com freio emperrado. Não só ele mas todos os funcionários e visitantes ouviram aquilo e procuraram a origem do som até perceberem que bem abaixo da entrada de visitantes, uma cabine telefônica da polícia se materializava bem diante de seus olhos.

— Roni! O que está hav…. Disse Harry que avistou o amigo ao passar por ali e presenciou a cena bizarra.

— Saquem as varinhas! Ordenou o General Auror e imediatamente até quem não era Auror sacou e apontou suas armas mágicas para a aparição.

Depois de um tempo a cabine apareceu completamente e de dentro dela surgiram duas pessoas que pareciam extremamente perdidas. Um homem mais velho alto e de cabelos brancos e uma moça jovem de pele caramelo e cabelos lisos e pretos.

— Hum Doutor?

— Diga, Clara.

— Essas pessoas não parecem familiares?

— Sim sim, são belos exemplares da sua espécie, imaginando que estamos na Terra.

— Sim mas, sério que o senhor não acha essas pessoas familiares? Digo. Aquele ali em especial?

Disse apontando para Harry. Os dois conversavam como se não estivessem cercados por pessoas potencialmente perigosas.

— Sim, aquele ali precisa se pentear, e tem um gosto peculiar para óculos, mas qual a relevância disso?

Na verdade eu me pergunto por que continuam apontando esses gravetos como se quisessem furar nosso olhos.

Harry estava achando aquilo tudo muito insólito. Uma cabine telefônica da polícia trouxa surge do nada no meio do Ministério da Magia ai duas pessoas saem dela e começam a conversar como se eles não estivessem ali prestes a azara-los. O mais estranho era a sensação incômoda de que já tinha visto algo parecido com aquelas pessoas em algum lugar na casa de seus tios e isso era assustador, pois não tinha boas memórias da casa dos tios. Decidiu por fim tomar a iniciativa, se aquelas pessoas fossem perigosas iriam se arrepender de terem invadido o Ministério.

— Quem são vocês e o que querem?

O homem velho se adiante e de forma teatral responde.

— Eu sou Doctor!

— Quem? Perguntou Roni que não estava entendendo absolutamente nada.

— Exato! Confirmou o estranho.

— E essa é minha Companion, Clara Oswald. Disse apontando para a moça.

— Peço perdão por termos aterrissado dessa forma tão atabalhoada onde quer que esse lugar seja.

— Aqui é o Ministério da Magia, Senhor.

— Doutor e… Chegou perto de Harry observando-o analiticamente como se estivesse começando a entender a situação.

— Quem é você?

— Harry Potter.

Clara quase pulou pra trás ante aquela revelação.

— Eu sabia!

— Não Clara, ele não pode ser Harry Potter isso deve ter outra explicação. Disse Doutor, pondo um óculos escuro e encarando Harry de cima a baixo.

— O que está fazendo? Perguntou Roni.

O Doutor se virou para ele fazendo-o se sobressaltar. O Doutor puxou a varinha de sua mão e sacou um objeto pequeno e metálico com um estranho design.

— Ei! Reclamou Roni.

— Devolva, Senhor. Ordenou Harry, já perdendo a paciência.

Clara se adiantou para evitar o pior.

 - Não se preocupe é sua Chave de Fenda Sônica, ele está apenas analisando a varinha.

— Analiza a varinha de outro! Disse Roni, esganiçado.

— Hum curioso. Disse o Doutor para si mesmo.

— Veja bem, Clara. Apesar da Chave de Fenda Sônica não agir sobre a madeira como usualmente ocorre, ela está detectando uma certa anomalia quântica. É certo afirmar que… não sei nada sobre esse objeto.

Disse por fim devolvendo a varinha a Roni. Nesse momento uma voz irritada foi ouvida ao fundo.

— O que está havendo? Mandaram me chamar. Harry! O que está acontecen…

Hermione saiu do meio da multidão que lhe dava passagem e reparou pela primeira vez na cabine e nas pessoas estranhas. Parecia lívida e a ponto de ter um treco.

— O que em nome de Merlin, Peter Capaldi está fazendo aqui?

— Quem? Disse Harry, Roni, Doctor e Clara ao mesmo tempo.

— Peter Capaldi! O ator que interpreta o Doctor Who! Disse como se fosse a coisa mais óbvia.

— Garanto, senhora que não interpreto Doctor eu sou Doctor.

— O que?

— Hermione, essas pessoas saíram daquela velha cabine telefônica da polícia trouxa que se materializou do nada aqui no meio do Átrio do Ministério.

— O que? Repetiu atônita.

— Isso é impossível! Não…

— Doutor venha aqui um instante. Chamou Clara para um aparte e o Doutor e ela cochichavam com a cabeça abaixada.

— Doutor você já sabe quem são essas pessoas não?

— Ora Clara se está insinuando que aquele homem é Harry Potter pode tirar isso da cabeça. As chances de cairmos num universo em que personagens da literatura são reais é quase impossível.

— Sim, mas já vimos o impossível antes, o Senhor já fez o impossível acontecer antes e outra coisa a Hermi.. Hermione o chamou de Peter Capaldi alguém que interpreta o Doutor e essas pessoas lembram muito os atores da peça Cursed Child. Você não acha que...?

— Ooohhh!

O doutor arregalou os olhos e a compreensão veio a sua mente genial. Ele se virou dramaticamente para as pessoas em volta e disse em voz alta para que todos ouvissem.

— Meus caros, se me permitirem explicar! Como eu disse meu nome é Doctor e essa é minha Companion Clara Oswald e no caso vocês são Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley. Anunciou apontando para cada um.

— Nós viajamos pelo tempo e espaço na T.A.R.D.I.S e por um acaso caímos aqui em seu Universo. A Clara aqui tem uma teoria muito interessante, segundo ela no seu Universo nós somos atores interpretando bem, nós. Mas no nosso Universo, vocês todos aqui são personagens de livros e uma peça teatral de grande sucesso mas que o roteiro não é bem visto pelos fãs do livro.

— Pera ai! Não estou entendendo nada! E o que raios é T.A.R.D.I.S? Disse Harry já se enfurecendo com aquilo tudo.

— Time and Relative Dimension in Space (Tempo e Dimensão Relativas no Espaço).

Para surpresa de Harry não foi o Doctor ou a Clara que responderam, mas Hermione.

— Como você..?

— Mas isso é impossível! Quer dizer…! As implicações disso!

— Mione explica como se fosse-mos burros.

— Roni, Doctor Who é uma série de tv trouxa! Meu pai é super fã e costumávamos assistir quando eu era mais nova. Da última vez que eu visitei mais pais eu assisti um episódio e o ator que interpreta o Doctor era bem ele Peter Capaldi.

— Agora eu to lembrado! Eu assistia quando meus tios não estavam em casa e eu aproveitava para ligar a tv! Mas acho que o Doctor era o David Tennant. Disse Harry, mas ele não podia acreditar naquilo. Era incrível e aterrorizante demais pra ser verdade.

— Espera um instante Bartô Crouch Jr me interpretou? Disse o Doctor surpreso.

— O que? Disse todos, até mesmo Clara que não conhecia uma das transformações anteriores do Doutor.

Hermione levou as mãos à tempora. Aquilo já a estava deixando com dor de cabeça.

— Gente! Isso tudo está muito confuso! Vamos para minha sala e poderemos conversar direito.

— Huum, acho que é melhor. Disse Harry, que ordenou aos Aurores que montassem um cordão de isolamento mágico em torno da T.A.R.D.I.S.

— Que seja, amor eu lhe trouxe cup cakes. Informou Roni.

O Doutor e Clara acompanharam Harry, Roni e Herminone até o escritório da bruxa. A partir dali teriam a aventura mais insolitamente incrível de suas vidas.


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