(Re)Lembrar escrita por Dani


Capítulo 8
Cara nova


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEEEEEEEEEEEE DESCULPEM A DEMORA HAAAAAAA

Genteeeeee eu voltei, me desculpem hehehehehe, nem tenho o que dizer, a não ser pedir perdão mesmo ♥

Esse capítulo devia ter saído no natal como um presente para vocês, mas eu não consegui, não sei por que não consigo narrar também quando é uma situação com as meninas.

Mas espero de verdade que gostem desse capítulo, Boa leitura pessoal!

E FELIZ NATALLLLLLLL



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Os raios de sol invadiam o quarto e incomodavam a princesa de Dominó, a claridade a fazia se remexer na cama, desconfortável e a procura de uma sombra para se esconder. Mas quando ela escutou o deslizar das cortinas e sentiu a claridade tomar conta de todo seu rosto e o calor se espalhar pelo seu corpo, viu que já estava na hora de acordar.

— Hora de acordar bela adormecida — Alguém que Bloom reconheceu como sendo Stella, cantarolou.

Bloom grunhiu, escondendo-se embaixo das cobertas. Stella bufou.

— Vai Bloom, temos muito trabalho hoje — A voz da loira se aproximava da cama.

— Do que você está falando? — A ruiva gemeu, sonolenta — Não temos trabalho.

Stella riu alto e Bloom se escondeu ainda mais embaixo dos lençóis.

— É claro que temos senhorita, nós vamos reabrir o nosso negócio — A loira falou entusiasmada.

Bloom saiu um pouco de seu esconderijo, deixando seus olhos azuis a mostra e parte de seus desgrenhados cabelos ruivos.

Stella percebeu o movimento da amiga e aproximou-se mais da garota, jogando-se por fim em cima da mesma que não conseguiu evitar um grunhido de dor e surpresa pelo peso da amiga, enquanto que a loira não conseguiu evitar rir.

— Vamos sua dorminhoca — Stella enroscou-se na amiga carinhosamente, abraçando sua cabeça e depositando um beijo no topo da cabeça da garota.

Bloom devolveu o abraço, se aconchegando em Stella, livrando-se do cobertor e escondendo o rosto no peito da princesa de Solária.

— E por acaso mais alguém sabe dessa reinauguração? — Bloom falava em meio a um bocejo.

Stella riu e Bloom levantou o rosto sorridente para a amiga.

— Você não tem jeito mesmo, não é?

— Fazer o que, é por isso que vocês me amam.

Após alguns momentos, depois de passar de quarto em quarto, acordando cada uma das garotas, Stella as guiou até o andar debaixo. As Winx mesmo agora com novas roupas e mais acordadas do que antes, ainda arrastavam os pés, sem energia e cansadas, mas ao chegarem no andar debaixo, o resto de sono que ainda lhes acompanhava, parece ter sido varrido de seus corpos, trocando as expressões cansadas por surpresa ao verem a entrada do pet.

Não havia um quadro sequer nas paredes e todos os móveis estavam devidamente protegidos embaixo de grossos e longas lonas de plástico, o chão estava inteiramente coberto de jornais velhos e páginas de revistas antigas. No canto da sala, diferentes cores de tintas estavam dispostas em latas enfileiradas, e ao lado se encontravam algumas bandejas vazias contendo cada uma um rolo de tinta.

Os animais mágicos não estavam por perto, Stella assegurou que todos estavam em segurança presos no quarto do Kiko.

— Por que você os prendeu? — Musa falou, se espreguiçando enquanto dava uns passos até a amiga, ainda olhando para toda aquela arrumação.

— Por que se não, não conseguiríamos pintar esse lugar — Respondeu Stella simplesmente.

As Winx se entreolharam, confusas.

— E por que faríamos isso Stella? — Tecna retrucou, cruzando os braços.

— Ah, vamos lá meninas, dar uma cara nova a isso aqui vai ajudar a gente sair dessa melancolia...

— Não estamos melancólicas — Musa interrompeu.

— Mas claro que estamos, nossos namorados foram em uma missão desconhecida e não mandaram uma notícia sequer — A fada do sol e da lua deixou seu olhar cair por um segundo, lembrando-se de Brandon, mas voltando imediatamente a energia inicial — E vocês sabem o que dizem, um bom banho de loja sempre ajuda a melhorar, mas nesse caso, dar um banho de beleza no nosso negócio pode ajudar também.

A loira sorriu, empolgada. As outras ainda não compartilhavam dos sentimentos da amiga, o que não passou imperceptível.

Mas então uma outra voz soou, Bloom havia ido para o lado da loira, abraçando-a de lado, com um sorriso diferente.

— Gente, não é uma má ideia.

— Bloom — Dessa vez a fada da natureza que se pronunciou, com sua típica voz mansa e leve — Tem certeza disso? Sabe — Ela abaixou os olhos, deixando uma expressão saudosa tomar conta de seu rosto — Não sei se já estou pronta para abrir a loja.

— Por causa do Hélia? — Stella começou sorrindo — Mas nós não combinamos que...

Mas antes que pudesse terminar, Flora a interrompeu.

— Não, não é por causa do Hélia — A latina falou com um tom diferente, algo mais agressivo mas que tinha um quê de medo — É por causa de tudo, abrimos esse lugar para espalhar a magia, encontrar a Roxy, completar nossa missão, e nós completamos — Flora respirou fundo — E depois de tudo o que aconteceu com os feiticeiros do círculo negro, o Nabu — Olhou para a Aisha, que pela primeira vez a menção do ex-noivo não baixou a cabeça — Agora os garotos que ainda não deram notícias e em breve teremos que voltar para Alféia — A morena abraçava o próprio corpo — Eu não sei, parece que esse lugar carrega coisa demais para continuar.

— Flora... — Stella sussurrou, com compaixão.

E então um silêncio mortal se instaurou entre as garotas, enquanto o sol lá fora iluminava os rostos sérios e confusos das mesmas.

Era verdade, aquele lugar podia ter começado como uma forma de espalhar a magia entre os humanos, mas havia se tornado muito mais do que isso, era o lar das winx, o único lugar que elas conseguiam ter alguma paz — mesmo que ele já houvesse sido invadido — era onde elas podiam parar depois de um dia longo e cansativo e poder ficar juntas. Havia se tornado o lugar para onde seus namorados iam para assistir algum filme ou só ficarem um pouco juntos.

Claro, o bar fruit music era sem dúvida o ponto de encontro, onde podiam passar noites aproveitando a brisa fresca do mar e o cheiro doce de fruta com seus namorados, abraçando-se e passando tempo juntos ao luar, era o lugar onde o mais novo sonho das Winx havia nascido e evoluído, a música.

Mas o pet shop tinha um tipo diferente de significado, foi o primeiro lugar que as acolheu, que lhes permitiu mostrar o seu valor, onde fizeram algo juntas. Eles haviam criado aquele lugar com suas próprias mãos e magia claro, haviam visto laços puros se formarem entre seus clientes e seus pets.

E com o fim da missão, a morte de Nabu, a violência desenfreada dos bruxos e o quase desaparecimento dos meninos, ficar naquele lugar parecia diferente, estranho, quase que errado, mas ao mesmo tempo tão certo.

— Flora — Musa chamou, abraçando a amiga calorosamente, distanciando-se em seguida apenas o suficiente para enxugar as lágrimas da amiga e prender uma mecha na orelha da fada — Stella está certa.

Flora não entendeu, e Musa olhou para as amigas reunidas, sem soltar a fada da natureza.

— Você está certa Flora, esse lugar carrega coisas demais — A fada da música sorriu, deixando algumas lágrimas escaparem, olhando para Bloom e Stella — Mas são as nossas coisas, nossas experiências e lembranças.

As garotas se entreolharam.

— Todas as coisas boas e ruins que aconteceram foram o que nos tornaram as fadas que somos, a gente cresceu muito com tudo isso — Seus olhos rodavam a sala, olhando para suas melhores amigas — E vamos continuar crescendo, logo os garotos vão voltar, a dor vai diminuir, vamos voltar para Magix, mas até lá, temos que cuidar desse lugar, dessa cidade, desse mundo.

As garotas trocavam olhares, a dor e a angústia começava a sumir de seus olhos, dando lugar a um brilho diferente, que havia morrido meses antes. Sorriso divertidos começavam a surgir, Musa apertou Flora em um abraço, Bloom e Stella se entreolharam, Aisha e Tecna apenas assentiram animadas em concordância.

Musa as olhou novamente.

— O que estão esperando? Venham logo para o abraço.

As outras garotas riram e correram para o abraço em grupo, elas riam, davam gritinhos e brincavam entre si. Essa era a maior magia das Winx, mesmo que elas não soubessem, eles haviam passado por coisas que outros talvez não tivessem suportado, provações atrás de provações, testes cruéis e por vezes fatais.

Mas elas haviam sobrevivido, tinham cicatrizes, traumas e tudo que se pode imaginar, mas o mais importante é que tinham umas as outras. E só por isso haviam sobrevivido.

Após algum tempo de brincadeiras e apoio, elas haviam decidido finalmente pôr a mão na massa, com roupas devidamente trocadas para não se sujarem, cada uma pegou um rolo, aplicaram fita na parede e começaram seu trabalho.

O trabalho era interrompido constantemente por brincadeiras, com as garotas jogando um pouco de tinta uma na outra, fazer os pincéis e rolos flutuarem, tingir os cabelos, sendo tudo isso regado a muitas e muitas risadas.

Mas então algo lhes chamou a atenção, o tilintar dos sinos na porta tocaram, e seis pares de olhos se voltaram para os recém-chegados. Três garotos entraram no estabelecimento, sendo reconhecidos imediatamente pelas garotas como sendo Andy, Mark e Rio, que sorriam encantadores para a bagunça no lugar.

Bloom abriu um sorriso instantaneamente, correndo para abraçar o amigo.

— Andy!

O moreno riu com a recepção da amiga de infância.

— Como vocês estão garotas? — Mark sorria, enquanto mechas lilases caiam sobre seu rosto pálido — Vocês sumiram do bar, vinhemos ver se estavam bem.

— É — Rio se pronunciou rindo, cruzando os braços musculosos e expostos — Mas vemos que está tudo bem.

As garotas riram com a situação em que foram flagradas.

— Sabe como é não é garotos? Decidimos dar um novo visual ao lugar — Stella tinha uma das mãos na cintura, enquanto segurava um rolo com a outra.

— Legal, querem ajuda? — Andy abraçava Bloom com um dos braços, enquanto a mesma deitava sob seu ombro, mas com a pergunta a garota se afastou, correndo para pegar mais pincéis.

— Se queremos mão de obra grátis? — Tecna riu — Podem começar com aquele canto.

E logo haviam mais três pessoas colorindo as enormes paredes do lugar, desenhos divertidos, mas bem feitos começavam a surgir nas paredes, a risada dos garotos se mesclava com a das meninas, e uma sonoridade harmoniosa tomou conta do lugar.

— Ei Bloom — Andy chamou, e quando a garota se virou, deu uma pequena pincelada de verde na bochecha rosada da garota.

Bloom riu.

— Você me paga Andy...

Mas então novamente a atenção foi roubada, não pelo tilintar da porta, mas dessa vez por um barulho melodioso vindo do computador de Tecna, enquanto que uma notificação brilhava na tela.

A fada da tecnologia se dirigiu até o aparelho, sendo acompanhada pelos olhares atentos das amigas, que haviam parado o que estavam fazendo. A garota abriu o arquivo, ele se expandiu, a tela ficou preta...

E então a imagem de Hélia apareceu e o coração de Flora se acelerou.

— Diário de bordo, dia 1, Hélia falando — Seus olhos estavam marejados — Olá meu amor, olá garotas O garoto sorriu, fazendo uma pausa Vocês precisam saber de umas coisas, não contamos no momento da partida, por que sabíamos que vocês nos impediriam Suspirou Mas aparentemente há um preço pela pétala, não é algo certo, mas se a tradução estiver correta, para que alguém possa usar a pétala deve passar por um teste e abrir mão daquilo que lhe trás vida e felicidade Hélia estava inquieto, alternando o olhar entre a câmera e algo a sua frente E pelos nossos estudos e investigação, o preço a ser pago...

São as nossas memórias.


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Notas finais do capítulo

Iae? Gostaram? O plot surpreendeu?

Ai gente espero mesmo que tenham gostado, vou TENTAR postar outro capítulo antes do ano novo, por que quero começar 2021 com uma reviravolta, mas não sei se vou conseguir, mas prometo tentar.

Espero do fundo do meu coração que tenham gostado desse capítulo ♥ sei que ele foi meio paradão, mas foi pra preparar para o que está por vir.



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