Eclipse-Nova Versão escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Miracle Baby


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/LXUSaVw3Mvk-Música do celular.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763786/chapter/3

P.O.V. Alec.

Eu nunca imaginei que fosse, possível. Mas, se o Cullen conseguiu... porque eu não?

—Mestre.

—Alec, querido pode me explicar o que está se passando?

—É a híbrida Cullen.

—E?

—Ela está grávida.

—Bem, isso é algo inesperado.

—E... o pai do filho que ela está esperando... sou eu.

—E ela está aqui, agora?

—Sim. Está.

—Bom, não podemos deixá-la esperando não é.

Ela entrou na sala e ela era realmente a cópia de todas as outras.

—Ah, jovem Renesmee. Ainda mais bela do que antes.

Ela revirou os olhos.

—Ok. Cartas na mesa. Você não podia estar mais pouco se lixando pra mim ou pro meu filho. Você só quer que ele nasça assim você pode usá-lo pra obter mais poder. Eu tenho pena de você Aro. Muita pena mesmo.

—Ah, é uma pena que veja as coisas dessa maneira. Vou mandar prepararem um quarto pra você.

—Não se incomode. Eu fiz uma promessa pra mim mesma e pro meu bebê de que ele cresceria á salvo e amado, como eu. Por isso eu comprei uma passagem de volta para os Estados Unidos.  Porque crescer aqui... é o oposto de estar a salvo e de ser amado. Adeus Volturis.

—Você não pode fazer isso!

—Posso sim!

—Você não pode me tirar o meu filho!

—Posso sim! 

—Eu não vou permitir!

—O que você vai ou não permitir, não importa Alec! Bem vindo ao século vinte e um! Bem vindo á uma batalha judicial por custódia! As mães ganham elas agora.

—Se me permitem...

—Não! Não permito não! Você não tem nada que se meter.

Ela pegou a mala e saiu.

—Pra uma Cullen... ela não é nem um pouco amável.

—Que merda. Aposto que ela ainda guarda mágoa daquele dia na clareira.

P.O.V. Jane.

Alec sentou no degrau e começou a passar as mãos no rosto e no cabelo. Era uma coisa que ele fazia sempre que estava nervoso, apreensivo.

—Eu só posso imaginar as coisas terríveis que ela vai falar para a criança sobre mim. Não que... eu não tenha feito coisas horríveis, mas... eu jamais pensei que poderia ter um filho e agora... eu realmente não sei o que fazer. Como vou ser pai? Que tipo de pai eu serei? Estou pronto para ser pai?

—Irmão, eu nunca pensei que diria isso, mas... você tem que ir atrás dela.

—O que?!

—Se eu tivesse a oportunidade de ter um filho... de ser mãe... eu jogava tudo pro ar e agarraria. Vai lá maninho. Ta esperando o que?

—Eu sinto muito Mestres, mas ela está certa.

Ele correu que nem um louco.

P.O.V. Alec.

Eu corri, peguei meu passaporte, dólares e mandei o motorista me levar até o aeroporto.

Felizmente eu ouvi no alto falante:

—Atenção, senhores passageiros... última chamada para o voo 779 com destino aos Estados Unidos.

Consegui comprar a passagem e eu entrei no avião. Ela estava sentada na poltrona, com fones de ouvido, olhando pela janela.

—Bom bebê, agora somos só você e eu.

Eu consegui ouvir a música que saia dos fones de ouvido.

—Justin Bieber? Não esperava isso de você Cullen.

Ela tirou um dos fones.

—Se veio pra me levar de volta... você vai ter que me arrastar, enquanto eu chuto e grito.

—Ou, eu posso te neutralizar e te arrastar.

—O que você nem sabe sobre os híbridos é que... herdamos os dons dos nossos pais. Então, não. Você não pode me neutralizar. E a menos que queira ir pra cadeia... se manda.

—Eu não vou te arrastar e nem... me mandar.

—Não sabe o que isso quer dizer né?

—Não.

—Se manda quer dizer vai embora, cai fora.

—E como você sabe?

—Ah, Alec... tem... um... mundo enorme fora das paredes do Castelo de São Marcus. Cheio de pessoas, cães, gatos, periquitos, papagaios, galinhas. Com tantos tipos de comida, tantas línguas diferentes.

—E nesse tempo todo, alguém já te perguntou como se sentia?

—Sobre ter um bebê mágico e milagroso com um maluco psicótico com quem eu só dormi uma noite?

—Sobre ser mãe.

—Ah, eu sei lá. Eu tava pronta pra ser mãe solteira e bolando desculpas pra dar para o bebê sobre... porque ele ou ela não tinha um pai, sobre porque esse pai nunca aparecia no dia dos pais, ou no natal ou nunca.

—Me diga, que coisas terríveis estava pronta para falar para a criança sobre mim?

—Nenhuma. Eu ia falar sobre os Volturi, mas... eu acho que passaria a infância dele toda protegendo-o... de tudo. Incluindo os rumores terríveis que circulam por ai sobre você. Eu faria o que a minha mãe fez. Eu protegeria a inocência dele ou dela, pelo máximo de tempo que eu conseguisse.

Acho que ninguém nunca tinha sido tão honesto comigo sobre algo.

—Imagino que não.

—Atenção senhores passageiros, preparar para a decolagem.

—Você tem que ir. Á menos que queira viajar para os Estados Unidos.

—É. Eu quero.

—Não... sério?

Perguntou com incredulidade.

—Sério.

—Eu não vi essa vindo e olha que eu sou vidente.

—Você é?

—Eu sou uma clonadora. Eu herdei os poderes dos meus pais, mas... os dos meus outros parentes... eu copiei.

—Como?

—Eu sei lá, só... meio que aconteceu.

—É um belo colar. Não sabia que gostava de antiguidades.

—Eu gosto. Minha vó me ensinou a gostar.

Ela riu.

—O que?

—Eu acabo de me lembrar do dia do enterro da minha vó, Renné. Ela era uma ótima pessoa, era toda... zen, maluquinha. Ela era vegetariana, nós fomos á um monte de feiras hippies juntas, ela me ensinou dança cigana e indiana.

Ela começou a chorar.

—É. É assim que é sentir falta de alguém. Imagino que... pra você seja, sei lá... patético. O Volturi sem coração e a Cullen que é hiper sensível e super sensitiva. É um belo par.

Ela riu.

—Você não sabe se ri ou se chora.

—Eu acho que são os meus hormônios de grávida.

A mulher anunciou no alto falante que começariam a servir o serviço de bordo.

—O que ela disse?

—Que vão começar a servir a comida.

—Ainda bem. O bebê ta com fome.

A maneira como ela falou, com voz de bebê e um biquinho... eu tive que rir.

A aeromoça falou e ela respondeu:

—Foi mal, eu não falo italiano, mas... você tem coca cola e batata frita?

—Sim senhorita.

—Pode me dar uma lata de coca e batata frita?

—Não prefere uma refeição?

—É isso serve.

—Temos frango, peixe e carne.

—Acho que eu vou comer frango.

—Strogonoff de frango. E coca cola.

—Pode me arrumar gelo?

—Claro.

A mulher despejou o gelo no copo.

—Grazie. Acho que eu falei direito.

—Prego. E sim. Você falou direitinho.

—Legal!

A comissária de bordo saiu dando risada.

—Você é sempre assim?

—Sei lá, assim como?

—Assim.

—Eu não sei.

Ela começou a misturar a comida e aquilo ficou parecendo um reboco de pedreiro.

—O que está fazendo?

Ela jogou a batata palha encima e misturou de novo. E começou a comer.

—Você não come. Não sabe comer, então não fica me amolando.

Eu passei a viajem inteira rindo.

—Ta bom isso ai?

—Toma experimenta.

Não tive tempo de recusar, ela enfiou o garfo de plástico na minha boca.

—Uma delícia né?

Eu assenti sendo forçado a engolir aquela gororoba.

—Ai que nojo.

Ela serviu a coca cola num copo e começou a beber.

—Meu Deus Cullen, como consegue comer isso ai?

—Mastigando e dai, engolindo.

Finalmente chegamos á América e fomos parar na Califórnia.

—Porque estamos na Califórnia?

—Porque eu e a minha família moramos na Califórnia. Podemos sair no sol.

—O que?! Como?

—Como se eu fosse falar. Pra você ir lá e dar esse segredo para os seus Mestres. Não posso deixar você libertá-los nesse mundo e não vou.

E a cada dia ela ficava mais grávida. Ela passava creme hidratante na barriga e cantava para o bebê.

—Dia da ultra sonografia! Com sorte a gente descobre se é menino ou menina.

—É uma menina.

—Nossa! Geralmente, os caras querem que seja menino.

—Eu sei que é uma menina.

Carslile fez a ultra-sonografia e dito e feito.

—Uau! Ele virou vidente.

—Não. Nós conhecemos a criança. E é uma menina.

—E que nome vamos dar?

—Eu não sei. Zoey? Caitelyn? Katherine?

—Jesus não! Katherine não. Eu jamais pensei que pudesse amar tanto alguma coisa.

—Ela é a sua esperança filho.

—Hope. Hope Volturi.

—Hope Cullen Volturi.

—Melhor.

Renesmee ficou grávida por nove meses. Como uma mulher humana normal, só que ela tinha que beber sangue e comia como uma condenada. E fazia xixi, ela era uma máquina de fazer xixi.

—Tia Alice! Eu preciso fazer xixi!

—To quase acabando!

—Você está ai a vinte minutos! Vai logo!

Carslile começou a explicar como a bexiga cheia fazia cheia no saco amniótico e sei lá o que.

—Vovô, é só falar anda rápido!

—Anda rápido!

—Caramba tia Alice! Que se foda, eu vou fazer lá fora.

Ela andava como um pato.

P.O.V. Jane.

O Mestre Aro nos mandou para verificar o desenvolvimento do meu sobrinho, mas nada nos preparou para aquela imagem.

—Você tá...

—Fazendo xixi.

—Que nojo Cullen.

—Não me amola. A tia Alice está trancada no banheiro e eu to apertada e a Hope está chutando a minha bexiga.

Ela se limpou com papel higiênico.

—Hope?

—É. Fizemos uma ultrassonografia ontem. É uma menina. Vamos chamar ela de Hope. Que droga! Eu não consigo levantar.

A Cullen fez um esforço monumental para se levantar.

—Consegui.

—Eu vou querer saber porque vocês vieram morar na Califórnia?

—Podemos sair no sol agora. Vamos, eu quero tomar banho.

A Cullen foi para o chuveiro.

—Oi... Alec?

Os olhos dele estavam dourados.

—Oi Jane.

—Você...

—É muito difícil, mas vale a pena.

—Porque está fazendo isso? A Cullen te convenceu?

—Não. Ela não se importava que eu me alimentasse de humanos, só não queria que eu fizesse isso perto da criança. Bom, ela disse que não se importava, mas eu sei que se importa.

Eu ouvi o barulho de alguém vomitando.

Logo, não havia mais ninguém na sala.

—Ei! Ei querida. Calma.

Nós encontramos todos no banheiro.

—O que ela tem?

—Acho que é só uma queda de pressão. Vai buscar o pote de azeitonas.

Edward foi correndo e voltou com o pote na mão. Ela lavou a boca na pia enquanto Carslile a amparava. E dava a descarga.

—Como se sente querida?

—Acho que eu vou desmaiar.

E ela desmaiou. Mas, Carslile a segurou.

—E agora Carslile?

—Vamos dar salmora pra ela. Não, espere, isso pode fazê-la vomitar novamente.

—E o que fazemos?

—Esperamos. É só o que dá pra fazer.

Enquanto a Cullen estava desmaiada nós interrogamos o médico.

—Á quanto tempo ela está grávida?

—Cerca de dezessete semanas. A criança tem o crescimento normal, humano apesar de ter características vampíricas. O saco amniótico é impenetrável. Tanto quanto a nossa pele. Renesmee disse que a criança possui magia, magia de bruxa.

—E como ela sabe?

Isabella respondeu:

—Uma bruxa pode sentir a outra. Pode até se conectar, unir seus poderes, canalizar umas das outras. É por isso que existem Covens.

—Se importa em dizer como o meu irmão virou um comedor de coelhos?

—Nós não o forçamos á nada. Foi escolha dele.

—Sim. Foi minha escolha. Eu não quero que... a minha filhinha me veja como um monstro. Não quero que ela me tema.

—Então a criança é bruxa?

—Em parte. Sim.

—E a outra parte?

—Vampira. Mas, pelo ritmo que está crescendo desconfio que sua parte vampira seja como um gene recessivo.

—Ei Doutor. Acho que ela está acordando.

—Querida? Renesmee, querida? Está me ouvindo?

—Alguém desligou o chuveiro?

Eles riram.

—É. Ela está de volta. Aqui, coma uma azeitona.

—Obrigado vô. Mas, sério, alguém desligou o chuveiro?

—Eu desliguei. 

—Obrigado tio Emmett. Eu vou secar o cabelo.

Ela secou o cabelo e lógico fez algo a mais.

—Gente, eu to enorme.

—Como é?

—Como é o que Jane? Ah, você quer saber como é estar grávida. Pra resumir, é horrível! Horrível, horrível, ai.. acontece uma coisa incrível. Nos primeiros meses é maravilhoso, mas ai você começa a ficar enjoada, irritada e excitada. E tem essa fome. Você tá sempre com fome. Mas, quando você sente o bebê chutar dentro de você pela primeira vez é... demais. Incrível. Eu lembro que eu chorei.

—Nossa!

—Você quer sentir?

—Ta chutando agora?

—Não. Mas, eu posso fazer ela chutar. Poe a mão ai.

A guarda toda colocou a mão na barriga dela.

—Hope. Ei Hope, acorda. Vamos. Mostra pra tia Jane que você tá ai.

Ela falou olhando para a barriga e... funcionou. A criança chutou.

—Nossa! Oi, Hope eu sou... sua tia Jane. Sou a gêmea do seu pai.

—Ela tá chorando? Sério?! 

—Eu... não me lembro da minha mãe ou do meu pai. Eu acho que se pudesse ter uma família eu teria. E...

—Ai!

—Eu senti isso.

—Ai! O que é isso?!

—Hora de sair.

—Sair?

—Ela vai nascer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eclipse-Nova Versão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.