Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 5
Capítulo 129


Notas iniciais do capítulo

fotos do capítulo 129:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1824870497548225&set=pcb.1824874450881163&type=3&theater



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763551/chapter/5

Caroline PDV

A ardência em meu corpo não era tão grande como eu ouvi meus pais e irmãos dizerem. Será que dessa vez a quantidade de morfina deu conta? Não sinto nenhum incômodo.  É como se eu fosse um bebê e estivesse novamente dentro do útero de minha mãe - Não sabia que estava tão certa, era isso mesmo.

Eu me sentia protegida e acolhida. Não esperava que fosse assim a transformação em vampira. Parecia que eu estava dormindo num daqueles dias em que você dorme tão pesado que nem sonha. Esse é o sono reparador e no dia seguinte você acorda revigorada.

Mas de repente eu comecei a ter a necessidade de mexer as minhas pernas, não sei se meu corpo obedecia, mas eu me revoltava e fazia força não sei para que. Eu estava sentindo alguma coisa me empurrando. Estava tão bom até agora a poucos minutos. O que está acontecendo? Não controlo a reação de meu corpo é instintiva, para repelir a força que me oprime.

 

Esme PDV

Eu tinha fechado os olhos por um instante para pensar quando de repente eu senti uma dor no estômago. Acho que o meu estômago estava ali. Não foi uma dor física eu sabia, foi uma dor mental que me fez pensar que era na barriga. Ou mais para baixo um pouco. Me lembro da última vez que eu senti essa dor, foi há quase cem anos quando eu estava prester a ter meu filho.

— Carlisle – tento manter minha voz estável.

— Sim, Esme. O que foi querida? – ele veio correndo ao meu lado e seus olhos me avaliaram analisando a minha respiração.

— Eu... – não preciso dizer mais nada e ele já entende tudo.

Minha expressão lhe dizia o que estava acontecendo comigo.

O que ele temia estava acontecendo, de alguma forma eu estava entrando em trabalho de parto mesmo sem estar aparentemente grávida. Nossa filha tinha mesmo um poder mental, uma ligação comigo que era tão forte que era capaz de me fazer sentir o que ela estaria sentindo. Ou seria meu desejo também? Ela só está unindo nossas vontades, a minha e a dela? Não me incomodo, faz anos que senti o mesmo pela última vez. É um prazer imenso sentir cada contração. Por Carlisle e por ela, isso é tão maravilhoso! Eu pensei que jamais teria o filho de meu marido! É uma honra poder dar à luz ao nosso bebê. Nossa filha!

— Querida! – ele me ajuda a me levantar e pega a bebê com um dos braços enquanto me apóia com o outro. Deita a menina no sofá e me leva para a cama.

Image 1

— Como vai ser isso? - indaga meu marido.

— Estranho; eu acho que será como criança brincando de médico quando finge que vai ter um bebê.

— Esme, não acha que nós já estamos bem grandinhos para brincar?

— Carlisle não é brincadeira! Eu estou sentindo dor - não fisicamente, claro, mas ainda assim eu estou sentindo.

— Mas o que eu vou fazer?

— Faça tudo como faria se eu fosse ter um bebê de verdade.

— Mas eu sei que você não vai ter...  - ele retoma ao ver minha expressão. - Mesmo assim, a agulha da injeção não fura a nossa pele.

— Então eu vou ter de passar pela dor sem anestesia de novo?

— De novo? Você teve seu filho sozinha?

— Sim.

— Esme você é muito corajosa. Admiro você cada vez mais.

— Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...

— Esme.

— Carliisle, nossa filha está nascendo.

— Eu sei – ele olha nos meus olhos e eu posso ver como ele se sente impotente, ele não está vendo nada. Como pode uma vampira ter uma gravidez psicológica? Logo eu?

— Não se preocupe meu amor, eu vou ficar bem. Daqui a pouco teremos nossa filha – tento afagar seu rosto quando sinto outra dor.

— Aiiiiiiii.

— Carol, não seja tão má com sua mãe – Carlisle fala como se estivesse ensinando nossa filha a se comportar.

— A culpa não é dela, ela deve estar passando por algo parecido. É a natureza que está fazendo seu papel... Ahhhhhhhhhhh.

...XXX...

 

As horas passavam lentamente e as dores eram cada vez maiores. Já estava quase amanhecendo, hoje é dia 20 de outubro, o último dia da mudança de Caroline, o que quer dizer o dia em que ela vai nascer. De repente eu senti vontade de levantar as minhas pernas e abrir como se eu fosse realmente ter um filho.

— Esme!

Eu sabia que Carlisle estava nervoso pelo jeito que ele falava meu nome, sua voz parecia quase sem vida:

— Eu queria poder fazer alguma coisa – ele está agoniado.

Eu queria poder fazer com que ele não ficasse tão estressado, é só nossa filha. Nada errado ou sobrenatural. Bem, talvez, sobrenatural sim, mas eu queria que meu marido não ficasse tão nervoso. Eu não estou. Para mim não é novidade eu já passei por isso antes (Bem, não exatamente), mas para Carlisle é. Ele pode já ter feito muitos partos no hospital, mas essa é a primeira vez que ele assiste a esposa ter um bebê e ainda nem pode ver, é totalmente apavorante. Maravilhoso, mas apavorante.

— Você já está fazendo, querido. Não está ironizando nem rindo.

— Como eu poderia rir disso Esme? Você está sofrendo! E eu não posso ajudar. Me sinto inútil.

Meu marido está quase errado sobre a parte do sofrendo. Eu não estou sofrendo; estou sentido dor sim, mas não sofrendo. Não o contesto, pois é desnecessário.

— Você não é inútil, Carlisle. Eu vou ficar bem, sou uma vampira. Você mesmo me transformou, lembra?

— Sim eu me lembro daquele dia, você estava deitada assim – ele olha para o lado. – Quase igual. Mas aquele dia eu podia fazer alguma coisa e hoje não posso. Me sinto tão mal! Queria poder ajudar. Todo meu conhecimento serve para tratar humanos, nunca imaginei que precisaria cuidar de minha esposa. E eu não posso fazer nada, só ficar olhando. E isso quase me enlouquece.

— Na verdade você pode Carlisle, segure a minha mão.

— E a bebê?

— Ela não vai sair porque não está dentro de mim. Ela está lá – indico o sofá com os olhos, mas nem eu sei o que vai acontecer.

Carlisle segura a minha mão e eu sinto uma dor enorme como se fosse rasgada ao meio e faço muita força. Acontece então outro relâmpago e nossa filha não está mais na poltrona, mas aos meus pés. Meu marido levanta, segura nos braços a menina e traz para mim.

— Nasceu! – é a única coisa que ele diz. Completamente fascinado pela recém-nascida.

Ouvimos um silvo de ar entrando em seus pulmões quando ela respira. Caroline não chora, apenas parece assustada e curiosa olhando tudo ao redor.

Image 2

Ele a coloca ao meu lado e Carol procura meu peito para sugar.

Me pergunto: Será que ela vai ter mais leite? Será que foi ela que fez com que eu produzisse mais nesse último ano?

Seus olhinhos ainda vermelhinhos procuram os meus e ela me sorri com o olhar. Ela sabe que eu sou sua mãe e ela é minha filha. Sua cabeça gira e ela procura Carlisle, sabendo que ele é seu pai.

Acompanho seu olhar e digo sorrindo exultante:

— Esse é seu pai, filha.

Carlisle sorri completamente derretido pela pequena em meus braços.

Image 3

— Oi princesa!

Caroline sorri em reconhecimento.

Image 4

A menina procura meu peito para sugar e realmente tem algo para ela beber. Fico admirada e curiosa para ver o que será. Cuidadosamente abro sua boquinha com minha mão e percebo que está cheia de um líquido um pouco rosado, mistura de sangue e leite provavelmente. Então acho que eu terei que caçar com mais freqüência, pois agora preciso comer por duas.

Carol não fez nenhum gesto de protesto com minha intromissão como eu estava esperando, pois geralmente os animais não gostam de ser incomodados quando estão comendo. Mas, isso quer dizer que ela não é tão irracional, talvez ela tenha a mesma consciência que tinha antes de tomar meu leite envenenado. Ela sabe que eu sou sua mãe. Talvez ela tem mais consciência do que meu marido imagina.

Era apenas leite envenenado antes, porque era o primeiro leite que eu tirei do meu peito. Esse é o leite mais nutritivo para os bebês humanos; talvez tenha alguma correlação com o meu leite. Por isso possivelmente meu colo era tão atrativo eu sabia disso. Já flagrei discretamente muitas pessoas olhando para meu busto. Eu também gosto de usar decotes para valorizar, tenho orgulho de meu peito.

Até mesmo percebi que Caroline não conseguia desviar o olhar algumas vezes, até que teve que me confessar. ela ficou tão encabulada, mas eu disse que também era culpa minha. eu sabia o que provocava usando os decotes que gosto. por sorte Carlisle não é ciumento como Charles que me fazia usar sempre blusa fechada. era sufocante! Talvez por isso que eu prefiro blusas abertas. meu marido sabe que é tudo apenas dele, e se algum engraçadinho vir para cima de mim por causa do meu decote vai ter uma surpresa nada agradável.

Enquanto nossa filha mama parece adormecer ao meu lado. Fecha os olhinhos como se estivesse, e realmente está, se sentindo muito bem.

Image 5

Carlisle diz de repente:

— Você está muito linda, meu amor! Realmente você nasceu para ser mãe, esse é seu dom.

— Obrigada querido!

— Não há de que, apenas digo a verdade.

— Ela é tão lindinha! – meu marido fica todo derretido pela nossa filha.

Eu sorrio.

— Minha deusa!

Carlisle se aproxima de nós duas e me dá um beijo na testa.

— Podemos lhe dar outro nome.

— Acho Caroline perfeito. Lembra o seu nome e eu sempre quis dar esse nome para uma filha que eu tivesse.

— Podemos manter os dois.

— Sim querido. Qual nome você propõe?

— Eu acho que podemos chamá-la de Angel também. Ela é nosso pequeno milagre. Nossa benção, se podemos dizer.

— Claro que podemos, querido! Concordo, é muito adequado. Então o nome dela será Angel Caroline Platt Cullen. Gostei, ficou lindo como ela. Maravilhoso.

— Não ficou nada estranho ou difícil como Renesmee.

— Querido! – finjo ficar indignada e brava com meu marido.

— Eu sei, eu sei é uma homenagem para você, querida. Mas convenhamos que ficou bem esquisito e preferimos chamar nossa neta de Ness.

— Não fique triste por não chamar Remesmee de Carlie, você sabe que também foi homenageado querido.

— Sim, eu sei. Porque sou o pai do pai dela, mas não me sinto magoado nem nada disso.

— Vamos chamar nossa filha por Caroline em sua homenagem, mas ela terá um primeiro nome, assim como Alice também, porém a conhecem mais pelo segundo nome. Nós poderemos chamá-la de Angel em casa.

— Entendi, querida.

Carlisle aceita a homenagem da esposa, ele não pode reclamar muito, nem há sentido se opor, pois ele está sendo lembrado afinal.

...XXX...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

https://www.trocandofraldas.com.br/gravidez-psicologica-como-reconhecer-os-sinais/?utm_source=mitos-espinhela-caida-bucho-virado-sete-dias&utm_medium=footer&utm_campaign=postfooterrecommendation



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aurora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.