Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 22
Capítulo 146 – Primeira caçada


Notas iniciais do capítulo

fotos do capítulo 146:
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Capítulo 146 – Primeira caçada

Flashback – 2014

Eu tinha quase dez anos, cinco anos aproximadamente depois que eu fui transformada, quando mamãe me deixou caçar pela primeira vez. Saí acompanhada por ela e por papai - o que não havia mais acontecido desde o incidente com nossa prima Tanya, que por pouco não causou outro mal-entendido que poderia ter provocado nossa morte -, isso por si só já me deixou surpresa, pois eu não podia sair com meus pais enquanto ainda fosse criança e poderia ser confundida com uma Criança Imortal se alguém me vise de longe. Eu ainda sou uma criança, claro que não sou tão nova quanto Renesmee era quando foi vista por Irina, mas ainda não sou adolescente e muito menos adulta para estar completamente a salvo de ser confundida com uma das proibidas.

Mesmo tão nova eu sei que precisamos nos manter ocultos, preservar o segredo de nossa existência é cada vez mais necessário – nem todos os humanos nos deixariam vivos se soubessem de nossa existência, por isso é melhor permanecermos no anonimato, ou como se fossemos apenas outra família da espécie deles, como é o nosso caso.

Eu entendo isso, não sou um bebê que não pode pensar, como nas histórias antigas contam que as crianças transformadas em vampiras não podiam aprender e sua consciência estava para sempre congelada no grau de desenvolvimento que atingiu antes da mudança.

Porém, Esme e Carlisle decidiram que eu já estava grande o suficiente para me levarem para caçar, ou eles dois sabiam que não haveria nenhum risco, pois devem ter pedido se minha irmã Alice viu alguma coisa e se era seguro me levar junto com eles.

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Eu seguia meus pais pela floresta quando papai me chama:

— Angel! – só meus pais me chamam pelo primeiro nome. É como se fosse um apelido particular.

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— Sim, papai – vou para mais perto de Carlisle.

— Feche os olhos – ele me diz enquanto segura minhas mãos entre as suas.

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Eu confio nele. Papai me abraça pelos ombros:

— O que você sente?

— Sinto seu cheiro e o perfume da mamãe – sinto que Esme está logo atrás do marido.

— O que mais? – Carlisle me estimula.

Me concentro para perceber algo mais. Sinto cheiro de grama e de árvore e de água. Perto do lago escuto corações baterem e a sede atiça minha garganta:

— No riacho, ao norte. Cervos? – digo hesitante ao sentir o cheiro do rebanho, um pouco diferente daquele que eu sentia quando meus pais levavam para casa para mim o sangue dos animais. Incerta, eu olho para t´rs, para mamãe em busca de apoio.

— Sim – diz Carlisle. - Meia dúzia.

— É melhor que você comece com algo mais fácil, não quero que faça como sua irmã e comece logo com um puma – diz Esme ainda receosa que eu acabasse me ferindo se enfrentasse um animal carnívoro.

Eu acho que eu seria capaz de abater o felino sem problemas, mesmo que eu pareça uma frágil humana e ainda seja uma criança. Sou uma filhote de vampiro, está no ‘sangue’ caçar. É nosso instinto assim como nas feras selvagens. a única diferença é que combinamos a civilidade humana com o instinto predador dos animais. O melhor dos dois tipos de seres vivos, por isso somos os mais terríveis caçadores.

— Tudo bem, mãe - eu tento mostrar para ela que eu posso fazer isso e deixá-la mais tranquila.

— Querido vá com ela e não deixe que ela se machuque com os chifres - pede Esme, mas nem precisava porque é claro que papai iria me acompanhar.

Minha pele é dura eu não vou me machucar. Me esforço para não virar os olhos. Esme parece uma mãe humana agindo assim! Mas, ela  se preocupa tanto comigo, mesmo que eu não precisaria, por que ela me ama muito!

Oh, isso me comove tanto, que eu estaria emocionada e iria chorar se ainda fosse humana. Mamãe é assim. Puro amor e eu estou me acostumando, é o que eu sempre quis. não me sufoca pois eu quero e sei como viver tão mimada.

— Claro! - afirma papai.

Eu e Carlisle corremos na direção onde estão nossas presas, mas quando chego mais perto percebo o cheiro nada agradável.

— Que fedor! - digo torcendo o nariz.

Ouço o riso de Esme chegando – ela não perderia esse momento ficando para trás esperando e resolveu vir.

— O cheiro não é dos melhores, filha, porque são herbívoros. Os animais carnívoros têm um cheiro mais próximo ao dos humanos porque os humanos também comem carne – explica Carlisle.

— Mas o sangue dos herbívoros também nos mantém – corrobora Esme.- Aplaca nossa sede por pouco tempo.

— ‘Tá’ legal! - concordo sem reclamar, pois na maioria das vezes meus  pais me fizeram tomar sangue desse tipo de animal.

Eu estou acostumada por isso, pode-se dizer. Desde o começo sempre ingeri esse tipo de sangue e me habituei (fui adequada) à dieta dos Cullen. Jamais provei sangue humano e espero que nunca permitam que eu cometa tamanho desatino.

Me lanço sobre a maior fêmea e cuido para ter certeza de que ela não está prenha. Eu não tive problema em caçar porque eu sempre quis fazer isso desde que renasci; eu mal via a hora, ansiava por esse momento. Minha presa resiste um pouco, mas em vão. Logo que eu mordo seu pescoço e sinto o líquido quente escorrendo por minha garganta e mitigando minha sede dolorosa, ela vai parando de lutar.

Mais rápido do que eu imaginava a carcaça de minha vitima já está totalmente drenada:

— Ah, já acabou! – protesto enquanto limpo a boca na manga da blusa.

Carlisle e Esme se entreolham e sorriem:

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— Parabéns, filha! – me saúda papai.

— Muito bem, querida! – diz mamãe.

Observo enquanto os dois caçam e depois voltamos para casa.

Fim do Flashback

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