Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 14
Capítulo 138


Notas iniciais do capítulo

fotos do capítulo 138:
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22 de março de 2018

Flashback on

Eu estava em meu quarto lendo e pensando porque para mim é ainda difícil controlar minha sede por sangue mesmo depois de tantos anos, e então me lembrei de quando pedi ao meu pai se haveria problema para mim quando eu fosse vampira por já ter provado sangue humano enquanto ainda era humana. Claro que eu só tomei o meu próprio, nunca o de outra pessoa, não sou maluca. Não tanto assim.

Isso não deveria me surpreender pois papai levou décadas para se conter o suficiente para ser um médico tão bom. Ele jamais arriscaria a vida das pessoas se não tivesse realmente certeza de que estava bem e não atacaria ninguém. Carlisle é tão admirável! Eu fico fascinada por meu pai e tenho orgulho dele; me sinto muito honrada por estar com ele.

[19 de junho de 2008

Pergunto para Carlisle quando tomo meu café da manhã antes de ir para a escola:

— Pai, você acha que o fato de eu já ter provado sangue humano pode deixar mais difícil para eu resistir quando eu for uma vampira?

Ele foi pego de surpresa com a minha pergunta, mas logo se restabelece e responde:

— Acho que não. Vocês humanos não são preparados para ingerir sangue. Não tem necessidade de beber para sobreviver. Isso não faz parte da dieta de vocês, pode ficar tranquila filha.

— Obrigada pai. Mas Bella também tomou sangue, não é verdade?

— Sim, foi necessário quando ela estava grávida de Renesmee, ela precisava se alimentar para ficar bem. Porém isso deixava as duas mais fortes. Não dava para não alimentar uma sem alimentar a outra, as duas estavam ligadas.

— Entendo, papai.

— Mas mesmo tendo bebido sangue humano doado antes de se tornar uma vampira, Bella não teve problema para resistir ao cheiro de sangue humano - acho que mesmo que Bella tomasse sangue era Renesmee quem se alimentava, pois minhã irmã ainda era humana e não digeria isso. - Ela foi excepcional, na verdade conseguiu fugir daqueles homens que estavam no lugar errado na hora errada quando Edward a levou pela primeira vez para caçar.

— Isso pode ser diferente comigo, ela tem um super autocontrole. Eu não sei se poderei resistir... – essa parte de ser uma vampira recém-criada me preocupa muito.

— Eu também tenho resistência à tentação provocada em nós pelo cheiro de sangue humano e sua mãe também tem autocontrole; pode ser digamos uma característica 'genética hereditária'.

— Mas essa habilidade é adquirida com o tempo e esforço, não é simplesmente herdada – tento protestar.

— Não vou mentir para você filha, sim, tem em grande medida influência do esforço de cada um. Mas eu acredito que deve ter uma base ao menos um pouco de qualidade genética. O vampiro que me atacou deveria ter alguma capacidade maior de resistência e passou para mim. Como nossa filha você certamente vai herdar essa característica.

— Tomara. Mas e minha sobrinha?

— Ela pode sobreviver se alimentando de sangue e com comida humana. Ela prefere sangue, melhor se puder beber sangue doado. Ela foi condicionada – admite Carlisle envergonhado. – Eu tentei persuadi-la a caçar assim como nós, apenas animais, mas ela só aceita ir por causa de uma disputa com Jacob para ver quem consegue a maior presa.

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— Os olhos dela não mudam de cor porque ela toma sangue humano - era mais uma afirmação do que uma pergunta pois eu vi quando estive nos EUA.

— Verdade, não acontece como conosco que temos os olhos dourados quando acabamos de caçar e escuros quando temos sede. Os vampiros que matam pessoas têm olhos vermelhos, você sabe, por isso não se percebe facilmente Renesmee como nós. Para ela é ainda mais fácil se camuflar com os humanos. Castanho é uma cor de olhos comum, a mais predominante na espécie humana.

— Sério pai? – ele assente. – Se Bella tivesse os olhos azuis ou verdes como humana que cor Renesmee poderia ter?

— Os olhos de Edward eram verdes quando o conheci. Então talvez Renesmee poderia ter os olhos verdes. Mas ela tem os olhos castanhos da mãe, porque essa cor é dominante sobre o gene verde ou azul que é recessivo.

— Isso eu sei, essa parte de biologia, genética eu adoro!

Carlisle me afaga os cabelos:

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 — Minha garotinha esperta! Eu tenho muito orgulho de você, sabe disso.

Enrubesço constrangida.

— Você tem os olhos quase da mesma cor que sua mãe tinha. Até mesmo quando fica envergonhada vocês parecem ainda mais.

Quer dizer que se mamãe e papai tivessem uma filha teria os olhos castanhos como eu? Pois os olhos de Esme eram castanhos quando ela era humana, e os de Carlisle azuis. Eu podia e poderei realmente passar como filha deles!]

Flashback off

...XXX...

 

Julho de 2018 – Angel PDV

Hoje meus pais me disseram que vamos visitar os pais da mamãe. Eu vou adorar conhecer meus avós. Eu não sabia que eles ainda estavam vivos, porque minha mãe não me disse? Ela pensou que eu ficaria com medo ao ouvir que foi ela que mordeu o próprio pai sem querer? Muito pelo contrário, eu aceitaria, aceito, isso muito bem. Esme nunca mais atacou ninguém  desde então.

Eu nunca fiz mal para ninguém, mas sempre ouço que é mais difícil voltar à nossa dieta após ter provado sangue humano. E mamãe conseguiu, ela é incrível. Cada dia eu a admiro ainda mais. A força de vontade que foi preciso para não cometer esse deslize novamente, ela está ‘limpa’ até hoje, nunca mais provou sangue humano (é como um viciado, acho, porque nunca fui viciada em nada, que vive cada dia de cada vez, pois está sempre em reabilitação) .

...XXX...

 

Viajamos durante pouco mais de três horas até chegarmos à fazenda onde minha mãe passou a infância em Columbus. Vovó nasceu ali perto, numa cidade chamada Toledo! Temos o mesmo nome e nascemos as duas em uma cidade com o mesmo nome. Quanta coincidência! Ou talvez Esme me escolheu exatamente por isso. Ou talvez não. É só coincidência mesmo. Mas que é espetacular, é sim.

Esme me ESCOLHEU! Oh! Eu fui escolhida, jamais pensei que alguém fosse me escolher. Bem é claro que o nome Cullen significa colher, escolher; mas tem mais a ver com colheita. Se bem que para colher você escolhe os melhores frutos. Eu sou um fruto bom?!  Nunca tinha pensado em mim dessa forma. Eu fui escolhida por eles assim como eu os escolhi, mas no meu caso foi mais questão de afetividade, talvez para eles também tenha sido.

Eles não pensaram em mim como apenas mais um. Me tratam e sempre me trataram com muito carinho, respeito e dignidade, como nunca fui tratada antes durante toda a minha vida humana. Não é de admirar que eu tenha criado um vínculo tão forte com meus pais adotivos. Para mim eles são meus pais, eu renasci depois que fui transformada, portanto Esme e Carlisle são meus pais.

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Vemos na Vanda esperando por nós uma senhora que segundo o que eu me lembro do desenho é a mãe da mamãe. Vovó. Mesmo se eu não tivesse visto seu retrato ela é muito parecida com minha mãe, imediatamente  eu a reconheceria. Sorrio para ela e ela sorri ao me ver.

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Papai para o carro e desembarca. Dá a volta no automóvel para abrir a porta de trás para mamãe descer:

— Pronta, sweetie? – ela pergunta olhando para mim.

— Sim.

Desço logo depois dela e olho ao redor receosa e curiosa. Enquanto observo o lugar vovó chama mamãe:

— Esme! – grito, e eu entendo que ela não quer vir para não me assustar (apesar de eu ser uma vampira, isso evidentemente ela já sabe).

Esme segura na minha mão e me leva para perto da mãe. mamãe diz orgulhosa:

— Mamãe! Esta é Caroline, minha filha mais nova – ela sorri para vovó em cumplicidade como se as duas tivessem algum segredo. e compreendo o que ela quer dizer.

— Oi vovó – digo para a senhora de meia idade que acabo de conhecer.

Ela fica me olhando tão demoradamente, me analisando, que me deixa constrangida. Mamãe intervém:

— Sim, ela parece mesmo muito com você, mãe.

Eu nem tinha reparado, mas é verdade. Eu pensei que tivesse reconhecido a vovó imediatamente porque ela fosse parecida com Esme, mas na verdade ela me lembrava a mim mesma. Sim, agora eu posso ver que somos mesmo bem parecidas. Eu lembro subitamente que quando eu era humana também me disseram uma vez que eu parecia bastante com a minha avó quando ela era mais nova. Evidentemente eu não sabia disso e só soube quando me contaram.

— Esme, ela é tão jovem! – diz vovó como se estivesse querendo repreender a filha e não apenas fazendo uma observação.

Mamãe explica:

— É uma longa história mãe. Carol tinha 16 anos quando bebeu meu veneno e depois voltou a ser um bebê. Ela nasceu de novo e ao que parece está crescendo até a idade que tinha antes de ser transformada. Ela é minha filha de verdade, seria mesmo se eu não tivesse lhe dado à luz.

— Como? – vovó indaga surpreendida.

— É incrível, fomos abençoados.

— ela é nossa benção – diz Carlisle se aproximando de nós e me pegando no colo.

Eu senti sua aproximação, mas não sabia o que ele queria fazer. Por isso para mim foi inesperado quando ele me abraçou e levantou no ar.

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— Ah, papai! – sorrio de alegria.

Meu pai humano não era tão caloroso assim. Carlisle é perfeito para mim. Esme também é. E por incrível que pareça eu também sou perfeita para eles. Merecíamos ficar juntos e estamos juntos. Essa é a felicidade que eu queria.

...XXX...


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