Falling' for You. escrita por Náthali Lima


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Hey-oh babies!
Babies que já me conhecem e babies que possivelmente irão me conhecer a partir dessa minha nova loucura kkkkkk
Tudo bem com vocês?
Então... essa é uma One (que eu achei fofinha quando escrevi kkkkk) e é um especial para o dia dos namorados que é amanhã, mas que eu não poderei postar no dia por causa da vida real batendo na porta kkkkkkkkkkkk

Esses são um Edward e uma Bella diferentes dos que eu geralmente costumo ver nas fanfics, não sei se será diferente para vocês e nem se irão gostar kkkkkk

Mas eu espero que vocês gostem e tenham uma boa leitura ♥
Enjoy!



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Capítulo Único.

Edward Cullen.

Eu funguei pelo o que me pareceu ser a centésima vez seguida, em um período de apenas duas horas.

Não tinha ideia do que estava acontecendo, mas realmente não estava me importando o suficiente para me preocupar. No mínimo, eu estava tendo alguma reação alérgica tardia ao fato de ter passado tempo demais no sótão da casa dos meus pais na noite anterior.

Isso ou eu estava realmente descobrindo ser alérgico ao pólen.

Mas, como eu disse antes, eu não estou dando atenção o suficiente a isso para me preocupar, afinal, eu tenho uma coisa muito mais importante e séria para fazer.

O que justificava eu ter passado tanto tempo no sótão dos meus pais ontem.

O dia dos namorados estava a algumas horas de chegar e, pela primeira vez em anos, eu estaria passando esta data com uma namorada.

Mas não uma namorada qualquer. Era a namorada que eu tinha desejado a minha vida inteira. O tipo de mulher que eu achava que existia apenas em meus sonhos e fantasias sexuais.

Isabella Swan era a mulher que eu tinha conhecido há quase um ano e que finalmente – há sete meses – eu tinha tomado a coragem de chamar para um encontro e que no mês seguinte tinha aceitado ser minha namorada.

Por quase quatro meses eu estive ao redor dela, desde que nos conhecemos – da maneira mais idiota, eu devo admitir – no campus da faculdade, na segunda semana de março, bem no início do meio do semestre, no nosso terceiro ano de ensino superior.


Eu odiava correr.

Isso é um fato que, possivelmente, era nacionalmente conhecido, já que eu bufava e rosnava isso para toda e qualquer pessoa que me chamava para correr ou que era apresentada para mim. Ou até mesmo para as pessoas nas quais eu esbarrava ao longo da minha corrida.

Mas, mesmo odiando essa atividade, há vezes na sua vida que você precisa fazer isso.

E essas vezes implicam os momentos em que você está atrasado.

Eu, nesse caso, não me encaixo nem nessa categoria de simplesmente atrasado. Não. Eu estou estupida e horrivelmente atrasado para uma das aulas mais importantes – a primeira aula do primeiro dia da semana (uma das mais importantes de qualquer aluno de faculdade antes das merecidas férias de verão), na qual eu tinha um trabalho para entregar e apresentar – e tudo isso por culpa da minha irmã e seu namorado ocupadores de espaço.

Definitivamente eu odeio quando Alice leva seu namorado porcalhão e espaçoso para o nosso apartamento, porque, mesmo sendo um cara, eu tinha alguns princípios básicos de higiene e arrumação que Emmett parecia não ter, ou desconsiderar completamente apenas para me ter muito irritado.

Eu já tinha cansado de dizer para os meus pais que já estava mais do que na hora de eles nos liberarem para termos os nossos próprios apartamentos, ou de, pelo menos, me deixarem expulsar a coisinha colorida do mesmo espaço que eu, para ela poder ir fazer o que ela deseja e ir morar com seu namorado.

Não que eu não gostasse da minha irmã ou do namorado dela, longe disso.

Mas eu realmente preferia quando os dois não estavam sob o mesmo teto que eu, e eu gostava mais ainda de Emmett quando ele não estava comendo e nem deixando seus sapatos enlameados ou farelos de comida por todo e qualquer canto da casa.

Com um revirar de olhos eu tento voltar ao meu foco: a minha corrida desesperada para a sala de aula.

Eu tinha um dos meus cadarços desamarrados e sabia que, se não prestasse muita atenção em cada passo apressado dado por mim, eu iria visitar – e com muito estilo – o chão muito duro de concreto desse caminho.

Meu copo de café – provavelmente já frio – estava se agitando em minha mão e na frente dos meus cadernos, enquanto eu me preparava para fazer o desvio da minha vida da garota – também apressada – que vinha na minha direção, torcendo para eu não pisar em meus cadarços e me estatelar no chão para todo mundo ver.

Mas, contrariando todas as coisas e oportunidades para queda que são possíveis para mim, não sou eu quem tropeça nos próprios pés e vai de encontro ao chão.

Não.

Quem se estatela é a garota de quem eu iria desviar – se tudo desse certo – como o Michael Jordan desviava de seus oponentes.

Eu pensei em pular por cima dela, realmente pensei, e depois eu continuaria em meu caminho e conseguiria entrar na aula, mas aquela coisinha que nossas mães e pais ensinam aos meninos sobre como tratar garotas da forma certa – e eu devo dizer, todos deveriam aprender isso – me fez contrariar meu instinto de continuar fazendo a odiosa corrida, apenas para eu ver como ela estava e se precisava de alguma ajuda – mesmo que eu também fosse alguém precisando de alguma grande ajuda no momento.

— Hey, você tá legal? – eu perguntei, meio ofegante e me sentindo gelado com meu próprio suor, enquanto me abaixava para ajudá-la e de quebra ainda deixava algumas das minhas coisas caírem também.

Que grande ajuda eu era.

— Tá tudo bem – ela resmunga, arrumando-se para ficar sentada sobre seus joelhos e iniciar a coleta de suas coisas — É só o meu cumprimento, quase diário, ao chão e ao universo.

Eu não deveria ter rido, mas eu ri, porque tinha sido realmente engraçado.

Definitivamente era uma forma de ver o desastre que era a corrida ou o fato de ser destrambelhado.

— Conheço esse cumprimento – devolvo, ainda rindo, o que causa nela uma pequena careta misturada com um sorriso.

Eu não era lá o cara que era conhecido pela sua grande coordenação motora também.

Nós pegamos as suas coisas e depois eu pego as minhas coisas que eu tinha deixado cair na minha tentativa de ser o cara solícito e legal.

Isso nunca tinha funcionado muito bem para mim, mesmo. Mas até que dessa vez eu não tinha piorado a situação.

Depois disso, nós sorrimos nervosos um para o outro e voltamos para as nossas corridas desenfreadas.

Eu felizmente consegui chegar à sala de aula, ainda atrasado, mas não o suficiente para ser impedido de entrar, entregar e apresentar o meu trabalho.

Esse professor sempre gostava de olhar as primeiras e últimas folhas do trabalho, o que eu não entendia muito bem o motivo, mas… cada um com seu cada qual, não é?

Quando chegou a minha vez, eu fiz o de sempre: me levantei do meu lugar, fui até a mesa dele e lhe entreguei a pasta com o meu trabalho, me afastando alguns passos em seguida para esperar o seu aval.

— Senhor Cullen? – ele me chama, acenando com a mão, o que eu estranho na hora — Venha aqui um instante.

Eu olho nervoso para o resto dos alunos e vou para perto da mesa dele.

— Um pouco mais perto – ele pede, desta vez mais baixo.

E eu me aproximo e me inclino até estar tão próximo quanto é possível sem perder o conforto do meu espaço pessoal.

— O que houve, senhor Davis? – questiono preocupado.

Ele coça a linha do desenho da sua barba, fazendo uma careta e entortando a boca antes de perguntar, enquanto ajeita seus óculos:

— Quem é Isabella Swan?

Como?— eu disparo, ainda mais confuso.

O que tinha dado nesse professor?

Os produtos que ele usava para a barba tinham finalmente chegado ao seu cérebro?!

— Eu quero saber quem é Isabella Swan.

— Eu… não sei, senhor Davis – engasgo, olhando para ele com meu cenho franzido.

— Então me explique, por favor, o que o nome dela está fazendo no seu trabalho?

Oi?!— disparo alarmado, olhando dele para o trabalho — Deixe eu ver. – peço nervosamente, pegando a pasta com o trabalho logo em seguida.

A pasta não era a minha.

A fonte e o tamanho da letra não eram os meus, e nem o tema era o mesmo!

— Puta merda!


E foi exatamente assim que Isabella Swan entrou na minha vida.

E como eu disse: de uma maneira bem idiota.

Até hoje eu não acredito que nos conhecemos, nos tornamos amigos e depois namorados apenas por causa de um trabalho que nós trocamos na hora que eu fui bancar o cara legal e ajudar ela depois do seu tombo.

Eu nunca tinha sido o cara mais coordenado, eu estava mais para o tipo de pessoa que acertava cada parte do corpo, pelo menos três vezes, em cada objeto ou móvel que tivesse uma quina ou ponta para ser acertada.

Mas Bella?

Bella estava em um nível acima de mim no quesito descoordenação. Ela era capaz de tropeçar no próprio ar se estivesse em um dia ruim, e dia ruim em nossa língua era o tipo de dia em que precisávamos correr – como o dia que nos conhecemos.

“— Se nós estivermos juntos até lá e chegar a hora de termos filhos, vamos torcer para eles puxarem o equilíbrio e coordenação dos nossos pais.

Era o que ela costumava dizer ultimamente, o que me fazia rir e concordar, ao menos com a segunda parte.

Era essa primeira parte que estava realmente me apavorando. A parte do “se estivermos juntos até lá” era capaz de me causar calafrios tremendos nos últimos dias. Minha namorada parecia estar usando ela com muita frequência quando o assunto nos envolvia.

Eu não gostava de pensar na possibilidade de um futuro em que não estaríamos juntos. Era realmente horrível só de pensar!

Isabella Swan era a minha primeira namorada em muitos anos de vida. Não que eu nunca tivesse beijado uma garota antes ou que ainda fosse virgem. Eu sou um nerd desastrado e meio tímido, um pouco maluco por organização – isso quem diz são os outros, não eu – mas isso não significa exatamente que eu seja totalmente incapaz de falar com garotas.

Eu tinha Isabella Swan – uma mulher extremamente fantástica – como minha namorada, não tinha?

Ela pode ser a primeira com quem eu tive algo e momentos mais íntimos desde a minha primeira vez aos meus dezessete anos? Ela é, mas eu ainda tive alguma experiência antes de chegar na garota/mulher que era a personificação dos meus sonhos.

Com um espirro, eu volto para a minha realidade e para o que eu estava fazendo.

O dia dos namorados seria amanhã e eu estava uma verdadeira pilha de nervos – uma pilha que só parecia saber espirrar e fungar, mas, ainda assim, uma pilha.

Tudo o que eu queria era que esse dia fosse perfeito.

Era literalmente o meu primeiro dia dos namorados com Bella, e eu queria muito que fosse especial, para que assim viessem mais dias dos namorados comigo ainda sendo o namorado dela e, quem sabe, em um futuro próximo, o noivo ou o marido dela.

Isso era uma coisa que eu definitivamente queria que acontecesse.

Queria porque eu era completamente caído e apaixonado por Isabella Swan. Eu a amava.

Então o mínimo que eu podia fazer era tornar o nosso primeiro dia dos namorados inesquecível, para que ela soubesse disso.

Claro, além do fato de que eu pretendia dizer as três palavras neste dia também. Para não deixar dúvidas.

Eu estava aproveitando o um dia e meio de folga que tinha conseguido no trabalho naquela semana, apenas para tornar meus planos uma coisa mais real, e estava nesse exato momento dentro de uma floricultura escolhendo as flores favoritas de Bella para dar a ela no dia de amanhã e mais algumas para enfeitarem o meu apartamento para quando fossemos para lá no fim da noite.

Isto é, faríamos isso se todo o meu plano desse certo, o que eu realmente esperava que desse, porque eu seria capaz de surtar e ter um colapso nervoso caso o contrário acontecesse.

— Já sabe quais flores vai querer encomendar? – a jovem, muito jovem, e sorridente, muito sorridente, atendente me perguntou, fazendo com que eu saísse das minhas divagações para dar atenção a ela.

— Bom… ela gosta de lírios. Gosta muito. Não interessa muito a cor, desde que sejam lírios. Ela também gosta de rosas, mas eu não quero dar um buquê de rosas para ela, é muito clichê – eu divago, olhando novamente ao meu redor para todas as flores e fungando mais uma vez.

Por que mesmo eu tinha escondido o presente de Bella no sótão dos meus pais?

Ah sim. Porque minha namorada era uma curiosa insana.

Bella não podia ter a simples ideia de que alguém tinha um presente, um segredo ou uma novidade, que ela simplesmente perdia toda e qualquer noção de etiqueta ou educação e saía louca atrás de qualquer informação que pudesse dizer para ela onde estava e qual era o presente, segredo ou novidade.

Se bisbilhotar fosse considerado uma doença, Bella precisaria ser estudada ou deveria ser a primeira da fila para o tratamento.

E Bella simplesmente odiava quando eu tinha algo para ela, porque sabia, tão bem quanto dois e dois são quatro, que eu não diria ou mostraria para ela se não fosse a hora.

Isso sempre rendia alguns bons bicos e caretas zangadas da parte dela.

Eu adorava.

E tenho certeza que ela deve estar se remoendo para saber o que estou armando para amanhã e também deve estar se contorcendo para revirar todo o meu armário – ou todo o meu apartamento – em busca do seu presente. Como se eu fosse louco de deixar qualquer presente próximo dos dedinhos e da curiosidade impaciente dela.

Eu fiz isso uma vez para nunca mais!


O aniversário de Bella estava chegando e eu estava pirando um pouco sobre isso.

Era a primeira vez que passaríamos o aniversário de um de nós como namorados, já que, quando eu fiz minha casa de números se mudar para um algarismo maior, nós ainda estávamos na parte dos encontros.

Eu estava me apaixonando muito fácil por ela, cada dia mais e mais o sentimento todo parecia aumentar, mas por algum motivo – que eu ainda não sabia explicar – me declarar para ela estava sendo um bloqueio. Por mais que eu a adorasse e mesmo sentindo a coisa toda ser retribuída, ainda havia alguma coisa que me impedia de me declarar.

Talvez, o fato de ser tão recente fosse o meu maior empecilho.

O presente que eu tinha comprado para ela estava muito bem escondido dentro da minha gaveta de cuecas, onde nem a minha mãe tinha mais coragem de mexer desde que eu tinha contado para ela que tinha transado pela primeira vez. – Isso foi uma coisa que eu agradeci muito. – E já que o presente estava ali, não tinha como ninguém descobrir sobre ele antes de eu dá-lo para a minha namorada.

Eu iria conhecer o pai dela – oficialmente – hoje, já que ele viria para passar uma parte do dia com a filha e comemorar adiantadamente o aniversário dela, já que estaria de plantão na delegacia durante todo o fim de semana em que o aniversário de Bella cairia.

A mãe de Bella eu tinha conhecido de uma forma muito inusitada, que eu preferia lembrar que não tinha acontecido como foi. Eu preferia não pensar que a mãe da minha namorada tinha me pegado, muito animado, sobre sua filha no dia que ela tinha chegado de surpresa para uma visita à Bella.

Renée tinha levado muito bem a situação, uma coisa que eu não sei se o pai de Bella faria se tivesse sido ele a nos encontrar.

Eu cheguei ao apartamento que eu ainda era obrigado a dividir com Alice – e algumas vezes com o seu namorado irritantemente irritante – sentindo-me esgotado e louco para me jogar debaixo do chuveiro e então sobre minha cama.

Estava definitivamente esgotado com meu estágio extenuante na agência de publicidade somado à carga horária da faculdade que só estava pesando de uns tempos pra cá.

Com um suspiro eu passei pela porta, escutando alguns barulhos vindos da parte mais interna do apartamento. Era no mínimo Alice dando mais um de seus surtos sobre suas roupas para alguma festa ou evento do restaurante onde estava trabalhando atualmente.

Eu tinha descoberto, algum tempo depois de começar a ser amigo de Bella – mais especificamente uns dois meses depois disso – que Alice e ela eram amigas de uma “longa” data, graças a Emmett que era amigo de Bella das aulas que eles tinham juntos no curso que faziam na área da literatura, e minha irmã tinha conhecido Bella – que na época nem sonhava que eu existia, e vice-versa – através do grandalhão.

Que, por mais incrível que possa parecer, tinha algum afeto pelas palavras, tanto que fazia matérias extras no mesmo curso de literatura que Bella fazia.

Eu soube naquele dia que o mundo podia ser realmente pequeno.

Com um suspiro, eu larguei minhas chaves e carteira sobre o aparador perto da porta, colocando-as dentro de um cinzeiro decorativo de cristal que Alice tinha cismado em comprar e trazer para casa quando tinha ido passar suas férias com Emmett na Califórnia.

Os barulhos vindos da parte mais profunda do apartamento – a área dos quartos – continuava forte e agora realmente parecia ter uma pessoa furiosa lá dentro.

Sentindo-me esgotado, eu fui na direção do som, esticando minha coluna e meus braços pelo caminho, travando em meus movimentos quando descobri que os barulhos não vinham do quarto de Alice e sim do meu.

Franzindo o cenho, eu me aproximei lentamente da minha porta – que estava escancaradamente aberta – tomando cuidado para ser bastante silencioso em meus atos, quando o que eu vi me fez literalmente parar onde eu estava, completamente chocado.

Bella estava revirando a minha gaveta de cuecas!

A mesma gaveta que eu jurava que nem minha mãe era capaz de chegar perto.

Isso!— ela exclamou em um sussurro alto, como se não quisesse ser descoberta, quando pegou o pacote com o seu presente nas mãos.

Se ela não queria ser pega, deveria ter fechado a porta! — pensei irônico.

O sorriso que ela tinha nos lábios era orgulhoso e feliz.

Ela parecia uma criança na véspera de Natal que tinha visto o Papai Noel saindo de perto da árvore depois de deixar seus presentes.

Bella se ajoelhou no chão, ali mesmo onde estava, nem sequer me notando à espreita e pronto para dar um bote nela.

Ela tinha estragado a minha surpresa, droga!

Com todo o cuidado do mundo ela desembrulhou o pacote, deixando o papel que eu tinha insistido tanto para o cara da loja colocar, e que ele tinha feito com uma tromba do tamanho do Empire State.

Quando ela estava prestes a abrir a caixa com o presente, eu pigarreei, vendo ela pular assustada e lançar a caixa para longe de suas mãos como se isso fosse mudar o fato de que ela tinha bisbilhotado profundamente.

Aonde ela tinha fuçado além da minha gaveta de cuecas? Será que ela tinha achado a caixa de camisinhas que eu tinha comprado para estrear – especialmente com ela quando fosse a hora – e que eu escondia de Emmett e de Alice no fundo do fundo do meu armário?

Eu esperava realmente que não.

— Oi, Ed! – ela falou com sua melhor cara de inocente, parecendo uma criança malcriada que foi pega no flagra, sorrindo e corando ao me olhar.

Ela estava de pé num segundo.

— Bonito, não é, dona Bella? – ralho, cruzando meus braços e dando alguns passos para dentro do meu quarto e para perto dela — Muito bonito.

— Desculpa – ela pede acanhada, arriando os ombros e me olhando por sob os cílios.

Droga!

Ela me tinha na palma da mão, praticamente.

— É que você não me dizia o que era, e eu estava tão curiosa! Eu vim com a Alice pra cá, mas aí ela teve que sair pra ajudar com um problema do restaurante e me deixou ficar aqui pra esperar você, aí eu tentei resistir, sabe? – ela tagarela sem parar — Mas não deu, e então… eu achei o presente. – finaliza, vindo para bem perto de mim de uma forma muito acanhada.

— Essa é a última vez que digo que te compro um presente. – declaro, passando meus braços pela cintura dela — Eu deveria ter escutado o que sua mãe e seu pai me disseram sobre você e sua impaciência curiosa.

— Eu não faço mais, prometo! – ela tenta, sorrindo grandemente para mim e me abraçando de volta.

— É bom não fazer mesmo, ou eu nunca mais te dou um presente de verdade.

Ela bica meus lábios com os dela e sorri mais uma vez.

— Nunca mais!


Mas ela tinha feito, mesmo prometendo, a curiosidade e a impaciência de Bella sobre essas coisas era mais forte do que sua vontade de se manter fora da possibilidade de não ganhar mais presentes.

Minha mãe e minha namorada podiam dar as mãos e correrem juntas pelo campo em busca do arco-íris brilhante, quando o assunto era a curiosidade e a impaciência delas sobre presentes elas podiam totalmente fazer isso.

Eu também não tinha sido muito fiel à minha palavra de não dar mais presentes, mas em compensação eu tinha descoberto novos esconderijos para cada um deles.

O último tinha sido o sótão da casa dos meus pais.

Mas eu estava começando a me arrepender de ter escondido o presente lá, tudo por causa dessa coceira idiota no nariz que não queria me largar de forma alguma.

— Nós temos uma boa quantidade de variações de buquês de lírios, gostaria de ver alguma? – a muito jovem e muito sorridente moça que estava me atendendo perguntou mais uma vez.

— Claro, quero sim.

Eu sorrio de volta, agradecido, fungando e coçando meu nariz em seguida, para depois espirrar.

A garota me olhou de um jeito engraçado depois que eu fiz isso.

Eu acabei ignorando.

— Vou querer também algumas rosas, mas não em buquê, estou mais interessado nas pétalas delas – acrescento.

— Certo.

Ela então me indica o caminho para o balcão, e eu só me sinto piorar no meu estado desesperado de fungar, pelo o que agora me parece ser a vigésima vez em menos de um minuto.

Eu realmente não me lembrava disso já ter acontecido antes.

— Está tudo bem? – a atendente perguntou, olhando-me da mesma forma estranha de antes.

Eu devo estar com o nariz de um palhaço.

— Sim, sim. Estou. – falo com descaso, mais interessado nas flores e no fato de que eu tinha tido sorte em encontrar uma floricultura que ainda estava aceitando pedidos grandes para o dia dos namorados. — Vamos ver os lírios. – peço quase desesperado.

Afinal, eu ainda tinha coisas para planejar e não podia deixar Bella ficar sabendo antes da hora.

[…]

Eu finalmente cheguei ao meu apartamento quando já passava das seis horas.

Apartamento este que era finalmente meu, e não mais meu e de Alice – e convenientemente de Emmett – desde o Natal, quando ela tinha dito que iria se mudar para viver com o namorado.

Eu apenas não tinha soltado alguns fogos de artifício em comemoração por respeito à carranca do meu pai e às lágrimas que surgiram nos olhos da minha mãe naquele dia.

Mas se não fosse isso, eu teria dado uma festa para comemorar – claro, se eu não odiasse a bagunça que a casa ficava a cada vez que uma festa era dada perto de qualquer universitário.

Tinha uma música animada soando pelo ambiente, meio abafada, porque provavelmente estava vindo da cozinha, do mesmo lugar de onde um maravilhoso cheiro estava vindo – mas que graças ao meu nariz implicante eu não estava sentindo muito bem – e essa maravilha toda era sinal de que Bella tinha feito o uso da chave que eu tinha dado a ela quando fizemos seis meses de namoro.

Ela estava na minha casa, que podia ser nossa em algum momento, se ela aceitasse e se ela correspondesse o meu “eu te amo” quando eu o dissesse amanhã.

Caminho na direção da cozinha já sentindo o sorriso que surge no meu rosto.

Sinto até aquelas batidas erráticas do coração, como se ele estivesse tão feliz por eu estar para ver Bella que ele mal podia se segurar em seu lugar para esse momento.

Na primeira vez que isso tinha acontecido eu achei que estava tendo algum tipo de infarto e quase me preparei para partir dessa para uma melhor.

Isso tinha acontecido um mês antes de eu perceber o que estava acontecendo e finalmente criar coragem para chamá-la para sair comigo.


Emmett tinha aparecido de surpresa no apartamento.

Mais uma vez.

Eu já deveria ter me acostumado, mas acho que isso nunca iria acontecer, não enquanto minha irmãzinha terrorista também obtivesse o controle de quem podia passar pela porta da nossa casa.

Mas dessa vez a coisa tinha sido diferente.

Assim que ele passou pela porta, eu fui arrancado do meu confortável lugar no sofá pelo o que me pareceu ser o próprio Rambo em seus dias de guerrilha e fui empurrado – sem entender absolutamente nada – até o meu quarto e em seguida até o meu banheiro. 

— Se arrume, Cullen Cunhado! – Emmett praticamente me ordenou enquanto me empurrava para o banheiro.

Eu tive roupas jogadas em cima de mim logo em seguida.

— A Bells nos intimou para ir ao cinema – ele anuncia — E isso significa que, esta noite, você e aquele sofá não serão a companhia um do outro!

— Coloque a roupa que te dei! – Alice exige antes de bater fechada a porta do banheiro.

Eu apenas pisco, porque, sinceramente, eu não tinha entendido corretamente uma palavra sequer do que tinha sido dita após o nome da garota que meio que estava dominando meus pensamentos nos últimos três meses.

As palavras tinham entrado, mas serem processadas era outra história.

Banho…

É. Acho que alguma coisa sobre isso tinha sido dita.

Depois de algum tempo, e de algumas batidas muito ansiosas da minha irmã na porta do quarto, eu finalmente tinha ficado pronto para ir… aonde quer que Emmett tinha dito que nós iríamos com a Bella.

Eu fui no carro com eles, porque não fazia muito sentido – na minha cabeça – usar mais um carro quando nós três estávamos indo para o mesmo lugar, mesmo que isso significasse eu ir espremido no banco de trás do jipe de Emmett.

Definitivamente estas coisas não foram projetadas para levar mais de duas pessoas, e com certeza, se for para ter um terceiro passageiro, esse não pode passar do tamanho de Alice.

O que era uma coisa que muitas pessoas conseguiam passar facilmente.

Assim que chegamos lá – e com eu quero dizer o cinema (eu tinha finalmente descoberto) – Emmett estacionou na vaga que tinha disponível – vaga essa que, coincidentemente, era ao lado do carro de Bella.

Ter a noção de que ela realmente estava aqui, fez alguma coisa estranha com o meu peito, ou com o meu estômago.

Eu estava me sentindo enjoado.

Nós descemos e eu os segui para onde eles disseram que Bella estava e a coisa estranha aumentou um pouco. Meu coração parecia estar falhando e isso me assustou como só um alienígena pulando na tela é capaz de fazer.

Eu estou morrendo?!

Assim que chegamos à entrada do cinema e meus olhos localizaram o corpo encasacado do tamanho ideal para mim, com aquele rosto que era tão… tão gravado na minha cabeça, eu senti algo no meu cérebro acontecer, e meu coração pareceu ser capaz de parar ali mesmo.

Meu Deus! Eu estou enfartando!

Bella nos enxergou e quando eu percebi que os olhos dela estavam em mim e que ela sorria ainda mais, eu realmente senti que tudo em mim tinha parado.

Eu tinha morrido. Era isso.

Mas, se isso tinha mesmo acontecido, por que eu ainda estou andando e vendo Bella sorrindo como uma estrela brilhante?

Eu tive que resistir muito à vontade de olhar para trás, por sobre o meu ombro, para ter a certeza de que meu corpo não tinha ficado para trás e que eu não continuava andando pelas ruas como Patrick Swayze em Ghost.

Minhas dúvidas foram anuladas quando Bella me abraçou e beijou minha bochecha para me cumprimentar.

O nariz e os lábios dela estavam gelados, combinando com a noite gelada que estava fazendo, mas eu nunca me senti tão quente antes, como eu me senti naquele momento.


Parei no batente da entrada da cozinha, recostando-me à porta e cruzando meus braços apenas para observar minha namorada cozinhar e dançar desengonçada a música que tocava.

Ela ainda arriscava algumas notas, errando uma palavra ou outra, o que me fez sorrir ainda mais.

Bella tinha se tornado a minha melhor amiga e a melhor coisa que eu tinha todos os dias. Você sabe, a coisa que torna todas as cores mais vibrantes e todas essas coisas que são ditas nos filmes e livros de romance sobre encontrar a pessoa certa.

E esse era um dos maiores motivos que me faziam amá-la cada vez mais, a cada segundo que passa.

Eu estava totalmente parado, de quatro pneus arriados e motor batido, na dessa garota… na dessa mulher fantástica, e estava muito feliz por isso.

— Está gostando do show, Ed? – ela pergunta divertida, virando-se para mim com um enorme sorriso no rosto, os olhos brilhantes e uma colher de pau suja de molho na mão.

Eu apenas consegui sorrir ainda mais.

Bella não era a pessoa mais atenta para andar – assim como eu não era – mas o que ela perdia nessa parte ela ganhava de atenção ao seu redor.

Ela parecia ter um radar para o fato de não estar mais sozinha, a capacidade de pescar as coisas no ar, e acho que era por isso que ela sempre conseguia perceber quando eu tinha algo para ela.

Parecia ter um imã para elas.

Com meu sorriso estampado em meu rosto – e meu nariz coçando um pouco, para variar – eu me aproximo totalmente dela, eliminando toda a distância que nos separa, e adorando quando ela larga a colher na panela e me abraça pelo pescoço me recebendo com um muito, muito, muito apaixonado beijo.

— Oi – eu digo sorridente e ofegante assim que nossas bocas se separam.

Bella morde o lábio, sorrindo por entre o ato.

— Oi – responde, beijando-me mais uma vez — Você demorou hoje. Aconteceu alguma coisa?

— Não. Tudo bem. Um pouco de trânsito.

Bico os lábios dela, querendo um pouco mais de sua atenção e de seus beijos.

Além de ter sentido saudades da minha namorada e dos carinhos dela, o fato de estarmos nos beijando impediria que ela fizesse perguntas para tentar arrancar de mim alguma coisa sobre amanhã.

Eu estava fingindo ignorar o fato de o dia dos namorados estar chegando desde o início do mês, não podia falhar agora.

E eu estava pronto para aprofundar o beijo quando tive que desviar e me afastar dela para espirrar, o que quase me fez bater com a cabeça no armário sobre a pia que estava ao meu lado.

— Você tá bem? – ela perguntou preocupada, mas eu sabia que ela parecia estar segurando o riso.

Ela simplesmente não sabia não rir quando uma coisa assim acontecia.

Eu era o expert em acertar móveis e objetos com qualquer tipo de quina enquanto ela era a mestre dos tropeços no ar. Isso nos tornava os complementares um do outro.

Prefeitos na nossa descoordenação.

O pensamento quase me fez rir.

— Tô – respondo depois de fungar pelo nariz — Eu acho que é uma reação alérgica atrasada por eu ter ido ao sótão dos meus pais ontem.

— E o que você foi fazer lá? – ela perguntou e eu pude notar na sua voz, mesmo ainda atordoado pelo espirro, a curiosidade quase dissecadora dela.

Felizmente, eu já tinha a resposta pronta, e eu a dei depois de mais um espirro:

— Eu fui procurar uma coisa que eu achei que estava lá, mas eu não achei.

— E o que era tão importante para fazer você ir procurar no sótão da sua mãe? – pergunta rindo quando eu fungo mais uma vez e solto o ar pela boca.

Eu espirro de novo e dessa vez eu acerto o armário com a minha cabeça, fazendo um grande barulho.

Outch! Merda! – exclamo, levando minha mão ao local ferido.

Droga, eu teria um bom galo em breve.

Escuto o riso que Bella tenta segurar, mas seus olhos e suas mãos sobre a boca a denunciam e mesmo com dor eu rio também.

Isso era tão a minha cara.

— Vem, vamos te colocar longe das quinas – ela pede entre algumas risadinhas, guiando-me para fora da cozinha.

Ela olhava atentamente para o chão para evitar tropeçar.

E na ida isso foi muito eficiente, mas na volta ela sentiu o cheiro de algo que estava passando do ponto e foi correr desesperada para a cozinha, o que resultou em uma topada no sofá e um tropeço no ar enquanto ela corria manca para a cozinha.

Isso é tão a nossa cara…

♥♥♥♥

Eu acordei com o som da campainha tocando.

O que, traduzindo para mim, significa que eu acordei no susto e caí da cama.

Eu fui tropeçando e cambaleando, coçando meus olhos para afastar o sono da melhor maneira, enquanto vestia uma calça qualquer que eu tinha deixado jogada sobre a guarda da cama depois de ter ido deitar com Bella ontem.

Não era a coisa mais higiênica ir atender a porta sem ter passado pelo menos uma água na boca, mas a pessoa estava parecendo muito impaciente.

Eu nem tinha ideia de que horas eram!

Bella geralmente me acordava na hora que ela acordava, mesmo que eu tivesse folga, mas hoje ela não tinha feito isso, então eu não tinha ideia de que horas podiam ser. Já podia ser o dia quinze de fevereiro, e eu tinha perdido o dia dos namorados e o meu grande momento de fazer Bella ter certeza dos meus sentimentos por ela.

Isso me deixou mais apressado em ir atender a pessoa impaciente.

Abri a porta no momento exato que a pessoa do outro lado estava erguendo a mão para empurrar seu dedinho pesado contra a minha campainha novamente.

Era o meu porteiro acompanhado de um entregador com três grandes caixas de papelão, todas do formato das caixas de televisão modernas.

— Senhor Edward, que susto! – Tate, o meu porteiro, suspirou com muito alívio assim que me viu — Achei que tivesse acontecido alguma coisa.

As rugas de expressão agravadas pela idade, pareciam ter ganhado mais algumas amigas enquanto ele tocava a minha campainha.

— A senhorita Bella disse que deixou o senhor dormindo por não ter se sentido bem ontem, achei que pudesse ter acontecido algo quando não atendeu ao interfone.

— Desculpe, Tate – peço, passando a mão no rosto e na frente da boca em um teatro da tentativa de disfarçar o meu muito provável mal hálito. — Eu apaguei como um dopado. O que aconteceu?

O senhor de idade sorriu paternalmente antes de apontar para o cara com as caixas atrás dele.

— Entrega especial para o senhor. Da floricultura.

Meus olhos estalam abertos e o sono some.

Eu não perdi o dia! Isso!

Eu deixo o entregador entrar e ele coloca as caixas sobre a mesa de centro – a nossa armadilha decorativa que tinha alguma utilidade – antes de se voltar para mim e me dar o recibo para ser assinado.

— O primeiro buquê de lírios já foi entregue? – pergunto quando entrego a prancheta de volta.

— Minha próxima parada é a biblioteca.

Ele estava indo exatamente para o trabalho de Bella, onde ela estaria hoje por meio período.

Eu sorrio e aceno positivamente, buscando uma gorjeta para o entregador antes de guiá-lo para fora do apartamento.

Eu corri para o banheiro em seguida, para tirar os resquícios de sono de mim e então colocar minhas mãos na massa.

Ou nas rosas.

[…]

Depois de terminar de arrumar as rosas pelo apartamento, eu fui para a casa dos meus pais na cidade vizinha.

Eu precisava pegar o presente de Bella e ter a certeza de mantê-lo seguro comigo até a hora de buscá-la no apartamento – que ela dividia com Angela, a melhor amiga dela desde o colegial – para a nossa noite.

O cartão no primeiro buquê tinha as primeiras instruções para ela, o segundo buquê tinha o restante das instruções e um pouco dos meus sentimentos por ela sendo expressados em algumas palavras.

E com isso eu tinha algum tempo antes de ela começar a se morder de ansiedade e curiosidade.

Foi meu pai quem me recebeu, mesmo que eu estivesse achando que ele fosse estar escondido em algum lugar romântico com a minha mãe, fazendo qualquer coisa que eu não gostaria de imaginar meus pais fazendo.

— Oi, pai! – eu falei apressado, abraçando ele rapidamente antes de correr para as escadas.

Eu apenas pude escutá-lo rindo atrás de mim enquanto eu corria para a entrada do sótão, já sentindo meu nariz voltar a coçar e o fungar querendo se fazer presente novamente.

A culpa disso estava definitivamente nesse sótão. Fato.

— Vai precisar de alguma ajuda aí, Mister Magoo?— papai pergunta em um tom de voz mais elevado.

Ele sempre teve essa coisa de me chamar de Mister Magoo quando queria ser engraçadinho ou implicar comigo, por causa da minha capacidade de ser tão desastrado e desatento quanto o personagem que carrega esse nome.

Sua nova felicidade agora era dizer que eu tinha encontrado a minha senhora Magoo, com a qual ele esperava que eu tivesse criancinhas Magoo em algum momento do futuro – desde que nós estivéssemos estáveis e que já tenhamos concluído a faculdade.

— Não pai. Obrigado – grito de volta — Mas seria bom mandar dar uma geral aqui – ofereço — Você pode intimar o Emmett para isso e castigar ele um pouco.

Ouço meu pai rir alto de onde ele está.

O que me faz rir também enquanto procuro o presente de Bella que escondi aqui.

— O que está procurando? – papai pergunta surgindo ao meu lado e quase me fazendo ter um troço.

Mas por sorte eu só bato a minha cabeça.

De novo.

— O presente da Bella. Eu escondi aqui – respondo esfregando o novo local machucado.

Outch!

— E ela não colocou seu apartamento de cabeça para baixo procurando por ele?! – papai perguntou surpreso e divertido.

— Se ela fez, arrumou tudinho no melhor tempo dela – comento rindo e indo até onde eu me lembrava de ter colocado o presente, muito bem embrulhado e possível de ser visto por mim — Isso! – exclamo quando acho o móvel antigo que eu tinha usado de esconderijo.

Abro a gaveta e paro.

— Cadê… cadê o pacote daqui?! – pergunto desesperado.

— O presente estava aí?!— papai pergunta com olhos grandes para mim.

— Estava… Por quê? – pergunto desconfiado.

— A sua mãe disse que tinha achado o meu presente e que tinha amado. Eu acho que ela pode ter pegado o presente da sua namorada, filho.

Puta merda!

Eu precisava realmente descobrir uma associação para cuidar de pessoas curiosas e bisbilhoteiras ao extremo.

— Onde a mamãe tá, pai? – peço desesperado.

— Lá fora, no jardim, mas…

Eu sequer deixo que ele termine de falar, correndo para fora do sótão o mais rápido que posso sem atingir a clichê proeza de me arrebentar.

— Edward! – ainda o escuto me chamar, mas eu tinha uma missão mais importante agora: recuperar o presente da minha namorada.

Minha mãe estava exatamente onde meu pai tinha dito que ela estaria.

Meu espirro foi o que chamou a atenção dela, felizmente não foi o tombo que eu quase tinha levado quando estava correndo para sair para os fundos da casa.

— Ed, querido, o que houve? – ela perguntou preocupada, mas com um sorriso, levantando-se e vindo para perto de mim e beijando meu rosto.

Eu estava parecendo um asmático em meio uma crise e ela estava suada e cheirando a terra e flores.

— O pre… o presente – eu engulo, buscando ar desesperadamente pela boca já que meu nariz parecia completamente fechado — O presente…

— Que presente, filho? – pergunta confusa.

— Na… na do sótão…

Aponto cegamente para a parte mais alta da casa, enquanto respiro com dificuldade, tossindo um pouco e sentindo meu nariz coçar horrivelmente.

— Ah! O presente do seu pai – ela chega à conclusão sorrindo para mim — Ele é lindo, filho, mas você não precisava ter vindo desesperado desse jeito apenas p…

Eu balando a cabeça negando, a interrompendo logo em seguida.

— Não… não do papai – eu ofego, buscando um pouco mais de ar para meus pulmões que estavam queimando — Meu – eu engasgo — Meu pra Bella.

Deus, eu preciso fazer mais exercícios.

— O que?

— O presente, mãe! Cadê?! – peço em um fôlego só.

— Está no meu quarto, p…

Eu não espero minha mãe terminar de falar e corro de volta para o interior da casa.

Cada segundo que eu não tinha esse presente em mãos era um segundo a menos que eu tinha para fazer tudo e ainda evitar que Bella descobrisse a surpresa.

Meu pai iria me agradecer, porque ele iria poder dar o presente certo para a minha mãe.

Esse presente que ela tinha achado já tinha uma dona, uma dona que esteve namorando esse presente em especial por semanas, e eu tentei ser atento o suficiente para pegar todas as suas dicas e um pouco mais.

Eu invadi o quarto dos meus pais com tudo, tossindo e espirrando e fazendo tudo na mais alta velocidade que essas minhas pernas nerds e sem muita coordenação – e com um quase sedentarismo – estavam me permitindo.

Assim que entrei, eu avistei a caixa do presente desembrulhada e aberta sobre a penteadeira da minha mãe.

Os brincos de Bella brilhando lindamente ali junto do cordão delicado que eu tinha escolhido para combinar.

Isso!— eu comemorei assim que tinha o presente inteiro e quase intacto nas minhas mãos.

Agora era ir para casa e confirmar tudo o que eu precisava para ter o meu dia dos namorados perfeito com a minha namorada que era simplesmente perfeita para mim.

[…]

Coçando meu nariz, pelo o que me pareceu ser a milésima vez, eu parei meu carro na frente da entrada do prédio de Bella.

Estava na hora.

Eu nem consigo acreditar que finalmente iria acontecer. Tudo estava perfeitamente certo e dentro do horário.

O presente estava escondido sob meu banco e tudo iria dar certo.

Como o planejado.

Saí do carro no momento que Bella saía pelo portão do seu prédio.

Ela estava infinitamente linda e perfeita, como ela sempre estava, seja de pijamas de bolinhas – ou do Darth Vader— toda descabelada, ou em trajes como o dessa noite.

Seu sorriso era enorme quando ela chegou perto de mim e me abraçou pelo pescoço, beijando-me mais apaixonada do que já tinha beijado antes. Nem o fato de eu estar fungando como um aspirador e com meu nariz vermelho como o de um palhaço pareceram ser capazes de diminuir a sua alegria e felicidade.

— Você não esqueceu – ela falou emocionada, beijando-me mais uma vez logo depois.

— Claro que não! É nosso primeiro dia dos namorados, eu nunca esqueceria. – declaro, beijando-a em seguida.

— O primeiro de muitos? – pergunta timidamente, olhando-me daquela maneira que me faz ser capaz de qualquer coisa por ela.

— No que depender de mim, com certeza será o primeiro de muitos.

Ela sorri beijando-me mais uma vez antes de me abraçar.

— No que depender de mim também, Ed. 

Isso tinha expulsado a insegurança do "se".

E eu gostei disso.

Eu sorrio grandemente para isso, apertando-a um pouco mais em meus braços antes de ser obrigado a nos afastar para podermos entrar no carro e seguirmos para o restaurante.

Mesmo relutante, eu fiz isso, ou acabaríamos perdendo a reserva.

Era o restaurante favorito dela, o mesmo restaurante onde eu a tinha levado no nosso primeiro encontro.

Isso dizia um pouco mais sobre o meu sentimento por Bella, eu esperava que ela pegasse isso com a sua super-habilidade de captar as coisas no ar.

[…]

— Eu não acredito que você conseguiu reservas para nós hoje, aqui!— Bella comenta animada e sorridente enquanto somos guiados pela hostess para nossa mesa.

Sorrio para isso, beijando-a na bochecha depois de puxar a cadeira para ela.

— Reservei com antecedência. – digo simplesmente, dando levemente de ombros para o meu esforço sobre esse dia.

Somos deixados pela hostess em nossa mesa, com o anúncio dela de que teríamos o nosso garçom chegando em breve.

Bella e eu aproveitamos o tempo para falarmos do nosso dia e de como ele tinha sido até nos encontrarmos, eu mantive algum mistério sobre o resto da nossa noite e sobre o seu presente – que ainda estava sob o meu banco no carro, muito bem escondido.

— Eu adorei as flores. Obrigada – ela diz, sorrindo e mordendo levemente o lábio inferior depois disso.

— Não por isso, minha curiosa.

Bella joga a cabeça para frente e ri, puxando-me junto para o riso.

Ah, eu realmente amo essa mulher!

Fizemos nossos pedidos assim que o garçom chegou até nós, já sabíamos exatamente o que iriamos comer, e, assim que nós os tínhamos, nos colocamos a comer enquanto trocávamos sorrisos e alguns carinhos misturados com algumas provocações para a noite que seria toda nossa.

Ela está tão sorridente e tão bonita!

Eu simplesmente não conseguia parar de olhar para ela, mesmo que eu estivesse fungando cada vez mais, e que agora meus olhos estivessem coçando e ardendo como se eu tivesse passado minhas mãos sujas de pimenta sobre eles.

Eu já tinha feito isso uma vez, então eu sabia bem qual era a sensação. Nada agradável.

— Você está bem, amor? – ela perguntou de repente, olhando-me muito confusa, parecendo até preocupada.

Meu Deus! Ela me chamou de amor!

Eu sou obrigado a pigarrear para responder.

— Estou, por que? – pergunto; minha voz soando estranha até para mim.

A careta de Bella ficou pior.

— Porque você não está me parecendo nem um pouco bem. – ela contrapõe — Parece que alguém enfiou os dedos nos seus olhos e depois os socou, e sua boca está roxa, Ed.

Eu tusso.

— Sem falar disso. – ela aponta; o cenho franzido em preocupação.

Eu nego com a cabeça, balançando a mão em descaso.

— Bobag… – eu tento dizer, mas minha voz some antes que eu possa terminar a palavra e eu olho apavorado para a minha namorada.

Minha Nossa Senhora! Como eu vou falar dos meus sentimentos pra ela agora?!

Puta merda! Eu deveria ter dito no cartão, ou quando a peguei na casa dela… por que não fiz isso?!

Porque simplesmente não era o momento perfeito. Droga.

— Ed? Edward? – ela chama de olhos arregalados.

Eu aponto desesperado para a minha garganta quando eu começo a tossir desesperadamente.

Bella levanta no mesmo instante da sua cadeira, chamando o garçom que vem as pressas.

— Me ajuda a levar ele para o carro! – ela implora chorosa.

E eu entro em ainda mais pânico.

Que merda está acontecendo comigo?!

Bella entrega seu cartão de crédito para o garçom falando alguma coisa para ele que eu não entendo porque estou mais ocupado tossindo e coçando meu nariz como um condenado.

[…]

— Tem alergia à alguma coisa? – o médico me pergunta, enquanto eu estou deitado na maca da emergência, tossindo como se eu fosse colocar meus pulmões para fora.

Eu apenas olho para ele sem conseguir parar de tossir.

Que maravilha!

— Eu… eu não me lembro – Bella balbucia nervosamente — Eu sei que ele tem alergia a algum tipo de flor, mas eu não lembro qual é. Eu nunca o vi assim antes! – continua, ainda mais nervosa.

Nem sei como tínhamos chegado ao hospital.

— Eu vou colocar ele no oxigênio e esperar os pais dele para podermos saber que tipo de medicação administrar.

E, menos de dois segundos depois do médico terminar de falar, meus pais entram correndo na ala que eu me encontro.

Eles pareciam ter acabado de sair de uma máquina do tempo vindos direto dos anos oitenta e eu juro que se eu não estivesse tossindo tanto e com tanta dificuldade em respirar, eu teria rido da cena.

Se isso era a noção de romance e presente sensacional do meu pai para o dia dos namorados, eu estava feliz por não ter escutado muito dos conselhos dele sobre como presentear uma namorada.

— O que houve?! – mamãe perguntou ofegante.

Eu esperava que isso fosse algum produto dessa minha crise, porque eu juro que estava vendo um cabelo laranja muito armado na minha mãe.

Minha única reação foi continuar tossindo enquanto ria desesperadamente na minha cabeça.

Meu Deus, o que aconteceu com meu plano perfeito de dias para poder dizer eu te amo pra Bella?!

Eu só podia ter vindo parar em um mundo paralelo e imaginário. Tenho certeza que ainda estava em casa dormindo esperando Bella me acordar para o dia. O dia que seria perfeito!

— Os senhores são? – o médico pergunta com um olhar um pouco entediado sobre meus pais, como se isso (eles vestidos como pessoas dos anos oitenta) fosse normal e acontecesse todos os dias.

Certo.

Em algum momento vai entrar um duende montado em um unicórnio.

É a única coisa que me explica isso.

A mão de Bella entrou em contato com a minha e através da minha visão borrada eu pude ver que ela estava se segurando muito para não rir.

Ela chegava a estar vermelha.

Mas mesmo estando achando muita graça na situação, seus olhos ainda eram muito preocupados na minha direção. Em outro momento, eu teria parado apenas para reparar no quanto os olhos chocolates dela pareciam uma piscina na qual eu queria muito mergulhar, mas, infelizmente, agora não era um bom momento para eu reparar no quanto a minha namorada é bonita.

— Somos os pais dele. – papai responde — O que aconteceu?

— Bom, o filho de vocês parece estar em uma reação alérgica que o está deixando assim. Ainda não é tão grave, mas se não tratarmos a situação pode ficar pior.

Alérgica?— mamãe pergunta confusa, olhando para mim com uma careta brava.

— Exatamente. Ele tem alergia a flores, certo?

— Sim, gardênias e girassóis. – é papai que responde enquanto mamãe parece muito ocupada em me encarar brava por eu estar tendo uma crise alérgica à uma coisa que eu nem lembrava de ter alergia.

— O senhor esteve em contato com alguma destas flores recentemente?

Aceno positivamente.

— Quando? – insiste.

Floricul… cultura. Ontem – respondo com esforço; minha voz parecia a de uma pessoa que estava sendo estrangulada naqueles filmes de dublagem ruim.

— E hoje quando visitou o jardim da nossa casa atrás da mãe. – papai completa, fazendo-me franzir o cenho.

Agora todos os avisos sobre ficar distante do jardim, depois de eu ter saído para a faculdade, faziam sentido.

— Certo. Vou providenciar a medicação. – anuncia antes de sair.

[…]

— Bonito, não é? – mamãe resmunga — Quase vinte e três anos nas calças e não sabe ao quê você tem alergia, Edward?

Eu apenas consigo rir.

O médico já tinha me aplicado a minha medicação e eu estava achando tudo muito ridiculamente engraçado.

Antialérgicos causam reações estranhas nas pessoas e ter a minha mãe vestida como uma tiete dos anos oitenta, com seu cabelo laranja berrante e armado também não estava me ajudando.

Mamãe tinha sido a única a ficar no quarto comigo, para me dar uma bronca.

Como se fosse minha culpa ela ter catado o presente da minha namorada e de quebra ainda ter um jardim das flores que sou alérgico.

Papai estava conversando com o médico e Bella teve que sair logo depois de o remédio ter sido dado para mim. Afinal saímos sem nem pagar a conta.

Que desastre tinha sido! A noite que era para ser perfeita se transformou em uma projeção de perfeição para em seguida se transformar em uma corrida ao hospital e num jantar sem pagar.

Que maravilha!

Pensar nisso me deu vontade de chorar, mas eu não conseguia parar de rir.

Eu tinha me transformado num poço de risos sem motivos. Terrível.

Por que eu não podia ter sono, como as pessoas normais?


— Cadê a Bella? – eu pergunto de repente, para ninguém em especial, mesmo que meu cérebro soubesse onde está.

Ironicamente, eu tinha dormido e minha boca parecia ter ganhado vida própria com isso.

— Estou aqui! – a voz dela me anuncia sua presença.

Eu sorrio lerdo, procurando ela ao meu redor.

Ela caminha na minha direção, sorrindo e…

Poxa vida! Ela é tão linda!

Eu estendo meus braços para ela, recebendo-a em meu abraço. Seu nariz gelado entrando em contato com a pele do meu pescoço e fazendo todo o meu corpo se arrepiar com o contato.

Aperto-a um pouco mais em meus braços, sentindo que ela me aperta de volta.

Os espirros tinham finalmente sumido e meu nariz se parecia funcionalmente do mesmo jeito que era antes de eu ir até a casa dos meus pais e então entrar na floricultura.

Era bom estar respirando e podendo sentir o cheiro da minha namorada de novo, tudo da maneira correta.

E eu estava para fazer isso quando ela se afastou e cravou seus lindos olhos de chocolate no verde grama dos meus.

— Nunca mais me assuste desse jeito, ouviu? – Bella me repreende, olhando seriamente para mim.

A ordem do remédio foi rir, mas eu estava conseguindo retomar o controle da parte divertida do meu corpo.

Então eu apenas sorri para ela, sentindo-a tremer nos meus braços em resposta.

— Pode deixar, amor, agora está gravado na memória e vou pedir flores só por telefone – garanto docemente, vendo seus olhos brilharem fortemente assim como um lindo e grande sorriso se abrir em seu rosto.

— Por um momento, eu achei que não fosse conseguir chegar a tempo e então você…

— Do jeito que você corre? – gracejo, sorrindo para ela e ganhando uma careta em resposta assim como um olhar malvado — Eu não pretendo ir para nenhum lugar que seja longe de você.

Os olhos dela brilham e eu sinto os seus dedos por entre as mechas do meu cabelo.

— Eu te amo, Bella.

O sorriso dela é enorme em resposta.

Eu até mesmo a sinto dar pulinhos felizes entre os meus braços e colada à cama. Posso jurar que ela estaria dando alguns gritinhos também, se não estivéssemos em um hospital, com certeza ela faria isso.

— Você demorou demais pra dizer! – ela exclama animada, beijando meus lábios rapidamente em seguida.

— Eu estava esperando o momento certo – me defendo — Tentei ser romântico.

Ela ri, beijando-me mais uma vez em seguida.

— Mas não era exatamente isso que eu estava esperando ouvir… – faço bico.

— E o que você estava esperando ouvir, hm?— pergunta com um sorriso matreiro.

Eu aperto os lábios displicentemente, encolhendo meus ombros como quem não quer nada.

Mas eu queria. Porcaria, eu queria muito!

— Talvez… que você sente a mesma coisa? – arrisco.

Bella ri um pouco, seus olhos brilhando lindamente antes de ela estreitar ainda mais seus braços ao meu redor.

— Eu já disse que te amo – responde.

Um olhar matreiro e de alguém que sabe de algo está em seu rosto.

— O que? – questiono confuso — Quando?!

— Há uns dois meses.

— E onde eu estava quando você me disse isso?! – indago, ainda em choque.

— Você estava dormindo – responde timidamente, mordendo o lábio inferior em seguida.

Seus olhos estão sorrindo divertidamente.

Ah!— exclamo de sobrancelhas para cima — Você sabe que declarações e qualquer tipo de conversa deve ser estabelecida quando ambas as partes estão acordadas, não sabe?

Ela simplesmente ri, vindo me beijar e eu esqueço por breves instante sobre o que nós estávamos falando.

— Eu te amo – ela declara, olhando diretamente nos meus olhos; eu tremo inteiro por dentro ao escutar isso.

— E estou acordado agora – lanço divertido, fazendo-a rir abertamente.

— É. Você está.

E então ela me beija de novo.

E de novo.

E de novo.

E mais uma vez.

Repetidas vezes.

Em todas elas eu faço um esforço enorme para não puxar a minha namorada para cima daquela cama de hospital e ter o meu maravilhoso caminho com ela. Seria vergonhoso demais ser pego entre as pernas dela aqui.

Eu não precisava de mais coisas dificultando meu momento perfeito com a minha namorada perfeita para mim, por quem eu estava completamente apaixonado.

— É um mal momento para eu dizer que tinha arrumado todo o apartamento com rosas para você? – pergunto depois de um longo tempo que passamos apenas nos beijando e evitando que trepássemos em um local cheio de pessoas feridas e doentes.

Bella apenas sorri, balançando a cabeça levemente de um lado para o outro.

— Elas ainda vão estar lá quando a gente sair daqui.

Eu a beijo mais uma vez.

Já tínhamos passado tempo demais falando.

Isso até Bella interromper o beijo, de repente.

— Ed? – ela chama quando eu não paro de tentar manter minha boca na pele dela.

— O que?

— E o meu presente?

Eu explodo em risos, desta vez não sendo influenciado por antialérgicos.

Dessa vez era apenas Bella sendo ela mesma.

— Ele está dentro do carro. – respondo simplesmente, apertando meus braços um pouco mais ao redor dela para que eu não a veja sair correndo daqui apenas para achá-lo — Você vai tê-lo quando chegarmos em casa.

— Quer dizer que ele esteve no carro esse tempo todo?! Eu não precisava ter revirado todo o seu apartamento e arrumado ele em tempo recorde?! – questiona de olhos arregalados e uma fúria mal contida — Edward Cullen, quando-

Eu a calo com um beijo, rindo entre seus lábios quando sinto ela beliscando minha cintura por sobre minha roupa.

— Feliz dia dos namorados, amor. – digo sorridente depois de me afastar.

Ela estala a língua, sorrindo logo depois.

E então me beijando.

É… não saiu exatamente como o planejado, mas ainda assim, eu posso dizer que foi perfeito.

E no futuro, uma boa história para se contar aos nossos filhos.

Tão a nossa cara que não poderia ter soado melhor agora.


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Notas finais do capítulo

Então gente... foi isso kkkk

Eu realmente espero que vocês tenham gostado e que possam me deixar saber disso ♥ *U*

Esse Edward e essa Bella surgiram de repente na minha cabeça e eu quis muito escrever sobre eles dessa forma que eu apresentei para vocês.

Realmente espero que tenham gostado!

E se alguém se interessar, eu tenho um grupo no facebook e o link é esse: https://www.facebook.com/groups/158224428044551/

Ele também está na disclaimer da fic.

Um grande beijo e até mais babies!



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