Entre o Amor e a Morte. escrita por Flor Da Noite, Cor das palavras


Capítulo 12
Helena


Notas iniciais do capítulo

E aí?? Estou oficialmente 20 minutos atrasada do meu prazo de postar a cada 3 dias... ainda amo vcs (mesmo vcs não comentando) ESPERO Q GOSTEM!!!



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Nem sabia o que estava acontecendo direito... Esse foi um daqueles raros momentos que eu abaixei a guarda e me permiti relaxar. Estúpida! Como eu sou estúpida!
 Toda a viagem estava correndo perfeitamente bem. Depois do meu chororô no penhasco, nos aproximamos bem mais. Kily estava muito legal, falou uns versos de Shakespeare que me deixou extremamente envergonhada! ( E bem feliz, diga-se de passagem). Me deu uma florzinha linda, parecendo compartilhar do mesmo sonho que o meu, me encantou com sua habilidade de hipnotizar as pessoas, e por ser uma das únicas pessoas a ter pisicopatia passiva. Como eu disse, perfeitamente bem.

Até o momento que ouvi aquele barulho que eu conhecia bem. Um tiro. Um tiro muito bem dado por sinal, que teria me acertado em cheio se não fosse o Kily

Aquilo mexeu comigo.

Ele tentou começar a se agarrar na parede, mas estava cada vez mais grogue.

Oh minha mãe.

Em momento de desespero comecei a gritar seu nome desesperada, até que... eu caí na real.

Fui treinada para situações como aquelas toda a minha vida. Não podia me desesperar. Por isso coloquei imediatamente o meu manto de frieza, e obriguei a fazê-lo cobrir meus pensamentos cada vez mais desesperados também.

Assumi uma postura reta, e enlacei meu braço ao de Kily, como quando se dança quadrilha, e comecei a o puxar. Porém, eu com certeza não conseguiria fugir daqueles malditos aguentando um homem adulto semi desacordado. Olhei para o lado conferindo. Correção: Não conseguiria fugir daqueles malditos carregando um homem adulto desacordado.

Por isso, e por eu ser um homo sapiens racional, o deixei sentado no chão por um momento. Saquei a pequena faquinha que sempre carregava por entre os seios, e assumi uma postura de luta. Os homens apontavam as armas para mim.

— E aí estúpidos?

— Está encurralada com o parceiro baleado, e mesmo assim arruma tempo e coragem para nos xingar?

— Não estou xingando vocês. Estou xingando a atitude estúpida de vocês de achar que poderiam lutar contra mim e vencer. Ah, verdade, isso torna vocês estúpidos. - Falei fazendo cara de desprezo, enquanto assistia eles fazerem caras e bocas.

— Pensando melhor, vamos levar a garota morta mesmo. - Falou um deles enquanto engatilhava a arma.

— Vocês não vão se render?

— Hmmmm, deixa eu pensar.... NÃO! - Aquilo me deixou realmente irritada. Estava muito brava ( e triste) e não mediria meus atos a partir daquele momento.

Taquei a pequena faquinha que atingiu em cheio o peito de um deles.

Depois saí correndo em direcão a eles, que eram 3. Mas, como eu ainda não havia sido baleada?

Ah! Claro! Um deles havia sumido magicamente ( provavelmente tinha fugido), o outro estava indo ao chão naquele momento, pela faca que eu havia tacado, e o outro, aquele que estava me respondendo e se fazendo de durão, ou seja, o que ainda estava em batalha, (na teoria, pelo o menos) estava tendo certos probleminhas em engatilhar a arma.

— Deixa que eu te ajudo com isso!- Falei arrancando a arma de suas mãos, e apontando para a sua cabeça. Porém, minha consciência não me deixou fazer isso. Guardei a arma em meu cinto, e acertei seus países baixos, o fazendo cair no chão. Logo depois, me joguei encima dele e o soquei repetidas vezes, fazendo com que ele ficasse inconsciente. Foi aí que o meu manto se rasgou.

Lágrimas começaram a escorrer pelo o meu rosto enquanto eu me levantava e ia correndo em direção a Kily

— Kily! Kily! - Solucei um pouco enquanto tentava desesperada achar o pulso dele. Ah minha mãe! Estava ali! - Vamos. - Solucei mais um pouco.

Passei um dos braços dele por cima do meu ombro, e o levantei cambaleando. Comecei a pensar... Não poderia sair com ele na rua daquela forma, atrairía atenção demais. Ele com certeza não sobreviveria até chegarmos ao Red. O único jeito seria leva-lo até o meu apartamento, que ficava a algumas quadras daqui.

Temendo ser encontrada por algum dos advogados, me tranquei no banheiro mais próximo com a exaustão estampada no reflexo do espelho.

Arranquei a camisa dele e... Helena para! Não é o momento para ficar adimirando o tanquinho do Kily. Um tanquinho que chega a ser melhor que a minha máquina de lavar... Chega! Balancei a cabeça me livrando daqueles pensamento. Arranquei o casaco que estava amarrado em minha cintura e o amarrei no tronco dele, envolvendo fortemente o ombro ferido e a cintura, com o objetivo de estancar o sangue. Logo depois, com um desespero crescente, enfiei a camisa dele na pia, tentando tirar a maior parte do sangue acumulado. Depois de terminar a coloquei de volta e fui o puxando pela saída de emergência quase não usada.

La embaixo, acabei encontrando com um certo gari, que me olhava sem entender. Eu, já não aguentando mais o peso de Kily, o coloquei nos braços daquele brutamontes.

— Venha. E seja discreto. Kily foi baleado e não vai aguentar chegar até o Red.

— Mas então onde vamos deixá-lo?

— Meu apartamento fica a algumas quadras daqui. Estou com a chave do carro. Avise para os outros. Vocês voltarão de ônibus...

— Tudo bem, eu ac...- Dei um tapa na sua cara, o que o fez olhar para mim.

— SEJAM DISCRETOS. Não vou me responsabilizar pelos meus atos se fizerem alguma burrada! - como resposta ele assentiu até meio assustado. - Vai!

Continuei carregando ele até a vã preta. Quando terminei de o acomodar no banco traseiro, após comferir mais uma vez sua pulsação, que estava muito fraca, acelerei com o carro enquanto deixava o choro me consumir.

Quando chegamos em frente ao prédio que ficava o meu apartamento, não sei como arrumei forças para carrega-lo para dentro.

Porém, quando cheguei na portaria, o querido seu Peidoscleido ( eu o chamo assim desde o dia que o vi botando a mão para dentro da calça enquanto peidava.) se manifestou.

— Mas o que aconteceu com o rapaz? Vou chamar a âmbulancia!

— Não! Não precisa Seu Peid... Porteiro! Ele estava com uma diarréia terrível, e acabou por ficar exausto dessa forma, após se exceder no banheiro do McDonald.

— Nossa!

— Pois é. Então se o senhor me der licensa, estou com medo dele acordar e cagar de novo na sua linda portaria...

— Não!! Pode ir! O elevador está chegando. - ele falou, depois de se levantar quase correndo e chamar o elevador para mim. - Boa sorte com ele senhorita Kricher.

— Estou é desejando sorte para o vaso! - falei causando nele um olhar de nojo. Entrei no elevador mais tranquila, sabendo que não seria incomodada.

Assim que chegamos no meu andar, o carreguei até a minha porta, que abri depois de girar a chave.

Entrei com ele e o acomodei em minha cama, enquanto trancava a porta.

Cuidei do ferimento ficando mais aliviada a ver que o tiro foi de raspão. Coloquei curativos enquanto lágrimas desciam de meus olhos.

Assim que terminei e ele já aparentava uma carinha mais saudável, peguei um copo de água e deixei ao lado da cabeceira do lado que ele estava dormindo para quando ele acordasse. Logo depois de colocar um pijama, me deitei, e antes de apagar constatei: Ele dormia do lado esquerdo da cama.

 


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Notas finais do capítulo

E aí? Oq vai acontecer no próximo capítulo??? A única coisa q posso dizer é q ele vai ser um pouco diferente!! Até lá
Cap. Escrito por Cor das palavras



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