Dusk Till Dawn escrita por dracromalfoy


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!
Bem, essa ideia veio da minha amiga @otphurts (que tem fanfics maravilhosas de Masterchef) e eu fiquei muito animada para escrever.
Como eu disse, as atualizações serão pelo menos duas vezes por mês, porque as coisas estão bem corridas, mas já tenho alguns capítulos prontos.
Eu espero que vocês gostem dessa história, estou muito animada, principalmente porque vai ser bem dramática e ninguém ama mais drama do que eu.
Beijinhos e, por favor, COMENTEM o que estão achando, é muito importante para mim!

MÚSICAS DO CAPÍTULO:
1. PINK LEMONADE – JAMES BAY
2. DANCING WITH OUR HANDS TIED – TAYLOR SWIFT
3. R U MINE? – ARCTIC MONKEYS



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DUSK TILL DAWN

Capítulo I

Tensão, medo e insegurança. Esses eram os sentimentos que predominavam naquela sexta-feira. Poderia ser apenas mais uma sexta comum, da qual eu iria passar o dia com minha mãe, iríamos pensar juntas no que poderíamos cozinhar para o almoço – porque mina gostava de cozinhar, mas gostava muito mais quando eu me juntava a ela para ajudar. – e depois chamaríamos James, meu namorado, para almoçar conosco – ela gostava muito da companhia dele.

Porém, aquela sexta-feira estava muito diferente. Quase fora de controle. No dia anterior, eu recebera uma carta endereça dos Estados Unidos, mais especificamente, Yale University. Era tudo que eu estava desejando e temendo ao mesmo tempo.

Quando eu decidi que iria me inscrever para as bolsas daquela universidade, eu fiz tudo praticamente sem pensar. Durante dois anos – tempo em que comecei a namorar James – meu único objetivo era me formar no Ensino Médio e ir para a faculdade com ele, era ficar com ele. Nós passamos por muitas coisas juntos, por isso, minha única certeza na vida era que ele era, com certeza, a pessoa certa para mim. Nós não deixamos “pessoas certas” partirem, nós lutamos por ela. Por isso, inscrever-me numa universidade que ficava a sete mil quilômetros longe de casa nunca foi uma opção. Exceto no dia em que eu me inscrevi, sem pensar duas vezes.

Depois de ter feito minha inscrição e ter enviado vários documentos, eu não contei para ninguém sobre aquilo, fiquei várias semanas ponderando sobre aquela decisão e pensando se eu havia feito o certo. Pensei em esquecer aquilo e fingir que nunca aconteceu, mas algo dentro de mim tinha esperanças de que ser chamada. Toda vez que James tocava no assunto “universidade”, eu me desesperava. Ele nunca entendeu o motivo, talvez até pensasse que, na verdade, eu apenas estava aflita com os testes finais do colégio – que contavam muito.

Entretanto, depois de algumas semanas, eu decidi contar a ele sobre aquilo. Ele ficou chateado no começo, porque eu não havia contado a ele sobre aquela decisão, chegou a dizer que sentia que eu não confiava nele o suficiente. Ficou, também, alguns dias emburrado, porque sabia o que aquilo significava. Sabia que, se eu fosse aceita, eu iria embora para muito, muito longe.

Conforme o tempo foi passando, as coisas voltaram ao normal, como se aquele episódio nunca tivesse de fato acontecido.

Até aquela sexta-feira.

Eu acordei pronta para outro dia qualquer. As férias de verão tinham começado e eu estava disposta a passar o dia com minha mãe, depois iria sair com James, e minha vida seria como qualquer outro início de férias.

Minha mãe entrou no meu quarto depressa, sem nem mesmo bater. Sua expressão era de surpresa e ansiedade. Na sua mão, havia uma carta. No momento em que meus olhos a viram, eu soube do que se tratava. Yale.

Eu peguei a carta, guardei na minha gaveta e segui o dia normalmente, fingindo que aquele episódio não tinha acontecido. Apenas à noite, um pouco antes de James passar para me pegar, eu voltei a pensar naquilo.

— Eu recebi uma carta. – Contei a ele, entregando-lhe a carta e me afastando. Eu sentia que poderia surtar se segurasse aquele papel por mais alguns segundos. – Yale.

— E aí? – Ele me encarou ansioso, depois estreitou os olhos para o papel em suas mãos, virando-o de um lado para o outro. – Oh, você ainda... Ainda não abriu.

— Não.

— E não vai?

— Eu estou com medo. – Respondi, sentando-me na minha cama, um pouco afastada dele. Cruzei as pernas e apoiei meu rosto em minhas mãos, olhando-o e esperando alguma reação, algum movimento. – Da resposta.

— De ser um “sim” ou de ser um “não”? – James colocou o papel de lado e me puxou para perto dele, tocando meu rosto. Estávamos a centímetros um do outro e, para mim, pareceu como se aquele gesto fosse novo, mesmo que já tivéssemos estado exatamente assim milhares de vezes. – Você tem medo por você ou por mim? Porque se você estiver com medo do que eu vou pensar disso tudo, não tem necessidade, Lily. Eu estou orgulhoso de você, sei que você é capaz e, se quer saber, eu tenho certeza de que foi aceita. Não preciso nem ler a carta para saber que a resposta é “sim”.

James apanhou a carta e entregou para mim. Fiquei alguns minutos a encarando, lendo meu nome, passando as pontas dos dedos pelo selo e pensando em como aquele pedaço de papel poderia mudar totalmente o rumo da minha vida. Milhares de pessoas estariam num momento como aquele, desejando que tivessem sido aceitas. Eu, entretanto, fiz uma prece baixinha pedindo que meu pedido tivesse sido recusado.

Sim.

Li duas vezes o texto da carta, conferi várias vezes o nome que estava impresso no papel para ter certeza de que era o meu. E era. Eu havia sido aceita para estudar em Yale e, embora estivesse orgulhosa de mim, eu não conseguia imaginar aquela situação e nem aceitar. Era um misto de emoções incompreensíveis.

— E então? – James indagou. Encarei seus olhos atentos, procurando pela minha resposta. Ele sabia, mas queria a minha confirmação, por isso apenas balancei a cabeça. James me abraçou forte. – Uau, isso é demais, Lily! Parabéns!

— Você não precisa...

— Ei, eu estou feliz por você. Muito feliz. Você sabia que era capaz e foi lá e fez. Não precisa se culpar por isso, tudo bem? – Tranquilizou-me. Apenas acenei com a cabeça e depois o olhei, seus olhos estavam marejados, mas ele não se deixava chorar ou mostrar que aquilo também o afetava. Talvez fosse apenas felicidade por mim. Eu preferi acreditar naquilo. – Você não vai contar para sua mãe?

— Depois eu conto.

— Por que eu sinto que você não está feliz?

— Eu deveria estar? – perguntei mais para mim mesma do que para ele. Sim, eu deveria estar feliz. Pensei em quantas pessoas gostariam de estar no meu lugar. – Eu deveria, mas eu não sinto que consigo. Quando eu me inscrevi, foi num momento de puro impulso, eu juro que nunca cheguei a realmente pensar nisso. Até mesmo agora, eu não me imagino indo para Nova Haven. Não sem você.

— Lily, a sua vida não se resume a mim e eu entendo isso. Gosto de saber que você é capaz de chegar onde quer que seja. Você duvida muito de si mesma, meu amor. Bem, mas você pode pensar sobre isso, só... Não faça nada que não queira. Se você quiser ir, vá. Se quiser ficar, fique. Só não faça nada que talvez se arrependa depois, tudo bem?

Suspirei fundo e o abracei novamente, descansando na curva do seu pescoço. Fechei os olhos como se quisesse absorver aquele momento, lembrar-me do seu cheiro e da sensação da sua pele. Eu sabia o que iria fazer, mesmo que dissesse a mim mesma que talvez eu mudasse de ideia – o que, no fundo, eu sabia que não faria.

James e eu saímos logo depois dessa conversa, pensei em desistir de sair e ficar em casa para conversar com minha mãe, ver o que poderíamos fazer a respeito daquilo, mas eu decidi que seria bom sair um pouco, não pensar sobre aquilo.

Porém, nem mesmo o passeio foi tão bom. James fazia de tudo para parecer que estava animado e contente, mas eu o conhecia bem demais para cair naquele teatro. Eu acreditava que ele estava fingindo aquela sensatez para me ajudar, para tornar minha escolha mais fácil. Claro que eu sabia que ele odiava aquilo tudo.

Por isso, eu não conseguia evitar pensar “será que estou sendo egoísta?” ou então “eu fui muito egoísta me inscrevendo para isso?”

Todavia, às vezes, era necessário pensar em mim antes de pensar nele.

— A Lily vai para Yale? – perguntou Hestia Jones, sentada ao lado de Remus Lupin. A garota não conseguia se manter calada desde que James, acidentalmente, dissera sobre a maldita carta. – Uau, Lily! Não sabia que você tinha se inscrito para as bolsas. Parabéns. Eu vou para Oxford, são apenas uma hora e meia de Hogsmeade. Remus vai para Oxford também, o que é ótimo. – Remus sorriu para a amiga e confirmou com a cabeça. Aquela conversa deixava-me desanimada em níveis absurdos. – Mas... James vai com você?

— Hestia... – Remus a repreendeu, baixinho. Hestia não fazia por mal, é claro, todos nós sabíamos que, para ela, era inevitável fazer muitas perguntas.

Já fazia uma semana desde a minha aceitação, eu tinha mais uma para decidir se iria e enviar a minha resposta para segurar minha vaga, mas, aparentemente todos já sabiam.

— Desculpe, é que vocês estão há tanto tempo juntos. Tudo bem, não é da minha conta, mas parabéns mesmo assim, Lily, você merece. – Hestia segurou minha mão e sorriu, me reconfortando. – Além do mais, Nova Haven é uma cidade incrível, você com certeza vai amar.

— Obrigada Hestia.

— E quando você vai? – perguntou Remus. Embora a pergunta fosse para mim, ele olhava para James.

— As aulas começam em setembro. Provavelmente um pouco antes disso.

James abaixou a cabeça e, depois disso, não falamos mais nada, apenas continuamos conversando com Hestia e Remus, até o momento em que os dois precisaram ir embora.

Já era quase à noite quando fomos embora. Entramos no carro de James em silêncio, nenhuma palavra dita de nenhum de nós. Eu odiava aquele clima estranho que ficava toda vez que tocávamos no assunto. Ele dizia que estava tudo bem, que estava contente por mim, mas aquele silêncio dizia o contrário. Ele poderia estar feliz por mim, mas não estava por ele.

— Vamos conversar sobre isso? – indaguei a ele quando já estávamos no meio do caminho para a minha casa. – Sobre Yale.

— O que você quer conversar?

— Sobre como as coisas ficam estranhamente bizarras toda vez que tocamos no assunto. Ou sobre eu ter dito para Remus que iria para Nova Haven poucas semanas antes de dezembro. – Pausei esperando que ele dissesse algo, mas como não disse, continuei. – Sobre como ainda não conversamos sobre isso abertamente desde aquele dia. Ainda falta um mês e meio, mas eu sinto que precisamos esclarecer isso.

— Você não me disse que tinha realmente decidido ir. – Começou ele, seus olhos estavam fixos na estrada. – No fundo, eu obviamente sabia que você iria aceitar, mas, por algum motivo, fui pego de surpresa quando você disse ao Remus. – James me olhou pela primeira vez, brevemente, antes de voltar a olhar para frente. – Eu mantenho o que disse para você. Sobre você fazer o que acha melhor, eu não mudei meus pensamentos sobre essa questão. Apenas... É isso, Lily. Não acho que temos o que conversar.

— Eu conversei muito com minha mãe sobre isso nessa semana. Nós falamos, praticamente, apenas sobre isso durante todos esses dias. – Contei a ele, também sem olhá-lo. – Decidimos ontem que eu iria. Quer dizer, nós falamos muito sobre como teríamos que planejar tudo isso. Precisamos planejar muito, porque não é apenas a viagem, mas também onde eu vou morar, meus materiais, minhas despesas, todas essas coisas. Mas, além de tudo isso, nós falamos bastante sobre ir para lá no geral, adaptação, saudade de casa. Saudade de você. É uma grande mudança, James. Eu quero fazer tudo certo, quero que seja uma boa experiência para mim, mas não quero que seja horrível para você.

James abriu a boca para falar algumas vezes, mas não disse nada. Ficamos alguns minutos em silêncio novamente antes dele quebrá-lo.

— Vou ficar feliz se você estiver feliz. É sua decisão e...

— Não, James, pare com isso! – Pedi num tom mais alto do que pretendia. – Por favor, pare de fingir que está tudo bem, que você está feliz. Você não está. Olha como ficamos desde que toquei no assunto. Isso não somos nós. – Gesticulei apontando para nós dois. – Isso não é o que éramos antes de tudo isso. Se você não gosta disso, eu quero que fale, quero que você me diga que...

— Ok, Lily, eu odeio isso tudo! Odeio pensar que ficarei longe de você, que irei apenas vê-la através da tela de um computador quando você tiver tempo, ou apenas ouvir a sua voz quando você puder atender ao telefone. Odeio pensar que vamos ficar separados por cinco anos, e que, possivelmente, algo nos separe daqui alguns meses depois de um de nós notarmos que relacionamento a distância é uma grande merda. Me dói pensar que estamos com os dias contados. O que você espera que eu faça? Te obrigue a ficar? Te peça de joelhos para ficar? Eu não vou fazer isso, porque não quero que você chegue lá no futuro e jogue na minha cara que é infeliz porque não fez o que tinha que fazer. Droga, Lily, eu amo você, é claro que isso me machuca.

Nesse momento, James já havia parado o carro numa rua que eu não fazia ideia de qual era. Estava tudo escuro e eu apenas conseguia enxergar seu rosto devido a luz de um poste que estava na nossa frente.

— Eu também amo você. – Toquei o seu rosto e o beijei, olhando-o em seguida. – Muito. Me perdoe, James. Eu sinto muito por tudo que estamos passando, sei que você odeia tudo isso, mas também sei que você entende o meu lado.

— Vamos dar um jeito. – Ele garantiu, me beijando de novo e de novo.

Seu beijo era capaz de me acalmar, de me fazer perder-me no meio de todos os meus pensamentos. Notei isso principalmente quando ele foi descendo os lábios pelo meu pescoço, quando suas mãos foram apertando meu corpo e o vidro do carro foi se embaçando pelo nosso calor e nossos suspiros.

Eu morreria de abstinência sem ele.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem, por favor?
twitter: @dracromalfoy



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