É tão interessante como as pessoas e tudo que elas possuem são reduzidas a nada quando a morte chega.O mais rico ou o mais pobre nada levam desse mundo, riqueza, poder,amores e amizades.Filhos,pais,parentela e família todos ficam pois a morte é egoísta ela nunca vai te dividir.Nada é realmente nosso apenas nossas ações nos pertence e eu sempre me perguntei será que as minhas atitudes são corretas?Eu já ajudei alguém na minha vida ou eu sempre fui mesquinho? Bom,você não me conhece ainda mais irei me apresentar e então você terá certeza  de como eu vivi a minha vida até que a morte chegou.Eu sou Edward Masen e fui um grande idiota.

Queria que alguém me mostra-se como é
ser o último a ficar de pé
E me ensinasse a diferença entre o certo e o errado
E eu mostraria o que posso ser.

A exatamente três anos eu tudo tinha era rico, bonito,popular e feliz eu odiava pessoas pobres ou inteligentes demais, eu gostava do poder,amava mandar.Meus pais me criaram com muito esmero e mimos sempre tive tudo o que eu quis lembro que quando tinha uns seis anos fiz meus pais demitirem a minha babá pois eu não suportava a cor dela,ela era espanhola,eu era terrivel,eu sei.Mais um dia tudo mudou na minha escola que era uma de elite na época começou a estudar um garoto, ele se chamava Laurent e era de familia rica,ele era negro eu o odiava com todas as minhas forças,fazia de tudo para humilhar ele, mais Laurent nunca revidou ele na verdade nunca nem se importou.Um dia eu estava muito enfurecido e fui tirar satisfaçoes e tudo que ele me respondeu foi"fica tranquilo cara,nosso tempo aqui é passageiro e ele existe para que nossos erros nos ensine a acertar"bem,nesse dia eu acertei um soco no nariz dele.
Alguns meses depois estavamos na porta da escola eu e uma galera,Laurent também estava e esse dia eu o tinha percebido estranho,ele não estava sorridente ou falante,a algazarra era grande na rua estavamos em festa pois nosso time tinha ganho o campeonato e eu como capitão estava malditamente orgulhoso até que do nada ouvimos disparos,eram tiros, estavam atirando contra nós.O pânico e a correria foi geral mais eu estava paralisado,meu dinheiro,poder e popularidade não me ajudaram em nada,todos que me bajulavam se foram e eu fiquei para trás.Porém eu ouvi o exato momento em que uma arma foi disparada em minha direção,eu vi a bala vindo para mim e também vi o sorriso do atirador mais a bala não me atingiu pois meu corpo foi empurrado com muita força para o lado e no exato momento que atingi o chão o corpo ensanguentado de Laurent me acompanhou. 
Eu não conseguia respirar meu corpo doía e eu só conseguia pensar que o garoto que eu declarei ódio tinha acabado de salvar a minha vida.Arrastei meu corpo pesado até ele "Laurent?Laurent porra o que você fez?" " eu te salvei irmão, eu cumpri a minha missão,você foi o último" ele balbuciou com um sorriso no rosto ".

Eu iria deixar essa vida para trás,
será que valia a pena  ele me salvar?

"O que cara?Como assim o último?" ele respirou fundo e com voz baixa disse " você foi a última alma que salvei,agora a missão é sua,não perca ninguém Edward,você está me ouvindo?Não perca ninguém." "Ei,ei Laurent!?Abra os olhos cara!Você ficará bem, a ambulância está chegando, você ficará bem e aí seremos amigos cara,aguenta firme."falei desesperado e chorando "Nós sempre fomos amigos Edward,você que nunca percebeu."falou sorrindo " Porra cara...não faz isso me perdoa.." implorei agarrado ao seu corpo" Não as perca Edward,nenhuma, promete?" " Eu...eu prometo."balbuciei " Obrigado"ele disse ao fechar os olhos. E então naquele dia de sol forte ele se foi e dali em diante a minha vida mudou completamente.

Os portões do paraíso não se abriram para mim
Com essas asas quebradas estou caindo...

Eu nunca fui religioso, nunca acreditei em anjos mais alguma coisa aconteceu comigo que me fez enxergar números estranhos acima da cabeça das pessoas, os outros não viam o mesmo que eu e logo fui taxado de louco,perdi minha popularidade passei a ser o estranho rejeitado,mais eu ainda via os números eles eram dourados e com muitos dígitos que mudavam em uma velocidade incrível que eu mal podia acompanhar, infelizmente foi em uma noite de quinta na hora do jantar que eu reparei nos números do meu pai ele tinha apenas dois dígitos, enquanto jantávamos o número estava em noventa e dois e logo diminua de forma lenta aí eu o analisei,meu pai antes forte e imponente agora mostrava-se fraco,pálido e muito abatido,seus olhos estavam cercados por olheiras escuras,suas mãos trêmulas e em sua testa escorria suor sem parar.Logo ele disse estar satisfeito e levantou-se da mesa e foi em direção a sala de estar eu imediatamente senti vontade de segui-lo mais desisti de ir ao ver o semblante preocupado de minha mãe.Continue na mesa com ela olhando para os números em cima de sua cabeça tentando entender a diferença entre os seis números dela e os dois do meu pai  foi aí que eu descobri o quanto errei em não ter ido até ele,pois foi o barulho do centro de vidro estraçalhando-se que mostrou- me que aqueles números eram o tempo restante de vida do meu pai,e eu  olhando aquele número zero brilhando fracamente e caçoando de mim percebi que o perdi. 

Os portões do paraíso não se abrirão para mim
Com essas asas quebradas estou caindo...

Ódio vivo e puro foi o primeiro sentimento que sentí ao ver o corpo do meu pai em um caixão,depois arrependimento e incapacidade.Era essa a minha missão agora?Era isso que Laurent falava?Será que além do meu pai eu perdi mais alguém?Como eu iria ajudar meu pai? Como vou ajudar as outras pessoas se nem ao meu pai pude ajudar?Eu divagava em minha mente enquanto eu via os números das pessoas a minha volta,todos tinham de seis a oito dígitos mais eu sentia que algo não estava certo alguma coisa me chamava,alguém me chamava.Disfarçadamente saí do meio das pessoas e me encaminhei para o fundo do cemitério,andei um pouco e logo encontrei uma mulher que estava abaixada junto a uma lapide preta os números em cima da cabeça dela estavam em dois digitos também assim como meu pai, me aproximei um pouco mais e percebi que ela tinha seus pulsos cortados,imeditamente me abaixei ao seu lado e rasguei minha camisa em duas tiras e amarrei seus pulsos,peguei a faca que estava aos seus pés e joguei bem longe de onde estávamos." O que?Quem é você?" ela perguntou chorando " Eu sou Edward, e eu perdi o meu pai ontem a noite, sabe eu não pude ajuda-lo e então ele morreu, mais hoje eu tive uma nova chance de ajudar alguém e esse alguém é você.."falo mais tranquilo ao ver os digitos dela aumentando " eu perdi meu marido a poucos dias ele era um homem tão bom eu o amava tanto que não quero mais viver." falou chorando " Você tem filhos?" " Tenho, uma garota de dezessete anos." falou sorrindo um pouco " Então você quer deixar ela sozinha? Não, não é?E o seu marido ficaria feliz com isso? Eu aposto que não"
" Verdade, Charlie nunca me perdoaria por deixar nossa filha só."
" Pois então, sabe o que eu tenho aprendido senhora?Que nós seres humanos somos tão fúteis e egoístas que nunca ajudamos uns aos outros, e então sobra para os anjos olharem por nós...e mesmo assim ainda existem aqueles que maltratam esses anjos." falo triste ao me lembrar de Laurent." Você fala como se já tivesse visto um" ela diz me encarando " Eu conheci um, sabe aqui na terra nós podemos ser anjos para o nosso próximo e é isso que a senhora é agora.Bom eu vou indo,meu trabalho aqui está feito, e não esqueça,não perca nenhuma pois a perda doí muito não é!?" " Verdade, é...Edward  espero que um dia a minha Bella conheça um anjo como você." " Eu não sou merecedor de ser chamado de anjo." falo triste sabendo que nunca fui uma boa pessoa.

Os portões do paraíso não se abrirão para mim
Com essas asas quebradas estou caindo...
" Ah menino, todos aqueles que se arrependem na alma tem uma segunda chance."diz sorrindo
" Terei isso em mente." 
Diga se vale a pena me salvar...

Dias depois...
Eu estava me sentindo um caco depois da morte do meu pai e do meu encontro com a mulher do cemitério eu descobri a lógica dos números quanto mais números mais vida porém nunca consegui ver os meus.Eu tenho andado por toda cidade em busca de pessoas que estejam perto do fim, já ajudei muitas, salvei crianças de atropelamentos, de desmoronamentos, tiros,afogamentos,incêndios, adultos,crianças e idosos,classes,cores nada disso mais me interessava apenas suas vidas.Eu não sei exatamente um numero mais eu apenas não queria que terminasse nunca, eu estava feliz eu era útil.Cada sorriso ou olhar de espanto me enchiam de orgulho de mim mesmo.Até aquela manhã de sábado,estava saindo do Starbucks olhando os números em busca de alguém que precisasse de mim, no caminho encontrei uma linda grávida sentada em um banco e senti uma emoção incrível ao ver a quantidade de números acima da barriga dela aquele bebê teria uma vida muito,muito longa e eu torci para que desse tudo certo para ele.Continuei meu caminho pela calçada e então  a vi, ela iria entrar no carro seus números estavam em dois dígitos, trinta e dois, e então eu corri com toda a minha força empurrando quem aparecesse em minha frente e ao chegar perto dela a tomei em meus braços e a puxei para longe do seu carro no momento que um caminhão desgovernado o amaçou contra a parede de um prédio.Os números da garota em meus braços aumentaram rapidamente a logo os cinco digitos estavam completos.Respirei aliviado e baixei meus olhos para seu rosto a percebi sua beleza,seus olhos verdes, pele levemente bronzeada,cabelos castanhos e longos.Ela era linda.Com seus grandes olhos ela encarou-me de volta e sussurou " Anjo, até que enfim te encontrei." e eu só pude torcer para que eu um anjo de asa quebrada pudesse ter tempo suficente para adimirá-la mais um pouco.

Mostre-me como é
Ser o último a ficar de pé
E ensine-me a diferença entre o certo e o errado
E eu te mostrarei o que posso ser
Diga isso para mim
Diga isso para mim
E eu deixarei essa vida para trás
Diga se vale a pena me salvar

Apresse-se, eu estou caindo...

https://youtu.be/jPc-o-4Nsbk