Heart in Flames escrita por Vingadora


Capítulo 11
Panic Attack


Notas iniciais do capítulo

Hello, it's me!

Bom, este capítulo será um pouquinho curtinho e, como perceberão, fugirá bastante da narrativa original que o MCU propõe.

(Nas notas finais irei revelar um segredo sobre este acontecimento)

Ah, só pra deixar constato, estamos entrando no clímax principal da história, como já devem ter percebido no último capítulo.
A partir de agora, a correria contra o tempo irá crescer, principalmente logo após este capítulo.

Vale ressaltar que eu sou extremamente grata aos comentários de vocês e eu vibrei junto com a aparição do Steve no último capítulo.

Espero que aproveitem este capítulo e que apertem os cintos de segurança, pois esse capítulo trará uma gigantesca reviravolta. (No final, vocês perceberão o quanto este meu comentário terá sentido)



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Apesar de, teoricamente, haver apenas 3 meses que não dirigia, Tony claramente alegava ser muito mais que isso, por isso, a qualquer acelerada que eu dava no carro ou arrancada para ultrapassar algum lento na estrada, automaticamente ele apontava ensinos um instrutor de direção.

No fundo, o que parecia mesmo era que ele estava evitando uma colisão do nosso carro propositalmente, como se eu desejasse nos matar ou algo parecido.

ㄧTudo bem, você não está com velocidade o suficiente para ultrapassar o carro a seguir, então mantenha a calma e-

ㄧAh! ㄧberrei e bati com a mão no volante ㄧPor tudo que seja mais sagrado nesse universo, Tony. Cala a maldita boca! Eu sou uma deusa poderosa, matei milhares de pessoas, solto fogo pelas mãos e você quer mesmo me ensinar a dirigir? Sério isso? ㄧgrunhi enquanto acelerava o motor o suficiente para ultrapassar o carro que ele estava falando e voltar para a pista novamente sem nenhum deslize ou qualquer outra coisa que ele pensou que poderia acontecer.

ㄧEu só to-

ㄧVai procurar alguma coisa de útil pra fazer, por favor! ㄧcortei-o e ergui a mão depois de falar, sinalizando que eu estaria o ignorando a partir dali.

Frustrado com minha atitude, resolveu pegar o celular descartável que conseguimos comprar na conveniência do posto de gasolina para ligar para alguém.

No viva-voz, ele esperou a chamada ser confirmada.

Logo que o outro lado atendeu, ele não deixou tempo para que a pessoa dissesse qualquer coisa. Já foi questionando:

ㄧHarley, o que tá rolando? Relatório completo.

Então, era mesmo com o garoto para quem ele estava ligando.

ㄧQue número estranho é esse que você ligou? ㄧa voz do menino soou do outro lado indagando.

ㄧLonga história, pirralho. Me atualiza.

ㄧOlha, eu ainda to comendo doces. Você quer que eu continue a comer?

Olhei rapidamente para o telefone e depois para Stark, olhando-o curiosa sobre o que eles estavam falando, já que eu estava por fora do assunto totalmente.

ㄧQuanto comeu? ㄧTony indagou.

ㄧUmas três tigelas.

ㄧAinda enxerga direito?

ㄧHmmm... Mais ou menos.

ㄧTá, eu quero falar com o Jarvis. Coloca ele na linha aí. ㄧEsperou poucos segundos para perguntar: ㄧJarvis, você tá legal?ㄧa ordem dele foi atendida prontamente, pois logo que indagou teve sua resposta.

ㄧEstou sim, senhor... Quer dizer, durante um tempo eu funciono bem, mas aí no final da frase eu digo a palavra banana.

Juntos, franzimos o cenho e encaramos um ao outro, achando confusa aquela configuração. Realmente, poderia haver algo de errado com ele.

ㄧO senhor tinha razão. Depois de coletar as informações disponíveis sobre a IAM, consegui identificar o sinal de transmissão do Mandarin.

O quê? Como assim? Quando ele falou com Jarvis pela última vez?

Ah, claro! Quando nós voltamos para o carro, depois das descobertas sobre Killian, ele alegou que havia entrado em contato com alguém que estava vigiando as coisas para nós. Neste caso, ele falava de Harley e Jarvis. Ou, quem sabe, ele também tenha entrado em contato com o Jarvis enquanto eu cochilara antes de chegarmos ao posto de gasolina.

ㄧE em que região? Extremo Oriente? Europa? Norte da África? Irã? Paquistão? Síria?

Stark foi lançando possíveis locais aleatórios que concordávamos que seriam possíveis locais em que encontraríamos o grupo terrorista. Por isso que, naquele momento, eu estava dirigindo até um aeroporto privado de um antigo cliente meu onde conseguimos transporte para o outro lado do mundo. Precisei fazer apenas uma ligação e dizer meu nome para conseguir acesso 100% a qualquer um dos jatos particulares de sua coleção. Era óbvio que ele estava por lá, já que, de acordo com Stark, todas suas transmissões eram feitas no Oriente

ㄧNa verdade, senhor, ele está em Miami.

Freei o carro no centro da estrada e encarei Stark, para ter certeza de que entendi perfeitamente o que Jarvis havia falado.

  ㄧOk... ㄧStark estava com a testa franzida, parecendo não acreditar no que havia ouvido. Me encarou um pouco confuso enquanto balançava os ombros demonstrando não ter confiado nas palavras de Jarvis ㄧOlha, garoto, eu vou ter que explicar como faz para reiniciar o driver de fala do Jarvis, mas depois...

ㄧ Harley, onde está de verdade? ㄧindaguei, já imaginando que Harley tinha acesso às mesmas informações de o Jarvis, pois, para que seu sistema funcionasse com pouca bateria, assim como eu imaginava que ele se encontrava, ele precisava estar conectado diretamente à algum notebook com acesso à internet.

Ouvimos um barulho de dedos apertando botões de teclados e, logo em seguida, Harley soltou a bomba:

ㄧÉ, é isso mesmo. Aqui diz Miami, Flórida.

Eu não conseguia pensar racionalmente, porém Stark parecia preparadíssimo para este momento, pois logo indagou:

ㄧVamos lá, e a armadura? Acha que vai rolar?

ㄧÉ... Não tá carregando.

Parecia que o carro havia sofrido um terremoto, ou, pelo menos, a vida de Tony, pois logo assim que o menino soltou as palavras, ele jogou suas mãos no painel do carro, como se estivesse tentando se proteger de um enorme tremor imaginário.

ㄧNa verdade, senhor, está carregando. Contudo, a fonte de força é questionável. Pode não conseguir revitalizar a Mark 42.ㄧa voz de Jarvis corrigiu as informações passadas por Harley e eu encarei Stark percebendo que suas feições empalidecidas indicavam que ele estava prestes a ter um treco ali mesmo.

ㄧO que é eletricidade questionável? Eu preciso da minha armadura. Eu não posso... E-e-eu quero... ㄧsua respiração começou a tornar-se ofegante e, de repente, comecei a me preocupar de verdade com sua reação em relação às ultimas notícias. ㄧDe novo não... ㄧe voltou a respirar ofegante.

ㄧTony? ㄧindaguei preocupada, encarando-o pronta pra qualquer reação sua.

Numa velocidade desesperadoramente rápida, ele abre a porta e para, segurando-se nela, de pé ao lado de fora.

ㄧVocê está tendo outra crise? ㄧHarley perguntou ㄧ Mas eu nem falei em New York.

É... ㄧgrunhiu Stark ㄧAcabou de falar com todas as letras enquanto negava que tinha dito.

Como se estivesse rastejando com seus pés, começou a se locomover para a esquerda e deslizou com as costas na porta traseira do carro, para se sentar no chão.

Abri a minha porta e sai prontamente em direção à ele. Enquanto me aproximava mais, percebi que sua respiração estava muito acelerada e utilizando minha audição de forma mais apurada, pude ouvir seu coração martelar ferozmente em seu peito.

ㄧO que vou fazer? ㄧouvi-o sussurrar enquanto me agachava exatamente à sua frente e segurava suas duas mãos.

ㄧTony, olhe nos meus olhos. ㄧo meu tom de voz era extremamente autoritário e ele o fez prontamente ㄧOlhe apenas para mim. ㄧpedi enquanto o encarava firmemente ㄧAgora, inspire o mais profundamente que conseguir ㄧe, assim que ele o fez, eu prossegui com as instruções ㄧe agora solte.

Suas mãos estavam esfriando, então revesti-a com meu calor projetado na ponta dos meus dedos e as segurei firme, enquanto ele seguia com o exercício de respiração que estávamos realizando juntos.

ㄧAgora é com você, Harley. Você trouxe a tona, você resolve dessa vez. ㄧinformei para o telefone que estava jogado no banco do carona bem ao nosso lado e eu sabia que o garoto podia nos ouvir.

ㄧO que? ㄧa voz falha de Tony saiu e seus olhos se arregalaram mais ainda. Ficou óbvio que ele não concordava com meu plano, mas eu sabia que o garoto seria capaz, afinal, ambos conseguiam falar a mesma língua de nerds.

ㄧÉ... ㄧuma pausa e, em seguida, um complemento ㄧVocê é mecânico, não é?

ㄧSou... ㄧa resposta de Tony saiu entrecortada, porém compreensível.

ㄧVocê disse isso. ㄧHarley prosseguiu.

ㄧDisse sim. ㄧa voz de Tony agora estava menos entrecortada e sua respiração mais controlada.

ㄧDevia construir alguma coisa.

As palavras finais do menino surtiram o mesmo efeito de um estalo dentro de Stark. Ele se desvencilhou do meu aperto de mãos e ergueu seu corpo num mesmo movimento. Enquanto eu fiquei ali mesmo, ajoelhada na neve o encarando, ele olhava para o horizonte escurecido diante de nós e permaneceu assim por alguns segundos.

Foi aí que, quando minha preocupação aumentou, Tony simplesmente locomoveu-se até alcançar o outro lado do carro, onde era a porta do motorista e entrar, sem nem avisar nada.

ㄧMinha vez de dirigir, Lizzie. Entra aí, pois temos coisas a fazer.

ㄧ Quanto tempo mesmo do Tennessee até a Flórida? ㄧquestionou Tony enquanto acelerava o carro o máximo que era permitido.

ㄧDe onde estamos até lá, mais ou menos, umas doze horas. ㄧtentei soar calma e despreocupada enquanto repetia a informação pela terceira vez em menos de duas horas, já que agora sabia que havia uma bomba-relógio bem ao meu lado ㄧOnze se eu estivesse dirigindo. ㄧforcei a piada e um sorriso sarcástico que aliviou um pouco a tensão de seus ombros.

ㄧE daqui até Washington? ㄧaquela pergunta era novidade.

ㄧHm... Umas nove horas, talvez. ㄧchutei, tentando me recordar dos planos de viagem que fui forçada a gravar quando mais nova e treinava com minha primeira equipe da S.T.R.I.K.E. ㄧMas qual a razão dessa pergunta?

ㄧEstou tentando decidir o que valeria mais apena neste instante. Ir até Miami e matar Mandarin ou à Washington e assassinar Killian.

A ideia era péssima. Até mesmo para ele.

ㄧStark, simplesmente não seja tão obtuso num momento como esse. Deixe para matar Killian depois, quando tiver mesmo certeza de que foi ele quem liberou o armamento para o Mandarim.

ㄧHá! Essa é boa agora. Você está mesmo defendendo aquele desgraçado?

ㄧNão, Tony, claro que não! Eu só-

ㄧE como assim obtuso? Quem é você para falar qualquer coisa agora? Você tinha acabado de ouvir que o Steve te ama e simplesmente desligou o telefone na cara dele e se recusou a atender as 3 ligações que ele fez em seguida. ㄧEle me cortou como uma faca afiada e prosseguiu acelerando o carro, forçando o máximo que conseguia, até chegar ao ápice do motor e não poder apressar mais o carro do que aquela velocidade.

ㄧEsse assunto é irrelevante agora. O que importa é-

ㄧNão. ㄧmais um corte ㄧNão vem com sermões. Eu ainda não vou ouvir conselhos de uma mulher que se nega a assumir sua real identidade, porque é uma medrosa.

ㄧEsse assunto de novo?! ㄧgritei e ergui as mãos para cima, em frustração.

ㄧÉ, esse maldito assunto de-

Foi tudo tão extremamente rápido que não tive condições nem mesmo de prever com antecedência a sequência dos possíveis acontecimentos.

Um estrondo súbito no pneu traseiro.

O carro começou a voar em alta velocidade em direção à pequena mureta que separava a estrada do aglomerado de arvores à nossa esquerda.

 Sons de árvores se quebrando.

Tudo escuro.

Tudo tão claro.

Farol.

Várias vezes. Várias vezes.

Vidros. Estilhaços de vidro.

Galhos de árvore.

Destroços do carro.

ㄧLilly...

Stark sangrando.

Olhos se fechando.

Tudo foi em vão.


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Notas finais do capítulo

A cena final nunca existiu no roteiro original que eu crie há 3 anos atrás.

Ela simplesmente aconteceu.

Eu REALMENTE me deixei levar pela discussão final da Lilly e do Stark e bum! Eles sofreram o acidente.

E a recuperação deles? Alguém tem um chute do que vai acontecer?
Comentem aí suas teorias, estou louca pra saber mais!!!


Spoiler do próximo capítulo:
"ㄧVocê sabe que não precisa de tudo isso quando eu venho te visitar.
[...]
ㄧDesta vez é diferente [...]. Desta vez eu quero mais."

Um capítulo de quebrar o ritmo e bagunçar a cabeça de todo mundo está por vir.

Aguardem.


OBS: NÃO ESQUEÇAM DE COMENTARRRR!!! NEM QUE SEJA "BATATA FRITA É LEGAL"



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