Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 39
XXXIX - Você é especial


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy guerreiros, agora eu embrasei na escrita. Comentem lá no final, hehe, não esqueçam de recomendar. bjssssssss



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Quando eu adormecer, vou sonhar com você. É sempre você. - Tony Stark

Steve

O castelo estava simplesmente lotado. Nem consegui receber todo mundo por que meu castelo parecia uma casa de horrores. Estava atarefado o tempo inteiro e mal pude ver Natasha. E tudo que não poderia dar errado deu: o bolo foi arruinado e tiveram que fazer outro, uma das decorações de flores rasgou e a carruagem simplesmente não chegou.

No dia seguinte eu estaria casado e eu não podia estar mais loucamente nervoso. E um fato em especial contribuía para isso: eu estava cercado de romanos. Não quero ser discriminante, muito menos desrespeitoso com o povo que eu vou governar em breve, mas eles são bárbaros, Santo Deus.

Eu sempre viajei com meus pais para o castelo da Nat a vida inteira, mas era diferente do que te-los morando comigo a dois dias. Eles berravam e bebiam em todos os jantares, dançavam de modo infinito e o mais assustador era que Natasha muitas vezes ia junto e me arrastava, obviamente.

E claro, todos os Romanoffs estavam surtando com o fato de Natália ter aparecido sem avisar. Na verdade, eu estava bem preocupado de ela acabar matando alguém. Mas o que eu poderia fazer? É minha sogra.

— Majestade. - um guarda me chamou enquanto eu conversava com meu tio alguns detalhes da coroação. - Chegou um pacote para o senhor.

— Quem mandou? - perguntei.

— O rei Stark. - ele respondeu e fiquei sério, tentando assimilar. - Tem um para a princesa Natasha também. Estão no seu escritório.

— Obrigado, avise ela. - eu disse, e despedi do meu tio, indo para lá. Assim que entrei me surpreendi com a caixa grande e fina de madeira quadrada bem polida em cima da mesa.

Encarei o objeto por alguns segundos, pensando no que fazer. Fiquei preocupado com o conteúdo, mas eu tinha que confiar que Tony não colocaria uma armadilha assim a sangue frio para nós. Mas Zemo...

Abri as dobradiças devagar, cautelosamente. Nada aconteceu, então retirei a tampa, me surpreendendo com o conteúdo. Um escudo. Vermelho, azul e com uma estrela branca no meio. Segurei-o, surpreso com o metal extremamente resistente.

Vi um bilhete colado na caixa.

"Meu pai fez pra você, não sei exatamente por quê. Mas pelo menos já tinha meu presente de casamento."

Suspirei, lendo aquelas palavras novamente. A porta se abriu, e vi Natasha com seu vestido preto brilhante.

— Que isso? - ela arqueou uma sobrancelha.

— Howard fez pra mim. - disse, ainda sem saber como reagir.

Natasha foi até a caixa dela, que era pequena. Com certa raiva ela destravou a caixa, abrindo a tampa e encarou seu conteúdo por alguns segundos antes de se sentar.

Ela tirou de lá de dentro uma caixinha de música rosa, com uma bailarina e uma chave de dar corda na parte de trás. Com os dedos tremendo ela girou-a algumas vezes, fazendo uma música suave ecoar quando ela soltou.

— Eu perdi em Stark a muito tempo. - ela disse, depois de um tempo em silêncio. A dela tinha um papel também. Assim que o leu uma lágrima escorreu de seus olhos.

Ela me entregou o bilhete.

"Você é especial."

— A gente precisa ajudar ele. - ela murmurou.

Suspirei.

— Ele precisa querer ser ajudado. E eu acho que ele não quer.

Natasha suspirou, dando uma longa corda na bailarina e a fitou com os olhos perdidos. Tony estava sendo controlado, e estava claro que mandou aquilo como um pedido de desculpas por isso. Mas que precisava ser feito.

— Vem cá. - abri os braços para ela e Natasha veio até mim, me abraçando.

— Amanhã a gente vai casar. Dá pra acreditar? - ela disse, mudando de assunto depois de alguns segundos.

— Dá, na verdade. - eu sorri.

— A ficha só vai cair quando eu vestir aquele vestido de noiva amanhã. E, meu Deus, eu vou ser a noiva mais linda da história.

— E eu o noivo mais feliz. - beijei sua bochecha, puxando-a até uma poltrona de frente para a janela. Me sentei, puxando-a para sentar no meu colo confortavelmente. No começo, eu levava susto todas as vezes que ela me tocava, e ela se retraia involuntariamente quando eu o fazia. Agora éramos praticamente o mesmo coração e não tinhamos nada a temer.

O pôr do sol começava, completamente dourado e maravilhoso. Aquilo era provavelmente tudo que eu poderia pedir na vida.

— Precisamos ter filhos. - Natasha disse, brincando com meus dedos. Ergui as sobrancelhas por sua espontaneidade.

— E...?

— Você acha que está preparado? - ela perguntou.

— Não. - respondi. - Mas... Acho que nunca vou me sentir pronto.

— E você está com medo? - olhei para ela, entendendo que não era sobre mim o assunto. Abri um sorriso.

— Sim. Mas eu tenho você. Então... tudo vai valer a pena.

Natasha sorriu.

Assistimos o pôr do sol até o fim, mesmo sabendo que provavelmente tinham cem pessoas atrás da gente desesperadas para resolverem os últimos detalhes.

Somos o rei e rainha de Roger, eles que esperem.        

(...)

Natasha

Dia do meu casamento.

Não que eu tenha conseguido dormir mais que uma hora, mas quando acordei de manhã e vi aquele vestido perfeito no meu quarto tive que levantar correndo e vomitei num balde no canto do meu banheiro.

Respirei fundo, me deitando no chão gelado para tentar acordar, mas não era um sonho. Eu estava apavoradaCompletamente.

Ouvi a porta abrir e depois passos.

— Princesa! - era a Vovó, como todos no castelo a conheciam, a chefe das criadas. - A senhorita...?

— Estou só apavorada. - murmurei, sentindo as ondas de nervosismo atravessando meu corpo. - Pode mandar alguém chamar a Wanda?

— Sim. - ela deu meia volta. - Scott, chame Wanda e avise o rei que a princesa Natasha está passando mal.

— Ah, merda, vovó. - esfreguei os olhos. Meu estômago revirava, eu estava tonta e tremendo.

— Venha cá, princesa. - ela me estendeu a mão como se tivesse força para me levantar e aceitei apenas por educação. Andei sentindo falta de ar até a cama, me deitando lá.

— O que tem de errado comigo? - perguntei.

— Se chama ansiedade, princesa. - ela disse, abrindo as cortinas e ajeitando o quarto.

— Eu nunca senti isso.

— Ansiedade?

— Não, eu nunca vomitei por causa disso. Nunca fiquei tão nervosa. - eu disse, perdendo a paciência.

A porta se abriu, e minha paz definitivamente tinha acabado naquele dia.

— Nat, você está morrendo? Scott disse que você está morrendo - Wanda entrou, nervosa.

— Não, Wanda. - murmurei.

— Ah, ela está nervosa. - Wanda sorriu para a vovó. - Coitadinha, nunca sentiu isso na vida.

— Só quando o Steve caiu naquele buraco e eu achei que ele tinha morrido. - disse, de olhos fechados. Vovó arregalou os olhos porque aquele fato nunca chegara aos seus ouvidos.

— Nat? - era a voz de Steve, seguidos de batidas na porta. Wanda disparou até lá e abriu uma frestinha. - Wanda, cadê a Nat?

— Ela está bem! Mas você não pode ver ela hoje, dá azar, Rogers. - ela disse, segurando a porta. Steve susoirou.

— Mas ela..?

— Ela só vomitou e está tremendo como um porquinho indo pro abate, mas tenho certeza que ela vai ficar bem.

— Wanda...

— Não vai entrar, majestade, pode tirar o cavalinho da chuva.

Ele suspirou de novo, vencido. Era educado demais para chutar Wanda para longe da porta.

— Nat? - ouvi sua voz.

— Ste, eu estou bem, prometo. Não se preocupe! - disse, alto.

— Tem certeza? Podemos adiar...

Eu ri, aquilo era definitivamente uma grande piada, mas sei que ele estava falando sério. Se eu pedisse, Steve faria todos esperatem até o dia seguinte para nos casarmos.

— De jeito nenhum. Eu quero me casar com você! - sorri, muito menos nervosa. Só de falar com ele minhas certezas foram reafirmadas.

— Eu também. - pude sentir o sorriso dele. - Te amo, Nat.

— eu disse, vermelha e respirando muito melhor.

Olhei para o rosto de Wanda, e ela chorava.

— Ah, meu Deus. - murmurei.

— Foi mal. - murmurou, limpando os olhos vermelhos. Eu sorri para ela. - É que é o que eu sempre quis pra você, te ver feliz no dia do seu casamento.

Ela segurou minha mão.

— Eu te amo. Muito. - eu disse, sorrindo e ela chorou ainda mais.

— Eu também, Sestra. - e me abraçou.

Wanda me deixou para se arrumar, mas logo voltaria, ela sempre volta. Fui até o banheiro tentando me manter positiva e pensando nos sorrisos e olhos de Steve que eu teria para mim pro resto da vida. Quando imaginei isso, eu relaxei e um pequeno sorriso apareceu em meus lábios. Afundei na banheira, de olhos fechados.

(...)

Steve

— Mas a carruagem chegou, certo? - perguntei novamente.

— Steve! Calado! - Bucky disse, me puxando pelo quarto.

Eu tentava não me desesperar, mas o fato de Natasha estar passando mal me desnorteou completamente.

— Ela está bem, tenho certeza.

Olhei para a equipe de estilistas andando pelo meu quarto, acertando os detalhes. Meu traje branco era a coisa mais estonteante e brilhante que eu já vi.

Completamente branca, a roupa tinha mangas compridas, os ombros eram bufantes e tinha um cinto na minha cintura. O tecido era extremamente macio com detalhes em relevo e completamente coberto de enfeites de diamantes.

A calça era fina e confortável, com minhas botas de cavalaria compridas cobrindo metade dela, e a pior parte era aquele manto gigantesco de pelo pesado e quente. Mas não tinha como negar que a roupa é a mais esplêndida que já vi.

Ouvi uma batida na porta e meus devaneios foram quebrados. Um criado a abriu, revelando Sam com um sorrisinho.

— Natasha que se cuide com você usando essa roupa. - eu sorri, abraçando-o.

— Algo me diz que ela vai roubar minha cena. - ele sorriu, mas logo ficou sério. Ah, lá vem. - Sam...

— Eu não queria contar, não hoje. Mas Hill mandou eu vir aqui, então... Chharles conseguiu achar o cara. Descobriu quem foi que colocou aquela coisa no quarto da princesa e hoje bem cedo o pegamos numa emboscada em seu quarto, ele está na masmorra.

 

Suspirei, girando pelos calcanhares e andei destemidamente para fora do quarto.

— Steve, por Deus, você vai casar em algumas horas, não pode matar o cara depois? - Sam me alcançou.

— Não. Com licença. - peguei a espada dele, carregando-a firmemente pelos corredores.

— Deve ser algum recorde, três horas para o seu casamento e o rei está caminhando para executar o homem que ameaçou sua esposa.

Chegamos até o corredor da masmorra que em cada pilastra havia um guarda de prontidão. Assim que chegamos lá dois deles abriram a porta para nós, e Sam pegou emprestado a espada do mais baixinho.

— Preciso de dois de vocês. - pedi, e imediatamente outros dois nos seguiram. - Qual o nome dele?

— Edgar Dawkins. - Sam respondeu. - É guarda a quatro meses.

A masmorra era gigantesca, com três andares subterrâneos cobertos de celas. Em uma delas estava um homem sentado em seu banco, de cabeça baixa. Parei olhando para ele enquanto o guarda abria a cela.

— Você é uma piada.

— E você é um homem morto. - respondi, já sentindo o sangue correr mais rápido em minhas veias.

 


Ele era moreno, com os olhos azuis escuros e tinha uma cicatriz feia na boca.

— Peguem ele. - ordenei, e logo o homem levou um soco forte na boca, sendo arrastado pelos corredores até uma sala. Só tinha duas coisas naquele cubículo vazio, uma janela e uma pedra para ele colocar o pescoço. Ele foi jogado no chão diante mim. - Alguém mandou você fazer isso?

— Não. Mas é a vontade do povo de Roger, seu...

— Você vai perder a sua língua antes de terminar essa frase. - eu o interrompi.

— Romanoffs são porcos. Foi só um presente. - ele sorriu sadicamente.

Fiz um sinal com a cabeça e os dois guardas o fizeram se debruçar sobre a pedra.

— Quer rezar pela sua alma? - perguntei.

— Você quem devia rezar pela sua depois que afundar seu reino naquela escória russa. - ele disse, e se calou.

Travei o maxilar, apertando a espada em minhas mãos. Era a primeira vez que executaria alguém em minhas próprias mãos, mas sequer tremi ou hesitei. Qualquer um que tocasse em um fio de cabelo da minha esposa teria o mesmo destino.

O golpe foi cirúrgico e em um milésimo de segundo sua cabeça rolou pela sala. Analisei a espada suja de sangue, já me afastando do corpo sem remorso.

— O que ele fez já se espalhou, certo? - perguntei a Sam, me retirando dali.

— Sim.

— Então empalem a cabeça dele e pendurem no portão da frente.

— Mas o casamento... - Sam arqueou uma sobrancelha.

— Mesmo assim. É pra todos saberem que ninguém vai manter a própria cabeça se isso se repetir.

Subi, pronto para me tornar de fato um rei.

(...)

Natasha

Analisei meu reflexo no espelho, tremendo profundamente. Uma leve maquiagem enfeitava minha pele, apenas pó branco e vermelhidão nos meus lábios e bochechas. E eu tinha que decidir qual penteado fazer. Ergui uma sobrancelha, encarando meu cabelo passando da cintura.

— Corta. - eu disse, e a mulher arregalou os olhos. - Sim, pode cortar.

— Sim, alteza.

Meia hora depois meu cabelo batia na altura dos meus seios e eu provavelmente tinha algumas gramas a menos de peso. Fiquei bem mais madura sem meu cabelo gigantesco.

— Eu gostei. - sorri, encostando nos meus cachos leves.

O penteado ficou simplesmente perfeito. Por mais que o cabelo estivesse mais curto, a trança ficou grande e cheia como sempre, com um tom de vermelho brilhante. Alguns fios caiam sobre meu rosto, e eu estava linda.

— Eu não acredito. - Wanda disse, analisando o chão em choque. - Não, não acredito.

— Não gostou? - sorri.

— Eu vou desmaiar. - Wanda se apoiou na cômoda. Ela estava deslumbrante. Simplesmente perfeita. Só não mais que no dia de seu casamento.

Seu vestido era preto azulado, bem aberto e com mangas compridas brilhantes. Ele todo era coberto por brilhos e tinha desenhos de flores no corpete. Seu cabelo estava preso numa trança enorme e elaborada e tinha uma coroa preta delicada em sua cabeça. Em Romanoff, os padrinhos vestem preto, então Steve quis incorporar essa tradição no nosso casamento.

— Você está mais linda que eu. - disse, enquanto a criada continuava a deixar meu penteado mais firme.

— Isso é algum tipo de piada burra? - ela se aproximou do meu vestido. - Natasha. Esse é o vestido mais lindo que eu já vi na minha vida inteira.

— Papai pagou. - eu dei de ombros.

— Como eu abro essa maldita porta? - ouvi uma voz fina do lado de fora. - Ah, obrigado, querido.

E soube que era ela.

— Oh, santo dragão alado. - minha mãe murmurou. Ela estava linda. Estonteante. Exatamente igual a mim. Seu vestido vinho rodado era simplesmente perfeito.

Eu senti falta dela. Por mais que quase tenha matado meus irmãos de Tthomas para cima, ela é extremamente amorosa e não merecia as coisas que aconteceu com ela. Natália é uma mulher especial, mas perigosa.

E isso as mulheres Romanoff tem em comum.

— Você está tão linda. - ela sorriu, vindo até mim e tocou meus ombros me observando pelo reflexo. - E nem colocou o vestido ainda.

— Você lembra do seu casamento? - perguntei.

— Como se fosse ontem. - ela sorriu.

— Você estava feliz?

— Claro! Eu seria rainha, que garota em sã consciência não ficaria feliz? Mas bem, eu tinha medo do seu pai. Queria me apaixonar, cheguei a achar que não aconteceria. Mas... então eu entendi a verdade sobre todos os homens.

Ergui uma sobrancelha.

— Eles são todos fáceis de manipular.

— Até o papai? - Wanda perguntou.

— Óbvio, querida. Todos eles tem um...

— Okay, entendi. - a cortei.

— E quando você subir naquele Dragão no porão, você vai entender o que você é e tudo ficará mais fácil.

Olhei para Wanda, me certificando que ela acreditou que era apenas um delírio da minha mãe.

— Eu estou com medo. - murmurei. Eu nunca admitia aquilo em sã consciência, mas eu estava feliz demais para pensar direito.

— É quem você é. Não precisa ter medo. - respirei fundo. - Bem, vou indo, a carruagem deve estar me esperando.

Assenti.

— Se divirta hoje, Natasha. - ela saiu.

Me levantei, pronta para colocar o vestido pomposo. Precisei de quatro criadas para conseguir entrar no vestido sem estragar o cabelo, mas deu certo. E depois, eu estava perfeita.

Olhei para o meu reflexo e me senti a mulher mais linda do mundo inteiro.

(...)

Steve

Aquele dia minha mãe estava linda, feliz, com um vestido de casamento cheio de diamantes. Meu pai, com um traje branco como mármore e a faixa de rei azul, branca e vermelha. Ele segurava o cetro, ela, o orbe e com a mão livre ele segurava a dela.

— Estou fazendo tudo certo? - perguntei para a pintura a minha frente. Não me responderam. Suspirei.

— Você está bem? - me virei e vi Bucky. Seu traje preto era lindo. Ele ficava tão bem assim. Seus cabelos na altura da orelha estavam presos para trás, deixando fios soltos emoldurando seu rosto que encantava garotas de todas as idades.

— Sim. - respondi. - Estou perfeitamente bem.

— Vai casar com sua rainha, então. - ele sorriu

 

Na carruagem de Natasha iria ele e Wanda, nossos padrinhos. E eu ficava mais tranquilo com isso, estava com medo de algo acontecer. Outra ameaça.

Na verdade, isso me preocupava muito.

Comecei a descer as escadas e todos os criados que trabalhavam no salão para a festa a seguir pararam e fizeram uma reverência. Olhei para o rosto deles, procurando alguma expressão hostil, mas não achei nenhuma. Provavelmente conhecem Natasha melhor que aquele guarda e sabem do quanto eu a amo. Abri um sorriso. Eu devia tudo aquelas pessoas e sabia disso.

Meu tio estava radiante. Completamente feliz. Quase arrogante.

— Santo Deus, você parece tanto com ela. - ele disse, com um ar orgulhoso e eu sorri, sabendo que ele falava da minha mãe.

— Acho que sim.

— São esses olhos quentes. - ele tocou minhas costas. - Você já nasceu rei. Agora só vai ganhar uma coroa maior.

Assenti.

— Só não precisava daquilo. - ele apontou para a cabeça empalada numa estaca de ferro no portão.

— Precisava sim, pela segurança dela.

Natália Romanoff sorria para mim. Fui até ela, sorrindo de volta e ela segurou minhas mãos.

— Você é tão especial. Todos sempre souberam que você é extraordinário no momento em que sobreviveu aquela doença. - ela disse, a última parte em um sussurro porque era um segredo antigo. - E juntos vocês dois vão conquistar o mundo, guarde minhas palavras.

Sorri, antes de beijar a mão da minha sogra. Me voltei para Volo, que tinha o olhar hostil como sempre. Mas então estendi a mão, e ele a apertou fortemente. Era uma trégua. Não era segredo pra nós que Volo planejava uma guerra secreta que teria que esperar.

Wanda me abraçou, já começando a chorar e apertei a mão de Bucky.

E entrei na minha carruagem. Ela era arredondada, grande e coberta de diamantes e paredes brancas de mármore. Eu percebi naquele momento que estava nervoso. Muito nervoso. Tão nervoso que entendi imediatamente porque Natasha vomitou. Eu estava prestes a fazer isso.

— Steve... - meu tio murmurou.

— Não vou vomitar. - respirei fundo. Natasha te ama. Ela é a única coisa que importa hoje. Puta merda, eu vou casar.

A carruagem saiu para fora do castelo, passando pelo caminho que cortava o campo da frente e mergulhou no corredor de árvores. Era um dia lindo, extremamente iluminado. E provavelmente seria o melhor.

Ouvi gritos assim que entramos no centro da aldeia. Gritos de comemoração. As ruas tinham fitas brancas e flores, pessoas jogavam arroz no caminho, gritando e acenando. Sorri, sentindo a ansiedade revirar meu estômago. Foi assim por todo o caminho até a igreja.

Eu alternava entre:

Meu Deus, eu e Natasha vamos nos casar. E... Meu Deus, eu e Natasha vamos nos casar!!!!!!!!

Eu sempre amei Natasha Romanoff, desde criança. Mesmo quando eu tinha Peggy, meu coração sempre teve um espaço para aquela ruivinha marenta pisar e massacrar do jeito que ela quisesse. Nunca conseguia abandona-la, por mais que ela me xingasse, me batesse e me humilhasse no ringue.

Eu sempre dançava com ela em todas as versões.

Pensei em Peggy. Uma parte da minha vida eu achei que ela seria minha rainha, que tinha um futuro brilhante pela frente. Eu pensei. Mas então Deus tirou ela de mim. Eu sou tão grato e entendo que ela teve que ir. Uma garota boa demais para esse mundo caótico. Sempre vai ter um espaço em mim para ela.

E agora, eu assumiria o que fui criado para ser. Inabalável. Um rei de diamante.

A carruagem parou, e me preparei para descer.

(...)

Natasha

Assim que desci o primeiro degrau da escada eu ouvi algo se quebrar. Parei, desesperada achando que fosse eu, mas então percebi que um criado, tonto pela minha beleza deixou algo cair de tão chocado.

— Sim, estão olhando para você. - Tthomas afirmou, segurando minha mão mais forte.

Eu estava tremendo tanto que quase cai várias vezes, mas Tthomas me segurou.

— Não vou te deixar cair, sestra. - sorri para ele.

Acenei para as pessoas naquele salão, sorrindo para mim e todos desceram numa reverência. Eles não tinham uma rainha para reverenciar a muito tempo.

— Pare de chorar. - meu pai murmurou a minha mãe, debruçada em seus braços. - Você fica igual a uma louca chorando.

— Não te perguntei nada. - ela disse, limpando as lágrimas com um sorriso.

— Mãe, odeio dizer mas o papai está certo. - ela riu, me analisando de cima abaixo novamente.

Meu pai segurou minha mão.

— Você sabia o que ia acontecer? - perguntei.

— A gente espera pelo melhor, mas tem que lidar com o que recebe. - ele disse. - Não parece, mas cada uma das decisões que eu tomo é o que acredito que vai ser melhor para vocês. Você é minha filha. Minha herdeira.

— Se você chorar eu volto lá pra cima. - ameacei.

— Eu nunca chorei na vida. - ele deu as costas para mim, indo para a carruagem atrás da minha.

— Dizem que ele nasceu rindo. - Wanda contou a Bucky, que riu. Olhei para Chharles, parado ao lado de Mattheos. Fui até eles com passos firmes, fingindo estar confiante.

— Eu não gosto dele. - Chharles disse. - Mas eu amo você. E e por amar você... eu não vou matar seu marido.

Eu ri, negando com a cabeça.

— Obrigada.

Olhei para Mattheos e notei que ele estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Você...?! - arregalei os olhos.

— Cala a boca, eu ouvi que você andou chorando por aí. - sorri para ele. - Eu fui embora muito cedo, eu sei. Não tive a mesma sorte que você de casar com alguém legal. Mas eu aprendi muito com casamentos, filho, sogros. Bem, sogros você não vai ter, né, coitado do Steve.

— Mattheos Romanoff. - o repreendi.

— Desculpe. Mas quer saber? Isso te deixa mais forte. Não mais fraco como eu achava. Achava que nunca seria capaz de criar uma filha. Seria capaz de sentir amor puro. Mas eu estava errado. E percebi que não estava sozinho. Então... Tudo deu certo. - ele respirou fundo. - Eu não sei como é carregar esse fardo. - apontou para a coroa. - Mas sou seu irmão mais novo e sei trocar fraldas.

Sorri, abraçando-o.

— Obrigada. Significa muito.

— E eu não gosto do Steve também não. - revirei os olhos, dando meia volta.

Entrei na carruagem com Wanda e Bucky enquanto Tthomas empurrava meu vestido para dentro usando as duas mãos.

— A gente pode deixar o vestido do lado de fora. - ele sugeriu e eu sorri.

— O que é aquilo? - perguntei, vendo a cabeça empalada no portão.

— O homem que te ameaçou. - Bucky explicou, com um sorrisinho. O meu aumentou. Ele me fazia amar ele cada vez mais. E eu estava prestes a me casar com ele. 


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Notas finais do capítulo

Apresentei mais o Mattheos hehehe, ele tbm é um fofo....

"Todos os homens são fáceis de manipular" obviamente não é verdade, né, desculpe se alguém se ofender, mas a Natália é meio loka e esses eram outros tempos, onde os homens eram a maioria um saco de carne machista, boys nao se ofendam!

Votem, comentem e me sigam em nome do nosso casalzinho apaixonadoo

Estou preparando duas surpresas, uma delas já mostrei nos melhores amigos do intagram @ romanoff.rogers (se vc não está é só pedir)

e....... sim..... NO PRÓXIMO CAPÍTULO TEM CASAMENTO E DEPOIS LUA DE MEL!!!!!!!! finalmente vão parar de me encher o saco !!!!!!!!!!!



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