Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 34
XXXIV - Nunca vai ser o suficiente


Notas iniciais do capítulo

heeeeeeeeeeeeeeeeeeey guerreiros!!!!
Espero que gostem e comentem, estou ansiosa pelo que está por vir e saber a opinião de vocês é tudo pra mim. Não esqueçam de recomendar grrrrrrrrrrrrrrrrrr



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761459/chapter/34


O valor do amor está vinculado a soma dos sacrifícios que estas disposto a fazer por ele. - Ellen G. White

Natasha

  - Se aquela coisa levantar eu não sei nem o que eu faço. - Bucky murmurou enquanto todos nós observávamos aquele pátio gigante com um cadáver infantil no centro.

  - Eu vou lá, vocês esperam aqui. - Steve disse, começando a andar.

  - Você perdeu o juízo? - me coloquei de frente para ele, o parando com os braços. Steve teve a coragem de abrir um sorrisinho. Sim, eu estou preocupada, idiota.

  - Steve, você não pode ir sozinho. - Bucky concordou.

  - Na verdade, não é uma má ideia alguém ir primeiro checar. - Loki cruzou os braços. - Mas esse alguém ser o rei é uma terrível ideia sim.

  - Eu trouxe vocês pra cá. Coloquei vocês nisso, e agora vou tirar. - ele olhou para mim. - Já se machucaram demais por mim.

  - Não é por você, é pelos três reinos. - eu disse, segurando seu braço. Ele segurou meu rosto com uma mão e me deu um beijo rápido antes de andar para longe de mim.

  - É uma ordem, Natasha.

  - Você acha que eu ligo? - cruzei os braços, irritada mas não saí do lugar. Esfreguei os olhos com força, observando-os andar.

Wanda se apoiou no ombro de Bucky para descansar, vi como ela estava exausta. Thor e Loki observavam Steve, assim como eu.

  - Estou com um mal pressentimento. - Loki disse.

Fuzilei-o com os olhos, andando de um lado ao outro. Steve caminhava atento pela água baixa em seu tornozelo, cada vez mais distante. Eu mordia a unha do dedo, repassando a rima na minha cabeça como um mantra, sentia que estávamos deixando algo passar.

Até que entendi.

  - A tumba a céu aberto, isso é muito importante, a menina medi... - perdi o ar, olhando para Loki. - A tumba a céu aberto não são as casas. E sim esse pátio.

  - O que? - ele arqueou uma sobrancelha.

Antes que eu pudesse me recuperar do choque paralisante que percorreu todo meu corpo ouvi pedra estalando. Steve parou, completamente estático.

  - Merda. - Bucky disse.

O chão começou a desabar. Pedra por pedra, elas cairam num breu escuro. Steve se virou, correndo o máximo que pode, mas não seria o suficiente. Eu devia ter corrido para longe, deveria ter me afastado do chão cedendo e mergulhando nas profundezas do inferno, mas ao invés disso eu corri na direção dele.

  - NATASHA! - Wanda gritou, sendo segurada por Bucky.

Eu corri pela água naquele pátio gigantesco sem pensar em mais nada, apenas gritei seu nome quando Steve sumiu, engolido pelo buraco e logo foi minha vez. Caí em cima de pedras e rolei naquele monte pedregoso e pontudo, sentindo cada célula do meu corpo acesa.

Finalmente parei de rolar, jogada no chão úmido. Senti cheiro de terra molhada e minha vista era um completo borrão. O barulho parou, restando só um fino apito no fundo do meu ouvido. Tossi com a poeira, repentinamente percebendo que minha bochecha estava colada com algo melado. Água, lodo.

Levantei a cabeça devagar, sentindo dor mas nada exorbitante, o que era bom. Devagar me mexi, finalmente conseguindo me sentar e ver o cenário ao meu redor. Estava num buraco.  Enorme como uma caverna, iluminada pela luz do dia. Todo o chão de pedra desabou, fazendo montanhas de escombros por aí. Nenhum deles me soterrou.

  - Ali! - ouvi uma voz que não reconheci.

  - Nat!

Olhei para cima, e mesmo tonta pela claridade vi a uns cinquenta metros a cima de mim o rosto deles.

  - Você está bem?! - Thor perguntou.

  - Sim, eu acho... - meu coração parou. - Steve. Cadê o Steve?!

Me levantei cambaleando, e observei ao redor. Mal controlava meus passos, já comecei a andar sobre as pedras com o coração saindo pela boca de tão forte que batia.

  - Steve! - berrei seu nome contínuas vezes até ve-lo deitado praticamente enterrado por pedras de todos os tamanhos.

Corri até ele com os olhos cheios de lágrimas, tremendo. Assim que o alcancei joguei para longe tudo que podia carregar, até sobrar apenas uma pedra maior em sua barriga.

  - Steve. - eu murmurei, derrubando lagrimas. Ele estava com machucados pelo rosto, inconsciente. Solucei enquanto tentava tirar aquela pedra de cima dele. - Eu não consigo! - gritei.

  - Vamos, Natasha! - Wanda gritou, completamente nervosa.

Respirei fundo, empurrando a pedra com toda minha força. Gritei de raiva, finalmente conseguindo faze-la rolar. Segurei seu rosto machucado, desesperada.

  - Steve, acorda. - pedi, agarrando seu pulso. Ainda batia. Ele estava vivo. Suspirei aliviada, fazendo mais lágrimas descerem pelo meu rosto e não consegui conter um sorriso aliviado. - Rogers, acorda!

Acertei um tapa forte em seu rosto. Steve abriu os olhos no mesmo instante, respirando fundo. Eu solucei, agarrada a sua mão e agradeci a todos os deuses que vieram a minha mente.

  - Você está chorando? - perguntou.

Interrompi o que quer que aquilo fosse, olhando para seus olhos azuis. Toquei meu rosto quente, percebendo que estava molhado. De lágrimas. Meu Deus.

Eu não chorava desde a adolescência.

  - Eu achei que você tinha morrido, seu filho da... - não consegui acabar, soluçando e devagar ele se sentou, provavelmente com uma dor exorbitante. Soquei seu peito repetidamente, sem conseguir parar de chorar. Não lembrava como fazer isso.

  - Ai, Natasha, meu Deus. - reclamou, abraçando o próprio corpo. Ele estava todo machucado, possivelmente com algo quebrado e eu havia agredido-o duas vezes. E mesmo assim ele me abraçou.

  - Você é a coisa mais linda do mundo chorando. - murmurou, e eu respirei fundo. - Droga, eu mandei você ficar me esperando voltar.

  - E desde quando eu faço o que você manda?

Ele sorriu, negando com a cabeça.

  - Não sei o que eu faria sem você.

  - Morreria. - sorri. Steve passou o polegar na minha testa, limpando sangue que escorria.

  - Eu não queria interromper esse momento, mas temos que tirar vocês daí! - Bucky gritou lá de cima.

  - Meu Deus. - Steve olhou ao redor, espantado. - É uma caverna subterrânea.

  - Aquilo é a coisa mais bizarra que eu já vi. - Bucky apontou para o centro da caverna. Escalei algumas pedras para conseguir ver do que ele falava.

A menina morta continuava sentada numa pedra, intocável, mas dessa vez aqui embaixo.

  - Meu Deus, ela continua plena. - Wanda comentou.

  - Eu oficialmente estou apavorada. - disse, me sentando de frente para Steve. - Precisamos cuidar de você primeiro. Onde dói?

  - Em absolutamente todo lugar. - disse, e eu senti o coração apertar.

Da minha mochila tirei um pano, começando a cuidar de um ferimento que sangrava bastante atrás da sua cabeça. Steve gemeu de dor a cada vez que eu tocava-o. Fui para os outros cortes e examinei seu corpo para ver se não tinha algo mais grave.

  - É impossível que não tenha quebrado nada. - eu disse, e Steve não respondeu. - Vamos.

Ajudei-o a ficar de pé, apoiando-o pela cintura para vencer as pedras. Assim que chegamos perto da menina senti um arrepio, e quando olhei para ele notei que sentiu também.

  - Estamos nessa juntos. - Steve disse, e assenti.

Ela estava horrível. Imagino que já tenha sido linda, feliz com sua família até a praga Romanoff chegar em sua aldeia. E morreu pelo peso de ser a única sobrevivente aos dragões. Ah, se eles soubessem o que realmente aconteceu naquele lugar.

O estado de conservação dela era bizarro. Ainda havia pele desfigurada e suja, não só ossos. A posição que ela estava era ainda mais bizarra, era como se meditasse com a mão estendida para nós.

  - E agora? - perguntei. Steve parecia saber exatamente o que fazer.

  - Agora eu vou tocar na garota morta. - disse, como se fosse normal.

  - Você vai pegar lepra, algo assim, Rogers.

  - Não é assim que se pega lepra. - ele disse, já caminhando para a morte mais uma vez. Tapei a boca, me virando um pouco para não vomitar. Steve caminhou até a menina e sem temor algum.

E segurou sua mão estendida.

Toda e qualquer emoção se esvaiu do corpo de Steve. Seus olhos ficaram negros como os de um demônio e fixos na parede.

Quis dizer algo mas estava em choque demais para qualquer coisa. Olhei para eles lá em cima. Estavam longe demais para falar algo, mas assistiam a cena em silêncio.

Segundos depois Steve deu um solavanco para trás, soltando um grito assustado.

  - Ei. - segurei seu corpo tremendo e vi em seus olhos terror. Ele parecia chocado. - Steve.

  - Vamos embora.

  - Deu certo? - perguntei e ele assentiu. - O que você viu?

Ele apenas segurou meu braço, me puxando dali. Olhei para a garota.

  - Espera. Quero fazer algo. - disse, me aproximando dela. Olhei no fundo do que deviam ser os olhos dela. - Nunca vai ser o suficiente. Mas eu sinto muito.

Fechei os olhos, e senti alguém encostar no meu ombro. Quando abri, a garota tinha sumido, deixado apenas a pedra que estava antes e vi que Steve estava a dois metros de mim.

  - Jesus, Maria e José! - gritei, saindo de perto daquilo. - Puta que o pariu! Pra onde foi?!

  - Aceitou suas desculpas. - Steve disse.

  - Porra cara, vamos embora. - eu disse, sentindo calafrios. Acho que vou ter pesadeloa para sempre.

Nos aproximamos deles, esperando do fundo do meu coração que tenham arrumado um jeito de nos tirar dali.

  - Cadê aquela coisa? - Bucky perguntou.

  - Saiu andando. - respondi, e ele arregalou os olhos.

  - O que você viu, Steve? - Loki perguntou.

  - Agora não, nos tirem daqui! - reclamei.

  - Então. Não é uma caverna. É um túnel! - Thor disse. - Um dos motivos de termos nos perdido foi que há rotas subterrâneas aqui também. Então aqui diz que se forem reto naquela direção - ele apontou para a direita. - Vão sair onde entramos.

Olhei para Steve. Ah, meu Deus, vamos morrer.

  - Não tem outro jeito de tirar vocês daí. - Wanda disse, com os olhos marejados.

  - Eles tem razão, nossas cordas não são desse tamanho. - Steve respirou fundo. - É só ir reto?

  - De acordo com aqui, sim. - Thor disse.

  - Okay. Vão encontrar os outros e nos esperem fora daqui, já em segurança. Nós vamos chegar lá. Não importa o que houver.

Eles assentiram. Steve segurou minha mão e demos meia volta, andando com cautela pelas pedras. Camuflada na parede da caverna havia uma porta. Coloquei um pé na parede e com as duas mãos usei toda minha força para puxa-la para mim. Na segunda tentativa e gritando pela força ela se abriu, batendo para trás.

  - Caramba, Natasha. - Steve disse, admirado e fiz uma reverência sorrindo.

Ele pegou a tocha pendurada na entrada, acendendo-a com um pouco de dificuldade. Steve segurou minha mão, olhando-me penetrantemente.

  - Estamos nessa juntos. - eu disse, e ele concordou. Mergulhamos naquele breu assustador e me senti meis segura com ele que em qualquer outro lugar.

(...)

Bevvan

— É impossível escolher a certa. - Yelena murmurou, com os olhos cheios de lágrimas. Menos um irmão, graças a Deus.

  - Meu Deus. - Sam tapou os olhos.

  - Todas as cobras são repetidas, tem mais de uma. - eu disse a ele. - Ache a única.

Por mais que eu quisesse morrer, eu queria ir logo para casa e acabar com essa missão suicida, até minha vontade de ser malvado acabou por conta de todo meu cansado. Sem contar que se ele morrer Natasha vai fazer um escândalo irritante.

Tthomas olhava para as cobras, completamente aterrorizado, mas mesmo assim tentava permanecer calmo e impassível. Seus olhos viajavam de uma cobra a outra e ele tremia toda vez que ouvia um chocalho de réptil nojento.

Ele suava, esfregando os olhos e Yelena estava prestes a ter um ataque cardíaco. Mas fala sério, se ele conseguisse achar a certa e a levasse pra casa, o que ele iria fazer com aquela coisa?

  - Ei. Qual seu nome? - Scott avançou um pouco, fazendo todas as cobras sacudirem seus chocalhos.

  - Scott. - Tthomas murmurou, completamente em pânico.

  - Desculpa! Podem parar com a música, por favor, meninas. - ele cruzou os braços. - Ó, senhor pelado das cobras, pode revelar seu nome?

Ele não disse nada.

  - Okay, eu sou o Scott. Eu sei que Tthomas parece ser apetitoso, mas tenho certeza que foi um mal entendido.

Algumas cobras começaram se aproximar de nós e Scott caiu para trás na água, assustado e se afastou assim como nós.

  - Eu vou ficar bem. - Tthomas disse, dando um sorrisinho pra Yelena. Não enganou ninguém, mas ela sorriu de volta.

Passou-se muito tempo, não sabia dizer quanto. Minhas pernas doiam incessantemente e eu estava exausto, mas Tthomas não conseguia escolher.

  - O que vamos fazer? - Hill perguntou.

  - Ele precisa escolher, ou vai acabar morrendo de sede sei lá. Aquela coisa vai ficar ali para sempre, se necessário.

  - Como você sabe tanto disso? - Yelena perguntou.

  - Eu sou muito inteligente e leio muito, se não notou.

  - Não notei! - Scott sorriu, me fazendo revirar os olhos. Se eu pudesse, jogava-o naquelas cobras sem nem pensar duas vezes.

Uma das cobras começou a subir em suas costas e Tthomas fechou os olhos tão forte que pareciam nunca mais abrir. Até que aquela ali parecia muito a Nat.

A cobra enorme deu voltas em sua cintura, subindo ao redor do seu pescoço e ficou ali, quietinha.

  - Acho que seu tempo está acabando. - Sam disse, nervoso.

Tthomas fechou os olhos, pensando. Depois de alguns segundos eles se abriram e um sorriso apareceu em seus lábios.

  - Loki, eu te amo. - disse, lançando um sorriso de quem tinha descoberto. - Espero que esteja certo.

Ele se levantou devagar.

  - Eu já fiz minha escolha. - ele respirou fundo, e vi que não tinha certeza.

Oh, céus, vamos ter uma carnificina aqui.

  - É essa. A que você está segurando. Eu escolho essa. - e apontou para o cajado.

  - O QUE? - Scott perguntou, exasperado. - E isso é uma cobra em que planeta?!

A voz de Loki veio a minha cabeça, segundo antes de eu ataca-lo.

" - Os antigs habitantes da aldeia veneravam cobras. Até acreditavam que o cajado do líder era uma."

  - Oh, meu Deus, ele não é tão burro quanto eu pensava. - murmurei.

Devagar, a cobra que estava enrolada nele desceu. As no chão começaram a remexer, se movendo e formaram um caminho. O líder esticou o braço, oferecendo o próprio cajado e Tthomas respirou aliviado.

Ele foi andando devagar até a figura horripilante e pegou das mãos dele o cetro.

E tudo sumiu tão rápido quanto apareceu. Yelena correu até ele, abraçando-o com força.

  - Isso foi incrível. - Sam tocou seu ombro.

  - Vamos sair daqui, por favor. - ele pediu, segurando o cetro.

  - O que é isso? - Hill se aproximou dele, analisando a pedra brilhante e azul no centro.

  - Não sei, mas algo me diz que Loki vai descobrir.

  - Devíamos ir. - eu disse, olhando para o céu que começava a descer no horizonte.

E demos meia volta, fazendo o percurso de volta.

(...)

Bucky

— Eu estou preocupada. – Wanda admitiu, olhando para mim com os olhos aflitos. Segurei sua mão mais forte.

— Eu sei. Estou também. Mas você sabe como a Nat é durona. E o Steve... bem, ele corre rápido. – ela sorriu, então minha tentativa de anima-la deu certo. Eu também estava com medo, mas aliviado de estarmos indo embora.

— Se eles morrerem... Nós vamos perder as cabeças também. – Loki comentou, recebendo uma cotovelada de Thor e Wanda engoliu em seco. – O que? É a verdade, e se ela não aguenta não pode ter esse poder.

— Ei, dá pra você calar essa boca? – eu disse, irritado.

— Você quer proteger ela, Sr. Buchanan, mas nem o senhor aguenta a verdade.

— Gente. – Wanda murmurou.

— Olha aqui... – eu disse, me aproximando dele mas Thor colocou um braço na minha frente. – O que, agora ele não aguenta a verdade no meu punho?

— Gente. Oh, meu Deus. – Wanda disse, completamente pálida como se tivesse visto um fantasma. Nos viramos devagar, entendendo-a no mesmo instante.

Dois jacarés imensos estavam parados atrás da gente. Eles eram verdes, escamosos com logo em seus cascos e tinha a altura de uma vaca e o tamanho do meu quarto. Os olhos de réptil eram orbes enormes e amarelas, os dentes do tamanho dos meus dedos e soltando uma baba grossa. Ninguém ousou respirar, sequer mexer nenhum músculo. Eles grunhiram alto, aquele som horrível dos jacarés que nos fez tremer.

Permanecemos no mesmo lugar até sermos arremessados por um terceiro que não tenho ideia de onde veio. Caí na água verde, completamente desorientado e ouvi o berro de Wanda. Me levantei, horrorizado e com a certeza de que aqueles monstros iriam rasgar meu corpo ao meio com um sopro.

Mesmo assim corri na direção da minha esposa paralisada no chão inundado enquanto Thor empunhava uma espada, correndo até Loki. Puxei Wanda para cima assim que a alcancei, fazendo-a correr. Um deles veio atrás de nós dois, grunhindo alto e Wanda arfou do meu lado, me empurrando para a outra direção porque outro vinha pelo nosso lado.

O medo e a adrenalina pulsavam em minhas veias, minha única preocupação era Wanda.

— TEMOS QUE DESPISTAR ELES! – Thor berrou, correndo com um Jacaré Gigante ao seu encalço. Ele quase foi mordido mas desviou rolando na água, já sem sua espada que havia perdido por aí. Vi Loki acender usas chamas verdes, jogando-as no ar para distrair a criatura. Que merda, por que ele não faz espetinho de jacaré com aquelas coisas?

Empurrei Wanda o mais forte que consegui, arremessando-a metros para longe de mim até a água e gritei para aquela coisa me acompanhar.

— CORRE! – berrei para ela, que relutantemente obedeceu. O som dos jacarés gigantes pisando no chão cheio de água era arrebatador, fazia tudo tremer e seus rugidos pioravam tudo. Eu completamente ofegante sentia o desespero correndo por minhas veias, não havia como fugir daqueles monstros. Senti-o arranhar minhas costas e gritei, sendo derrubado em seguida, tendo tempo apenas de sacar minha espada e colocar entre a boca gigantesca daquele bixo vindo na minha direção.

Gritei de dor, deitado da água e tudo que impedia o jacaré de me devorar era a minha espada cravada em seus dentes. Loki afastava o jacaré sanguinariamente louco para devora-lo com seus poderes enquanto corria e Thor subiu numa palafita para tentar se salvar, mas o jacaré arrebentou a casa numa cabeçada. Logo estaria na mesma situação que eu.

Olhei para aquele monte de dentes, gritando pelo esforço que fazia para chegar para trás e manter a espada me salvando da morte, aquela boca amarelada com baba escorrendo enquanto ele rugia e só consegui pensar em Wanda, ela estava a salvo. Até que ouvi um assovio alto. Os três jacarés gigantes levantaram as cabeças escamosas ao mesmo tempo.

Mesmo quase desmaiando de terror eu consegui ver o corpo de Wanda longe de mim, tremendo de medo.

— VENHAM AQUI, SEUS DINOSSAUROS NOJENTOS DO INFERNO! – Ela gritou, pulando no lugar e conseguiu o que queria, a atenção deles. Os três pararam de nos atacar e se viraram, correndo na direção dela. Não ouvi meu grito, nem meus olhos cheios de lágrimas de pavor, eu nunca senti tanto medo e desespero na vida. Eu gritava, completamente horrorizado e correndo atrás deles mas caí.

Caí no chão, a tempo de ver os braços de Wanda se acenderem, suas mãos incandescentes de vermelho escarlate e seus olhos acesos. Wanda gritou com toda força, e seus poderes explodira, como no quarto. Ondas escarlates se espalharam, fazendo os Jacarés pararem.

Era uma cena impactante, Wanda cercada por energia vermelha, com os cabelos voando e os olhos vermelhos com três Jacarés gigantes parados a um metro de distância dela. Eu nem consegui me mexer. Estava completamente imobilizado pelo choque.

— Saiam daqui. – ela ordenou, com a voz mais firme que já vi ela fazer, e foi questão de segundos até os bichos rugirem, passando por ela como um raio e desaparecerem entre as casas.

Ouvi passos, quando consegui olhar para trás vi Sam correndo até mim. Ele me levantou, e pude veros outros completamente em choque olhando Wanda com os braços cheios de energia e os olhos brilhantes. Thor estava caído no chão, Loki assistia a cena de boca aberta e eu comecei a andar na direção dela devagar.

Wanda não se mexeu quando parei de frente para ela, ainda com o corpo tremendo de medo e os olhos cheios de lágrimas. Devagar ergui o braço para tocar seu rosto e assim que meus dedos entraram em contato com sua pele a energia ao seu redor começou a se dissipar. Assim que seus olhos voltaram ao verde cintilante ela desabou nos meus braços.

Tthomas apareceu no meu lado, se agachando para tocar a testa da irmã. Olhei para ele, sem expressão. Toda minha capacidade de expressar emoção sumiu, eu só conseguia olhar para suas pálpebras fechadas, tentando assimilar que Wanda nos salvou.

— QUE MERDA ACABOU DE ACONTECER AQUI?! – Bevvan perguntou, quebrando o silêncio mortal ao nosso redor.

— Você sabe exatamente o que aconteceu, seu verme. – Tthomas disse.

— Cadê o rei e a princesa?! – Sam perguntou, olhando ao redor,

Thor passou a mão pelo cabelo, exausto e ferido, e Loki desviou os olhos.

— Cadê a minha irmã?! – Tthomas agarrou minha roupa e vi o desespero em seus olhos.

— Steve e Natasha acharam o que estávamos procurando, mas o chão desabou e eles caíram numa caverna subterrânea. – expliquei, e Tthomas me largou segundos depois, olhando para Thor pronto para desabar se algo tivesse acontecido com elas, só precisava da confirmação.

— Eles estão bem, Steve se feriu mas há uma rede de túneis aqui em baixo e eles vão nos encontrar na saída do pântano. – ele explicou. Tthomas agarrou os próprios cabelos, se afastando com os olhos fechados. Yelena colocou a mão em seu ombro enquanto Samse contentou em manter os olhos no chão.

—Onde acharam isso? – Loki foi até Hill, que segurava um negócio grande com uma pedra brilhante a ponta pontuda.

— Você sabe o que é? – ela perguntou.

— Oh, meu Deus. Sim. Definitivamente. – ele pegou da mão dela, fascinado.

— Vamos embora daqui, agora. – Yelena disse, irritada, já seguindo Tthomas. Eu peguei minha princesa no colo, mantendo-a deitada no meu peito.

Thor contou a eles tudo que aconteceu com a gente enquanto Sam contou o que aconteceu com eles, e andamos o mais rápido possível até nosso “porto” improvisado. Finalmente chegamos e entrei no barco, deitando Wanda no chão e fiquei ao seu lado, rezando para mais nada acontecer com a gente. Wanda acordou no meio do caminho enquanto Thor remava e apenas me abraçou, sem dizer mais nada.

— Espero que eles estejam bem. - Sam murmurou, olhando ara o céu que agora era um pôr do sol.

Conhecendo Steve, enquanto Natasha estiver viva e com ele, ele vai estar mais do que bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente kkkkkkkkkkkk e eu que to aqui de madrugada sozinha e fiquei morrendo de medo da garota morta, levei um susto gigantesco com meu travesseiro achando que era ela kkkkkkkkk enfim, boa sorte

Esse capítulo foi """""light""""" e prometo que no próximo acabou essas tretas, eles vão voltar pro castelo e vou focar no:

CASAMENTO

nao aguento mais vcs me cobrando essa droga, vamos lá. Vote, siga-me aqui e comenta!!!!! Pleaseeee, já volto.

eu: a
vcs: e o casamento????

bjs sigam @romanoff.rogers no insta e tenho mais fics no meu perfil!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Castle" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.