Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 22
XXII - Insano, completamente doido


Notas iniciais do capítulo

HEYYYYYY guerreiros, fui rápida, né?????
genteee consegui colocar imagem no capítulo, não creiooooo, ahahahshahahaha to felizona.

Só lembrando que agora posto as fanfics no Wattpad e no Spirit, se alguém aí preferir.
E siga @romanoff.rogers!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761459/chapter/22

Vós que entrais, abandonai toda a esperança.— Dante Alighieri

Quando os últimos homens foram rendidos, a noite caiu. Escura, densa, mal dava-se para ver a lua, e Roger estava uma bagunça completa.

Mesmo a noite, foram ordenados a todos os soldados remanescentes a fazerem ronda e todos os funcionários foram ordenados a recolherem os escombros e fazerem uma pilha enorme com o que conseguissem carregar, para serem reaproveitados para concertar a muralha e a parte que desabou do castelo Roger.

Steve encarou toda aquela destruição e homens sendo levados ao calabouço completamente acabado. Psicologicamente detonado. Eles haviam perdido, isso era óbvio. Seus olhos pararam nos corpos sendo retirados do hall do castelo, onde os feridos estavam sendo mantidos e cuidados pela equipe do hospital, mas eles eram pucos para os muitos feridos, então um time de curandeiros estava vindo correndo do sul.

Sua expressão estava travada, ele se sentia incapaz de se mexer. Sam dava as ordens, vendo o estado do amigo.

— Podemos reconstruir isso. - o moreno disse, encarando seus olhos estáticos. - Não é o castelo que te faz rei, é isso. - e apontou para o peito de Steve, antes de sair.

— Steve. - a voz de Bucky o fez virar instantaneamente, o amigo estava completamente bem, graças a Deus. - Você está bem?! Está sangrando.

Ele assentiu, sem conseguir dizer nada.

— Cadê a Natasha?

Steve sentiu a garganta fechar e o próprio corpo parar de responder a ele.

— Eu não sei. - ele respondeu, trêmulo, e Bucky o abraçou, sentindo o medo irradiando dele. - Não sei onde ela está, Bucky.

— Ela está bem, eu tenho certeza, vai aparecer daqui a pouco.

— Steve! - Tthomas gritou, descendo do cavalo num pulo. O garoto estava completamente desorientado, com os olhos cheios de lágrimas e as mãos tremendo.

— Fala, Tthomas! - Bucky disse, sentindo o amigo prestes a desmoronar de ansiedade.

— Ela sumiu. Natasha sumiu, Rogers, ela não está lá. - uma lágrima caiu de seu rosto perfeito.

Steve se afastou, completamente dormente. Sentiu-se caindo, mas seu corpo estava erguido. O coração apertou tanto que ele arrancou a parte de cima da armadura e a jogou no chão, antes de sentar nos degraus da escada, com as mãos apertando o cabelo.

Ele rezou. Pediu pelo amor de Deus para ela não estar morta em algum lugar. Ele implorou. De olhos fechados, lágrimas presas impedidas de cair e as mãos passando pelo cabelo desesperadamente.

— O que eu faço, Bucky. - O loiro balbuciou, se esforçando para respirar, em pânico.

— Steve, presta atenção. Tem pouco tempo, ela pode aparecer, eu tenho certeza de que ela está bem! - Steve prestou atenção nas palavras dele. - Mas agora precisamos procurar por ela, tudo bem?

— Ok. - Ele respondeu, se levantando e respirou fundo.

Seja um rei, Rogers, ele pensou consigo mesmo.

— Sam! - Steve chamou, e ele foi rapidamente até ele. - Natasha sumiu.

— Ah, meu Deus. - Ele murmurou.

— Prioridade máxima acha-la. Espalhe, todo mundo deve saber. - O loiro disse. - Vou falar com o meu sogro.

Steve se virou, sendo acompanhado por Bucky e Tthomas, que estava completamente abalado e preocupado.

— Não vou parar até acha-la, eu prometo. - Steve disse, e Tthomas assentiu, fazendo todo esforço do mundo segurando as lágrimas.

Os Starkianos avançarem até o segundo andar, mas ainda bem que foram detidos antes de terem acesso aos nobres. Os corredores ainda tinham sangue e poeira, todos se esforçavam para limpar e arrumar tudo.

— Bucky, melhor você ficar no quarto da Wanda. - Steve sussurrou, para Tthomas não ouvir. Todos eles pensavam que Wanda estava isolada, por uma doença que temiam ser contagiosa, e Bucky ficava em seu próprio quarto, e não no dela. - Não acho que Volo vai tentar feri-lo estando aqui, mas melhor prevenir. Ele não sabe que sabemos.

— Tudo bem. - ele concordou, tocando o ombro do melhor amigo, antes de subir as escadas.

 

Dois homens vieram até Steve.

— Senhor, precisam saber se vai querer que os construtores venham amanhã.

— Agora não. - Steve dispensou, nervoso.

— Senhor já temos o valor inicial as carroças para transportarão os escombros, mas ainda há os mortos!

— Reúna os corpos em pilhas no campo de batalha, os daqui de dentro leve pra lá. - o rei murmurou, sem parar de andar.

— E o valor, senhor?
Steve estava pronto para socar o criado, quando Gal Rogers apareceu.

— Deixe comigo. - ele disse, pegando os papéis das mãos do homem que suspirou aliviado.

— Não preciso da sua ajuda. - Steve disse, ríspido, sentindo tudo o afetando como mil espadas.

— Precisa sim. Não tomarei nenhuma decisão importante, reunirei tudo e mais tarde deixo em suas mãos. Sua noiva sumiu, vá acha-la. - ele disse, e o loiro desviou os olhos com uma camada de água os combrindo, seguindo o corredor já cheio de velas.

Pessoas corriam de um lado para o outro, criados limpavam, guardas faziam ronda, outros funcionários ajudavam a terminar a evacuação da área leste inteira, com medo de mais quedas de escombros. Todos estavam terrivelmente abalados e trabalhavam nervosos e falhamente.

Logo obteve respostas sobre onde Volo estava junto com Bevvan e tenentes de Romanoff, e entrou no quarto.

— Que porra foi essa?! - Bevvan falou, nervoso, com medo. - O castelo foi atingido?
— Sim. A Ala leste inteira desabou. - Respondi, sem rodeios. Ele arregalou os olhos, encostando na janela. Volo parecia entediado.

— Eles conseguiram entrar no castelo?

— Sim.

— E não tem mais risco de desabar?

— BEVVAN! - Tthomas o parou, gritando, completamente alterado. Ambos os Romanoffs o fitaram surpresos. - CALA A PORRA BOCA!
Um silêncio reinou na sala.

— Natasha sumiu. - O loiro disse, temendo a reação do rei de Romanoff.

Volo ficou em silêncio. Nem Bevvan ousou dizer nada, apenas olhava para o pai, em choque.

— Como assim. - ele disse, com calma, mas era perceptível que uma enorme ira borbulhou por suas veias, subindo, aumentando, prestes a explodir.

— Natasha ignorou minhas ordens e desceu para combater no front lá em baixo. Destruiu uma catapulta de 10 metros. - ele contou, sentindo a garganta prender ao continuar.

— Ela não voltou. Quando fui atrás dela, ela havia sumido. Não estava lá. - O irmão disse, respirando fundo.

Volo estava em silêncio, com os dedos cheios de anel unidos em cima da boca. Estava pensando. E quando uma mente diabólica pensa, ela pensa de verdade.

— Gêniozinho desgraçado. Eu devia ter pensado que isso iria acontecer, Natasha burra, burra, menininha insolente.

Agora ele falava consigo mesmo, ainda pensando. Steve teve que se segurar ao ouvi-lo dizer isso dela.

Bevvan começou a rir. Todos olhamos para ele, menos Volo, que claramente não ligava e continuou pensando.

Ele ficou rindo, e rindo.

— Para de rir! - Tthomas gritou, com raiva.

— Parece que a rainha de Romanoff não vai ser a Natasha, vai ser eu!

Ele não pode continuar, Tthomas o acertou um soco bem dado que o fez cambalear.

— CALA A BOCA!

— NÃO ME ENCOSTA! - Bevvan gritou, antes de acerta-lo também, que revidou e o derrubou no chão. Eles trocavam socos, gritos e tapas, jogando um ao outro no chão como duas crianças. Steve encarou Volo, que ainda pensava.

— Tenho meus contatos, vou descobrir onde ela está. - Volo disse, cruzando os braços. - Mas se ela estiver morta...

— Não está. Posso sentir. - Steve disse, prendendo a respiração. Tentando manter o controle. Volo riu, negando com a cabeça.

— Vós que entrais, abandonais toda a esperança. - Ele citou a famosa frase dos portões do inferno segundo Dante. - Guerra é o inferno, Steve.

O loiro deu meia volta, cerrando os punhos. A guerra só começou por causa de você, seu velho maluco!

— Tem tanta coisa que vocês não sabem. - ele murmurou, mas Steve ouviu.

Foi andando até a próxima guerra que travaria.

Ir até os confins da terra para achar Natasha.

(...)

Steve

— O muro pode ser reconstruído inteiro em uma semana, se trabalharmos muito rápido e tudo sair como o planejado. - O homem barbudo explicou. Eles estavam reunidos numa mesa enorme colocada em uma das parte elevadas que eu observava a batalha horas atrás.

Era muito cedo, mas assim que clareou o trabalho voltou a ser eficiente. Ninguém dormiu. As carroças chegavam para transportarem os escombros, depois de grande parte dos corpos terem sido removidos e suas armaduras e armas coletadas.

— O castelo já é mais complicado, meus homens estão fazendo um mapeamento completo dos danos. Sugerimos que a estrutura seja refeita, e em seguida, assim que possivel, a parte de fora, para ficar protegido. Isso eu julgo... Cerca de um mês. - Fiquei impassível, mas minha vontade era esfregar o rosto e abaixar a cabeça. - E a parte estética, dentro dos cômodos... Semanas.

— E os valores? - perguntei ao economista do meu pai.

— Calculados cerca de... Um milhão e meio de ultrons.

— Jesus. - Gal disse, jogando o corpo para trás.

Perdi meu olhar nas montanhas, depois no céu. Eu tinha cada estratégia decorada na minha cabeça. Sabia de cor e saltiado como seria o ataque que realizarei a Tony. E ele terá que se render, não há outra opção plausível.

Continuamos discutindo vários assuntos com dezenas de homens diferentes, se sentando e levantando, desde donos de carroças até curandeiros e criados. Fui informado da morte de vários criados e uma família inteira de nobres que se refugiou na área leste.
Sam colocou tenentes que conheciam o rosto de Natasha muito bem fiscalizando cada carroça de mortos. Encontraram algumas mulheres ruivas mortas e nenhuma era ela, graças a Deus. Patrulhas vasculhavam o bosque, ela pode ter fugido pra lá. Além disso, eu não podia fazer nada.

Ela era tudo que eu pensava. Não pensei em morte, ela não pode estar morta, ou eu estaria também. Meu coração sentiria. Mas imagina-la sozinha, em perigo ou ferida em algum lugar, esperando por mim, fez meu coração partir em mil pedaços.

— Senhor, os outros irmãos Romanoff estão aqui. - um guarda disse.

Certo, agora aquele reino estava definitivamente perdido. Todos, absolutamente todos os homens Romanoffs vivos estavam aqui. Logo apareceriam seus avós mortos para a festa.

Me levantei, aumentando a coroa em minha cabeça e desci as escadas de pedra, um pouco nervoso. Avistei primeiro o garoto mais branco que já vi na minha vida. Seus cabelos negros como os de Tthomas eram bem enrolados e caíam na altura da orelha. Seus olhos verdes, idênticos aos de Natasha e Wanda, era como se estivessem mortos, presos num ponto qualquer.

Chharles, o irmão cego. Eu só havia visto ele umas duas vezes, sempre quieto. Volo praticamente o escondia. Sua túnica era preta com detalhes vermelhos, parecia muito um vampiro das histórias que minha mãe lia pra mim.

O outro, era até bronzeado. Wanda disse que ele mora mais ao sul, onde é calor. Cabelo perfeitamente cortado, olhos marrons escuros como os de Bevvan, e com ele estava uma mulher de beleza extraordinária e com um vestido bonito, negra com cabelos ondulados gigantescos.

Foi um casamento arranjado para Volo conseguir negócios com um país bem ao sul, no antigo continente da Africa. Uma garotinha baixinha e magra de tranças, bem morena, saltitava nos pés dos pais sérios.
Assim que aproximei, eles fizeram uma reverência que eu devolvi.

— Estamos muito gratos por terem vindo. - Eu disse, amigável.

— Não há o que agradecer. - Mattheos disse. - Sentimos muito pela sua perda, Steve.

— Obrigado.

— Essa é minha esposa, Khamila Romanoff, de Wakanda.

— É um prazer, majestade.

— O prazer é meu. - Beijei cordialmente sua mão, e ela sorriu, simpática. - E quem é essa garotinha?

— Responde o rei, querida. - Khamila disse, tocando as costas da menina com vergonha.

— Sou Naara, majestade.

— Muito prazer. - apertei sua mão, sorrindo, ela pareceu gostar de mim. Me ergui, olhando para o outro irmão impassível ao seu lado.

— Chharles. - Cumprimentei, mas ele apenas mexeu a cabeça na minha direção. Mattheos sorriu, desconfortável.

— Ele é muito apegado a Asha. E a Wan. Meu pai não liga, mas nós ligamos.

— Enjani yona inqaba eyoyikisayo. - Naara disse algo em seu idioma nativo, já havia ouvido há muito tempo, mas não tinha idéia do que significava, mas ela fez uma careta olhando o castelo, o que foi auto explicativo.

— Naara, ungayithethi loo nto, yayiyikratshi. - Mattheos a respondeu, parecendo irritado. A menina apenas ficou quieta, olhando ao redor curiosa.

— As coisas estão muito difíceis aqui hoje. - comecei a andar, e eles me seguiram. Estava melhor e mais limpo que a situação de antes, mas ainda sim havia sangue em alguns móveis, e Naara pareceu com medo, porque subiu para o colo do pai. - Vou indicar os quartos de vocês, e levarei vocês dois até Volo, ele quer ver vocês.

Era impressionante como Chharles era independente. Wanda disse que ele treinou com monges cegos e tem um tutor, Matt Murdrock, que é um guerreiro cego excepcional. Mas mesmo assim era admirável, ele mesmo sem bengala andava sem esbarrar, com cautela, mas não bateu nenhuma vez. Acho até que percebeu que eu o estava observando discretamente, e virei a cabeça.

Os conduzi até uma porta e informei que era o quarto de Chharles, o outro o de Mattheos e Khamila. Ao lado, abri a porta para Naara entrar e ver os vários brinquedos que mandei trazerem de todo canto pra ela, em tempo record, quando soube que eles viriam, hoje de manhã.

— Uau! É lindo! - ela sorriu, agarrando uma boneca.

— Agradeça ao Steve, Naara. - Mattheos pediu.

— Obrigada.

— Não precisa agradecer, princesa.

— Brinca comigo, Umama. - reconheci que é a palavra para mãe em Xhosa, o idioma falado em Wakanda.

— Tá bom, vamos. - ela segurou a mão da filha e entrou no quarto.

— Ele está irado, não é?

— Sim. - concordei. Olhei para ele e vi que me analisava. Wanda disse que ele é muito inteligente, e como um Romanoff, provavelmente o mais calminho deles.

— Ela simplesmente sumiu? - Ele perguntou, com dor na voz. Até tentou esconder, mas não conseguiu.

— Sim, não temos pistas do que pode ter acontecido com ela. Conversei com um soldado, o último a ve-la, ele a viu cair. Acreditamos que ela está ferida.

— Acho que ela fugiu. - Até levei susto com a voz de Chharles.

— O que? Por que? - Mattheos perguntou.

— De você. - ele disse, apontando para mim, ainda sério. Fiquei completamente sem reação, apenas continuei encarando-o.

— Fugindo de mim.

— Sim, e desse reino maluco.

— Natasha não faria isso, Chharles, você está com algum problema?

— Sim, eles estão mentindo. - Ele apontou pra mim, que usei todo meu auto controle para não arregalar os olhos. Ah, meu Deus.

— Do que você está falando?

— Eles estão mentindo, tem algo acontecendo aqui. - achei que ele aumentaria o tom, mas falava com a maior calma do mundo, andando lentamente. Só faltava revelar que Wanda é uma bruxa e está em coma.

Mattheos ficou quieto e resolveu ignora-lo, pelo menos foi o que achei. Mas eles pareciam conversar em um tipo de conexão de irmãos. Bati na porta e no mesmo instante Bevvan abriu, com uma cara irônica.

— Ora, ora. Todos os homens Romanoffs unidos para concertar as merdas das mulheres Romanoffs. - Ele sorriu, encostando no vão da porta, ignorando minha existência.

— Vai pro inferno. - Chharles falou, fazendo questão de bater em seu ombro ao passar.

— Chhar, tem um negócio no seu dente, bem aqui, olha! - Bevvan sorriu, adentrando o cômodo.

— Droga, eu odeio vocês. - Mattheos diz, seguindo todos.

Me senti um peixe fora da água.

— Eu vou te bater de novo, Bevvan, cala essa sua boca imunda. - Tthomas, sentado no sofá disse, sem olhar para os irmãos.

— Quer apanhar vem, querido. - ele murmurou e Tthomas riu, negando com a cabeça.

— Coitado.

— Com licença! - Falei, finalmente saindo daquela sala. Onde eu estava me metendo?

Tthomas

— Foi tarde. - Bevvan disse, se sentando no sofá ao lado do pai, que estava quieto.

— Oi, pai, tudo bem com o senhor? - Mattheos ironizou, se deitando na cama.

— Fiquem quietos. - meu pai disse, ainda concentrado.

— Quando ele fica assim já era. - falei, revirando os olhos.

— Pai, você pode por favor dizer algo? - Mattheos pediu, irritado. - Nossa irmã sumiu, o que a gente vai fazer?

— Esquecer ela e me colocar no trono. - Bevvan sorriu.

— Por que não se oferece pra casar com o Steve também? Eu sei que você quer. - Chharles disse, e eu gargalhei alto. Bevvan se levantou, arregaçando as mangas para ir até ele, que apenas sorriu e fez sinal para ele ir até lá.

— Senta aí! - Volo disse, se levantando, e depois apontou para Chharles e o lugar que ocupava antes. O garoto se sentou, cruzando os braços - Steve Rogers não é nosso aliado, vocês não podem confiar nele. É só a gente.

— Ele está nos ajudando a sair da bagunça que você causou. - Murmurei. - E ele é legal.

— Você tem alguma ideia do que aquele colar faz? Tem ideia do que o Barão Zemo faz? Sabe quem assassinou Maria e Howard Stark? Sabe de alguma coisa relevante? Não? Então fique quieto. - ele sorriu simbolicamente. - No fim dessa guerra Roger e Stark estarão destruídos. E Romanoff vai ascender.

— Isso é loucura. Como vai fazer isso? - Mattheos pergunta, sentado de braços cruzados.

— Já estou fazendo. Cada um de vocês tem um papel no meu jogo, e precisamos da Natasha pra conseguir isso, a irmã de vocês é a peça chave pra tudo.

— Eu acho que você super estima ela demais. - Bevvan cruza os braços. - E se ela não quiser te apoiar?

— Ah, ela vai. - Ele sorriu, novamente escondendo informações. - Sei exatamente como faze-la fazer o que eu quero.

— E como assim os Starks foram assassinados? Não foi acidente? - Chharles perguntou, de cenho franzido.

— Não, meninos. Tem muita coisa que vocês não sabem. Eu tenho olhos em todos os lugares, sei exatamente tudo que acontece. Se confiarem em mim vamos ser os mais poderosos desse continente. Mas precisam confiar em mim.

— Como vamos confiar em você se nos esconde tudo? - perguntei, me levantando. Ceus, aquele velho é maluco. - E a mamãe? Ela não vai voltar? Estamos aqui perdendo tempo ao invés de procurar Natasha. Wanda, Deus, a irmã de vocês está doente! Você está alucinado, pai.

— Sua mãe vai voltar, sim. Em breve irão ve-la, preciso dela pro plano. Wanda não é necessaria, ela pode se recuperar em paz.

Esfreguei os olhos, irritado.

— Que droga de plano é esse, pai? - Mattheos disse, parecendo cansado.

— Se o Tthomas já tiver acabado, eu digo o que cada um de vocês deve fazer. Mas preciso saber se todos vão querer jogar, porque não é um jogo limpo. Ninguém chega ao topo jogando limpo.

Olhei para o rosto de cada um dos meus irmãos. Eles estavam aceitando a ideia maluca de dominar o mundo do meu pai.

— Mattheos, pode ser o maior estrategista da história, o responsável por guiar os planos de dominar Stark e Roger. - meu pai disse, e o vi engolir em seco. - Riquezas, sua filha, não precisa nem olhar mais na cara da sua esposa chata, não precisaremos de Wakanda.

Ele olhou para Chharles.

— Chharles, deixaria de ser o príncipe cego pelo qual todos sentem pena e sim o maior, mais rico e mais conhecido pianista, príncipe do mundo.

Seus olhos pararam em mim.

— Tthomas, o guerreiro mais temido, dilacerador de homens, o príncipe da morte, sair da sombra de Steve Rogers. - senti meus olhos desviando, pura vergonha. Estava com raiva dele, minhas unhas coladas na pele provam isso. Me senti tentado a aceitar, o que fez minha raiva só aumentar.

Ele parou atrás de Bevvan, colocando a mão em sua cabeça.

— Vou poder ser rei?

— Sim, se você quiser. - Volo respondeu, sorrindo, todos nós arregalamos os olhos, me vi até inclinar para frente. - Será maior que isso, finalmente vai ser o homem por trás do reinado de uma mulher.

— Está dizendo... - ele engasga, olhando pra cima abismado. - Natasha... Casar com... a minha irmã...

— Ela já vai ter filhos com o rei descartável de Roger, mesmo.

— Ai meu Deus, que nojo. - Ele murmurou, fazendo careta. Senti meu estômago revirar, assim como todos eles.

— A escolha é sua, ser rei ou não ser rei. - ele sorriu, com as mãos em seus ombros. - Natasha é muito mais forte que você, querido, olhe pra você. Incapaz de se relacionar com mulheres, coitadinho, sua única chance de chegar no topo é passar por esse sacrilégio.

— DEUS, VOCÊ É LOUCO! - Explodi, me levantando. Todos olhavam pra mim, extremamente incomodados com o papo que meu pai lançou, ele realmente esperava que a gente aceite essa doidera sem mais nem menos?

— Tthomas...

— Você quem devia estar preso naquela torre no norte, pai, JESUS! Isso me faz questionar se foi realmente a mamãe que empurrou aquela criada da torre do castelo!

Todos olhamos para ele. Não disse nada. Desgraçado

— Meu Deus. - Chharles murmurou. - Foi você.

— VOCÊ É NOJENTO, COMPLETAMENTE INSANO! Vai destruir todos nós! - gritei, eu exalava raiva, já andando de um lado ao outro. Ele só ouvia. - Vocês vão aceitar essa loucura?

Olhei para o rosto deles. Chharles ficou quieto, Mattheos desviou o olhar e Bevvan cruzou os braços.

— Não sei se casar com a pessoa que mais odeio no mundo vale a pena para ser rei, mas... Não gosto nem dos Rogers nem dos Starks.

— Meu Deus! Vocês todos são loucos, completamente malucos! Deve ser de família. - esbravejei, indo em direção a porta. - Não conte comigo, óbvio!

— Só preciso que faça uma coisa pra mim, então pode ir embora, depois te faço curvar a minha vontade. - ele falou, e eu gargalhei, andando com passos largos para sair de perto daquela nojeira que ele chamava de corpo. - E Tthomas, se contar essa conversa para alguém, Yelena vai pagar.

Parei bruscamente, olhando para o desgraçado que sorria.

— Vamos começar, meninos.

Bati a porta atrás de mim com toda força e fui andando até o quarto, batendo a porta novamente. Comecei a gritar o mais alto que consegui, despejando toda minha raiva em espelhos, vasos de cerâmica e cravei a espada na pedra, irado.

Sentei no chão, sentindo os olhos encherem de lágrimas. Só queria Yelena comigo, queria achar Natasha e que meu pai morresse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acho que deixei bem claro que o Bevvan é gay, né kkkkkkkkkkkkk. Cara, o Volo é a coisa mais sei lá, doido é pouco pra descrever esse cara, ta repreendido. O que acham que aconteceu com a Natasha? GOSTARAM DE CONHECER O CHHARLES E O MATTHEOS, FINALMENTE?

curiosidade: Xhosa é a língua de Wakanda mesmo, eu não bati no teclado aleatoriamente pra formar aquelas frases kkkKkkkkkk. Esse é um dos idiomas falados na África do Sul, e usaram em wakanda.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Castle" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.