Photograph escrita por Anny Taisho


Capítulo 11
Possibilidades Nulas


Notas iniciais do capítulo

Gente do céu!!! Eu ainda estou em choque, foram 25 comentários no cap passado!! Eu preciso dizer o quanto eu amo vocês?? kkkkkk Nossa, eu fico tão contente e empolgada a continuar a fic!! Cada comentário é muito precioso para mim. Obrigada pelo carinho.
E bem vinda Diana, você foi uma princesa chegando agora e deixando comentário em cada capítulo!! Kisskiss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/760988/chapter/11

Sarada tinha saído da faculdade naquele dia e ido visitar Tsunade. A mulher estava indo embora da cidade depois de sua temporada prolongada e queria falar com ela. A menina até já imaginava do que se tratava. Como prometido, ela não disse nada sobre seu trabalho da Uchiha Corp a mãe, o que agradecia muito.

Respirou fundo e subiu pela recpção até o apartamento. E quando ela abriu a porta ganhou um abraço. Gostava muito dela.

— Tsunade-obaa-chan.

— Ainda bem que veio, eu queria dar uma olhada nessa sua testa enorme antes de ir embora.

Sarada fez uma careta.

— Minha testa não é grande!

— Imagine, só dá quase para fazer um anúncio ai, Sakura e você tem a mesma testa.

A médica riu. Sarada sempre reclamou de só ter herdado da aparência da mãe a testa, mas de fato era um pouco de drama. A menina tinha a cara dos uchihas, mas havia pequenos traços da pupila naquela criança.

— Então, vai fazer o que de volta a Kyoto?

— Voltar a viver minha vida, eu acho que já me cansei de hotéis. Não dá para fugir para sempre. 

— Eu vou te visitar nas férias.

— Não, você vai fazer alguma coisa que os jovens fazem, e não visitar uma velha. Mas então... eu acho que temos um assunto para terminar.

Sarada olhou para o chão e suspirou.

— Sim, temos...

— Você ainda está trabalhando na Uchiha Corp?

— Estou e eu fui meio que promovida... – sorriu com a mesma cara de quem tinha aprontado que Sakura fazia quando era jovem.

— Garota, é bom começar a falar. – disse se sentando.

Sarada contou do trabalho, da reunião, de como ela tinha salvado o contrato da Uchiha Corp, sobre como era a estagiária na presidência agora, o trabalho que fazia... Ficou quase uma meia hora falando.

— Eu pensei que só ia dar uma espiada e cair fora.

— Era o plano, mas... Eu gosto do trabalho sabe! Eu tenho aprendido tanto, Karin-san e Sasuke-san fazem uma dupla tão boa administrando a empresa. E ele é um programador incrível!!

Tsunade mexeu as sobrancelhas, então Sasuke e Karin estavam juntos? Bem, parece que a vida tinha moldado algumas histórias. Lembrava bem dessa garota e como a presença dela tinha afetado o relacionamento da pupila.

— Sarada, cuidado, você está entrando em um terreno muito perigoso.

— Eu não vou falar nada! Eu já disse isso e eu gosto do trabalho!

— Você pode arrumar outro estágio.

— Não vai ser tão bom... – disse suspirando.

— Querida, eu sei que está empolgada vendo esse homem e como isso alimenta sua imaginação, mas será que vale a pena se machucar assim? Ficar olhando algo que não vai ter, afinal, se não pretende contar, você nunca vai passar de uma funcionária para ele.

E esperava muito que o Uchiha mantivesse os olhos longe de Sarada, ele era um garotinho cheio de olhos para as garotas quando o conheceu. Dava até arrepios pensar nisso.

— Eu não estou me machucando, estou só aprendendo! Eu sei que ele nunca vai saber quem eu sou, mas eu gosto do trabalho e me ensina muito. Um dia eu quero ser presidente da SUNA & CO.

A menina era cabeça dura como a mãe. Nem um machado ia abrir a cabeça dela. Sarada estava se afundando em areia movediça. Uma hora ia ficar sem saída. Pensou seriamente em contar a Sakura, mas sabia que ela ia acabar indo embora do Japão no primeiro voo e nunca mais permitir que a filha pusesse os pés ali. E isso podia afetar tanto a relação delas.

— E não pensa em contar para sua mãe?

— Ela ficaria furiosa! E agora a mamãe está tão bem, ela reecontrou uma amiga da faculdade e as duas estão super próximas. Ela saiu para comer e dançar esses dias, voltou a fazer luta. Não tire isso dela dando uma preocupação desnecessária.

A velha médica estava entre a cruz e a espada. Não queria que nenhuma das duas se machucasse, principalmente Sarada, tão jovem e cheia de sonhos. Ficar perto daquele homem ia fazer aquela história vir a tona a qualquer momento e seria um bomba que deixaria muitos efeitos colaterais.

Mas afastá-la ia fazê-la ter tantas perguntas sem resposta. Kami-sama podia ajudar dando uma resposta a suas preces. Ficou ouvindo ela falar animadamente do trabalho e acabou decidindo ficar quieta. O destino tinha suas próprias rotas e talvez aquela fosse a melhor rota para a jovem morena.

— Eu não vou dizer que apoio sua decisão, Sarada, eu acho que está sendo inconsequente, mas você é uma jovem adulta e tem que aprender que ações tem consequências. O que está fazendo, uma hora vai voltar em forma resultado e eu espero muito que isso não te machuque demais ou a sua mãe e até mesmo o bastardo do Uchiha.

— Você não gosta mesmo dele.

— Eu nunca gostei e eu sempre fui muito boa em julgar caráter, mas a senhorita é jovem e quer fazer seus próprios julgamentos. Não está de todo errado, mas eu fiz a minha parte.

— Não vai contar a mama-chan, vai?

— Não. Eu vou deixar o destino tomar seus próprios rumos, mas lembre-se sempre, ao abrir uma caixa fechada há muito tempo pode encontrar uma relíquia ou um esqueleto. E você pode não gostar das histórias que vem com o esqueleto.

— Eu sou uma garota grande, sei bem o que estou fazendo.

— O tempo vai dizer quem de nós tem razão, mas agora por que a gente não liga para sua mãe, fala que está aqui e chamamos ela para comer? Eu quero passar um tempo com as minhas duas pessoas favoritas antes de ir para casa!

— Tá! Eu vou ligar! Obrigada por me escutar, eu queria tanto dividir isso com alguém!

— De nada... eu acho. – afinal não sabia se fazia certo em apoiar aquelas sandices.

—-----------------------

—--------------------------------------------------

Na manhã seguinte Uchiha Fugaku e Mikoto entraram pela porta principal da empresa. Eles estavam vivendo numa propriedade da família no interior desde que o marido se aposentou de vez. Era uma mulher com pouco mais de 60 anos, mas de uma beleza ainda visível em sua elegância e educação. Fugaku entrou conhecidos na recepção e foi conversar com eles, enquanto ela seguiu para sala da presidência.

E ao entrar só havia uma mocinha desajeitada atendendo o telefone.

— Eu vim falar com meu filho, Uchiha Sasuke, pode me anunciar?

Viu os olhos da garota crescer em susto ao tomar ciência de quem era ela e depois de gaguejar um pouco ela respirou fundo.

— O... Uchiha-san está em uma reunião e pediu para não ser interrompido, mas pode esperar que eu busco um café ou algo assim.

— Tudo bem, eu não estou com pressa. – disse se sentando – Fique calma, minha jovem, eu não mordo ninguém e vou aceitar o café.

A menina levantou e foi atrás de atender a matriarca da família. Mikoto pegou o celular e deu uma olhada nas notícias. Karin devia estar em reunião com o filho. Recebeu o café e ficou sentada ali por quase uma hora até que ouviu conversa no corredor.

Viu o filho entrar na antessala seguido por uma mocinha de cabelos negros que chamou sua atenção. Ele franziu o cenho ao vê-la ali, mas se apressou em se aproximar para abraça-la.

— Você chegou mais cedo, mãe.

— Eu e seu pai não tínhamos muito o que fazer em casa e pegamos a estrada cedo. Onde está Karin?

— No hospital fazendo exames. Essa aqui é a minha estagiária, Sabaku no Sarada.

— Olá querida. – sorriu olhando direito para ela e estranhamente parecia estar olhando num espelho para o passado –

— Bom dia, Mikoto-san, é uma satisfação conhece-la.

— Eu digo o mesmo, tem um minuto para sua mãe, Sasuke?

— Claro que sim. Sarada, cancele a outra reunião e remarque, eu vou atender os meus pais. Se quiser, depois disso está dispensada.

— Hai, Sasuke-san.

— De onde saiu essa mocinha? – disse curiosa –

— O RH... ela salvou um contrato porque sabia falar mandarim.

— Oh, agora eu fiquei curiosa sobre essa história.

— Eu vou lhe contar, onde está meu pai?

— Ele encontrou alguns acionistas na recepção e devem ter ido tomar café. Você o conhece.

— Bem, vamos para minha sala então, temos reserva no seu restaurante favorito para o almoço.

— Oh que gentil, mas eu deveria agradecer a você ou a Karin?

— Eu acho que a Sarada, foi ela que organizou tudo. Essa garota tem potencial.

Agora a curiosidade de Mikoto ficou ainda mais aguçada, poucas pessoas arrancavam elogios da boca do filho. Sorriu para ele dando mais uma olhada para tal estagiária, como ela parecia consigo mesma há mais de quarenta anos.

Fugaku se despediu com um aperto de mão e seguiu para a sala da presidência e quando estava na metade do caminhou viu uma moça vindo na direção contrária a dele e foi quase como ter um dejavu. Por dois segundos pensou estar vendo a Mikoto de 45 anos atrás, menos os óculos. Ela fez uma reverencia curta com a cabeça ao passar por ele e logo desapareceu as suas costas. Parou um momento com as mãos nos bolsos. Aquilo foi definitivamente estranho. Continuou seu caminho e parou em frente uma parede cheia de quadros. Havia toda a história da corporação contada em imagens e lá estava uma foto dele com a esposa recém-casados. Era como olhar aquela mocinha que passou.

Parecia até uma de suas netas filhas de Itachi, mas mesmo assim, nem Mai e Akemi eram tão monstruosamente parecidas com a avó quando jovem. Balançou a cabeça e por um momento uma possibilidade pífia passou por seus pensamentos, mas não durou mais que um segundo, aquilo era impossível.

Colocou as mãos nos bolsos e seguiu para sala que por muitos anos lhe pertenceu.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Photograph" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.