Prometidos escrita por Carolina Muniz
Notas iniciais do capítulo
Oiiiii, mais uma vez obrigada pelos comentários, to amando ♥ ♥
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— É sua? - foi a primeira coisa que a morena perguntou após um tour pela enorme casa à beira mar.
Christian havia dito que eles estavam em algum lugar no Brasil, ela não se lembrava bem do nome, apenas sabia que era o Rio pois pôde ver o Cristo Redentor.
— Sim, eu comprei há uns três anos.
— Você vem muito aqui? - perguntou, seguindo-o por um corredor.
— Sim, em todos os feriados e também nas minhas férias - respondeu ele.
— Você não parece do tipo que compra uma casa.
— Não?
— Não, parece do tipo apartamento, cobertura, na verdade, e que passa as noites em boates - disse ela confiante, arrancando uma risada de Christian, que abria uma porta no fim do corredor.
Ele deu um passo para o lado e deixou que a garota entrasse primeiro. A morena engoliu em seco quando olhou para dentro do cômodo. A cama de casal era enorme, parecia uma extra king, no meio do quarto, e a janela dava uma vista incrível e deserta para o mar.
— Esse é o nosso quarto - disse ele. - O que achou? - perguntou.
— Esse quarto é... É incrível - disse ela, tentando esconder todo o nervosismo com a empolgação.
Christian sorriu, se aproximando dela, tocando seu peito em suas costas.
— Está nervosa? - perguntou ele num tom baixo e gentil, as mãos já em sua cintura.
— Não - mentiu ela em automático.
Ele sorriu e afundou o rosto em seu pescoço.
— Não se preocupe, é normal... - ele deixou um beijo de leve em sua pele. - Ficar nervosa - outro beijo, descendo para o seu ombro.
— Eu estou bem - disse ela, o coração disparado num nível preocupante, a respiração pesada, os braços duros e paralisados.
Ele a puxou um pouco mais forte para trás, tocando os corpos, e ela pôde sentir o membro dele em suas costas, as mãos descendo de sua barriga para a coxa, e então começando a levantar o vestido.
Ela queria apenas sentir aquilo, os lábios dele, as mãos lhe apertando... Mas não conseguia se concentrar, tudo parecia uma avalanche em seu corpo. Todo o nervosismo, tudo o que podia dar errado, o medo - que existia não importava o que... Aquilo estava estava acabando com tudo.
— Me desculpa, eu não consigo fazer isso... - sussurrou ela, dando um passo para frente, se afastando.
Seus olhos se encheram d'água, as bolotas formadas de um jeito que tampava sua visão. Se sentia horrível, uma droga mesmo. A forma que estava fracassando, o jeito que sabia que seus pais a matariam, deserdariam...
— Não se preocupe - Christian murmurou.
— Me desculpa - repetiu ela, não conseguindo impedir as lágrimas de escorrerem por seu rosto.
Ele suspirou, e se aproximou mais dela, parando a sua frente.
— Hey, olha para mim - pediu, levantando seu queixo com o polegar e o indicador. - Não precisamos fazer nada hoje, okay? Você pode ter o seu tempo.
— Mas... - contestou.
— Eu não estou chateado - respondeu logo, tranquilizando-a.
— Deveria estar com raiva - resmungou ela, se virando para se sentar na cama.
— Eu nunca forçaria você a fazer o que não quer - disse ele, se sentando ao seu lado.
— Eu juro que eu quero, eu só...
— Amor, relaxa. Vamos só nos deitar e dormir, não vai mudar em nada entre a gente. Isso é completamente normal...
— Não, não é. Eu não deveria estar assim, não deveria ter medo...
— Ana, eu não vou te machucar, e também não vou te forçar a nada.
— Eu sinto muito - tentou novamente.
— Não sinta.
Ela mordeu o lábio inferior.
— Está tudo bem - sussurrou ele, os lábios tocando sua bochecha molhada. -
Você continua sendo perfeita para mim - sussurrou contra o ouvido dela, uma das mãos em sua coxa e a outra na cama.
Ele sabia o quanto aquela frase tinha efeito, ainda mais sobre Ana. Tudo o que a garota foi criada para ser, era ser perfeita para ele. Ele sabia o quanto aquilo a tranquilizava, saber que estava conseguindo fazer o que achava que tinha que fazer.
De qualquer forma ele realmente não se importava. Queria muito ela, claro - provavelmente todo homem no mundo queria também - mas estava tudo bem, eles teriam tempo, e ele podia esperar.
Ele sentiu ela expirando o ar fortemente, com certeza controlando o choro.
Cara, ele estava odiando vê-la triste.
— Vem cá, vamos dar uma volta - disse, já se levantando e a puxando pela mão.
A garota franziu as sobrancelhas.
— Você quer dar uma volta na nossa noite de núpcias? - questionou.
— Por que não? Vem, você vai gostar, é calmo... E nós podemos entrar na água também.
— Deve estar congelando - disse, o seguindo para fora do quarto.
— É a melhor temperatura - murmurou ele.
— Você é tão irônico - resmungou ela.
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Gente, a Ana é suuuuper delicada, e bem submissa, pois ela foi criada assim. E o Christian é bem bruto mesmo, ele não gosta daquilo e diz para qualquer um, sabe. Mas os dois vão se encontrar no caminho, e Ana vai tentando ser mais como ele quer - e ela vai acabar querendo também, e Christian entender mais a Ana, ser mais delicado com ela. Bem, vamos ver o que vai rolar com esses dois cabeça dura