Brincadeiras, Erros Mortais escrita por 2Dobbys


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

sei que demorei horrores, mas não tenho tido tempo nem pra fechar os olhos -.-'
espero que gostem!



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XII

Albus Dumbledore dirigiu-se ao trio maravilha, mas desta vez, para falar com Hermione.

- Peço desculpa se estou a interromper alguma coisa, mas é urgente. Menina Granger, poderia fazer o obséquio de me acompanhar à enfermaria?

A morena estava espantada, tal como os outros dois.

- S-Sim, é claro professor Dumbledore… passa-se alguma coisa?

- Passa, mas primeiro preciso que me acompanhe… seria muito solicitar a sua ajuda neste momento?

Os olhos dela brilharam – Não, é claro que não, tudo o que eu puder fazer para ajudar será um prazer!

Harry olhou para Dumbledore impertinente e questionadoramente. Ele não tinha deixado claro que não queria os amigos envolvidos em nada que metesse o problema das agulhas?

Dumbledore apenas lhe sorriu, mas contrariamente ao que normalmente acontecia, Harry não ficou calmo.

- O que é que se passa? – perguntou o moreno num tom que não deixava margem para dúvidas que estava levemente irritado.

- Não te preocupes, Harry, se quiserem, tu e o senhor Weasley podem acompanhar-nos… mas no final, apenas a menina Granger poderá dizer se aceita a proposta ou não…

Hermione dirigiu-se baixinho ao amigo – Harry, não sejas assim! Tu sabes que desde que possa ajudar em alguma coisa, faço-o de bom grado!

- Sim, é disso mesmo que tenho receio… - rematou ele ainda mais baixinho.

- O que é que disseste?

- Nada, nada, esquece…

Ao chegarem à enfermaria, mme. Pomfrey saiu logo, fechando a porta atrás de si, impedindo-os de verem alguma coisa. Tinha grandes olheiras e um ar muitíssimo cansado.

- Menina Granger, que bom que aqui está!

- Posso ajudar em alguma coisa? O que se passa?

- Houve mais um aluno que foi vítima das agulhas… - e vendo o ar preocupado do trio, apressou-se em acrescentar – Mas não há grande perigo, isto se a menina Granger me quiser ajudar.

- Sim, sim, é claro! – suspirou ela – Mas o que é que lhe aconteceu?

- Ele tinha vindo visitar a menina Nelini a meio da noite, e creio que quando se foi embora foi apanhado desprevenido…

Harry ficou imediatamente alerta. Quem é que a tinha ido visitar durante a noite? Teria sido Ty? Merlin, ela devia estar devastada…

- As agulhas já saíram do corpo, não havendo perigo para quem o tratar… mas eu estou muitíssimo cansada, há já muitas noites e dias que não durmo nada… precisava da ajuda de alguém. Foi o professor Dumbledore que ma sugeriu. Como ninguém de St. Mungus pode vir, será que…?

Hermione pôs imediatamente um ar extremamente profissional – É claro que pode contar comigo para o que for necessário, mme. Pomfrey! Não sou medibruxa, mas creio que basta que me dê umas luzes do que é necessário que o faço com prontidão!

Albus piscou um olho a Pomfrey – Eu não te disse? Ela é a pessoa ideal.

O ego de Hermione inchou. Ron revirava os olhos – Mas afinal quem é que foi a vítima?

- Foi o grande amigo da Line, o Ty Walker? – perguntou o moreno.

A resposta chegou a correr pelo corredor: Sophie e Ty vinham naquela direcção.

Harry pareceu confuso – Mas… então…?

Mme. Pomfrey parecia levemente irritada – Mas estes miúdos não sabem que é perigoso andar pelos corredores nesta altura?

Dumbledore desculpou-se – Bem, vejo-vos mais tarde, tenho assuntos para tratar… vejam se não se metem em sarilhos… Boa sorte, menina Granger. - e afastou-se pelo corredor.

Quando o duo chegou, Ty perguntou imediatamente – A Line já pode sair da enfermaria, não? Soubemos que alguém foi vítima de novo… ela precisa de sair daí.

- Hum… concordo. – disse Harry indeciso – Ela já deve ter visto inferno que chegue… - e teve uma enorme vertigem, tendo de se agarrar a Ron para não cair. Sentia o mundo a girar à roda.

- Harry…? O que foi isso?

Ty olhou-o – Potter, estás-te a sentir bem?

- S-Sim… - mas foi atacado por uma nova sensação estranha, desta vez de dor. Ouviram-se gritos de dentro da enfermaria.

- A Line… - disse Harry fracamente – Ela não está bem…

Sophie e Ron olharam-no incrédulos. Apenas Hermione e Ty pareciam não ter notado a estranheza da situação, sendo que se dirigiram aos mais velhos – Por favor, têm de nos deixar entrar…

Assim que mme. Pomfrey abriu a porta, avisou Hermione – Menina Granger, previno-a que tem de deixar de lado afrontas passadas… ele está mesmo muito mal. Se queremos que ele sobreviva, tem de deixar de olhar para ele como até agora.

Todos ficaram com um ar desconfiado. Entraram.

A primeira coisa que Harry viu mal entrou foi a figura aparentemente frágil de Line, tremendo ligeiramente, a tapar inconscientemente a boca com a mão, olhando aterrorizada para o que quer que se encontrasse na cama ao lado. Estava visivelmente a sofrer com o que quer que se tivesse passado.

Harry foi a correr ter com ela, tentando acalmá-la com palavras sussurradas com suavidade, como se ela fosse uma criança que precisasse de ser protegida.

- Shh, está tudo bem, está tudo bem…

Line agarrou-se a ele, escondendo a cara no seu ombro – Não… não pode… não o Draco… não ele… por favor…

Harry gelou. Ao olhar finalmente para quem se encontrava na cama ao lado dela, viu um rapaz da sua idade, loiro, que ele conhecia demasiado bem. Ou, pelo menos, era isso que estava convencido.

- O Malfoy? – perguntou ele, Sophie, Hermione e Ron ao mesmo tempo. Ty estava absolutamente calmo, não obstante o facto de se sentir levemente nauseado pela cena que presenciava.

Draco Malfoy ardia em febre, revirando os olhos sob as pálpebras em delírio. As feridas no peito estavam ao que parecia, a inflamar rapidamente, alastrando o mal para o braço esquerdo. Havia o que parecia serem frestas ou cortes na carne por todo o ombro, alastrando lentamente para o resto do braço.

- Mas… era apenas na clavícula… - murmurava Pomfrey sem entender como aquilo era possível.

Hermione rapidamente se recuperou do choque. Pegou na toalha que tinha mais à mão, enfeitiçando-a para permanecer constantemente gelada, pondo-a imediatamente sobre a testa do loiro em delírio. Ele pareceu acalmar um pouco.

- Herm… ne… Herm… - murmurava ele repetidamente.

Line deu um pequeno e efémero sorriso ao ouvir aquilo, mas ninguém o viu, já que estava tapado pelo ombro reconfortante do moreno. Ela agradecia mentalmente por ele a ir reconfortar. Ela não conseguia parar de olhar para o amigo deitado ao seu lado. Assim, pelo menos, escusava de olhar. Poderia evitar recriminar-se pelo sucedido.

Pomfrey começou logo a ralhar – Saiam imediatamente daqui! Todos vocês! Apenas a menina Granger pode ficar. Menina Nelini, pode sair também, já lhe dei alta. Senhor Potter, senhor Walker, podem ajudá-la? Creio que ela tenha ficado fragilizada com esta situação, mas tem de sair daqui…

- Harry…? – perguntou uma voz que não deixava transparecer nada de bom.

Ao se virarem para a entrada, depararam-se com uma ruiva que deitava fumo pelas orelhas.

Harry deu um pulo, fazendo com que Line levantasse a cabeça; ele abraçou-a com mais força, num sentido protector. Ele conhecia bem a grande capacidade da ruiva fazer feitiços difíceis de serem retirados. Ginny Weasley ficou momentaneamente pálida, lançando olhares mortíferos para Line.

Ty, perspicaz como sempre, olhou para a amiga e para Harry, vendo um pouco de medo e receio do que a ruiva poderia fazer. Rapidamente se dispôs a empurrar a Weasley júnior para fora da enfermaria. Ela barafustava.

- NÂO! EU QUERO FALAR COM ELE! É SÓ ISSO!

Toda a gente ouvia a voz dela e de Ty, que falava num tom baixo, embora audível.

- Olha, Weasley, sinceramente não é a melhor altura para isso…

- MAS EU QUERO FALAR COM ELE! ACHAS QUE VAIS SER TU A IMPEDIR-ME, WALKER?

- Não, apenas quero explicar-te a situação antes que tomes decisões e atitudes precipitadas… vamos para uma sala, lá explico-te tudo…

Mme. Pomfrey ficou que nem um tomate, ao ver os outros ainda lá dentro – Mas vocês vão ficar aí especados? Saiam-me já daqui! RUA!

Harry tentou ajudar Line a levantar-se, mas mal o seu olhar caíra em Draco, ficou sem forças nas pernas. Teria caído se Harry não a segurasse. O moreno decidiu então pegá-la ao colo, mesmo com os protestos da outra.

Ron prontificou-se a ajudar – Harry, queres que te ajude a…?

O amigo cortou-o – Não, Ron, não é preciso… vai lá ter abaixo; cuida da Sophie, ok? A Line e o Ty iriam ter um ataque se lhe acontecesse alguma coisa…

Line trocou um olhar 'conversador' rápido com Hermione, o que deixou a mais velha pasma. Ninguém notou.

Enquanto se afastavam dos dois Gryffindors, Line continuava a queixar-se e a protestar.

- Harry… não, eu sou pesada. A sério, eu consigo andar…

- Só se levitasses… o que não seria difícil, desde que mostrasses as tuas asas escondidas… - brincou ele, piscando-lhe um olho verde brilhante.

Ela ficou ainda mais pálida – Eu não sou um anjo… nem nada que se pareça. Seria mais demónio… isso sim.

Harry mudou de conversa, ficando com um ar mais sério – Então… dás-te muito bem com o Malfoy, hem? Pelo menos foi o que me pareceu, ficaste mesmo mal quando o viste… esqueci-me de que pertencem à mesma casa…

Ela arriscou um olhar para o moreno, que a carregava. Ele estava com as narinas levemente dilatadas, o olhar faiscava. Não a olhava. Ela sentia a sua respiração pesada e quente.

- Ele é melhor do que as pessoas pensam… - ao ver o ar carrancudo do moreno, arriscou – É impressão minha ou estás com ciúmes? Ciúmes do Malfoy? – perguntou ela com um tom animado e divertido.

Ele olhou-a como se ela afirmasse algo completamente desconexo. Estava vermelho digno de um Weasley.

- É claro que não! Onde é que foste buscar semelhante ideia? Francamente, eu…! Com ciúmes do Malfoy…! Não estás boa da cabeça…

Line ria agora.

Enquanto eles se afastavam, Ron e Sophie tinham ficado para trás, sem serem notados. Continuavam com um ar desconfiado. Ron aproximou-se dela, enquanto olhava os outros dois a afastarem-se.

- Não sou o único a quem estão a esconder coisas, não é? – e olhou para ela – Estou certo?

Ela suspirou, chateada – Pois assim parece… isto está-me a cheirar mal… a Line e o Ty nunca me esconderam nada até agora… por que razão mo fariam agora?

- Digo o mesmo do Harry e da Hermione… principalmente do Harry. A minha irmã deve ter apanhado um choque ao ver que ele se dava bem com uma Slytherin…

- Sim, é normal, mas… tinha de reagir daquela maneira? Quer dizer, eu também odeio os Slytherins, mas a Line é realmente diferente… - virou-se para Ron, dando-se conta que ainda não tinham sido apresentados formalmente – Huh, eu sou a Sophie King. Ainda não tínhamos falado nem sido apresentados…

- É verdade; desculpa, o erro também foi meu. – estendeu-lhe a mão – Ronald Weasley, mas por favor, chama-me Ron. Esquece o meu nome completo…

Ela riu, assentindo. – Que tal se formássemos uma equipa?

- O que queres dizer?

- Podíamos tentar saber por nós mesmos o que se passa! Ambos detestamos os Slytherin, ambos somos dos Gryffindor, ambos queremos saber o que se passa aqui, ambos temos mau feitio… pelo menos é o que os outros dizem. Eu prefiro dizer que tenho uma personalidade forte e bem vincada, que não verga com facilidade… soa muito melhor! – brincou ela.

As orelhas de Ron enrubesceram – Como é que sabes que tenho uma personalidade… forte e bem vincada?

Ela riu – A tua fama já vai longe… mas acredita, eu compreendo-te…

- Aleluia! – brincou ele lançando as mãos ao ar. – Concordo, temos de nos unir e ver se descobrimos alguma coisa por nós mesmos…

E desceram juntos em direcção às masmorras.

oOo

Ginny, depois de muito discutir, e Ty, depois de muito tentar explicar, lá fez entrar alguma coisa dentro da cabeça da ruiva teimosa.

Ginny precisou de algum tempo para digerir a informação. Com que então o Harry confiava nela? Numa Slytherin?

- Mas… olha lá, Ginny… posso chamar-te Ginny? – ela acenou – Afinal, o que é que aconteceu entre vocês? Vocês não…?

- Não, não namoramos… mas ainda não interiorizei isso… eu sei que o erro é meu, mas não me consigo conter! – suspirou ela.

- Tens de ultrapassar isso! Tens de ser forte!

- Isso é fácil de se dizer… - ironizou ela.

Ty ficou cabisbaixo – Ginny, uma das primeiras vítimas era uma rapariga pela qual eu estava apaixonado… não me digas que é fácil falar.

Ginny ficou sem fala; só lhe apetecia bater em si própria – Oh, Merlin, peço imensa desculpa! Eu não sabia… eu…

- Não podias saber. Não te preocupes! Eu também tenho de conviver com isso, também tenho de ser forte!

Ginny ficou com ar mais aliviado – Sim, tens razão… aposto que és a consciência do grupo, não?

Ty deu uma risada – Sim, tens razão… se não fosse eu não sei onde eles estariam… - brincou ele.

Ginny olhou-o atentamente, perscrutando a sua expressão – És um querido, Ty… nunca me tinha apercebido do quão maturo tu és.

Ele corou – Huh… b-bem… não vamos exagerar…

Ela abanava a cabeça, insistente – Estou a falar a sério. Ainda bem que me arrastaste para aqui… fizeste-me ver que estava errada. O Harry merece ficar ao lado de quem gosta.

- Tu também.

Ginny sorriu – E quem sabe se isso ainda não irá acontecer?

- Contigo talvez… agora comigo…

- Qual é o problema?

- As raparigas costumam achar que sou sério demais…

- Nada disso. Quero dizer, é claro que és responsável, isso vê-se, mas tens algo mais… além disso, és super parecido ao Lupin…

- Quem? Ao nosso antigo professor de DCAT, Remus Lupin?

- Esse mesmo.

- Quem me dera vir a ser metade do que ele é…

- Com a personalidade que tens, acredita que estás mais perto disso que muitos…

Ty ficou tocado - Obrigado. Bem, é melhor irmos andando para os dormitórios provisórios. – e fez menção de sair da sala de aula onde se encontravam.

- Tens razão. E… Ty…

- Sim? – perguntou ele parado à porta.

Ela suspirou – Obrigada por tudo mais uma vez. Devia ter-te conhecido há mais tempo… -

Aproximou-se dele e beijou-o rápida e suavemente. Saiu na frente dele, antes que o rapaz pudesse dizer alguma coisa.

Dirigiram-se juntos para baixo, com um Ty abananado a seguir uma ruiva estranhamente alegre escadaria abaixo.


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Notas finais do capítulo

eeeeeee????? que tal? ^^
quero a vossa opinião sobre como isto está a ir...

bjooooooooo



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