Reinos Esquecidos escrita por Dáriojns


Capítulo 6
Capítulo 6 - Apresentação Inesperada.


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei. Eu sei. Mas não me julgue vou terminar sim essa historia.

Resuminho:

Fabiano // Taúz;
Fabiano encarna na pele do Taúz, um ladino assassino, com corpo magro, cabelo prateado curto e armado de duas adagas. No último capítulo levou um corte no peito e teve algumas visões do passado de seu personagem. Está aproxima no combate em que Durgar estava.

Rafael // Durgar
Rafael encarna o Durgar, um anão jovem, porém muito sábio que adentrou na magia elemental da terra. Ele veste um robe laranja, vários anéis variados nos dedos, cabelos ruivos e um grande bigode e um cavanhaque simples. Parece ter um corte na testa.

SKIN
Um morcego raposa vermelho, grande e peludo. Ele é o Familiar do Durgar, e compartilha de as suas habilidades mágicas um com o outro. Podendo lançar magias por si mesmo do tipo terra. O Durgar por causa do SKIN ganhou habilidades sônicas também mas são simples.

Gilmar // Alabaster
Gilmar encarna o Alabaster. Um meio-Orc de coloração cinza-verde clara, é alto com 2m de altura, forte e vestido com apenas uma calça árabe e braçadeiras de monge. Tem três flechas cravadas em seu corpo, uma no ombro, outra no peito e por fim, em sua coxa esqueda. Ele corria em direção para a luta do Durgar.

LUNA
Uma Clériga recém-agregada ao grupo, de Cabelos cacheados de cor azul vivo com uma mecha vermelha, veste uma pesada armadura prateado azulado, de pele clara. Ela está lutando contra outro chefe Orc, junto a um mago e o Cocheiro da carruagem.



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Eu não sei como tenho tanta força agora. Para um magricelo que nem eu, ter a força e vitalidade de um Orc é incrível, além de ter tamanha agilidade e sabedoria devido ser monge me faz entrar em conflito com a natureza do Alabaster. Ter sabedoria não me faz mais inteligente, mas me ajuda a aceitar melhor os fatos e entender com mais calma a situação. Engraçado que quando eu jogava com o Alabaster era bem mais impulsivo. Agora ele está mais calmo e fluido… Tá, quando levei aquela flechada no ombro, uma fúria ardeu dentro de mim. Corri rápido, mas não um rápido qualquer, usei uma técnica que o Alabaster sabia. Algo usando o meu fluxo de Shi. Fortaleci minhas pernas, usando a arte de “Passos do Vento”. O mundo parecia parado enquanto corria, a expressão de surpresa daquele inimigo, me mostrou que para ele, apenas surgi em sua frente.

Combatente admirável. Após levar o meu golpe, ele aproveitou a sinética, dando um giro e ficando a meio metro de distância novamente, enquanto tesava o arco. Ele certamente passou por muitas lutas para conseguir esse tipo de reação fria depois de um golpe severo no rosto. Logo veio uma flecha, que carregava a sua vontade. Ela me acertou no peito e me fez dar dois passos para trás, fazendo até perder um pouco do folego. Pude ver em seu rosto desfigurado um sorriso malicioso de vitória. Me aproximei e dei uma ligeira sequencia de golpes quase invisível a olho nu. Um chute de sima para baixo em seu ombro fazendo-o cair de joelhos, em seguida alojei a cabeça de meu inimigo por baixo de meu braço rapidamente, e girando-a com força enquanto voltava a ficar ereto. A face dele, ficou virada para as suas costas.

Não havia tempo para relaxar, esquivando-me de um machado grande dei um passo para trás preparo-me para mais um combate. Quem segura o machado é um meio-orc grande e rasgado de forte, ele veste apenas uma armadura leve de couro, sua pele é negra e olhos avermelhados. Eles estão corrompidos por alguma coisa, mas não é o momento para analisar isso. Ele começou a me encarar, falando em Orc. Espantei-me em compreender sua fala.

— Semente de Gruumsh! Lutar de forma muito estranha. Eu tenho a arma mais poderosa! Você está fodid*. HA ha ha

Respirei fundo e pus-me novamente em uma postura de combate mais assertiva. Com o tempo em que o inimigo perdia se gabando e tentando me intimidar, verifiquei os meus aliados rapidamente. Escuto um trovão vindo na minha direita, e vejo ser a Luna, a amigável Clériga que nos acompanha nessa jornada. Ela soltou um Raio numa fileira de 3 inimigos e acertando um inimigo do Taúz, o auxiliando em combate. Também percebo como o rival de Luna, está acabado, pois duas esferas de fogo queimam a sua cabeça e seu tórax. O animal em que ele monta está com 4 flechas de besta em seus lombos. Volto a olhar para o lado de Durgar, ele está cercado e vejo bastante sangue em seu rosto. Skin está armadurado e voa ao seu redor.

— O que aconteceu!? Cortaram sua língua, escravo!? - Disse o meu inimigo em comum agora.

Percebendo o estado de crise de Durgar, sei que não posso perder tanto tempo com meu inimigo. Ignorando suas provocações preparo o meu ataque. Ele parecia feliz por eu dar atenção a ele. Ele investe contra mim novamente seu machado dando dois ataques fortes consecutivos e eu apenas evito com sutileza usando minhas mãos para caminhar o ataques para o lado. Assim que me aproximo concentro novamente a força do meu Shi, e vejo uma chama azulada correndo meu corpo e se concentrando em meus pés e punhos. Novamente o mundo para, dou um golpe no queixo dele quebrando sua mandíbula e dentes, um chute no seu joelho esquerdo fazendo sua perna dobrar para frente e por fim com uma oração.

— Punho de Kord, Fúria da batalha! - Meu Shi enrijeceu meus músculos e assim o soquei.

Meu punho esquerdo banhado de Shi soca seu peito quebrando costelas e afundando seu tórax ao ponto de eu sentir seu coração explodir. O observo com respeito de combate e escuto ele falar.

— Como vo… cê… Fe… - Cuspindo sangue ele cai ao chão.

Deixo seu corpo cair e assim que me viro vejo o Taúz rasgando em um ataque seu inimigo. Não penso duas vezes, começo a correr em direção a Durgar que parece ser o que está em maior desvantagem nesse combate.

Chego e vejo corpos empalados pelo chão por um ataque mágico de pedras do Durgar. Ele está visivelmente cansado, mas ainda empunha em seu rosto um sorriso vitorioso contra seu inimigo. Sei que é o Durgar que está na minha frente, mas, vejo perfeitamente a sombra do Rafael. Um garoto magricela, de 1,40m e feições de um garoto de 12 anos, engraçado que ele possuí cerca de 20 anos como todos nós. Esse espírito de luta não vem do Durgar e sim do Rafael, que nunca levou desaforo para casa. Foi engraçado forçarmos ele a fazer um anão ruivo. Ele contestou e contestou, mas no fim depois que pensou friamente no caso ele finalmente aceitou e fez um mago. Ele está em desvantagem numérica, certamente está com algum osso quebrado e ferido, suas magias já devem estar acabando, mas aí está o Rafael, ainda sorrindo na cara do seu inimigo, um Orc Gordo e muito grande, montado em uma Hiena horrenda. O Rafael ainda sorri contra tudo isso. Dentro de mim uma chama arde ainda mais forte e chego numa voadora indo na cara do Maldito Orc que está com sua espada impedida por uma mão de pedra flutuante.

— Mais o qu…? - Disse interrompido por meu chute.

O Orc se desequilibra, mas não caí, eu em compensação caio de costas na área e perco uma parte do resto de folego que tinha dentro de mim e não consigo levantar.

— MauxditoX – Diz o inimigo com maxilar quebrado – Voux Maxtar voxês!!

Ele levanta a espada em minha direção e tenta me atacar. Skim me salva voando em direção na espada empurrando a espada para esquerda. A hiena virou a cabeça e tentou morder o Skin, mas erra por pouco. Enquanto isso o Durgar desativa as suas mãos de pedra que se desfazem no ar. Um círculo de magia arcana novamente se forma debaixo do inimigo.

— Eu disse que ia te matar, imbecil!

O Orc está tão assustado quando percebe que o mago está preparando mais uma magia. Em seguida um grande pilar em forma de espeto vara a Hiena em que o Orc estava montado, inclinando os dois para trás e o Orc caí de sua montaria. Uma nuvem de poeira levanta, o Durgar se ajoelha e diz.

— Depois dessa… Eu quero pelo menos o nível 5 – Disse ofegante e com um dos olhos fechados.

Eu começo a me levantar e escuto em voz de Orc.

— Reconheço sua força, anão!

A poeira baixou e o Orc estava de pé com um grande corte em seu tronco, mas completamente firme e sanguinário. Ele caminhou em direção do Durgar, Skim tentou ataca-lo, mas o Orc o acertou com sua espada, jogando-o pela lateral em direção a terra. Eu estava sem folego e ainda sem forças, usei muito da minha energia para chegar ali. O Orc levantou sua espada em direção do Anão que o olhava com espanto e medo no rosto. Ele falou novamente.

— Boa luta. Acabou aqui.

Eu observava ele de costa para mim e o anão estava a sua frente. A espada desceu, um silêncio ficou no ar, seguido de um arrepio que senti de ver a morte meu amigo.

— Rafael… - Falo sem voz.

Eu escuto mais uma vez voz do Orc mas ela esta fraca.

— Orrr ar… - Ele despenca para trás de corpo ereto, em sua testa esta uma adaga cravada e seu olhos virados.

O anão está vivo, olhando assustado para o Orc caído em sua frente, a espada do seu inimigo está em pé do lado direito de Durgar, sem que o tenha tocado. Em seguida escuto a voz ofegante do Taúz um pouco atrás de Durgar falando.

— Essa foi, por pouco… - Disse visivelmente cansado.

Eu recupero meu folego e vou caminhando em direção do Durgar que assim que toco em seu ombro volta a si.

— Rafael… Você tá vivo. - Disse o chamando a vida.

— An… Eu tô, vivo? - Disse confuso e logo sua feição fica branca quando grita – SKIN! - Correu em direção de seu familiar chorando.

Skin esta debaixo de um montinho de pedras, e o Durgar vai tirando-as extremamente preocupado. Ele chega no Skin e o vendo começa a chorar. Skin está com a armadura se desfazendo, mas, soltando um pequeno.

— Shim! - Ele levanta uma a seu polegar fracamente e dizendo que está bem.

Eu e o Taúz soltamos pequenos risos e tosses, pois até rir doía. Viramos nossa atenção para caravana e ainda algumas pessoas estavam em disputas, mas o grupo estava resistindo bem e os bandidos, que já estavam começando a fugir.

— Você ainda está vivo… Alabaster? - Me perguntou o Taúz.

O Fabiano era o que mais se entregou ao personagem a meu ver. Assusta-me vê-lo assim, parece até que ele está finalmente em seu lugar. Ele é alguém que não se encaixava no nosso mundo, apenas vivendo cada dia como mais um. No nosso mundo ele é loiro de olhos azuis e narigudo, ele era bem semelhante ao Taúz tirando o nariz grande. É estranho parece que ele sempre foi desse mundo e não do nosso. Cada vez mais sinto que estamos em algo mais que uma mesa de rpg, pois esse mundo está bem mais vivo que uma mera imaginação. E essa incomodação aumentou quando encontramos a Luna.

— Sim amigo. Só vou precisar de ajuda para me sentar.

— Durgar! Skin esta bem?! - Pergunta o Taúz

— Hu… Sniff… Sim! - Disse chorando e se aproximando a nós.

— Ainda não acabou vamos ajudar a Luna! - Disse Taúz.

— Luna não é… - Eu disse sentindo a dor.

— Sim, temos muitas perguntas a fazer para ela. - Disse Taúz

Assim que nos reunimos, vimos uma coluna de fogo em direção onde o grupo de Luna estava. Eles subjugaram o seu inimigo. O resto da caravana também acabou com seus agressores. Taúz diz friamente.

— Parece que eles finalizaram seu inimigo…

— Aquele mago é forte. - Eu disse ofegante.

— Pois é… Bem mais que apenas um NPC lutaria. Esses inimigos não estão seguindo muita lógica. - Disse Taúz.

— Lógica? Hi hahaha – Disse achando cômico – Ainda acha que isso é um jogo?

O Taúz franziu seu rosto e Durgar ficou ainda mais tenso. Mas com muito medo de falar Durgar diz finalmente entrando na conversa.

— O… o que você quer dizer, Alabas…?

— Hum! Você deve está mais conclusivo do que eu Rafael… Eu apenas tenho um persentimento aqui, mas vejo que você já chegou numa conclusão lógica.

Taúz respirou fundo e disse.

— Não podemos concluir nada ainda. A única que pode responder essa pergunta agora é a Clériga…

— Só ela… - Eu disse.

— Mas como a perguntaremos isso? - Disse Durgar.

— Só vamos chegar nela e perguntar. “Fale agora toda verdade ou matamos você?!”

— Matar quem? - Disse a Luna

— A Cleri… Ah!!! - Disse Taúz extremamente sem jeito vendo ela surgindo de trás dele.

Ela estava suada e com seu virote desembainhado, olhando confusa para nós. Não demostra nem um arranhão em sua armadura enquanto nós estávamos completamente feridos e machucados.

Ficamos em guarda e assustados, ela fica com o rosto preocupado e olha para mim e para o Durgar. Dizendo em surpresa.

— Por Tymora! Andem logo deixe-me curá-los, agora! - Ela dá um passo e nós ficamos em guarda a fazendo parar. - O que há com vocês?

Eu sinto uma grande fraqueza e cuspo um pouco de sangue. Ela vendo isso tenta se aproximar mais uma vez, porém, o Taúz a impede com a sua outra adaga em sua garganta. Ela franze novamente o rosto.

— A Qualé! Qual o problema de vocês!? Vão ficar de viadagem agora?! Se for assim, vou reportar vocês!

Taúz ficou mais sombrio em seu rosto e nós ficamos mais tensos sentindo que a verdade se aproximava.

— Quem é você? E como sabe falar dessa forma? - Disse Taúz friamente.

Ela fez uma cara de emburrada, e disse bem chateada.

— ARHG! Agora vocês querem atuar que nem no jogo!? Vocês são muito injustos, primeira mesa que deixam eu jogar, e me tratam estranho, e ficam fazendo isso!

Taúz parecia bem irritado, Durgar estava cada vez mais confuso e eu ficava cada vez mais fraco como se minha pressão estivesse baixando. Taúz respirou fundo e disse.

— Eu disse pra falar como você aprendeu a falar assim – Seus olhos estavam negros e arregalados. - Se não vai responder. Agora morra!

Taúz insinua cortar a garganta de Luna e de repente todo ambiente fica branco.

— Nana Nina Não queridinho. Brinquem direito. - Diz uma voz feminina.

Voltamos a nossas formas do nosso mundo original. Eu volto a ser um magricela, de pele negra com 1,80 de altura com uma camisa do Kiss, o Rafael volta a ser o rapaz com cabelo de cuia ruivo baixinho, com uma camisa de botões xadrez verde e o Fabiano é aquele garoto alto com duas camisas e calsa jeans. Sem entender estamos num salão branco e escutamos a voz de uma menina falando.

— Humhum como você é frio garoto! Não me admira que nem uma garota queria namorar você. Não sabe nem como se portar.

— Quem… Quem está aí?! O que está acontecendo!? - Pergunta o Fabiano assustado.

— Quem é você!? - Perguntei sussurrando.

A voz dá algumas gargalhadas e diz sem rodeios.

— Ai que coisa! Eu tenho vários nomes. Dama, sortuda e caótica...

A voz se posicionou atrás de nós e vimos sentada numa cadeira grande e de cristal, uma garotinha de vestido longo dourado, cabelos loiros, pele levemente dourada e clara com um sorriso de moleca dizendo.

— Mas aqui me chamam de Tymora!


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Notas finais do capítulo

Olá! Possível e milagroso leitor que acompanha a historia dessa turma. Esse capitulo é o que mais deu reviravoltas pra mim. Ia matar, ia deixar vivo ia fazer pra longe mas ficou assim? Agora quem narrou foi o Rafael! Ele é mais detalhista e falante, a confusão de nomes ainda acontece, mas espero que dê pra compreender, novamente eu fiz uma cena de combate, terminando por esse capitulo no momento. Espero que tenham gostado e qualquer duvida, acerto, elogios(porque não) postem no comentário.
OBS: Não sei se a personalidade do Rafael ficou diferente da do Fabiano mas espero que sim, qualquer coisa é só dizer. vlw e até a próxima.XD



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