O Ar Que Ela Respira escrita por Alyssa


Capítulo 5
Quarto ou Boate




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— Não — reclamou Lily energicamente, uma ruga de tensão a formar-se no meio das sobrancelhas ruivas —, absolutamente não.

Marcel pareceu surpreendido com a manifestação tão profusa de aversão por parte da Potter, já que Lily tão raramente era dada a reações violentas, cautelosamente lhe perscrutando o rosto fino em busca de uma explicação.

— Ruiva, estás a ver o mesmo que eu? — arriscou, atirando um olhar rápido aos dois homens que ainda seguiam na sua direção e depois acrescentou, num murmúrio que pretendia manter o comentário entre eles: — Que pedaço de mau caminho.

Claro que ela podia ver. Ao contrário do que Marcel pensava, Lily tinha olhos na cara, e estes, de facto, estavam absolutamente deliciados com o espécimen raro de homem que seguia na sua direção. Scorpius Malfoy era um cara alto, até mais alto do que o seu próprio irmão, de corpo esguio, mas forte e ombros amplos. O cabelo loiro platinado a cair-lhe na tez muito pálida dava-lhe um ar de senhor palaciano, altivo e extremamente seguro de si.

Lily cruzou o olhar com o cinza exímio e intenso dele, e embora tenha durado apenas um par de segundos, um arrepio involuntário subiu-lhe pela espinha, numa reação tão surpreendente que parecia que havia sido apanhada por um balde de água fria. Olhou para Marcel, atordoada e confusa com o corpo que parecia querer lhe trair.

— Ele é um puro-sangue — explicou-lhe, esfregando uma das têmporas em que o sangue parecia pulsar de forma muito mais violenta que o normal. Diabos, era um cara bonito! — E é o melhor amigo de Albus também. Não o via há anos… exceto, no sarau, talvez…

A verdade é que a visão dele tinha sido tão fugaz e Lily estava presa num estado de autocomiseração durante a maior parte do evento, que ele não lhe voltara a cruzar o pensamento uma vez que fosse. Nem tinha por que o fazer já que pertenciam a universos que, caso seguissem a sua ordem natural, jamais deveriam voltar a se chocar.

Viu uma luz de entendimento trespassar os olhos verdes do seu melhor amigo, para rapidamente adotou uma expressão preocupada. Ao contrário de Tilly, que continuava completamente alheia à existência de magia, Marcel sabia toda a verdade. Apesar de incrédulo no início, ele acabou por perceber que havia algo de realmente estranho na família de Lily, até ela o expor ao mundo mágico em todo o seu esplendor. E ao contrário das expectativas, ele mantivera-se sempre ao seu lado, nunca escapando àquela loucura e segurando-a forte contra o seu peito em todas as noites que chorava agarrada ao seu ombro pelas crueldades a que era submetida, embalando-a até os soluços se acalmarem.

Fora ele que insistira, aos 15 anos, com Harry e Ginny para lhe arranjarem um sítio em Londres, bem longe de Godric Hallow’s para lhe permitir, de uma vez por todas, deixar aquela parte da sua vida e todos os comentários atrozes para trás, protegendo ferozmente aquela garota que também sabia o pior de si mesmo e continuava a amá-lo.

E agora, ele não percebia bem como, Albus trazia alguém de quem nunca tinha ouvido falar antes para ali — para junto de Lily. Hesitou, observando-os mais atentamente. Lily era forte, disso não tinha dúvidas, mas isso não significava que a devessem submeter a situações desconfortáveis deliberadamente. Decidiu, então, que o Potter do meio nunca seria capaz de trazer fosse quem fosse capaz de magoar a irmã.

— Isso não quer dizer nada, princesa — comentou, fazendo-lhe lembrar as palavras de Albus apenas uns dias antes… “Para alguém que não gosta de rótulos, estás a colocar uns bem pesados”.

Lily anuiu, sentindo-se um pouco envergonhada com o raspanete gentil. Contudo, não teve mais tempo para se debruçar sobre o assunto porque os dois homens rapidamente os alcançaram, Albus com o seu jeito fácil de ser, um sorriso largo e um aparente há vontade, embora a irmã o conhecesse suficiente bem para notar alguma apreensão no jeito que bagunçava os cabelos, e depois havia Scorpius, totalmente inexpressivo e com as mãos enfiadas nos jeans, numa pose que podia ser facilmente confundida com tédio.

Pelo canto do olho, notou a forma como Tilly subitamente gravitava em direção ao Potter, totalmente esquecida que há não muitos segundos atrás, estava nos braços de outro garoto. Garoto esse que parecia confuso, com os braços cruzados à frente do peito, e foi ele o primeiro a interromper o silêncio.

— Quem são estes?

Albus fez uma careta muito mal-humorada.  É verdade que o bailarino — que raios, porque é que ela não se lembrava do seu nome? — fora deveras rude, mas, por outro lado, tinham sido eles que apareceram sem aviso. Não apenas isso, como o garoto sentia que um deles com certeza vinha estragar os esqueminhas alheios, nomeadamente, o dele próprio com Tilly.

— Este é Albus Potter, o meu irmão — afirmou Lily, apontando para ele com uma mão, enquanto se recostava contra o bar — e um amigo dele, Scorpius Malfoy.

Se o último pareceu surpreso dela saber quem ele era, não deixou transparecer. O irmão reduziu a distância entre os dois, para envolver-lhe num abraço fraternal, e apesar de toda a confusão que ele viera causar, Lily não podia deixar de se sentir feliz com a sua presença.

— Muitos parabéns, Tilly.

A garota, compreensivamente, encontrava-se num estado de estupor, como se não conseguisse acreditar na imagem à sua frente. Será que Albus era bipolar?

— Pensava que não podias vir.

— Consegui arranjar um tempo.

Tilly abanou a cabeça em descrença e Albus hesitou, antes de acrescentar mais baixo:

— Podemos falar? Por favor…

O bailarino não estava feliz em ver a garota ser-lhe roubada debaixo das suas barbas. Mesmo não tendo uma aparência ameaçadora, Lily sabia bem que os bailarinos treinavam os membros superiores com regularidade suficiente para ter um bom gancho de direita. Se ele decide entrar numa luta de punhos, Albus era bem capaz de sair maltratado, o que por outro lado, também era bem merecido porque Lily tinha a certeza de que a mãe o criara para ter o máximo de respeito pelas mulheres.

— Fico feliz que tenhas vindo, Albus. — Interveio Lily de novo, esperando que ajudasse a quebrar a tensão insuportável daquele ambiente. Depois, como se fosse um pensamento de última hora, acrescentou, — tu também Scorpius, embora acredito que não seja o mesmo divertimento a que estás acostumado.

Lily referia-se, muito obviamente, às diferenças com as boates mágicas. Ela não costumava a ser mesquinha, mas o loiro despertava-lhe uma sensação de desconforto que a inquietava. Para sua surpresa, ele levantou o canto dos lábios, num sorrisinho atrevido.

— Já estou a achar interessante.

Lily, como todas as vezes que estava zangada, corou de um tom de vermelho tão intenso que coincidia com o tom exato do seu cabelo, julgando entender a implicação nas suas palavras. Oh, que raio de um feiticeiro empertigado! Se ele achava que podia vir para o seu mundo e a ofender tão descaradamente ou, pior!, rir-se às suas custas como se ela fosse alguma palhaça estava muito enganado. De facto, ela adorava colocar filhinhos da mamãe habituados a serem o centro das atenções no seu devido lugar…

Quase como se percebesse os caminhos tortuosos que a mente de Lily percorria, ou talvez fosse apenas pela carranca que ela não tentava disfarçar, Scorpius apontou com o polegar para o casal que por esta altura afastara-se para falar nuns sussurros violentos acompanhados pelo bailarino. O outro amigo dele que ainda não dera grandes sinais de vida, observava-os, interessado.

—Albus tem bom fundamento, mas sabe que é um idiota — Scorpius deu de ombros, descontraído. — Quero ver como ele vai se safar desta.

Lily franziu o cenho, admirada pelo rumo da conversa. Afinal ele não estava a tentar ofendê-la? Ops. Marcel decidiu meter-se na conversa.

— Nunca vi um par tão disfuncional — afirmou, parando para dar um pequeno gole na margarita que bebia. Arregalou os olhos subitamente, quase cuspindo a bebida. — E olhem que a doida está a ir-se embora com ele!

Os três viraram os olhos para a cena, demasiado interessados no drama que decorria mesmo à frente dos seus olhos. O bailarino, finalmente admitindo a sua derrota, pegou no seu casaco de cabedal e com um último olhar furibundo na direção deles, desapareceu na multidão.

Lily suspirou.

— Bem, acho que só resta nós agora.

Contudo, não eram eles. O amigo do bailarino também ficara para trás e agora que estava sozinho, aproximou-se de Marcel com um sorriso embaraçado.

— Gostavas de dançar comigo?

Marcel arregalou os olhos, surpreendido, e trocou um olhar com Lily, incerto. Ela revirou os olhos. Afinal o que era ela, sua mãezinha? Até parecia que ele precisava da sua autorização. E ele não estava a ver que o pobre garoto estava a suar, com medo de ser rejeitado?

— É claro que ele quer — respondeu Lily, ao invés.

— Mas Lils… — Olhou dela para o Malfoy, claramente demonstrando-se inseguro em deixá-la sozinha com ele. Ela sabia que ele gostava de a proteger, mas ele não podia viver a sua vida preocupando-se sempre com as reações dela. E Marcel precisava de uma chance de se divertir e beijar na boca, em vez de lutar as batalhas de Lily.

E o que Scorpius podia fazer de qualquer jeito? Se ele sequer pensasse em insultá-lo, Lily assegurar-se-ia que a família muy pura dele não teria mais descendência com uma boa joelhada nas jóias dele e ia-se embora como se nada tivesse acontecido. Sim, era um bom plano — ela estava a ficar boa nesta coisa de se defender.

— Vai! — e fez um sinal com as mãos para o enxotar.

— Manda-me mensagem se precisares de algo — e ela concordou já que sabia que só assim ele se sentiria bem o suficiente para deixá-la.

Suspirou. O que se tinha passado aqui, mesmo? Ela só sabia que nem queria sair em primeiro lugar, tendo sido arrastada para aquela boate com o pretexto que era o aniversário de Tilly e ela não podia não sair com ela nesse dia, e de repente ali estava ela, sozinha com um feiticeiro — e Deus é testemunha que ela fugia deles da mesma maneira que o diabo foge da cruz.

— Bebes algo, Malfoy? — e embora tenha mordido a língua, não conseguiu evitar as próximas palavras. — Ou tens medo que te vá intoxicar o organismo?

Scorpius sentou-se no banquinho ao lado dela que tinha ficado livre com a saída de Marcel, analisando cada milímetro do seu rosto com perícia. Ela remexeu-se no seu banco desconfortável, afastando o seu próprio olhar castanho muito escuro para o barman que despejava de diversas garrafas de bebida para um copo de mistura.

— És muito boa a assumir coisas pelas pessoas, não és?

Lily deu uma risadinha. Normalmente, só quando tinha de lidar com bruxos pretensiosos.

— Devo admitir que não percebo porque estás aqui.

O olhar dela era intenso, como se pudesse arrancar-lhe a verdade à força.

— Preciso de uma razão para sair?

Lily tinha de admitir que estava cada vez mais difícil continuar com aquela fachada. No seu banquinho, apoiando a cabeça na mão fechada, Scorpius estava descomunalmente bonito, a manga da camiseta apertava-se em volta do músculo flexionado em cima do balcão e a franja loira a cair-lhe na testa acentuava-lhe os olhos gélidos. Sentiu o coração pular uma batida. E, céus, a falta de luz iluminava-lhe apenas um lado da cara, que era marmóreo, de nariz muito fino e maças de rosto marcadas, o que fazia-lhe lembrar uma qualquer divindade grega. Corou, envergonhada com o rumo dos pensamentos.

Ela precisava de mais álcool. Sim, álcool era uma boa ideia, talvez quando o começasse a ver mais desfocado conseguisse ter um melhor controlo dos seus pensamentos. Sim, parecia de fato uma excelente ideia.

Pediu tequila para os dois, e bebeu dois shots de seguida, antes de finalmente o responder.

— És amigo do Albus há muitos anos. — Era um facto e Scorpius sabia que ela não procurava confirmação, mas ainda assim deu um pequeno aceno com a cabeça, incitando-a a continuar. — E a última vez que te vi devia ter o quê? Quinze anos? E de repente, após todo esse tempo, apareces numa boate muggle quando nunca foste a nenhuma e — fez uma pausa dramática e deu um sorriso irónico — onde está o aborto da irmã do Albus. Estranho.

Scorpius perscrutou-lhe o rosto uma vez mais. O que raio tinha ele feito para ela estar tão ofendida com ele? Não é como se ele a tivesse tratado de qualquer forma diferente nem trazido esse assunto à tona.

— Lá por nunca te ter encontrado antes, não quer dizer que nunca tenha vindo a uma boate muggle. Talvez você devesse moderar as suposições.

 Ela riu, sem achar piada à situação. Porque Deus a castigava assim? Tirou uma nota de dentro da mala de atravessar e deixou-a sobre o balcão, pousando em seguida o pequeno copo sobre ela.

— Foi um prazer, Scorpius Malfoy.

Na verdade, não fora. Por isso é que ela se levantou e dirigiu-se para a pista de dança, sem olhar para trás. Lily preferia ficar sozinha a ter de aturar condescendência de um cara, mesmo que fosse ela a maior culpada por trás daquilo.

Espremeu-se entre a confusão de corpos suados, decidida que ia aproveitar a noite, com ou sem os amigos. A música que saia dos vários altifalantes era latina, o que lhe arrancou um sorriso satisfeito. Lily não queria dançar nada minimamente relacionado com clássico depois daquele dia e toda a gente sabia que abanar as ancas era um modo perfeito de se livrar das frustrações.

E todo este lugar era bem agradável, tinha de admitir. Bastante amplo, com tetos altos e luzes que faziam todo o género de efeitos acima deles. De vez em quando, lançavam uma onda de fumo artificial ou umas chamas da cabine do DJ, e o pessoal quase que parecia beirar a loucura.

Estava tão entretida na sua análise ao ambiente que quando uma mão lhe pousou na cintura, deu um pequeno saltinho, sobressaltada com o contacto. Antes que tivesse a oportunidade de lançar o inferno sobre quem quer que a tivesse tocado sem a sua autorização, um bafo quente com cheiro a álcool afagou-lhe a orelha, enviando-lhe um delicioso calafrio pela espinha acima.

— Não te queria ofender.

Lily reconheceu a voz com quem falara há segundos. Sabia que apenas lhe encostara a boca ao ouvido para fazer-se ouvir acima do som da música, mas o contacto a deixara mole, e a Potter odiava não entender as reações do próprio corpo.

Virou-se bruscamente, deslizando com habilidade na sua mão até quebrar o contacto e estar a olhar de frente para ele.

— Não o fizeste — empinou ligeiramente o nariz, numa posição que parecia desafiá-lo.

Ele levantou as mãos em rendição.

— Não estou em nenhuma vendeta para te fazer miserável, Lily Luna Potter. Foi um dia longo no ministério, o Albus queria encontrar a vossa amiga e eu achei que, por uma vez, devia aproveitar para sair. Têm sido dias longos.

Não gostou da maneira que lhe tinha chamado pelo nome completo, mas Lily assentiu, aceitando a explicação. Ela já tinha sido demasiado gozada pelos bruxos, acreditando na sua falsa simpatia só para depois servir de chacota num grupinho de amigos. Mas Scorpius jamais entenderia o que era isso.

— Sabes dançar?

Ao que tudo parecia, ela estava a lhe oferecer tréguas. Levantou o sobrolho surpreso. Em nenhuma circunstância iria ele comentar a mudança de atitude, isso era certo, achando que era capaz de apreciar melhor aquela Lily que não parecia implicar com cada pequeno movimento do seu corpo.

— Razoavelmente.

A Potter podia trabalhar com razoavelmente.

— Então tenta acompanhar-me — disse, espalhando um sorriso pelo rosto e Scorpius percebeu que ainda não a tinha visto sorrir tão genuinamente naquela noite. Ela parecia tão mais bonita quando não queria matá-lo…

Só saiu do seu estupor quando sentiu as mãos pequenas e quentes delas precipitando-se sobre as suas, para depois pousá-las delicadamente na sua cintura.

— É uma dança com ritmo — explicou ela, pousando por sua vez as mãozinhas nos ombros largos. — Tens de prestar atenção na batida. O resto sai naturalmente, vê só o que faço.

Ele assentiu, surpreso, e deixou que ela lhe mostrasse os primeiros passos. Errou quase todos, mas Lily limitava a rir-se, disfarçando a sua falta de jeito com uma graciosidade que ele jamais tinha visto. Ela não só estava a divertir-se como parecia sentir aqueles movimentos no íntimo do seu ser, fechando os olhos com um sorriso belo no rosto enquanto se levava por puro instinto. Era fascinante — e talvez fosse por isso que Scorpius tinha tanta dificuldade em acompanhá-la.

Quando finalmente pegou o jeito, estavam os dois a rir, Lily a girar nos seus braços vez e outra, para logo em seguida a puxar para tão perto que colavam os peitos e voltavam a se afastar.  

O género de música alterou-se subitamente para uma com um toque mais sensual, e em vez de Lily impor limites ou afastar-se embaraçada, ela deslizou sob as suas mãos, ficando voltada de costas para ele e colando os corpos o melhor que podia. Este tipo de dança ele conhecia, pensou Scorpius, arrastando a mão languidamente para o seu estômago enquanto com a outra descia vagarosamente pela sua coxa, num toque tão leve de dedos que Lily quase não os sentia. Mas era quente, muito quente.

Que porra! Como é que Scorpius havia se deixado influenciar assim por Lily? Devia haver um lugar especial no inferno reservado para quem dançava indecentemente com a irmã caçula do melhor amigo. Mas ela emanava calor contra o seu corpo rígido tornando-o mais suave e ele sabia, simplesmente sabia, que se por alguma razão tivesse de se afastar dela neste momento seria das coisas mais difíceis que ele já fizera. O que vindo dele, que passara toda a vida a conquistar coisas difíceis, era dizer muito.

Então enterrou esses pensamentos o mais longe que conseguiu, consolando-se com o pensamento de que era muito mais agradável ter o seu corpo colado ao seu do que estar na outra ponta das suas palavras mordazes. E como ela não parecia de meio termos, esta parecia uma escolha muito adequada.

Seja qual fosse a desculpa que Scorpius quisesse arranjar, a verdade era uma e uma só, que ele não era nenhum santo e Lily também não e que nenhum deles estava disposto a por um fim naquele jogo arriscado e delicioso demais.  

E, de qualquer maneira, naquele momento eles não passavam de dois estranhos com absolutamente nada em comum a se divertirem numa boate.


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Notas finais do capítulo

Lily e Scorpius finalmente se encontraram. O que acharam da interação entre esses dois? Diferente do que imaginavam aposto, haha. Beijinhos e até ao próximo ♥



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