Thiago e Lílian: a História escrita por JuHUono


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Cadê os comentários que eu estava esperando?

Beem... aí está o segundo cap.



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Capítulo 2

 

Lily

 

Uuaauu. Foi só o que eu consegui pensar ao ver Thiago Potter parado á porta de seu dormitório só com a calça do pijama, sem camisa e com os cabelos mais desordenados ainda.

 

Há 5 minutos eu havia tomado coragem de ir ao dormitório dele e o chamar para irmos juntos a Hogsmeade depois de passar o dia fugindo. No entanto perdi a tal coragem ao vê-lo com certa indiferença no rosto, mais notável em seus olhos.

 

-Minha flor, sabia que não ia demorar para você vir trás de mim!- Ele disse isso num tom tão superior, que me arrasou por dentro. Eu olhei para ele muito ferida por dentro, mas segura de mim mesma por fora, com vontade de sair correndo, mas  ia dar a volta por cima.

 

-Não vim atrás de você Potter, vim falar com Sirius. – Marlene havia me pedido para dizer a Sirius que lhe encontrasse em 20 minutos lá em baixo, no Salão Comunal.

 

Neste infeliz instante apareceu Sirius só de toalha e todo molhado, saindo do banheiro.

 

-Ouvi meu nome pronunciado pela sua doce voz, Lily? – Ele era muito engraçado. É óbvio  que ele só estava brincando. Thiago não estava com uma cara muito feliz.

- Sim meu caríssimo amigo Sirius, a minha amiga Marlene pediu-me que lhe informasse sua presença no Salão Comunal em exatos 17 minutos. – Brinquei me fazendo de formal.

- Agradecidíssimo, minha cara Lily.

- Disponha. Vou me retirar. Bom encontro Sirius. - Eu disse isso e sai virando a cara para Thiago e lançando um olhar mortal e magoado ao mesmo tempo.

 

Mal entrei no meu dormitório, meus olhos encheram de lágrimas. Marlene não deixou passar essa.

 

- O que houve, raio de sol?

-Ele é um... - Para a minha total surpresa, caí no choro.

-O que ele fez Lily?- Ela perguntou preocupada. De repente olhou freneticamente para o banheiro- Lily se acalme. Olha, a Marina está no banheiro, ela pode te ouvir! – Marina Carter era uma menina alta, com cabelos pretos cacheados, garota do tipo glamorosa, meio estilo roqueiro e gótico. Ela tinha uma paixão pelo Potter. Não nos dávamos muito bem.

- Vai encontrar o Sirius, depois eu te conto. 

 

 

 

 

 

Thiago

 

- Tchau Thiago- Disse Sirius terminando de ajeitar a camiseta que usava.

 

- Tchau Sirius. Bom encontro. – Eu disse sem ânimo. Eu havia magoado Lily. Agora sim eu tinha perdido toda a coragem de chamá-la para sair. Um NÃO era o que eu com certeza iria receber, causando um grande abalo na nossa amizade que agora estava equilibrada na ponta de uma faca, se já não tivesse caído. Além disso, a recusa dela poderia ferir meu orgulho. Eu, ás vezes, sou muito orgulhoso. Esse orgulho junto com meu ego me fez magoar Lily. E agora? Hogsmeade é sábado e amanhã já é sexta, não quero ir sozinho, nem quero segurar vela para Marlene e Sirius. Eu ia chamar Lily, mas não sei o que deu em mim e eu a tratei daquele jeito. Pense numa solução Thiago, pense!..... Já sei!! Vou chamar aquela roqueira, Marina, para ir comigo. Vou ao passeio acompanhado e... Nossa, me surgiu uma idéia agora: posso fazer ciúmes a Lily. Como não pensei nisso antes? Sou um gênio.

 

Vou lá agora mesmo. Não, antes vou trocar o pijama primeiro.

 

Marlene

 

Eu estava realmente preocupada com Lily. O que o Potter-Bobão tinha feito com minha amiga? Lily nunca foi uma pessoa chorosa. Ela chora muito em livros e filmes, mas raríssimas vezes por alguém.  Talvez eu deva perguntar a Sirius, afinal ele é amigo do animal que magoou minha amiga. De repente, sinto alguém me abraçando por trás e me dando um beijo na nuca. Uiii, me arrepiei toda.

- Oi minha flor! _disse Sirius rouco em meu ouvido.

- Oi coração! – Respondi animada.

- Vamos?- Pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos.

- Espera! Antes quero te perguntar uma coisa. – Ele fez uma cara estranha. – O que houve entre Lily e o Potter? – Pronunciei o nome do animal com raiva.

- Ah... Ela foi ao nosso dormitório. Então ouvi Thiago dizer algo que não entendi, mas Lily não pareceu gostar, então retrucou e eu ouvi meu nome, aí ela me passou seu recado e foi embora olhando bem feio para o Thiago. Ele se despediu de mim meio desanimado.

-Oh... Ela estava arrasada, chorando até. Ela ia chamá-lo para sair  sábado, ela ficou um tempão tomando coragem, mas não conta a ninguém que eu lhe disse isso.

- Não acredito!

-Pois é! Estou preocupadíssima! Mas chega de falar dos dois. Vamos logo.

-Claro flor.

 

Lily

 

Eu me recuperava da minha crise de choro e estava lendo uma revista trouxa e me deparei com a frase:

 

“Nunca procure alguém para esquecer um grande amor, pois sofrerá em dobro”

 

Neste instante, eu e Marina, as únicas no dormitório, ouvimos batidas na porta. Ela foi atender. Toda saltitante exibindo seu corpo sinuoso num baby doll preto. Não que eu pudesse falar muita coisa. Eu me encontrava numa camisola vermelha com uma fita no decote. Ia até o meio das coxas e tinha um delicado babado. Levantei-me da cama e fui até a penteadeira, sentando no banquinho e começando a pentear meu cabelo. Para a minha imensa surpresa, lá estava Thiago Potter, parado todo arrumado, de camiseta colada no peito definido, calça jeans e All Star (N/A: essa foi em sua homenagem Marina). Enfim, lindo. Ele me olhou  de cima a baixo quando eu levantei de choque de vê-lo ali. Comecei a sentir minhas bochechas coradas. Então ele pareceu engolir seco, virou-se para Marina e disse:

 

-Olá gata! Quer ir comigo a Hogsmeade sábado?- Eu fiquei chocada, pois acreditava que ele tinha se tocado de seu erro e tinha vindo me pedir desculpas. No entanto eu estava arrasada por ele estar chamando Marina para sair na minha frente. Meus olhos encheram de lágrimas, que, para aminha surpresa, escorreram por meu rosto. Virei-me para a penteadeira, esconder meu rosto. Já Marina pulou em seu pescoço e começou a gritar de felicidade e começou a se gabar de sua nova conquista. Meu coração estava dilacerado. Eu tinha vontade de gritar, para ver se aliviava a dor que eu estava sentindo.

 

Eu saí daquele ambiente e fui ao banheiro do dormitório. Ao fechar a porta e recostar-me nela, meus joelhos cederam e eu caí no chão sentada. Abraçando minhas pernas, comecei a soluçar de tanto chorar. Eu não conseguia pensar em nada a não ser em Thiago, na raiva que eu estava de mim mesma por estar chorando por alguém que não me queria e no fato de estar muito surpresa com o fato de estar acontecendo comigo o que eu evitava há muitos anos: chorar por pessoas.

 

Eram 02h33min da manhã quando ouvi batidas na porta. Por incrível que pareça, eu ainda estava chorando. Devia ser Marlene. Também poderia ser Marina querendo usar o banheiro, afinal eu estava lá há 5 horas. Sequei inutilmente as lágrimas que passavam e trilhavam o mesmo caminha onde tantas outras o haviam feito.

 

- Vamos Lily! Abra a porta!- Era Marlene. Soava bem preocupada. Pus-me de pé, ciente de que minhas pernas doíam, no entanto, dando pouquíssima importância a este fato. Abri a porta e vi Marlene em pé a minha frente e minhas colegas de quarto dormindo. Corri para os braços de minha melhor amiga e me recostei em seu ombro, abraçando-a e chorando novamente.

Fiquei chorando a desabafando com Marlene até as 04h30min da manhã. Depois de consegui parar de chorar, nós fomos “dormir”. Ela foi dormir, mas eu fiquei acordada, pensando.

 

Thiago

 

Lá estava eu de novo. Deitado na cama, sem dormir em plenas 02h30min da madrugada. Eu fui e chamei Marina para sair, no entanto eu estava me arrependendo. Eu havia visto/feito Lily chorar, e vi também seu olhar de decepção comigo. O que foi que eu fiz com ela? Será que ela me odiaria por isso?

Nesta hora Sirius entrou, chegando de seu encontro. Ele me viu acordado.

- Eaí cara? Fazendo o que acordado?- Ele me perguntou surpreso.

- Só pensando. Como foi o encontro?

- Foi ótimo, mas você não vai querer saber. – Ele me olhou com uma cara que sugestivamente dizia “você sabe”.

-Ui, tem toda a razão, não quero saber. Você já tem 16 anos e sabe o que faz. – Eu disse querendo fazer piada, porém saiu um comentário totalmente desanimado.

- O que houve cara? – Ele perguntou no meio do ato de tirar a camiseta.

- Nada, só sono. – Menti não querendo falar sobre o assunto. Talvez depois. Virei-me e deixei o cansaço e o desgosto tomarem conta de mim e acabei adormecendo.

 

Lily

 

Eu consegui dormir ás 06h00min da manhã, após o cansaço me dominar. As 07h00min meu despertador tocou e eu abri os olhos preguiçosamente. Não me senti bem. Estava com  muito frio, me sentindo enjoada, com dores de cabeça e musculares. Levantei-me e me senti zonza. Caí na cama novamente. Fui tomar banho para ver se melhorava. Resposta: não. Ainda estava péssima.

Ao sair do banheiro, Marlene já havia acordado e me olhava cautelosa. Então ela notou meu estado deplorável.

- Nossa Lily, como você está pálida! – Disse ela, vindo em minha direção e pôs a mão em minha testa. - OMM! Você está queimando em febre. Você está se sentindo bem?

- Para dizer a verdade, não. Acordei mal. Com enjôos, tontura, dores na cabeça e no corpo. – Eu disse me sentando na cama para me vestir, mas não consegui. Eu estava mole.

- Vou te levar para enfermaria. Deixe eu te ajudar a se vestir.

Ela me ajudou a colocar um moletom preto meu. Depois fomos (eu apoiada nela) até a enfermaria, onde, após exame, a enfermeira me informou que eu estava fortemente resfriada. Marlene insistiu em ficar até começarem as aulas, mas logo foi escrever um bilhete a Sirius, que um garotinho foi pago para entregar, enquanto eu agradecia por ter uma amiga como ela. Depois de voltar, nós ficamos conversando sobre o encontro dela.

 

Thiago

 

O despertador tocou 07h30min. Eu e Sirius levantamos com muito sono, por termos dormido tarde. Nos aprontamos e saímos 10 minutos depois. Ao chegarmos no Salão Comunal, um garotinho veio em nossa direção e entregou um bilhete a Sirius.

- É da Marlene. – Disse ele curioso abrindo o bilhete, lendo e me disse com uma cara preocupada: - Cara, a Lily está de cama na enfermaria, mas ela pede para a gente não ir visitá-la, somente levar café para Marlene. O que será que houve com a Lily?

Um peso de culpa enorme caiu sobre mim. Será que era por minha causa? Deixe de ser tão egocêntrico Thiago, claro que não é por sua causa, disse uma vozinha (que eu sabia ser minha consciência) lá no fundo da minha cabeça. Será que ela está muito doente? O que ela tem?

- Vamos! Tomamos café e levamos um pouco para Marlene. – Disse Sirius, me arrastando para o Salão Principal. Tomamos café e pegamos umas coisas para levar para Marlene (as pessoas ficaram nos encarando como se fôssemos uns doidos). Chegando à enfermaria, batemos na porta, embora meu desejo fosse entrar lá e saber de minha melhor amiga.

Marlene veio até o lado de fora da enfermaria com uma cara preocupada e zangada, que se desfez quando viu Sirius.

- Bom Dia meninos! – Disse ela cumprimentando Sirius com um beijo rápido (para desgosto de meu amigo). – Oh, muito obrigada pela comida. Vou comer lá dentro e vou para aula direto. Vocês são uns amores.

- O que Lily tem? - Perguntamos ao mesmo tempo. Então Marlene olhou para mim, juro que vi seus olhos castanhos médios se tornarem negros de ódio e respondeu:

- Só um resfriado forte. Ela já está melhorando, mas acho que ela vai faltar nas aulas antes do almoço.

- Oh, que bom que ela já está melhorando! – Disse Sirius. Quando ela me olhou eu soube que Marlene já tinha conhecimento dos fatos da noite anterior. O que Lily tinha falado para ela?

- Então vão! A aula começa daqui a pouco. Eu já vou. – Despediu-se de nós e entrou na enfermaria.

Fomos andando em silêncio até a sala de aula. Chegamos 10 minutos adiantados (ô coisa rara!) e ficamos lá esperando. Na hora em que a Profª McGonnagal nos chamou para entrar, chegou Marlene, que cochichou algo no ouvido da professora que assentiu. Marlene se sentou no lugar de sempre, só que sem Lílian Evans ao seu lado hoje.

A aula correu tranqüila, embora eu não estivesse muito atento a ela. No final Marlene prometeu a professora que passaria o conteúdo para Lily. A próxima aula (Feitiços) seria a última antes do almoço. Fomos todos juntos, embora Marlene não falasse comigo. A aula de Feitiços correu quase normal, a não ser pelo fato de eu ter explodido meu livro porque não estava prestando atenção no feitiço a ser executado.

Finalmente bateu o sinal para o almoço e Marlene foi buscar Lily na enfermaria.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoas,

o que acharam? comentem e eu saberei.

Com mil agradecimentos á minha beta: Johanna

duplaa: te ♥

beijos
comentem!