Eu, Ela e o Bebê escrita por Lara


Capítulo 22
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oii Cupcakes ♥! Antes de mais nada, eu quero surtar com a recomendação maravilhosa que eu recebi da MeganQueen! AAAAAAAAAAA, MUITO OBRIGADA MEU AMOR. EU ME EMOCIONEI DEMAIS! OBRIGADA PELO APOIO E O CARINHO QUE TEM PELA HISTÓRIA E POR MIM!

Eu ainda não consigo acreditar que esse é o último capítulo. Como o tempo passou rápido! Muito obrigada a todos que acompanharam, deixaram seus comentários, recomendações, favoritaram e deram tanto apoio a esse projeto. Espero que possam entrar no grupo de leitores e possam continuar me acompanhando nas minhas próximas histórias. Torcendo aqui para não decepcionar com o último capítulo. Por fim, boa leitura...



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Epílogo

 

Elas sorriram. Sorrisos brilhantes e amorosos. Os fios dourados e os cerúleos de seus olhos davam um ar angelical junto ao branco de suas roupas. Eu as observava de longe, sem conseguir controlar o sorriso que quase rasgava meu rosto, separados apenas por um imenso tapete vermelho. Elas estavam lindas. Ainda mais lindas que o normal. E eu me encontrava ainda mais apaixonado do que já imaginei ficar.

O som da marcha nupcial tocava ao fundo conforme elas se aproximavam ao ritmo da música. A igreja inteira estava de pé e pareciam tão encantados quanto eu. O nervosismo era presente em suas expressões, no entanto, elas pareciam mais felizes do que nunca. Cada passo dado, mais meu coração se enchia de orgulho e expectativa.

Três anos se passaram desde que nos vimos pela primeira vez e eu ainda me sentia desnorteado pela beleza única dos olhos de Felicity. Nós passamos por muitas coisas juntos durante esse tempo, assim como as pessoas ao nosso redor que também tiveram grandes mudanças em suas vidas. Começando pelo julgamento de Rene, que foi condenado a trinta anos de prisão. Apesar de tudo, ele finalmente parecia em paz e estava disposto a cumprir sua sentença.

Quanto a meu pai, ele também foi levado a julgamento. Com a descoberta de seu envolvimento com a morte da família de Rene, a polícia passou a investigar a fundo o passado de meu pai, onde foi comprovado que ele foi o responsável pelo assassinato de meu avô materno e diversos outros crimes como corrupção e outros assassinatos. Ele e seus advogados tentaram de todas as formas diminuir sua sentença, mas não houve alternativa. No fim, ele cumpriria prisão perpetua em uma suja prisão de Star City, junto a inúmeros criminosos perigosos e teria que se adaptar a um novo estilo de vida totalmente diferente do seu acostumado.

Depois de todos esses anos, após finalmente decidir perdoá-lo, o ódio por meu pai deu lugar a indiferença. Eu não conseguia sentir amor ou qualquer outro sentimento por ele e eu me sentia livre. Como seu único parente vivo, eu acabei herdando a Consolidações Queen e todos os bens da família de minha mãe, inclusive a mansão onde foi cenário de inúmeras destruições e onde passei toda minha infância.

 Eu nunca desejei assumir as empresas de minha família, no entanto, eu também sabia que a vida dos funcionários da corporação dependiam de minhas decisões. Ainda que meu pai tivesse feito muitas coisas ruins e isso tenha influenciado na imagem da empresa, a Consolidações Queen ainda possuía mais de sessenta anos no mercado e possuía o controle de diversos seguimentos espalhados pelo país. Muitas pessoas dependiam do trabalho na corporação para sobreviver. Então, acabei permanecendo como o dono majoritário e nomeei um dos funcionários mais competentes e qualificado de meu pai e que eu acreditava ser de confiança como presidente para que pudesse comandar a empresa com maestria e ainda me representar. Até o momento, Curtis Holt tem feito um excelente trabalho e se tornou um grande amigo.

Tommy também mudou bastante. Com a morte do avô, que não resistiu a cirurgia no fígado, ainda que tenham encontrado um doador, o rapaz pareceu entender que a vida é muito curta para se perder tempo com prazeres passageiros, por isso, nos lugares de festas, ele começou a se dedicar a projetos sociais. Em um desses projetos, acabou conhecendo Katie Cassidy, uma voluntária divertida e meio maluca, que assim como Felicity fez comigo, passou a ter o poder de encantar e ao mesmo tempo, tirar o meu melhor amigo do sério. Sem rótulos, como os dois sempre faziam questão de ressaltar, o relacionamento deles estava dando certo de alguma forma e eles parecem felizes de terem um ao outro.

No jornal, de certa forma, tudo permaneceu relativamente igual. Continuávamos uma família, implicávamos muito uns com os outros e Felicity ainda era a única mulher do setor. Por outro lado, a área investigativa da Arrow News se tornou conhecida internacionalmente e ganhamos muitos prêmios em reconhecimento ao nosso exímio trabalho em equipe. Conhecidos como a dupla implacável, Felicity e eu conseguimos desvendar muitos casos espetaculares e de grande impacto desde o caso da família de Lindsay.

Essa, por sua vez, foi a pessoa que mais mudou nesses últimos anos. Após o julgamento do assassinato de sua família, a polícia conseguiu comprovar a inocência de Lindsay. A mente por trás do crime brutal contra o Madson foi um primo distante sem caráter da garota que estava atolado em dívidas e sabia que se tornaria o herdeiro da fortuna da família se conseguisse se livrar de todos.

Friamente, ele armou para que parecesse que ela fosse a culpada do crime e que cometeu suicídio em seguida. O que ele não esperava era que ela conseguiria sair dessa viva e ainda comprovaria sua inocência. Como punição, ele também foi condenado e o caso finalmente teve seu desfecho. Lindsay assumiu o controle de todo o dinheiro da família, mas diferente de mim, seus pais já tinham um plano para caso algo acontecesse com eles e um amigo muito próximo e de confiança da família passou a gerenciar suas riquezas sem que a garota tivesse grandes problemas, assim como ele cuidou dela quando o assassinato da família aconteceu.

Depois dos traumas que sofreu, Lindsay se mudou para Star City e Felicity e eu acabamos a adotando como nossa filha postiça. Nós acabamos nos afeiçoando a garota e não parecia certo que ela vivesse sozinha. Eu sabia bem o que era ter somente um parente vivo. Sabia a amargura e a dor que a solidão pode causar nos dias festivos como o dia das mães, pais, Natal e a virada de ano.

Mas não foi somente a mudança de cidade que marcou a vida de Lindsay. Por ter se tornado praticamente nossa filha, Lindsay acabou se tornando próxima do pessoal do jornal e, em especial, de George. Devido a pouca diferença de idade, eles se entendiam bem e não precisou de muito para que eles se apaixonassem. Confesso que não foi fácil para mim, que já havia assumido a postura de pai de Lindsay, aceitar o namoro dos dois. No entanto, ele a fazia feliz e eu não podia fazer nada quanto ao amor deles e ao poder de persuasão de Felicity – que sabia bem como me fazer acatar aos seus pedidos sem precisar de muito esforço. Juntos há quase dois anos, eles já falam até mesmo em casamento, para o meu desespero.

De certa forma, a chegada de Felicity trouxe cor ao que era preto e branco em minha vida. O seu jeito atrapalhado, mandão e divertido, eu aprendi a amar até mesmo seus defeitos. Como todo casal, nós brigamos, nos reconciliamos e nos amamos. Não era fácil e eu tenho certeza de que nunca será, mas todas as vezes que encaro o sorriso e recebo o amor de Thea, percebo que tudo vale a pena.

Como em um passe de mágica, a garota de aparência tão semelhante à da mãe consegue despertar o meu melhor. Ainda que passasse tantas noites sem dormir para que ele pudesse ser alimentada ou para que Felicity e eu tivéssemos lidar com suas cólicas, no dia seguinte eu ainda conseguia sorrir e me sentir o homem mais sortudo do mundo por ter uma filha tão linda como ela.

Ouvir suas primeiras palavras, vê-la dar seus primeiros passos, o nascer dos primeiros dentinhos, o primeiro sorriso, os primeiros abraços. Todos os pequenos avanços que mostravam o crescimento de minha garotinha me emocionavam. É surreal amar alguém com todas as suas forças e de forma tão natural. Não termos o mesmo sangue era apenas um detalhe que não significava nada para mim, para Felicity e muito menos para Thea. Para todos, eu sou sim o pai de Thea.

 Em um momento tão importante quanto meu casamento com Felicity, tudo o que vem em minha mente são as lembranças de tudo que vivemos até chegarmos ao altar. De maneira meio inusitada, eu ganhei a família que sempre desejei. Por meio de muitas confusões e dores físicas – devo ressaltar -, Felicity conseguiu abrir meus olhos e meu coração para o que eu evitei desde a morte de minha mãe.

E assim, passo por passo, Thea e Felicity, acompanhada pelo tio, chegam ao altar. Aproximo-me das duas com emoção. Esperta e desinibida, Thea apenas acena e segue em direção a Lindsay, que a esperava ao lado do altar, assim como havíamos ensaiados. Todos estavam encantados pela beleza da pequena, principalmente Donna, que não havia conseguido segurar as lágrimas desde que a filha e neta pisaram no tapete vermelho na entrada da igreja.

 Alec despede-se de Felicity com um beijo na testa e me cumprimenta com um aperto de mão e uma troca significativa de olhares. Eu sabia o que se passava em sua mente. Ele apenas desejava a felicidade da sobrinha. Estendo minha mão a Felicity, beijo sua testa e trocamos sorrisos antes de nos aproximarmos do padre. A igreja toda se senta, restando somente nós dois e a figura sorridente do homem que realizaria nossa cerimônia em pé sobre o altar.

Finalmente a cerimônia se inicia. Eu me encontrava encantado pela beleza de Felicity. O vestido, a maquiagem, tudo nela era radiante. A mulher mais bonita de todo o mundo. Eu nem mesmo conseguia ficar muito tempo sem a encarar. E o que mais me fazia ter certeza de que me casar com a mulher ao meu lado era uma das melhores decisões que eu havia tomado em minha vida era o fato de que mesmo que tenhamos passados esses últimos três anos juntos, Felicity ainda conseguia me surpreender de inúmeras formas. Com ela, minha vida nunca seria entediante.

— E agora, diante de Deus e perante as testemunhas e convidados, é o desejo de ambos em contrair o matrimônio? – Questiona o padre, estendendo o microfone entre nós, enquanto Felicity e eu nos encarávamos com intensidade.

— Sim. – Respondemos juntos. Não havia dúvidas ou hesitações. Aquele era o nosso maior desejo. Mesmo diante de todos os problemas que eu tinha certeza de que enfrentaríamos no futuro, eu sentia que jamais conseguiria amar com a mesma intensidade na qual amo Felicity.

A pedido do padre, Thea aproxima-se do altar com as alianças em mãos e sob a orientação de Lindsay. Com um sorriso encantado pela fofura da garota, o padre abençoa as alianças e as estende. Pego a aliança de Felicity, sem esconder a minha emoção e ansiedade por aquele momento. Era a hora dos votos. Minhas mãos suavam e tremiam. Minha garganta estava seca e eu temia gaguejar.

— Eu acho que todos aqui devem concordar que se alguns anos atrás alguém dissesse que eu um dia subiria ao altar, formaria uma família e casaria por vontade própria, provavelmente a pessoa seria levada para o manicômio mais próximo. – Começo e boa parte da igreja ri junto com Felicity, concordando com a minha afirmação. – Mas o fato é que isso aconteceu. E se hoje eu sou feliz é graças a você, Felicity. Você me ensinou a ter mais paciência, me mostrou como amar e me deu uma família completamente louca, mas perfeita para mim. Foi graças a você que eu ganhei uma mãe radiante e divertida, um tio sem noção e duas filhas lindas. – Paro de falar para encarar as pessoas citadas que se encontravam sentadas no primeiro banco da igreja. Volto a olhar os olhos pelos quais eu me apaixonei. – Obrigado por me amar e por permitir que eu te ame. Obrigado por ter me dado o privilégio de passar o resto da minha vida ao seu lado, a mulher mais forte, bonita, inteligente, independente e amorosa que eu já conheci. Eu amo o fato de você acreditar e confiar em mim mais do que eu mesmo. Eu amo o fato de você permanecer ao meu lado seja nos momentos bons ou ruins. Você é o meu pilar e a minha maior força, Felicity. Eu amo o fato de você me entender sem que eu precise me esforçar tanto. Eu até mesmo amo o fato de que eu não consigo te vencer em nenhuma discussão, porque você é brilhante em diversos sentidos. Não importa o quanto eu tente, eu sinto que jamais conseguirei expressar por completo o tamanho do meu amor, orgulho e admiração que tenho pela mãe, amiga, colega de trabalho e agora, esposa, que você é. A verdade é que eu gosto muito mais do eu de agora, que ama você, porque você desperta o melhor de mim.

Felicity chora e ri, enquanto eu colocava a aliança em seu dedo. Beijo o anel e a encaro com intensidade. Talvez meus votos não tivessem sido tão bonitos ou elaborados quanto eu gostaria, mas naquele momento de tantas emoções e pensamentos que poderiam ser ditas e que baralhavam em minha cabeça, tudo o que eu conseguia fazer era deixar que as palavras fluíssem de minha boca sem controle algum.

— Você é tão injusto! Como ousa fazer os votos mais bonitos que os meus? Tem noção do quanto eu sofri e quanto eu demorei para escrever os meus votos? – Brinca Felicity, limpando as lágrimas que molhavam seu delicado rosto. Ela respira fundo e me olha com intensidade. – Eu acho que de todas as pessoas do mundo, você foi a que mais me tirou do sério e me deixou sem palavras. Acho que a melhor palavra para descrever o nosso primeiro encontro é intenso. Assim como eu, você é teimoso e apaixonado pelo jornalismo. Essa combinação foi o bastante para me atrair e me fazer sentir que trabalharíamos muito bem juntos. E conforme fomos nos aproximando, mais encantada eu me sentia. A sua dedicação e honestidade era surpreendente. A humanidade e atenção que possuía por cada caso resolvido me tirava o fôlego. Não foi à toa que Lindsay, que deveria ser só mais uma protagonista de uma reportagem de grande impacto, também se tornou a nossa filha. Você me diz que eu te dei uma família, mas foi você que me fez entender o que é ser uma família, Oliver. Obrigada por me amar, por tentar me entender e por ser o meu melhor amigo e companheiro. E eu também gosto muito mais do meu eu de agora. Eu te amo. Obrigada por despertar o melhor de mim. – Felicity então coloca o anel em meu dedo e, assim como eu, beija a joia e volta a me encarar.

— Conforme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja, e Se digne enriquecer-vos com a sua bênção. Não separe o homem o que Deus uniu. – Fala o padre, com os braços abertos. Sobre os olhares ansiosos de toda a igreja, o homem sorri e toca em nossos ombros. – Pode beijar a noiva.

E então nossos lábios se encontram e o beijo acontece. Os aplausos ecoam pela igreja. Sinto nossas pernas serem abraçadas. Separo-me de Felicity e vejo a cabeleira loira de nossa pequena. Pego-a no colo e seus bracinhos delicados contornam meu pescoço, enquanto seu rosto encosta em meu ombro. Puxo Felicity para mais perto e faço sinal para que Lindsay se aproximassem. Com as três mulheres de minha vida em meus braços, tudo o que conseguia sentir naquele momento era que eu finalmente havia achado o meu lugar. Essa era a minha família, o meu lar.

 

Fim.


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Notas finais do capítulo

Oii Cupcakes ♥! O que acharam?

Muito obrigada mais uma vez a todos que acompanharam esse projeto, em especial, a Juuh, que foi quem recebeu essa história como uma tentativa de presente. Espero não ter decepcionado e estou ansiosa para saber a opinião de vocês. Obrigada mesmo! Beijocas ♥


Cupcakes da Lara: https://www.facebook.com/groups/677328449023646
Família Cupcake 2.0: https://chat.whatsapp.com/E6wkn6DU0rR0IoR0d3EOLi



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