Eu, Ela e o Bebê escrita por Lara


Capítulo 16
Curso de Maternidade


Notas iniciais do capítulo

Oii Cupcakes ♥! Antes de mais nada: AAAAAAA MUITO OBRIGADA TITÂNIA PELA RECOMENDAÇÃO ADORÁVEL ♥! ESSE CAPÍTULO E DEDICADO A VOCÊ!! Espero que goste desse capítulo de fofura Olicity, Era para eu ter postado ontem, mas com essa loucura de greve no Brasil inteiro, não consegui terminar o capítulo e não tinha cabeça para isso, porque estava extremamente cansada. Enfim...

Quero agradecer aos lindos comentários que recebi no capítulo passado. Muito obrigada Bruninha, Titânia, Marluci, kaialasilva, Pequena Rosa, Kah Mocchi, Observadora0805, maya, Juliana Lorena, Isabelle, Nanda, Jujah, Débora Cristina Oliveira, FLAT, Mockingjay, Aninha e isabelsilva!! Boa leitura...



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Capítulo XV – Curso de Maternidade

 

“Parecia absorvido na leitura do texto impresso naquele papel – e muito apetitoso na calça jeans justa e na camisa branca, aberta até a base do pescoço. [...] de repente, os olhos de Bernardo ergueram-se, encontrando os meus. Um sorriso radiante cresceu no rosto dele, cuja barba não teve, definitivamente, um encontro matinal com o aparelho de barbear. Melhor assim: ele ficava com cara de predador.”

Azul da Cor do Mar – Marina Carvalho

 

O prédio era grande e espelhado, como Donna havia nos informado. De frente para a entrada, havia uma placa indicando o local onde seria realizado o curso para pais de primeira viagem. Apesar de não querer demonstrar, Felicity parecia animada com a ideia de treinar para o evento que mudaria sua vida para sempre. Bebendo o seu inseparável suco de limão, que ela havia me feito comprar no meio do caminho, ela observava a placa com os olhos brilhando em excitação.

Assim que percebe o meu olhar sobre si, a garota me encara e sorri discreta. Estendo minha mão e ela a pega, entrelaçando nossos dedos. De certa forma, eu também estava animado em aprender um pouco mais dessa experiência de cuidar de uma criança. Mas, o que mais me deixava entusiasmado era o fato de saber que Felicity confiava e gostava de mim o suficiente para permitir que eu entrasse em sua vida de maneira tão profunda.

— Vamos entrar? - Ela pergunta, encarando-me com um sorriso animado. Já não conseguia mais esconder a animação.

— Claro. - Concordo.

E de mãos dadas e sorrisos ansiosos em nossos rostos, entramos no prédio e nos identificamos na entrada, antes de seguirmos para o elevador. De frente as portas metálicas, estando apenas nós dois esperando elas se abrirem, havia certa nostalgia que nos atingia, relembrando do fatídico episódio que nos tornou inseparáveis. Ficar presos no elevador, de alguma forma, foi apenas a fagulha que eu precisava para que meu coração se acendesse. 

Um pouco mais de três haviam se passado desde que nos conhecemos. Exatos noventa e cinco dias. Duas mil e duzentas e oitenta horas. Cento e trinta e seis mil e oitocentos minutos. Oito milhões duzentos e oito mil segundos. E apesar desse pouco tempo, minha mente parecia não concordar com esses números. Eu conhecia Felicity o suficiente para saber que ela tem mania de morder as unhas quando está muito apressada, que sua fruta preferida é limão e azul é a cor preferida, que seu esporte favorito é o baseball, que ela odeia os Yankees, mas ama os Red Sox e que quando está mentindo, ela tem mania de desviar os olhos e entrelaçar os próprios dedos.

Eu sei mais sobre Felicity do que sobre mim mesmo e eu gostava desse fato. Não havia sido proposital. Apenas acontecia. Em um momento qualquer do dia, eu me pegava encarando a loira em sua rotina, gravando em minha mente cada reação ou gesto. Era um hobby que eu adquiri convivendo com Felicity. Surpreendentemente, era interessante descobrir mais uma mania sua ou adivinhar como ela reagiria a uma situação fora de seu controle.

O elevador para em nosso andar de destino e as portas se abrem, despertando-me de meus pensamentos. Felicity me puxa, guiando-me pelos corredores do andar, até que chegássemos à sala onde seria realizada o curso. Após respirar fundo, Felicity me puxa para dentro da escola para gestantes. Uma mulher de longos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo não demora a aparecer.

— Bom dia. Sejam bem-vindos! - Cumprimenta, sorrindo simpática. Somente quando nos aproximamos mais é que noto que ela estava grávida. - Como posso ajudá-los?

— Bom dia. Nós estamos aqui para o curso de pais de primeira viagem em que estamos matriculados. - Respondo, entregando o panfleto que Donna havia nos dado no jornal.

— Oh, claro! Primeiro dia de vocês, certo? - Balanço a cabeça, concordando. - Certo. E quais são os seus nomes?

— Felicity Smoak e Oliver Queen. - Responde Felicity, encarando o ambiente com curiosidade. Ela se vira para mim e sorri como uma criança em um parque de diversões. - Aqui é tão bonito. - Sussurra.

— Sim. É muito bonita. - Respondo, encarando a loira e ao perceber que meu comentário se referia a ela, Felicity sorri envergonhada, me dá um tapa de leve no peito e desvia o olhar para a atendente que nos encarava com um sorriso doce nos lábios.

— A sala de vocês é na terceira porta no corredor à direita. A professora Luna já deve estar chegando. Até lá, podem interagir com as outras mamães e papais que estão na sala. - Responde a mulher de maneira gentil. - Boa aula.

— Obrigada... 

— Polly. - Complementa a atendente. 

— Certo. Muito obrigada, Polly. - Agradece Felicity, sorrindo e, mais uma vez, a loira me puxa, guiando-me pelo corredor até que chegássemos à porta da sala onde teríamos aula.

Como havia dito, já havia algumas pessoas dentro da sala, que conversavam animadas. As cercas de dez mulheres interagiam entre si e elas pareciam tão ansiosas pelo curso quanto Felicity. Hesitante e envergonhada, a mulher aperta minha mão com ainda mais força e entra na sala. Observo as pessoas, um pouco intimidado por ser o único homem presente. Assim que notam nossa presente, as mulheres param de conversar e nos encaram, surpresas. Nesse momento, eu me senti um pouco deslocado. Era como se todos os meus instintos me alertassem que seria alvo de todas as mulheres presentes naquela sala, que fariam questão de me usar para realizar seus experimentos. 

Tentando me manter calmo para transmitir um pouco de confiança a Felicity, desvio meu olhar das gestantes e passo a analisar o ambiente. A sala era grande e com paredes brancas com alguns desenhos que representavam a gestação, assim como na entrada da escola. O lugar estava repleto de tapetes semelhantes aos usados para fazer yoga na cor azul escuro. Havia algumas cadeiras onde as mulheres estavam sentadas no fim da sala. No canto esquerdo ao meu havia algumas bolas de plástico grandes e um armário que eu imaginei conter o material que usaremos para a aula.

— Boa tarde! Vejo que a sala está cheia. Isso me deixa extremamente animada. - Cumprimenta uma mulher, que supus ser a professora, entrando na sala. - Eu me chamo Luna e serei a responsável por orientá-los nessa nova fase na vida de vocês. Sintam-se à vontade para escolherem seus tapetes e se sentem de maneira confortável. Ah, e já que temos um casal aqui, peço que utilizem o mesmo tapete.

E assim como orientado pela professora, escolhemos nossos tapetes e nos sentamos. A professora nos encara por um tempo e prende seu olhar em mim. De repente, a surpresa se torna evidente em seu olhar e a vejo desviar o olhar, parecendo envergonhada. Felicity me encara intensamente, como se exigisse alguma explicação. Permaneço por um tempo tentando entender a situação. A ruiva com quem eu havia dormido no dia em que conheci Felicity estava bem na nossa frente e parecia furiosa.

— Droga. - Sussurro, sem saber como reagir à presença de uma das inúmeras garotas com quem dormir e me deu um tapa no rosto como despedida, após eu ter garantido que não queria nenhum compromisso sério.

— O que foi? - Questiona Felicity, enquanto Luna continuava a encarar seu material, desconfortavelmente.

— Nada. - Respondo, forçando um sorriso.

— Fala logo, Oliver. - Insiste a loira de maneira desconfiada.

— Muito bem, pessoal. Vamos começar a aula? - Fala a professora e eu suspiro aliviado por não precisar responder ao questionamento de Felicity, ainda que soubesse que ela não me deixaria escapar tão fácil assim. - Que tal contarem um pouco mais sobre vocês? Nome, quantas semanas de gestação, idade, o que esperam do curso e o que sabem sobre a maternidade ou, no caso de Oliver Queen, o que acha de finalmente ter se tornado pai? Quer saber, por que não começamos com você, Oliver?

— Como ela sabe o seu nome? - Pergunta Felicity, encarando-me ainda mais impaciente. Luna me lançava um olhar irônico e eu me sentia como uma presa diante de feras prontas para me devorarem.

— Eu... Eu... É... Bom... - Eu continuava a gaguejar diante do olhar sério de Felicity sobre mim. Eu estava nervoso e ainda que meu caso com a professora tivesse sido antes de conhecer a loira, eu me sentia apreensivo com a reação que Felicity teria ao descobrir. - Como a professora Luna disse, eu me chamo Oliver Queen e essas são Felicity Smoak, que está em sua décima oitava semana de gestação, e Thea. - Digo, acariciando a barriga de Felicity para me referir a bebê. - Não sabemos nada sobre gestação ou maternidade e paternidade. Esperamos que o curso possa nos dar alguma luz sobre como devemos agira a partir de agora.

— Entendo. - Responde a professora, dando um sorriso forçado. Após suspirar e ao ver que eu não cairia em suas provocações, Luna respira fundo e se vira para a gestante que estava ao nosso lado. - E você, querida? Qual seu nome?

E as apresentações das grávidas continuaram, enquanto Felicity permanecia de cara emburrada e um olhar assustador. Eu tentava me comunicar com ela, mas tudo que eu recebia era uma resposta monótona e um revirar de olhos. A loira evitava até mesmo que eu a tocasse, como se já soubesse o que estava acontecendo e eu me encontrava entre a cruz e a espada. Meu instinto de autodefesa me dizia que se eu contasse a verdade, sofreria algum ataque por parte de Felicity ou de Luna. Por outro lado, meu lado meloso e apaixonado queria acreditar que se eu contasse, conheceria o lado ciumento de Felicity pela primeira vez.

— Agora que todo mundo já se apresentou, vamos à primeira dinâmica do dia para que vocês consigam se soltar mais. - Pede Luna, sorrindo gentil. - Levantem-se todos e deem as mãos, formando uma grande roda. Assim que o círculo estiver formado, soltem suas mãos. Nós faremos um alongamento antes de tudo para que relaxem o corpo. – Felicity parece ficar um pouco mais calma, mas isso não demora muito a mudar com as palavras da professora. – Oliver, poderia ficar o meu lado para que elas possam fazer o alongamento juntas?

— E por que ele não pode ficar comigo? – Questiona Felicity, surpreendendo-me. A loira odeia chamar atenção, então à última coisa que eu esperava era que ela fosse rebater ao pedido da professora de maneira tão dura.

— Bom. É um exercício para grávidas. Não faz muito sentido que ele participe do alongamento. Por isso sempre pedimos para os pais que fiquem de fora dessa primeira atividade para que aprendam a como orientar suas parceiras a alongarem todos os dias. – Responde Luna, parecendo envergonhada pela forma como era encarada por Felicity.

— Felicity... – Chamo a atenção da loira, mas logo me arrependo ao ver o olhar pesado e ameaçador de Felicity.

— Você quem sabe. – Responde por fim, mas eu sentia que aquela sentença significava que eu deveria ficar ao lado dela se quisesse permanecer vivo. E esse sentimento de perigo me faz querer ri e comemorar. Se Felicity está com ciúmes a ponto de até mesmo ir contra suas reações normais, significa que ela gosta de mim com ainda mais intensidade do que eu imaginava.

— Eu vou ficar aqui perto dela, professora. – Digo e vejo um sorriso discreto se formar no canto dos lábios de Felicity. – Assim é mais fácil de aprender.

Luna então dá de ombros e começa a orientar a turma. Observo a atividade com atenção, enquanto as mulheres faziam os movimentos com cuidado para alongar o corpo. Felicity permanecia tensa e observava a professora com seriedade. A cada instante que se passava, a loira parecia carregar ainda mais raiva pelo comportamento de Luna. Um bico discreto se formava em seus lábios e uma aura pesada a rodeava. Eu nunca gostei que as mulheres fizessem cena de ciúmes perto de mim, mas de alguma forma, aquilo parecia adorável vindo de Felicity. Por outro lado, ainda havia uma parte de mim que hesitava e se questionava se ela realmente estava agindo assim por sentir ciúmes de mim como um amigo ou como um homem que deseja como namorado.

— Agora que todas parecem mais relaxadas, acredito que já podemos começar nossa primeira dinâmica de fato. – Comenta Luna, observando as alunas. – Como vocês sabem, o primeiro contato que terão com seus bebês será o parto. Por isso, todos os dias do curso, no inicio da aula, vocês farão alongamentos e um treino para o parto. As respiração é um fator extremamente importante para que se sintam mais calmas e possam colaborar para que tenham um parto tranquilo.

Luna então pega um tapete e coloca de frente as mulheres, onde provavelmente demonstraria algo. Eu estava sentado ao lado de Felicity e ela já parecia estar um pouco mais calma. Temendo deixar algum detalhe passar em branco – algo que nós jornalista adquirimos com os anos de profissão -, ela anotava as palavras da professora em seu inseparável bloco de notas. E enquanto eu tentava prestar atenção nas orientações de Luna, eu conseguia ouvir ao fundo, algumas alunas comentando sobre o comportamento da professora, Felicity e eu. Suspiro, sabendo que aquilo se estenderia por todo o período do curso.

— Para o próximo exercício, vocês irão treinar suas respirações no momento em que as contrações vierem. Como eu disse, essa é a parte mais importante para que ocorra um parto saudável e sem complicações. – Luna então se senta em seu tapete e me encara. – Oliver, você poderia vir me ajudar?

E novamente Felicity volta a ficar tensa ao meu lado. Olho para a loira pelo canto do olho e percebo que a sorte de Luna era que Felicity não possuía o poder de laser nos olhos, caso contrário ela já não estaria mais viva. Eu me encontrava perdido, mais uma vez, sobre como deveria agir. Era nesses momentos que eu desejava que Tommy estivesse ao meu lado para me dizer como eu deveria reagir diante dessas situações conflitantes. Engulo em seco, ouvindo alguns murmúrios pela sala devido a minha demora em fazer o que a professora estava fazendo.

— Eu...

— Eu irei ajudar no lugar dele. – Responde Felicity, levantando-se do tapete e interrompendo minha fala. Ela me lança um olhar ameaçador, como se dissesse que eu deveria permanecer quieto. Não ouso agir de maneira contrária, ainda que meu maior desejo naquele momento fosse ri de seu comportamento.

— Eu não acho que...

— Algum problema quanto a isso, professora Luna? – E mais uma vez, Felicity interrompe, encarando a professora com ironia. – Você não precisa de ajuda? Por que não me deixa te ajudar? Ou será que a única ajuda que realmente precisa é a de Oliver?

— Não é isso, Felicity. Eu apenas acho que é mais fácil que você pegue a técnica, olhando de frente. Oliver apenas irá me dar o apoio moral, representando o marido ou namorado de vocês. – Responde Luna e, se estivéssemos em um desenho animado, eu veria seus ouvidos soltarem fumaça de vergonha e raiva.

— Não se preocupe. Eu sou uma excelente aluna. Tenho certeza de que aprenderei de qualquer forma, independente de estar de frente ou ao seu lado. – Afirma Felicity e eu preciso me segurar para não ri da cara que a professora faz diante da resposta ácida da loira.

— Se você insiste. – Responde Luna a contragosto.

Felicity dá um sorriso vitorioso e vai para perto da professora, que não demora a se recompor e começar a explicar sobre como funcionaria aquele exercício. Não me atentei muito aos detalhes, porque fiquei fixado demais em ver como Felicity ficava adorável quando estava com raiva. E mesmo não gostando da professora, ela estava pronta para dar o seu melhor naquele exemplo. Essa era mais uma das centenas de características que admiro na loira. Mesmo que soubesse que precisaria abrir mão de seu orgulho, o seu senso de dever é maior e ela daria o seu melhor para cumprir com a sua tarefa.

— Ainda que algumas de vocês possam não realizar o parto normal, acho essencial que conheçam o procedimento. - Informa Luna, sorrindo gentil. - Adotar uma respiração bem ritmada no trabalho de parto ajuda a aumentar a quantidade de oxigênio disponível para vocês e para seus bebês. Com a tensão e as contrações, a respiração de vocês pode ficar superficial e rápida. É uma reação normal, mas o corpo não aguenta muito tempo nesse estado sem chegar à exaustão. - Conta Luna. Eu finalmente começo a prestar atenção em suas palavras. - Quando vocês estiverem em trabalho de parto, seus objetivos será poupar o máximo de energia possível, e dar ao bebê bastante oxigênio, afinal ele também está sob o estresse de nascer. Antigamente havia aquela história de respirar como cachorrinho, mas vocês verão que não é bem assim. 

— E como funciona, professora? - Questiona Johanna, uma das gestantes que se encontravam na sala. - Eu sempre ouvir dizer que era para fazer a respiração de cachorrinho, como você tinha dito.

— É um erro comum, Johanna. - Confirma a Luna, rindo levemente. - Quando vocês estiverem em trabalho de parto, o essencial é manter o ritmo da respiração. Experimente fechar os olhos, agora mesmo. - Pede a ruiva e todas as mulheres, inclusive Felicity, fazem o que ela pede. - Repare em como vocês respiram de forma ritmada. Primeiro inspira, depois há uma pequena pausa e então solta o ar. Não é? - As mulheres abrem os olhos e balançam suas cabeças, concordando. - Durante o trabalho de parto, procure não deixar que a inspiração seja mais curta que a expiração. Soltar bem o ar é importante, portanto foque-se nisso. É inevitável, porém, que no meio de uma contração forte a respiração fique mais superficial, mais parecida com a tal do cachorrinho. Não há problema nisso, desde que ela não fique rápida demais, a ponto de você começar a se sentir mal, com formigamentos e tontura. Eu vou mostrar para vocês como irá funcionar. Felicity, você poderia segurar a minha mão, por favor?

E como instruído por Luna, Felicity coloca-se mais próxima da professora e pega em sua mão, atenta a todos os movimentos da professora. A ruiva então se ajeita no tapete e encosta a cabeça na parede. A coluna estava em uma posição diagonal e os joelhos flexionados, com as pernas separadas, em uma posição de parto. A mão direita segurava firme a mão de Felicity, enquanto a outa estava sobre o joelho esquerdo. 

—  Essa geralmente é a posição que ficarão para um parto normal. Tente se concentrar na respiração, principalmente no ato de expirar. Ao soltar o ar, jogue para fora junto com ele toda a tensão do seu corpo. A inspiração acontece sozinha. Pense mais na expiração e no alívio da tensão. - Luna repete a ação como havia descrito para as gestantes. Vejo algumas repetindo a respiração de maneira tímida. - Se sentirem dificuldade de se concentrar, vocês podem experimentar contar. Quando inspirar, conte devagar até três ou quatro ou o número que for mais confortável para vocês e, quando soltar o ar, conte de novo até o mesmo número. Talvez vocês percebam que é mais confortável inspirar contando um, dois, três e expirar contando um, dois, três, quatro.  Inspire pelo nariz e solte o ar pela boca. Deixe a boca relaxada ao expirar. Algumas mulheres acham que ajuda fazer algum tipo de som ao soltar o ar. Não tenha vergonha de fazer isso. Entre as contrações, tome golinhos bem pequenos de água para a boca não ficar muito seca.

Luna faz uma pausa para observar as mulheres respirando conforme suas orientações. Eu também estava atento à forma como elas agiam e me sentia ansioso para saber como será o dia em que Thea virá ao mundo. Um sorriso dona meus lábios e ao imaginar a cena, meu coração se aquece. No entanto, não permaneço muito tempo perdido em meus pensamentos. Eu precisava aprender aquela técnica de respiração, caso Felicity pudesse esquecer no momento da dor. Luna então se vira para Felicity e a encara por alguns instantes. A loira corresponde com intensidade, não se deixando intimidar pela forma como era observada.

— Conte com a ajuda de seu companheiro. Concentre-se na respiração dele ou de quem estiver acompanhando você no parto, olhando-o no olho. Ele pode segurar suas mãos ou colocar as mãos sobre seus ombros. Respirar juntos pode ser gratificante para vocês dois. Vocês podem treinar durante a gravidez. - E o olhar de Luna cai sobre mim. Por alguns instantes, permanecemos assim, até que Luna faz uma careta de dor ao sentir o aperto no ombro dado por Felicity. Um sorriso debochado se faz em seus lábios e eu preciso me segurar para não ri da cara de brava de Luna. - Agora vamos a segunda parte do parto.

— São quantas partes? - Pergunta Mackenzie, parecendo preocupada com a possibilidade de sentir dores por um tempo ainda maior.

— Ah, não se preocupe. Eu divido o parto em três partes. A pré-parto, onde vocês começarão a sentir as contrações e terão que se deslocar até o hospital. O parto em si, onde precisarão ter ainda mais controle da respiração. E por fim, o momento em que vocês verão os rostinhos adoráveis e saudáveis de seus bebês. - As gestantes sorriem e passam a cochichar entre elas sobre o quanto estavam ansiosas por esse momento. - Durante a segunda fase do trabalho de parto, o que chamamos de período expulsivo, vocês farão força para que o bebê saia. Para muitas mulheres é mais confortável seguir seus instintos nessa hora. Faça três a cinco forças em cada contração, e tente respirar entre as forças. Prender a respiração e fazer força até não aguentar mais não é recomendado, e pode até provocar lesões na sua região pélvica. Além disso, fazer força por mais de cinco ou seis segundos de cada vez pode restringir a quantidade de oxigênio que vai para o bebê.  Então fiquem atentas a isso.

— E como eu vou saber que é o momento certo de fazer força? - Pergunta Johanna, mais uma vez.

— Excelente pergunta, Johanna! - Elogia Luna, sorrindo. - Às vezes, a mulher sente a necessidade de fazer força antes que o colo do útero esteja completamente dilatado. Se isso acontecer, o médico vai pedir a você que não faça força por enquanto. Isso pode ser mais difícil do que parece! Caso isso aconteça, mudar de posição pode ajudar. Quando a contração chegar, divida a expiração em quatro sopros, por exemplo, ou se concentre na frase "Não posso fazer força", ainda que eu ache que essa última seja difícil de vocês se lembrarem. Respire normalmente entre as contrações. Pode ser que vocês tenham de controlar a respiração e a força na hora exata em que o bebê estiver saindo, para que ele nasça devagar e sem rasgar seu períneo, então usem a mesma técnica. Obrigada pela ajuda, Felicity. Agora, é com vocês. Tentem fazer o mesmo que eu fiz. Se tiverem alguma dúvida, vocês podem me chamar.

Ao fim, Felicity volta para o seu lugar e se senta ao meu lado. Percebendo meu olhar sobre si, a loira parece relaxar um pouco, ainda que demonstrasse certo desconforto. Ajudo-a ficar na mesma posição em que estava Luna instantes antes. E enquanto realizávamos o treinamento de respiração para partos, duas mulheres sozinhas e um casal aparecem na sala de maneira ofegante acompanhados de Polly. E assim que encaro as três gestantes, mais uma vez sinto o perigo diante de mim. Por que eu tinha que dormir com todas as mulheres que eu encontro nas festas? 

— Oliver Queen? - Questiona a mulher de longos cabelos pretos com quem eu havia dormido há quase dois anos atrás e que se eu não estivesse engando, se chama Rebeca.

— Espera um pouco. Oliver Queen em um curso para pais de primeira viagem? - Ironiza a segunda mulher, que possuía cabelos curtos e cacheados. Eu não sabia seu nome, mas lembro de já termos dormido em algum momento do ano anterior.

— Uau! Como o mundo é pequeno e dá muitas voltas. Jamais imaginei que encontraria Oliver Queen em um lugar como esse. - Comenta a mulher de descendência japonesa que estava acompanhada do homem que imaginei ser seu marido e que me encarava confuso.

Novos murmúrios se espalham pela sala e sinto Felicity cada vez mais tensa. Eu não sabia o que fazer. Se me explicava para Felicity ou se respondia aos cumprimentos das três mulheres. Parecia que qualquer uma das minhas escolhas complicaria ainda mais a minha situação. E para complicar o meu estado de tensão, Luna sorria irônica e parecia se divertir com a minha situação. O pior é que eu não podia culpá-las pelo espanto e muito menos por me tratarem mal. Ainda que em nenhum momento eu tivesse mentido sobre as minhas intenções, isso não me dava o direito de ser tão frio e insensível com seus sentimentos. No final das contas, essa situação complicada era apenas uma consequência das minhas ações que eu teria que lidar agora.

— Bom, meninas, eu entendo o sentimento de vocês, mas a aula já começou e vocês estão bem atrasados. Entrem e escolham seus tapetes. Eu tentarei passar de maneira resumida o que vocês perderam. - Pede a professora, batendo palmas para encerrar o assunto e darmos continuidade ao treinamento.

Atendendo ao pedido de Luna, as mulheres e o marido de uma delas entram na sala e pegam três tapetes. Elas se apresentam, mas eu não me importava mais com os seus nomes. Felicity estava séria e demonstrava estar decepcionada, no entanto, continuava a fazer o exercício de respiração, ignorando todos a seu redor. Eu estava tão inseguro que nem mesmo me arriscava a conversar com ela.

— Eu vou beber água. - Anuncia Felicity, quando Luna passou perto de nós para nos observar.

— Tudo bem. - Concorda a professora, dando de ombros. 

E sem olhar ou esperar por mim, Felicity sai da sala em passos duros. Prendo minha respiração por alguns instantes e levo uma das minhas mãos ao rosto, soltando o ar devagar. Eu sentia que estava bastante encrencado e, estranhamente, eu me sentia feliz pelas reações da loira. No entanto, também temia que isso pudesse complicar ainda mais a nossa situação já complicada e não resolvida. Suspiro e lanço um olhar significativo para Luna e vou atrás de Felicity, recebendo o olhar de todos da sala.

Por ser uma escola pequena, não foi difícil encontrar Felicity bebendo um copo de água, ao lado dos banheiros que ficavam no final da escola. Aproximo-me com cautela, ciente de que ela já havia notado minha presença. Felicity, no entanto, permanece como estava, encarando a paisagem da janela próxima de nós. Eu me coloco ao seu lado e passo a observar a cidade, sem saber como começar aquela conversa.

— Está com raiva de mim? - Pergunto, hesitante.

— E por que eu estaria com raiva? - Responde Felicity, finalmente. E ainda que ela dissesse isso, seu tom de voz e reações corporais demonstravam que eu estava certo.

— Na verdade, eu não sei como me desculpar por essa situação.  - Confesso e ela dá de ombros.

— Eu não estou com raiva de você, Oliver. - Afirma a loira, suspirando cansada. - Esqueça isso, está bem?

— Então por que está agindo assim? - Insisto e ela bufa, irritada. 

— Eu não estou com raiva de você. Estou com raiva de mim. - Confessa e eu a encaro surpreso. 

— O que quer dizer com isso? - Pergunto, confuso com a confissão de Felicity.

— Você não fez nada de errado, mas eu ainda estou irritada. - Fala em tom de voz baixo. Ela parecia envergonhada com a situação e fazia um grande esforço para se explicar. - Eu sempre soube que você era mulherengo e que dormia com várias mulheres na mesma semana. Mas eu não gostei como a professora insiste em ter sua atenção. Não gostei em como você parece ser passivo aos olhares de todas as mulheres daquela sala. E você dormiu com Luna, Rebeca, Caroline, Samanta e Hannah, não dormiu?

O olhar acusatório de Felicity sobre mim diante de sua pergunta me deixa sem reação. No entanto, a minha falta de respostas foi o suficiente para ela entender minha resposta como um "sim". Ela ri irônica e bufa de maneira irritada. Abro e fecho minha boca várias vezes, sem saber o que eu deveria dizer naquele momento, ao mesmo tempo em que não conseguia acreditar em como Felicity estava sendo sincera com seus sentimentos.

— Eu sabia. - Murmura, frustrada.

— Mas isso aconteceu há muito tempo atrás. - Respondo, pensativo. - Elas até mesmo estão grávidas. E eu garanto que eu não sou o pai. 

— Como você pode ter certeza disso? - Questiona Felicity, aproximando-se de mim. 

— Eu nunca transo sem camisinha. Além disso, com exceção de Luna, eu não as vejo tem mais de um ano, então não existe chance alguma de ser o pai. - Garanto e quando acho que já havia resolvido minha situação, Felicity volta a me encarar irritada.

— E há quanto tempo você dormiu com Luna? - Pergunta e eu me sinto desconfortável com a aproximação intensa de Felicity.

— E isso realmente importa? Nós estamos aqui por causa de Thea. Vamos nos concentrar nela. - Desconverso, mas Felicity continuava de braços cruzados e um olhar que fazia eu me sentir culpado.

— Quanto tempo, Oliver? - Insiste e eu dou um sorriso nervoso.

— Três meses. - Respondo, cauteloso.

— Três meses? - Repete e ela fecha os olhos, bufando. Em seguida, volta a abrir e encarar a paisagem. - Eu sabia! Ela ainda gosta de você. Por isso fica toda assanhada para cima de você. 

— Felicity, você está com ciúmes? - Pergunto, sem conseguir segurar o riso.

— Estou! E você tem algum problema com isso, Oliver Queen? - Responde, cruzando os braços como uma criança emburrada. Arregalo os olhos diante da facilidade de Felicity confessar que realmente estava enciumada. 

— Não tem motivos para estar com ciúmes, Felicity. - Afirmo, recuperando-me do choque. Um sorriso animado moldava meus lábios. 

— É? E por que não? Parece que você dormiu com todas as mulheres dessa cidade. E todas parecem ainda querer dormir com você mais uma vez. E elas são bonitas, mesmo estando grávidas. - Felicity sussurra a parte final, demonstrando a sua insegurança diante de sua própria beleza.

— Porque você é a única mulher por quem eu me apaixonei, Felicity Smoak. Não importa o que você diga sobre a sua aparência, você ainda continua sendo a mulher mais bonita desse mundo. E não importa com quantas mulheres eu tenha dormido no passado, a única mulher com quem quero ter ao meu lado para sempre é você. Eu não me importo quantos traumas você tem, eu quero te ajudar a superar todos. Então, se existe ainda alguma dúvida sobre como eu me sinto em relação a você, Felicity, eu serei claro e direto. - Declaro, pegando nos ombros de Felicity, enquanto eu a encarava com seriedade e sinceridade. - Eu amo você. 

— Droga, Oliver! - Resmunga Felicity, deixando algumas lágrimas caírem pelo seu rosto. - Você sabe que as mulheres ficam muito mais sensíveis na gravidez. - Tiro os óculos de aros grossos de seu rosto e limpo as lágrimas com delicadeza. E ela então me encara com os lindos olhos azuis brilhando tão intensamente quanto as estrelas. - Eu amo você.

E então ela me beija. Suas mãos em meu rosto, puxam-me para ainda mais perto. Havia uma necessidade e um desejo insaciável que tornava aquele beijo intenso e eufórico. Nossas bocas se encaixavam como peças perfeitas de um quebra-cabeça. Meu corpo se arrepiava e um arrepio delicioso sobre pela minha coluna. 

Levo meus braços a sua cintura e aperto a região, tentando controlar aquele impulso de cometer alguma bobagem em plena luz do dia, de frente a uma janela transparente de uma escola. No entanto, não fazia bem para o meu psicológico e autocontrole, ouvir os suspiros de Felicity durante o nosso beijo. Era a primeira vez que eu me sentia tão entregue a uma pessoa e, ao mesmo tempo, queria preservar o bem-estar dela. Por esse motivo, afasto-me da loira e deixo um beijo singelo em sua testa, enquanto tentávamos regular nossas respirações.

De repente, um alto estouro se faz presente e sentimos o prédio tremer. Arregalo os olhos e seguro Felicity em uma espécie de proteção, no momento em que ela iria ao chão. Instantes depois, gritarias ecoam pela escola e não precisamos de muito para correr para a saída, buscando entende o que estava acontecendo. 

—Fogo! Fogo! - Grita um homem, aparecendo na recepção da escola. No mesmo momento, as mulheres começam a gritar, desesperada, correndo em direção a saída. - O prédio está pegando fogo! 

— Droga! - Sussurro, puxando Felicity para perto de mim, no momento que centenas de pessoas começam a correr desesperadas em direção as escadas para sair do prédio, evitando que ela fosse empurrada e pisoteada.

— O que faremos agora? - Pergunta Felicity, preocupada. 

— Precisamos ir para a escadas de incêndio. - Digo, ainda usando meu corpo para proteger Felicity. Vejo um extintor de incêndio ao nosso lado e o pego no mesmo instante. - Você acha que consegue correr?

— Consigo. - Responde, respirando fundo, provavelmente tentando manter a calma.

— Ótimo! - Digo e pego em sua mão, enquanto a outra eu usava para segurar o extintor. - Vamos!

E assim, passo a correr, guiando Felicity por entre as centenas de pessoas nas escadas. A fumaça não demorou a se fazer presente e respirar de se tornava uma tarefa cada vez mais complicada. Paro de correr, momentaneamente, apenas para tirar minha blusa e, por sorte, havia uma garrafa de água jogada no chão. Molho minha camisa e entrego a Felicity.

— Coloque sobre o seu nariz e boca. Essa fumaça pode te fazer mal. - Oriento e ela assente, respirando cansada. Ainda havia alguns lances de escadas para descer e ela parecia não ter condições de continuar aquela loucura, por outro lado, eu precisava carregar o extintor de incêndio caso nos deparássemos com as chamas. Agacho-me de frente para a loira. - Suba! Assim será mais rápido.

— Você tem certeza? - Grita Felicity, tendo sua voz abafada pela minha camisa molhada. 

— Sim! Vamos! - Respondo e não demora muito para que ela faça o que eu peço. 

Em outra situação, ela provavelmente teria recusado e iniciaríamos uma discussão, mas naquele momento, nossas vidas e a de Thea corriam perigo. Precisávamos ser rápidos. E para a nossa sorte, a escola ficava no quarto andar do grandioso prédio, então não demoramos muito a chegar ao térreo.

Do lado de fora do prédio, o corpo de bombeiros já se encontravam no lugar, tentando controlar o incêndio que ocorria no penúltimo andar do prédio. Havia centenas de pessoas na parte de baixo, encarando a destruição cruel do fogo. Desço Felicity de minhas costas, quando já estamos do outro lado da rua, e a analiso, procurando algum machucado.

— Eu estou bem. - Afirma Felicity, tirando a blusa do rosto. Suspiro aliviado. Ela então me encara, preocupada. - Você está bem?

— Sim. Eu estou. - Garanto, abraçando-a apertado, tentando me convencer que tudo não passou de um susto. 

— O que será que aconteceu? - Sussurra Felicity, correspondendo ao abraço. Ela se afasta para me abraçar de lateral, enquanto encarava o incêndio. 

Faço o mesmo que a loira e começo a observar o fogo que saiam pelas janelas do andar que estava em chamas. No entanto, de repente, cenas de um incêndio invadem minha mente, quase como se eu estivesse dentro daquele cenário. Minha cabeça dói e sinto minha respiração começar a falhar. Ao longe, ouço os chamados de Felicity, mas eu estava perdido naquele pesadelo.

Não sei dizer quanto tempo se passou, mas quando, enfim, consigo reorganizar meus pensamentos, encontro os olhos assustados de Felicity sobre mim. Ela segurava em meu rosto e suspira aliviada ao ver que eu havia voltado ao normal. No entanto, sua expressão se torna confusa ao se deparar com a minha seriedade.

— O que foi? - Pergunta Felicity, preocupada. 

— Que dia é hoje, Felicity? - Questiono, ainda atordoado pelas lembranças recentes que eu havia recuperado. 

— Onze de julho. Por quê? - Indaga a loira, confusa com a minha curiosidade repentina para saber a data. 

— Merda! - Sussurro, pegando meu celular no bolso da minha calça. E procuro pelo número do meu pai. - Atende!

— Oliver, o que está acontecendo? Você está me assustando. - Felicity parecia cada vez mais ansiosa com a minha reação. 

— Eu preciso ir para a casa da minha mãe. - Respondo, pegando a chave do carro. Eu já tinha desistido de tentar falar com meu pai depois da minha sétima ligação. - Nós não temos muito tempo.

— Espere um pouco! Você vai assim? - Pergunta, apontando para meu tórax. Relembro nesse momento que eu estava sem camisa. Eu nem mesmo me importava com isso. - O que aconteceu?

— Eu não tenho muito tempo, Felicity. - Afirmo, alarmado. Felicity me encara apreensiva. - Eu sei quem é Bruce Wright e o motivo dele estar matando essas pessoas.  A vida do meu pai está correndo perigo, Felicity. Ele será a próxima vítima se eu não chegar a tempo.

— Eu vou com você. - Responde Felicity.

— Não! Isso é perigoso. Fique aqui e chame um táxi de volta para o jornal. - Nego, preocupado em envolver Felicity em um passado perigoso em que Bruce, meu pai e eu nos encontramos.

— Oliver Queen, eu vou com você. Não vou te deixar ir sozinho. - Afirma a loira, irredutível. 

— Felicity, pense em Thea. Não posso deixar que vocês duas corram perigo! - Insisto, mas Felicity continuava inflexível. 

— Eu posso muito bem cuidar de Thea e de mim. - Bufo, irritado diante da teimosia da loira. - O tempo está passando, Oliver, e se a vida do seu pai corre perigo, eu não vou continuar aqui discutindo com você enquanto podemos salvar a vida de uma pessoa.

E sem esperar qualquer resposta da minha parte, Felicity segue na direção do lugar onde o carro estava estacionado. Respiro fundo, tentando manter a calma. Não tínhamos tempo para discussões. Quanto mais os minutos se passam, mais próximo Bruce se encontra de concluir sua vingança. Então, inconformado, faço o mesmo que a loira e destravo o carro, assim que ela para de frente a porta do passageiro. Entramos no carro e saímos rumo a mais um evento que pode mudar para sempre as nossas vidas. 


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Notas finais do capítulo

Oii Cupcakes ♥! O que acharam? E como vocês puderam ver, o próximo capítulo finalmente será revelada a identidade de Bruce Wright. E o que vocês acharam dessa crise de ciúmes da Fefe? Eu espero que tenha ficado um pouco cômica. Comédia não é exatamente o gênero que eu escrevo de melhor, mas estou tentando. Enfim, como sabem, os links dos grupos dos leitores está logo abaixo. Entre e se divirtam com a gente. Beijocas e até mais ♥

Cupcakes da Lara: https://www.facebook.com/groups/677328449023646
Família Cupcake 2.0: https://chat.whatsapp.com/E6wkn6DU0rR0IoR0d3EOLi



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