Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto
Notas iniciais do capítulo
"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. -Eleanor Roosevelt."
— O que você lembra? – O policial tentou pela quinta vez. – Alguma coisa especifica sobre algum dos homens que torturou você?
Penelope apenas o olhou, sem saber o que dizer.
— Senhorita Garcia eu preciso de ajuda. – O delegado agora se ajoelhou na frente dela. – Vamos, me de algo.
— Eu não lembro de muita coisa. – Ela confessou. – Eu estava com Derek e depois vim parar aqui.
Os dois policiais e o delegado olharam para ela, assustados.
Morgan entrou no hospital, distintivo em uma mão e Haley no colo.
— Agente especial supervisor Derek Morgan. – Ele fez Haley descer. – Minha esposa Penelope Grace Garcia foi trazida.
— Eu devo alertar agente. – O delegado disse ao sair. – Alguém apagou as memórias dela.
— O que quer dizer? – Derek não entendeu.
— A última coisa que ela lembra é estar na casa de alguém com você. – O policial disse. – Ela tem poucas lembranças o último dia.
— Ela ficou um dia nas mãos de dois bandidos. – Derek começou. – Ela estava escondida com um amigo depois de ser liberada das investigações.
— Como ela sumiu dos seus olhares? – O delegado perguntou.
— Tenho certeza que vamos descobrir. – Morgan deu ao delegado um olhar nervoso. – Se não se importar, vou levar minha filha até ela.
Morgan pegou Haley e partiu para o quarto de Penelope. batendo suavemente, ele viu quando ela pulou da cama.
— Podemos entrar? – Derek pediu.
— Sim. – Ela estava desanimada. – Eu não me lembro de como cheguei aqui.
Haley pulou de Derek e correu para sua mãe. Abraçando Haley tão forte quando ela conseguia, Penelope sentiu-se tonta.
— Certo, certo. – Derek ajudou a esposa a deitar. – Acho que vamos ter alguns minutos interessantes.
— Porque eles queriam as bombas? – Penelope perguntou de repente. – Eles podem acabar com uma cidade inteira.
— Você lembrou. – Derek disse ao invés da resposta. – Eu vou te ajudar nisso.
— Derek. – Penelope se sentiu derrotada. – Eu senti a dor.
— Prometo que vou te ajudar Pen. – Derek passou a aliança para Garcia. – Mas no momento estamos de passagem.
— Então eu não posso voltar? – A dor era evidente em seus olhos. – Eu não suporto mais isso.
— É. – Derek passou uma pasta para ele. – Hotch pediu que eu te entregasse isso.
— O que é isso? – Penelope estava nervosa.
— Passagens, passaportes e o comprovante de uma conta em Paris. – Derek respondeu. – Você vai precisar ir para lá por um tempo.
Penelope jogou a pasta no chão. Ela começou a tirar os fios que a ligavam ao soro. Levou alguns segundos para Derek reagir. A pegando nos braços, ela que já estava quase na porta, desabou no chão.
— Pen. – Derek a colocou no chão. – Baby Girl acorde.
Haley começou a se desesperar. Ela veio para perto da mãe e com toda a calma acariciou o cabelo de Penelope.
A porta se abriu e dois médicos entraram e logo a colocaram na cama.
— Ela ainda está fraca agente. – O enfermeiro disse. – Preciso que saia agente.
Derek tentou discutir, mas Haley precisa sair daquele lugar.
— Vem comigo. – Derek pegou a filha no colo e saiu da sala.
Eles se sentaram na sala de espera. O resto da equipe veio em seguida, mas ninguém conseguiu uma resposta de Derek.
— Azul ou verde? – Reid brincava com Haley.
— Azul. – A garotinha respondeu.
Reid puxou a carta azul e Haley riu feliz. Ela e Spencer pareciam como irmãos.
— Quer tomar um sorvete? – Reid falou, guardando as cartas. – Pode ser qualquer um.
— De cereja e chocolate? – Haley deu a mão para Spencer. – Pode ser daqueles grandes?
— Sim. – Reid a pegou no colo e saiu do hospital. – E podemos passar na biblioteca depois... – A voz de Spence se fundiu com o corredor do hospital.
Derek não conseguia falar.
— Você deu a pasta? – Hotch tentou. – Derek, precisa nos dizer.
— Acho que eu fiz mal para ela. – Derek deu uma resposta curta. – Ela deve me odiar.
— Ela desmaiou por causa da briga? – JJ parecia chateada.
— Ela parecia machucada, JJ. – Derek corrigiu. – Fisicamente, internamente e na alma.
— Estamos falando de Garcie, Derek. – JJ se sentou. – Ela vai ficar fisicamente bem.
— Por um momento eu quis mandar ela para longe de todos. – Derek se culpava. – Que tipo de marido isso me torna?
— Um tipo perfeito e que se importa. – Emily o confortou. – Então, qual a extensão dos ferimentos?
— Ela tem marcas de ferro quente, choques elétricos. – Derek começou. – Eles cortaram um pedaço do cabelo dela e quebraram um dos dedos dela.
— Bastardos. – Rossi xingou. – Ela vai passar por algum procedimento?
— Uma cirurgia no dedo. – Derek respondeu. – Eles têm que corrigir.
O médico finalmente apareceu. Olhando com raiva para Derek, ele se aproximou.
— Penelope Morgan? – O médico fez uma careta para o sobrenome.
— Sim. – Hotch tomou a frente. – Sou eu.
— Você é da família? – O médico estava realmente nervoso. – Seu marido está aqui?
Derek se aproximou com medo. Olhando para o médico esperou um soco. Não aconteceu, no entanto.
— Derek Morgan. – Ele disse, com receio. – Marido dela.
— Tente fazer o que você fez lá antes e vamos te expulsar daqui. – Ele falou. – Colocamos sua esposa sob sedação no momento. Ela precisa descansar um pouco.
— Não era minha intenção discutir com ela. – Derek disse, baixinho.
— A cirurgia da senhorita Morgan será amanhã, então eu sugiro que você converse com ela antes. – O médico ignorou. – Ela estará fora da sedação até a meia noite de hoje. Depois disso, vamos iniciar os preparativos para a cirurgia dela.
— Vou tentar fazer as pazes com ela. – Derek disse, indo para o quarto de Penelope.
Ele entrou e encontrou a pasta em cima da cômoda. Se amaldiçoando, ele prometeu nunca mais apresentar essa pasta. Derek entendeu porque Penelope ficou tão chateada com ele.
Ela estava a tanto tempo longe de sua família, que mais dias seriam horríveis para ela. Penelope queria estar com Haley, com ele também. E ele tentou levar ela a sair.
Segurando a mão dela, ele desviou do acesso IV e deu um beijo terno em cima. Ele notou que a mão se fechou e entendeu que ela o perdoava.
A medida que as horas foram passando, Derek sabia que um procedimento seria feito para corrigir o dedo quebrado. Era exatamente meia noite quando a última gota de morfina caiu no soro. Isso significava quarenta minutos para ela acordar.
Ele deixou o quarto, fazendo Hotch ficar lá. Buscando uma floricultura aberta, ele esperava encontrar o seu desejo lá.
Encontrando uma a dez minutos do hospital ele procurou o maior buquê de rosas vermelhas e variadas. Era um mix de rosas multicoloridas, com significados que ele esperava entregar a ela. Ele providenciou um cartão de desculpas, uma caixa de bombons de cereja ao rum, um ursinho de pelúcia e percebeu que a única coisa que faltaria seria seu sorriso, que ele logo providenciou. Ele tirou uma foto e imprimiu com urgência.
Faltavam cinco minutos para ela acordar quando ele chegou ao quarto. Hotch sorriu para as flores gigantes e coloridas.
— Raymond disse que você e Haley podem ficar com Penelope na casa dele. – Hotch sussurrou no ouvido de Morgan. – O tempo que for necessário Derek.
Ele apoiou as flores ao lado da cama dela e esperou, pensando estar fazendo a coisa certa para um recomeço.
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"O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém. - William Shakespeare."