Leah

A dor de se sentir só

A alegria de ter alguém

Um único objetivo... Ser feliz.

Eu estava feliz e tinha medo, medo pois eu sabia como era se sentir feliz e perder tudo de repente. Sentei e me olhei no espelho, quantas mudanças em minha vida. No inicio eu era feliz, uma típica jovem-mulher sonhadora. Sonhava em ter minha casa, meus filhos, e então o destino me tirou tudo, meu amor, alguns anos depois meu pai e então me tornei loba e acabou todas as chances de construir uma família completa. Eu mudei por fora, cortei o cabelo curto, mudei meu estilo de roupa. Mudei por dentro também, me tornei amarga, rancorosa e triste. Os anos passaram e então eu o vi pela primeira vez, e meu mundo mudou novamente. Ele se tornou minha vida, meu ar. Johan foi a criança mais esperta que eu já vi, um menino arteiro e brincalhão, um adolescente festeiro e um homem esplêndido, um homem perfeito e lindo. Agora eu mudei novamente, por fora deixei meu cabelo crescer novamente e voltei a me cuidar, por dentro, me sinto feliz, completa e amada.

Ouvi o toque do meu celular e reconheci o numero.

-Oi, bom dia amor.

-Bom dia princesa, dormiu bem?

-Sim. Dei uma gargalhada, me sentia feliz somente em falar com ele.

-O que vai fazer hoje?

-Nada programado, alguma sugestão?

-Sim, que tal passarmos o dia juntos? Estou com saudades.

-Perfeito.

-Te pego daqui meia hora.

-Combinado... Te amo.

-Eu também princesa.

Assim que desliguei o celular ele tocou novamente.

-Alo?

-Leah?

-Sim, quem fala?

-Oi, é a Karol.

-Oi Karol, como vai tudo ai?

-Tudo ótimo, estamos sentindo sua falta... Estou ligando pra te avisar que na próxima semana é a prova final e você precisa fazê-la.

-Ah! Ok obrigada Karol. Desliguei novamente o celular e fui me arrumar pra sair com o Johan.

Johan

-Posso entrar?

-Claro pai. Meu pai entrou e veio até mim.

-Como vai tudo filho?

-Tudo ótimo pai.

-Vim avisar que sua mãe e eu vamos levar sua irmã até Seatles para olhar umas coisas pra ela, voltamos a noite ou amanha.

-Ok. Ficamos mais um tempo conversando até que mamãe colocou a cabeça pra dentro da porta.

-Ola rapazes.

-Bom dia mãe. Fui até ela e lhe dei um beijo.

-Bom dia querido. Sam vamos?

Despedi-me dos meus pais e fui me arrumar pra ir pra oficina, enquanto tomava banho pensava na Leah, a saudade dela era enorme, então resolvi ligar para ela e programar algo pra fazermos.

 Oi, bom dia amor. Leah falou assim que atendeu o celular.

-Bom dia princesa, dormiu bem?

-Sim. Ela sorriu e eu me senti completo e feliz.

-O que vai fazer hoje?

-Nada programado, alguma sugestão?

-Sim, que tal passarmos o dia juntos? Estou com saudades.

-Perfeito.

-Te pego daqui meia hora.

-Combinado... Te amo.

-Eu também princesa. Meu coração batia como doido em meu peito, somente em ouvir sua voz. Troquei minha roupa e pus uma bermuda kaqui e uma regata preta e fui buscá-la.

-Oi amor. Falei com um sorriso, com saudade em minha voz.

-Oi. Ela falou me abraçando, a afastei lentamente, somente o bastante para buscar por seus lábios. Um beijo amoroso, nossas línguas se tocavam em uma dança eufórica, desci minha mão para sua cintura, acabando com o espaço entre nós, ela subiu a dela para o meu cabelo, entrelaçando seus dedos nele. Depois de muito tempo, nos separamos em busca de ar.

-Estava com saudades. Murmurei em seu ouvido e a vi arrepiar.

-Eu também. O que vamos fazer?

Leah

-Surpresa. Ele falou com um sorriso enorme. –Já tomou café?

-Não, vamos?

-Não e nem você. Eu o olhei questionadoramente.

-Serio? Você esta recusando comida? Johan gargalhou.

-Vem, vamos. Ele me deu a mão e caminhamos pela praia até a borda da floresta, decidimos ir à forma humana mesmo. A floresta estava em festa, bem-te-vi, periquito, pardais e vários outros pássaros cantavam, formando uma orquestra magnífica. Coelhos, servos e vários outros animais corriam ao nosso lado, ou cruzavam nossa frente. Johan me conduziu a uma campina linda, aonde sempre íamos, ele caminhou até uma arvore próxima e pegou uma cesta. Tomamos nosso café juntos, brincando e namorando bastante, cada toque mandavam correntes elétricas por meu corpo e eu sabia que o Johan se sentia igual.

-O que vamos fazer agora. perguntei com um sorriso malicioso e ele me beijou, sua línguas percorreu meu lábio e começou a esplorar minha boca, suas mãos percorrendo meu corpo com determinação.

-Vem. Ele cochichou e tirou sua roupa.

-Jo... Ele gargalhou.

-Assim chegaremos mais rápido. E ele se transformou, eu rolei os olhos e me transformei também, enquanto ele me olhava.

“linda” ele falou assim que me juntei a ele.

“pra onde vamos?” perguntei curiosa.

“minha casa” ele me mostrou que o Sam e a Emili haviam saído e que só voltariam a noite ou amanhã. Corremos até sua casa e ele me abraçou assim que passamos a porta. Seus lábios procurou o meu em um beijo cheio de desejo.

-Eu te amo.

-Eu também. Falei tirando sua bermuda, quando chegamos ao quarto, Johan distribuiu beijos pelo meu pescoço, clavícula. Em dois segundo eu estava sem nenhuma roupa e ele me olhava com desejo e admiração.

-Perfeita. Suas mãos ganharam vida própria e nós nos amamos, com desejo e mais que isso com amor.

***

-Tá dormindo?

-Não. Eu estava deitada no peito do Johan, e ele acariciava minhas costas com seus dedos, já era fim de tarde e nós nem vimos o tempo passar. Apoiei meus braços em seu peito e olhei pra ele.

-Vou ter que voltar pra Seatles.

-O que? Por que? Eu pude ver o desespero em seus olhos.

-Calma amor, é que semana que vem será as provas finais e se eu não voltar, não me formo. Ele ficou em silencio e eu apoiei meu rosto novamente em seu peito.

-Vou com você. Ele falou depois de um tempo, eu gargalhei.

-Ótimo. A ultima coisa que eu queria era me separar dele agora.

-Johan chegamos, você esta ai? Ouvimos Emili chamar da sala e eu congelei.

-Merda. Sussurrei e ele sorriu.

-Ei calminha, ela não vai se importar, e eles sabem que nós dois já... Ele deixou a frase no ar.

-Eu sei, mas isso é diferente, nós estamos na casa deles.

-E? Ele me olhava sorrindo.

-Eu não saio daqui. Falei.

-Perfeito. Ele disse me abraçando apertado. –Você sabe que o papai já sentiu seu cheiro e até a mamãe já sabe que você esta aqui né? Mordi o lábio inferior e ele sorriu novamente.

-Vem, vamos tomar um banho e jantar.

-O que?