Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Verdade


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Bem-vindos à mais um passeio pela minha mente louca e levemente interessante. Essa fanfic foi escrita há bastante tempo, mas a escrita estava ruim e com algumas incoerências, furos na história. Agora sim posso dizer que está boa e digna de postagem.
Enfim, boa leitura...



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A tarde estava bela e ensolarada em Rosewood, o que fazia um grande contraste com a tristeza gritante do coração de Spencer que estava sentada no sofá preto da sala de sua casa, perdida em pensamentos até um “Hey, Spencer” dito muito alto fazê-la sobressaltar.

— Que susto! — Murmurou pondo a mão sobre o peito.

Toby riu, sentando-se ao lado de sua namorada. — Foi mal, amor. É que você tava com a cabeça no mundo da lua. Eu to te chamando já tem uns 5 minutos.

— Ah! Então eu que tenho que te pedir desculpas. Hoje estou bem aérea. — Spencer sorriu de lado.

— É, eu sei o porquê. Não vai mesmo se despedir dela? Ainda dá tempo de chegar lá se sairmos agora. Conheço um caminho sem trânsito. — Toby chegou mais perto e envolveu-a em um abraço terno.

— Eu quero me despedir, juro. E sei que vou me arrepender por não fazê-lo, mas eu não suportaria vê-la indo embora. — Respondeu se aconchegando no peitoral forte, tentando conter as lágrimas.

— Spencer, você não pode fazer isso. — Sussurrou afagando os cabelos castanhos.

— Eu sei. — Limitou-se a dizer.

Toby suspirou e soltou um muxoxo. — Acho que eu já entendi o que tá acontecendo.

— O que? Como assim? — Spencer ergueu a cabeça para encará-lo.

— Você está nos braços errados agora, não é? — Um sorriso triste estampou o rosto bonito de Toby.

— O que quer dizer com isso? — O cenho franzido deixava evidente que a confusão era genuína.

— Já passei por isso antes. Você está com a pessoa errada. — Toby assumiu uma postura séria e calma ao mesmo tempo. — É difícil aceitar e dizer pra si mesma que isso tá acontecendo de verdade, mas você sabe que não são meus braços que você quer ao seu redor. Não negue. Às vezes fingir que não sabemos o que queremos é só uma desculpa pra não fazer.

O entendimento pousou no cérebro da Hastings suave como uma pluma e ainda assim, foi apavorante o bastante para ser tentador ignorar. — Toby, eu...

— Seja sincera. Não comigo, com você mesma.

— Mas... Mas... Não pode ser. — Spencer deixou os dedos de ambas as mãos se perderem entre seu próprio cabelo, bagunçando-o. — Nunca me senti assim antes. Eu... Estou me confundindo porque ela tá indo embora e isso mexeu comigo. É isso!

— Qual é? Você sabe que gosta dela. — Toby sorriu de maneira sincera. — E, olha, não tem nada de errado contigo. Você só tá gostando de alguém.

— Eu não posso sentir essas coisas. Não por ela. — Murmurou se despenteando ainda mais. — Somos amigas, não posso estragar nossa relação.

Toby semicerrou os olhos um segundo e então começou a rir. Ou melhor, gargalhar. De tal forma que parecia que Spencer contara a melhor piada do mundo.

— Essa frase foi bem burrinha. Ainda mais vinda de uma Hastings. Sem querer ofender. — Comentou enxugando uma lágrima do canto do olho.

— Que? Como assim? — Por fim tirando as mãos do cabelo, Spencer virou o rosto para encarar Toby.

— Ela tava morando com a Hanna, não é? — Começou ainda sorrindo.

— É.

— O Senhor e a Senhora Fields confiam 100% na Senhora Marin, que, por acaso, adora a Em. Então nem tem um motivo pra ela se tacar daqui pro Texas em pleno meio do ano letivo. — Apontou com sensatez. — É só prestar um mínimo de atenção no jeito que ela te olha pra descobrir o motivo. Emily tem esse mesmo pensamento “não posso estragar a nossa amizade, então é melhor eu ir embora sem ela saber de nada”.

— O que? Isso não faz sentido. — Spencer riu.

— Ah é? Por quê? — Toby ergueu a sobrancelha em desafio.

— An... Porque eu sou uma das melhores amigas dela? — Questionou ironicamente. — Nunca que a Em ia sentir algo por mim.

— Igual ela é sua melhor amiga e você jamais iria se apaixonar por ela? — Cruzou os braços com um sorriso vitorioso por conseguir virar o argumento de uma Hastings contra ela.

Spencer até abriu a boca para tentar redarguir, mas parou para pensar um instante e o máximo que saiu de seus lábios foi um singelo. — Você acha?

— Acorda, garota! Eu te amo. Tu acha mesmo que eu ia enfrentar o seu pai medonho durante um ano e meio com esse negócio de “minha filha não vai namorar um carpinteiro” pra chegar nessa altura do campeonato e eu te falar uma coisa dessas sem ter certeza absoluta do que estou dizendo?

— Isso é muita loucura pra minha cabeça. — A Hastings levantou do sofá e massageou as têmporas.

— Que tal processar toda essa informação dentro da minha caminhonete no caminho pro aeroporto enquanto você vai atrás da sua felicidade que se chama Emily Fields? — Toby também ficou de pé e tirou as chaves no bolso, chacoalhando-as para chamar atenção. — Por que se a gente não for agora, nem a pau chegamos a tempo.

— Putz, é verdade. Vamos lá. —Spencer se adiantou para a porta, porém antes que tivesse tempo para abri-la, o garoto a alcançou e segurou sua mão a caminho da maçaneta.

— Opa, opa, opa. — Murmurou rindo. — Antes arruma esse cabelo que tá parecendo que estávamos dando aquele amasso pré-sexo.

A Alguns Quilômetros Dali...

— Emily, quer, por favor, parar de roer as unhas? — Aria pediu revirando os olhos.

— Eu não to roendo as... Ah, desculpa. — Emily apenas percebeu o que fazia quando os lábios bateram em seu dedo ao falar. — Acham que o Toby e a Spencer vão aparecer?

— Provavelmente eles vêm sim. — Respondeu Samara, olhando logo em seguida para o relógio em seu pulso. — Só não acho que vão chegar a tempo, já já dá a hora do seu voo.

— Fica, Em, por favor. Era difícil imaginar minha vida sem você antes, agora que nós moramos juntas, a ideia é pior ainda. — Hanna disse com a voz um pouco mais baixa que de costume, fazendo um biquinho realmente adorável.

— Hanna, nós só passamos um mês morando juntas. — Argumentou tentando não rir do quanto ela conseguia ser fofa.

— Exatamente. — Retrucou se atirando nos braços de Emily e começando a chorar. — Passamos um mês inteiro morando juntas.

— Oh Hanna. — Fields cariciou de leve os fios loiros. — Não chora, vai?

— É só que... Eu não consigo entender. — Marin afastou o rosto deixando que Emily enxugasse suas lágrimas sem parar de abraça-la. — Porque você vai embora?

— Ai, Hanna. Isso é porque você é loira.— Aria riu negando com a cabeça. — Depois eu te explico, ok?

— Ei! — Samara franziu as sobrancelhas e pôs a mão sobre o peito como se estivesse ofendida. — Você não pode comparar todas as loiras com a Hanna.

— Ei digo eu! — Hanna cruzou os braços e fez bico mais uma vez. — Dá pra parar de ficar insinuando que eu sou burra?

As outras três começaram a rir, porém logo o assunto mudou pelos poucos minutos que tinham antes de Emily ser chamada.

E do lado de fora, uma caminhonete acabara de estacionar. Dentro dela, uma Hastings paralisou de pânico.

— O que foi? Vamos! — Cavanaugh abriu a porta do passageiro e fez sinal para ela sair.

— Calma, Toby! — Murmurou Spencer com a respiração mais acelerada que o normal.

— Calma? Não temos tempo pra calma! Já tá na hora dela partir, você tem que entrar agora! — O garoto bateu palma duas vezes como se dissesse “acorda”.

— Mas eu to com medo, Toby! — Spencer praticamente gritou e lágrimas saíram sem permissão, escorrendo pelas bochechas. — E se estivermos errados?

— Se estivermos errados, quebramos a cara e nos recuperamos. — Toby respondeu firme e calmo, como sempre fazia. — O que você não pode fazer é desistir sem tentar. Nunca conheci ninguém com mais força e determinação que você, então erga a cabeça e use toda sua pra lutar pelo seu amor.

— Tá. — Spencer enxugou o rosto e respirou fundo. — Vamos lá.

Os dois correram aeroporto adentro, onde puderam ver a nadadora com sua bagagem de mão já de costas, caminhando para o embarque.

Emily! — Spencer gritou sem se importar com as pessoas ao redor.

— Spencer? — Fields sussurrou para si mesma e se virou com cautela para ter certeza de que era mesmo sua amiga. — Spencer! — Concluiu, correndo e se atirando nos braços dela sem notar a presença de Toby que observava de perto. — Eu sabia que você não me deixaria ir sem se despedir.

— Eu não vim me despedir. — Respondeu engolindo em seco.

— Não? — Saiu do abraço para poder encará-la com uma expressão confusa.

— Vim te pedir pra ficar, Emily. Eu não me imagino sem você, de jeito nenhum. Éramos amigas, mas depois que a Ali morreu nos afastamos por tempo demais e eu não quero isso de novo, não quero. — As palavras saíam tão rápido que quase atropelavam umas as outras, causando aflição a quem ouvia.

— Spencer respira. — A nadadora tentava usar um tom suave para acalmá-la.

— Eu te amo. — Spencer soltou sabendo que se adiasse mais um segundo que fosse, a coragem evaporaria de seu corpo. — Não sei como nem quando, mas o que eu sentia mudou. Não é só mais uma simples amizade, eu te amo Emily Fields. O seu sorriso me encanta, seu olhar me hipnotiza, sua presença me cativa. Nem ligo se não for recíproco, eu só preciso de...

Antes que pudesse dizer “você aqui”, Emily a interrompeu com um beijo longo e lento, que fez sorrisos brotarem em ambos os rostos.

— Spencer Hastings, eu te amo há tanto, tanto tempo que nem sei dizer. Tudo que eu mais queria era te ouvir dizendo que sente o mesmo. — Sussurrou sem parar de sorrir. — Só espero que eu não esteja sonhando de novo.

— Não está. — Afirmou Spencer.

— Espera aí. Se não é um sonho... — Emily abriu bem a boca, cobrindo-a com a mão enquanto puxava o ar fazendo ruído de espanto. — E o Toby?

— Opa. — O garoto deu um passo para frente, erguendo a mão. — To aqui fazendo meu serviço de cupido da sapatão que eu to a fim. De novo.

— Foi ele que me convenceu a vir atrás de você. — Spencer respondeu a pergunta que a nadadora não conseguia vocalizar, mas estava explícita em sua expressão.

— Toby, você não existe. — Emily sorriu e o puxou para um abraço triplo.

— Existo. E que bom, né? Se não as duas bonitas ainda estariam tendo ataque de rinite com a poeira dentro do armário. — Riu afagando o cabelo das duas antes de soltá-las. — Acho que vocês precisam conversar.

— Precisamos mesmo.

— Eu dou carona, já que trouxe a Spencer. Se quiserem, levo vocês pra casa também, meninas. — Ofereceu olhando para Aria e Hanna que até então apenas observavam tudo.

— Não precisa, eu to de carro. — A menor do grupo respondeu sorrindo de lado. — Eu deixo a Hanna em casa, assim não fica puxado pra ti.

— Beleza então.

Dito isto, todos começaram a caminhar para fora do aeroporto. Emily e Spencer com os dedos entrelaçados, Aria, Samara e Toby com sorrisos discretos e Hanna tentando disfarçar sua total e completa perplexidade com aquilo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, galeres...
Qualquer comentário, elogio ou crítica, será super aceito por mim, não sinta vergonha de interagir comigo.
Vejo vocês na próxima sexta-feira.
xoxo
Atenciosamente, Leonardo A. Guedes.



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