Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 12
Grande susto


Notas iniciais do capítulo

Espero que se emocionem com esse capitulo, pois acho um dos mais bonitos.
Beijos e boa leitura.



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Depois do que aconteceu na aula de dança, corri para o banheiro, pois parecia que meu corpo inteiro estava queimando.

Liguei a torneira e molhei minhas mãos antes de passá-las em meu rosto e pescoço.

Se tivesse que fazer mais uma demonstração de dança dessas, iria acabar entrando em combustão espontânea.

Desesperada para desabafar, liguei para Noah rezando que ele não estivesse de plantão hoje.

—Oi Olívia, tudo bem?- Hunter disse assim que atendeu o celular de Noah.

—Oi Hunter, o Noah está muito ocupado?- questionei preocupa de ter atrapalhando algo.

—Ele está saindo do banho e me pediu para atender, mas já vou passar para ele.

—Obrigada Hunter, e tenha um bom dia.- disse antes dele passar o telefone para o meu amigo.

—Oi Liv, aconteceu alguma coisa?- Noah questionou  preocupado.

—Preciso conversar com você, é urgente. Por acaso está de plantão hoje? – implorei desesperada.

—Não. Por acaso você matou alguém é quer que eu te ajude a resolver o problema?- Noah questionou e pisquei confusa.

—Não. De onde você tirou isso?

—Esquece, estou assistindo series demais.- ele disse sem importância.

—Tudo bem, te vejo no horário do almoço aqui na escola de dança.- disse e ele concordou antes de desligarmos.

Respirei fundo mais algumas vezes antes de enxugar meu rosto e sair do banheiro, afinal ainda tinha muito trabalho a fazer.

—Liv?- Alejandro me chamou assim que sai do banheiro e acabei levando um susto.

—Quer me matar do coração?- questionei com o coração acelerado de susto.

—Me desculpe, não quis assustá-la.- ele disse antes de me olhar atentamente.- Você está bem?

—Estou, agora se me der licença preciso trabalhar.- disse me afastando dele.

—Você está mentindo.- ele disse andando atrás de mim.

—É claro que não.- disse dando meia volta no balcão da recepção.

—Está, você está desviando do assunto.

—Você não tem o que fazer não Alejandro? Por acaso você não trabalha?

—Trabalho, mas posso chegar a hora que quiser, sou o dono.- ele disse e revirei os olhos.

—Ainda por aqui hijo?- Guadalupe questionou assim que veio até o balcão com uma pasta nas mãos.

—Talvez fique um pouco mais mamá.- ele disse me olhando de forma sedutora e Guadalupe bateu com a pasta no ombro dele.

—Isso doeu mamá.- Alejandro reclamou e sorri.

—Era para doer mesmo. Não contratei a Olívia para que você ficasse constrangendo-a. Agora, vai cuidar da sua vida, porque temos muito o que fazer.- Guadalupe disse seria ao filho que se despediu a contra gosto antes de sair.

—Me desculpe por isso, mi hijo é insistente igual ao pai.- ela disse e logo seu rosto ficou triste como se lembrasse do passado com saudade.

—Como posso ajudá-la?- questionei tentando fazê-la esquecer de sua tristeza.

—Preciso que atualize a freqüência da classe das debutantes.- ela disse me entregando a pasta.

—Foi para elas que demos aula?- questionei e ela concordou.

—Não se preocupe.- disse suave e ela sorriu agradecida antes de ir para a sua sala.

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—Que bom que pode me encontrar.- disse aliviada assim que entrei no carro de Noah.

—Jamais iria te deixar na mão, ainda mais quando você parecia tão aflita. Quanto tempo de almoço você tem?- ele questionou para mim.

—Uma hora.

—Que bom, você vai almoçar comigo e com a Manu.- ele disse sorrindo para a filha que estava no banco de trás  em sua cadeirinha.

—E o Hunter?

—Está atolado de trabalho, parece que é um problema com a matriz do escritório em Nova York.

—É muito serio?- questionei preocupada.

—Não sei dizer, porque ele não quis contar, mas acho que tem haver com algum caso . Sempre que pergunto ele diz que não pode falar por causa do sigilo profissional, e isso minha amiga é algo que entendo.- Noah disse e concordei antes dele dirigir em direção ao Som do mar, um restaurante de clima familiar  que todos da cidade freqüentavam.

—Então, qual foi o problema?- Noah questionou assim que nos sentamos a mesa , depois que ele acomodou Manu em sua cadeirinha.

—Bom, Guadalupe pediu para que eu dançasse com Alejandro.- disse e meu amigo me olhou  surpreso.

—Espera, vocês dançaram juntos?- ele questionou como se não tivesse entendido.

—Sim. E Noah...- sussurrei sem saber o que dizer.- Eu me senti atraída por ele.

—Posso imaginar, só quem já viu vocês dançando entende a química que rola entre os dois.- ele disse suave e logo o garçom nos interrompeu.

—Gostariam de fazer os pedidos?- ele questionou e concordamos.

Assim que o garçom anotou nossos pedidos e saiu podemos continuar nossa conversa.

—E então?- Noah questionou curioso para saber o resto da historia.

—Assim que terminamos de dançar senti...- sussurrei e olhei para Manu que estava ocupada demais comendo um pedaço de morango para dar atenção a nossa conversa, mas mesmo assim sussurrei para o meu amigo.- Um calor inexplicável, aquele tipo de calor que só sentia com ele. Era como se fosse entrar em combustão espontânea.

Noah não disse nada, ele apenas tomou um gole de seu suco enquanto sorria de leve para mim.

—Porque você está rindo?- questionei nervosa.

—Porque tenho pena do Alejandro. Se você perder o controle e agarrá-lo, o coitado não vai dar conta de você.- ele sussurrou e riu enquanto olhava feio para ele.- É serio Liv, a quanto tempo você não tem uma intimidade maior com alguém?

—Há um bom tempo, afinal meu marido estava preocupado demais em me incriminar e me trair com a sócia, para se preocupar com as minhas necessidades.- disse frustrada.

—Pois então, aproveitei a chance. Você está solteira agora, e ele também. Vocês dois sempre se amaram, então porque perder tempo?

—Não posso ficar com ele, Noah. Seria como se estivesse cometendo os mesmos erros do passado, e quero ser uma pessoa diferente.

—Isso aconteceria se você voltasse para o Luciano. E se você fizesse isso, eu seria o primeiro a te dá um tapa, para que voltasse a realidade.

—O que faria da minha vida sem você?!- disse sarcástica e ele sorriu suave.

—Você seria mais perdida do que já é.- ele confidenciou e rimos enquanto o garçom trazia nossos pedidos.

Assim que estávamos na metade da comida do nosso almoço, o celular de Noah começou a vibrar e fiz cara feia.

—Sabia que é falta de educação atender o telefone quando se está almoçando com alguém?- questionei enquanto ele procurava o celular na bolsa de Manuela.

—Sei disso, mas sou medico. Pode ser alguma emergência.- ele disse e concordei antes dele pegar o celular e ficar pálido.

—Noah, o que foi?- questionei preocupada, afinal ele começou a tremer.

—É uma mensagem da minha irmã...- ele sussurrou com a voz embargada.

—O que a mensagem diz?

—Ensinei minha mãe e minha irmã os códigos que usamos na emergência, para que elas não perdessem tempo me ligando se algo acontecesse com o papai...- ele sussurrou em choque.

—Noah, o que houve com o seu pai?- questionei preocupada.

—Elas acham que ele está tendo um enfarte.- ele sussurrou atordoado.

—Não se preocupe, nós vamos para lá.- disse segurando sua mão e pedindo ao garçom a conta, enquanto meu amigo ainda estava em choque.

—Tem certeza que você está bem para dirigir?- questionei preocupada assim que ele tomou a chave das minhas mãos após sairmos do restaurante.

—Claro que tenho.

—Você estava em choque Noah.

—Acredite em mim Liv, já vi coisas piores no meu local de trabalho. Só fiquei em choque porque era o meu pai. Sente atrás com a Manuela, e coloque o cinto.- ele disse e fiz o que ele pediu.

Logo meu amigo saiu do restaurante como piloto de formula um.

—Vai mais devagar seu doido. Tá querendo nos matar?- questionei preocupada afinal nunca tinha visto ele dirigir desse jeito e ele me ignorou.

—Ligar para Silvia.- Noah disse e logo começamos a ouvir o som de números sendo discados.

—Coordenação de enfermagem do Hospital de Coleman, como posso ajudá-lo?- uma voz feminina questionou do outro lado da linha.

—Silvia, é o Dr. Ellis.- Noah disse assim que obteve resposta do outro lado da linha.

—Olá doutor, que surpresa, pensei que estivesse de folga hoje.- ela disse confusa.

—Estou Silvia, mas meu pai passou mal e foi para o hospital. Está com suspeita de enfarte, quero que providencie tudo, já estou a caminho. E avise ao Dr. Villas, para que ele esteja apostos.

—Claro Dr. Ellis.- ela disse antes de desligar.

—Mas que...- ele disse furioso assim que teve que parar em um sinal vermelho, mas respirou fundo tentando se aclamar assim que olhou para a filha pelo retrovisor.

—Tem certeza que você está bem? Porque está agindo como um  lunático.- disse assustada.

—Eu estou bem, só estou preocupado. – ele disse e logo o sinal abriu.

—Ligar para Hunter.- ele disse ao carro e logo ouvimos o som de números sendo discando, mas dessa vez caiu na caixa postal.

—Hunter, preciso que você busque a Manuela no hospital. Teve uma emergência com o meu pai e a Olívia está com a Manuela. Não demore muito, a Manu está assustada. Elas estão na minha sala.- ele pediu enquanto estacionava em uma vaga em frente ao hospital.

—Vou procurar o meu pai .- Noah disse angustiado assim que descemos do carro e entramos no hospital.

—Não se preocupe, vou ficar com a Manu até o Hunter chegar. Espero que tudo dê certo.- desejei com Manuela no colo.

—Obrigado Liv. E vou pedir para uma das enfermeiras levarem vocês para a minha sala.

—Tudo bem, vou cuidar bem dela.- prometi a ele.

—O papai te ama querida, e desculpe a correria.- ele sussurrou para a filha antes de beijar a sua testa.

—Obrigado por ficar com ela.-ele disse  agradecido antes de correr para uma área restrita.

—Vai ficar tudo bem Manu, a dinda vai cuidar de você.- prometi assim que ela começou a chorar.

—Srta. Collins?- uma moça questionou e virei para vê-la.

—Sim, sou eu.

—Sou a enfermeira Rose, o Dr. Ellis me pediu para levá-la até a sala dele.- ela disse suave e agradeci antes de acompanhá-la.

Assim que estávamos devidamente estaladas na sala de Noah, cobri o sofá que havia em sua sala com uma das fraldas de pano de Manu, para trocá-la. Depois que Manuela estava devidamente seca, peguei a sua mamadeira e dei a ela, afinal mal tivemos tempo de almoçar direito.

—E agora querida, você vai ficar quietinha enquanto ligo para a minha chefe.- disse depois que fiz Manuela arrotar e a deitei no sofá.

—Oi Guadalupe, é a Olívia. Talvez eu volte um pouco atrasada do horário de almoço, porque o pai do Noah passou mal e estou cuidando da Manu até o Hunter vir buscá-la.- disse rezando para que ela compreendesse.

—Dios mio, não se preocupe. Fique o tempo que precisar, e quando tiver alguma noticia me ligue.- ela pediu e concordei.

Fiquei com Manuela durante uma hora e meia até Hunter entrar na sala feito um furacão.

—Me desculpe a demorava Olívia, mas estava preso em um caso, tive que fugir do escritório.- ele sussurrou envergonhado antes de pegar a filha no colo. -Obrigado por cuidar dela.

—Não precisa agradecer, foi um prazer.- disse suave.

—Agora que a Manu está com o pai dela, vou ver como o pai do Noah está.- disse pegando a minha bolsa.

—Fiz isso antes de vir aqui. O Jacob está bem, foi apenas um susto.- ele disse e respirei aliviada.

—Ainda bem. Posso não gostar dele, mas jamais desejaria algo de ruim ao pai do meu melhor amigo.

—Concordo com você. Se quiser ir vê-lo pode ir, posso esperá-la para lhe dar uma carona.- Hunter disse enquanto acalentava Manuela que estava sonolenta no colo do pai.

—Não precisa Hunter, Manuela já ficou tempo demais aqui. Posso ir andando, a escola é perto.

—Nada disso, você nos fez um favor , então me deixe retribuir.- ele pediu e concordei.

—Só lembrando que ficar com a Manu não é um favor, ela é uma criança adorável além de ser minha afilhada.- disse e ele concordou antes que saísse da sala.

Pedi informação a uma das enfermeiras que passavam ,sobre o quarto do pai de Noah, e ela muito solicitada me levou até o local.

—E então, como ele está?- questionei a Lara que estava do lado de fora do quarto.

—Bem, foi só um susto.- ela disse enquanto olhava para o pai e o irmão que estavam dentro do quarto.

—Onde está a sua mãe?- questionei preocupada, afinal Tessa jamais deixa o marido sozinho.

—Ela foi tomar um café.

—E você deixou o Noah sozinho com o pai?- questionei preocupada com o que Jacob poderia falar ao filho.

—Foi o papai que pediu para ficar sozinho com o Noah. O que me deixou desconfiada também, porque acha que estou aqui feito um cão de guarda?- ela questionou sem tirar os olhos da janela de vidro.

—Isso está estranho.- sussurrei assim que Noah segurou a mão do pai e a beijou de forma carinhosa antes de abraçá-lo.

—O que está havendo ali?- Lara questionou tão confusa quanto eu.

Em seguida Noah saiu do quarto com os olhos vermelhos e ficamos olhando para ele sem saber o que dizer.

—O meu pai me pediu perdão por tudo que disse durante todos esses anos.- ele sussurrou entre lagrimas. -Ele disse que estava errado em me renegar só porque não sou do jeito que ele queria. Porque, sou melhor do que ele idealizava. E ele senti orgulho do homem que me tornei.

—Há Noah.- sussurramos emocionadas antes de abraçá-lo enquanto ele chorava.


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