Lágrimas da Realeza escrita por ShinySaturn


Capítulo 1
Prólogo: Minha Gloriosa Luz da Guerra


Notas iniciais do capítulo

Nota de relevância:
Eu sei que especificar o numero no titulo do Capitulo não é permitido nas regras do site, porém, tenho uma justificação para tal -Esta Fanfic contará com ''Capítulos Especiais'' que eu não considero Capítulos que devem ser numerados dentro da própria Fanfic ''automaticamente'' á medida que os Capítulos Principais avançam.
Assim, pessoalmente, prefiro ser eu própria a numerar os Capítulos devido a estas questões. Os Capítulos Especiais podem ser ignorados se o leitor desejar, mas é recomendável serem lidos dentro da Cronologia dos próprios Capítulos Principais, por isso, optei por publicar estes á medida que a Fanfic avançar, e assim assinalar nos títulos os seus devidos e reais números, por questões de organização.

Agradeço a compreensão.

Obrigado, e boa leitura!


Sinopse: Um temível retorno de recordações passadas é, por fim, iniciado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756147/chapter/1

 

Uma pequena e cristalina lágrima escorria pela sua face com leveza, á medida que observava o vasto campo de guerra, atualmente vazio, destruído, mesmo em frente.

Estremeceu, e não tardou em pressentir, mais uma vez, o que sempre mais temia...

Era poeira, poeira esta que agora esvoaçava em todos os recantos daquele ambiente embalado pela doce melodia da mais tenebrosa escuridão. E tal visão acabou acompanhada pelo som de armas embatendo entre si, explosões e constantes gemidos que pareciam não ter fim, e gritos desesperados pedindo em murmúrios constantes a mais preciosa piedade...

Seu corpo pareceu queimar, e então estremeceu, até sentir um toque familiar, um tanto reconfortante como alguém milagroso que viera acabar com tudo o que ali ocorria, e terminar, por fim, com o pavor que seu corpo constantemente pressentia…
Abaixou então sua cabeça, num movimento simples, mas preenchido de um profundo desejo, repleto de tamanha esperança.

Vira, ajoelhada, sobre tão negro chão, agarrada a suas pernas, apertando-as firmemente, alguém tão semelhante a ela, como se fosse um espelho, alguém que sempre conhecera, alguém que sempre acompanhava, alguém que constantemente confiava e alguém que sempre entregava sua mais preciosa ajuda e proteção...

Porém, tal familiar rosto, reencarnou seu mais profundo medo. Aos poucos, acabou e acabou cada vez mais, e cada vez mais, numa sufocante lentidão, extremamente desfigurado… Agora, uma preciosa pedra desfeita… Num corpo cada vez e cada vez mais desvanecido, irreconhecível...
E a figura voltou a estremecer, seria tal conhecido, agora, realmente a mesma pessoa que tanto, em toda sua longa vida, sempre e constantemente amara?...

Velha companheira esta que, nos murmúrios finais, apenas não lhe pedia nenhuma cura, não lhe pedia a típica ajuda, mas sim, depois de em gestos amaldiçoados pelo mais tremendo silencio, entregava-lhe um último e carinhoso adeus, enquanto lhe pedia o mais doce alivio... O grande embalar, a mais fiel recuperação, a verdadeira e confiável das salvações... O doce sussurro do despedaçar... A sua morte…

Não sabia o que fazer, queria ajudar, mas apenas não podia... Nunca pode... Não tinha a mínima da coragem, mas sentia que de facto teria, mais tarde ou mais cedo, que simplesmente, o fazer…
Tentou desesperadamente tocar-lhe para se despedir, tentou desastradamente acariciar-lhe seus sedosos cabelos, segurar a sua distorcida face com um carinho repleto de perdão, observar seus brilhantes olhos profundos, beijar seus macios lábios... Tudo por uma última vez...

Mas já era tarde, esta sua amada, transformara-se de imediato em grãos de areia que o vento, sem qualquer compaixão, levou... Levou e arrastou, numa mera poeira, varreu para longe de si… Para um local, agora, sem qualquer caminho que lhe indicasse o valioso e tão cobiçado regressar…

Caiu assim na realidade... E observou o campo de batalha em frente, de novo, agora, vazio, perdido no esquecimento que o tempo sempre trazia, e sempre destruía…
Memórias, não passavam de memórias, memórias nada confortantes, que preenchiam seu corpo de tristeza e dor, um pesar que parecia aumentar, a cada dia que passava... Aumentar a cada dia que se relembrava, do triste adeus do rosto daquela que tanto amara.

Foi quando pressentiu uma mão leve, quente e reconfortante, um novo toque de carinho, segurar-lhe o ombro. Por um lado, era totalmente diferente do tocar da pessoa que á muito perdera, mas por outro, muito e milagrosamente igual...

Olhou assim para trás... E afinal, como sempre julgava, ela já não estava assim tão sozinha.
Não se sentia mais assim, tão, perdidamente, só...

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lágrimas da Realeza" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.